A prática do hipnotismo traz sérias consequências tanto para o praticante como para suas vítimas.
Envolve interferência com o livre arbítrio do Ego.
O hipnotizador projeta-se no cérebro de outra pessoa e torna-a sujeita à sua vontade.
Mesmo quando isso é feito com o propósito altruísta de libertar uma pessoa de um hábito que a escraviza, como drogas ou bebidas alcoólicas, não é justificável.
A cura não é permanente até que o próprio sofredor tenha vencido o vício por si mesmo. Portanto, quando um hipnotizador cura o corpo, ao expulsar a vontade do Ego, usando-o e suplantando-o com seu próprio poder de vontade, ele simplesmente priva o Ego da oportunidade de aprender a lição que algum dia deverá dominar.
O ganho aparente imediato é realmente uma perda.
A lição a ser aprendida foi adiada; também, o poder da vontade da vítima foi enfraquecido pelo processo.
O livre arbítrio é a herança mais valiosa de um Ego, durante esta peregrinação terrestre.
Uma pessoa que trabalha para suplantar a vontade de outra, mesmo quando os motivos possam ser definidos como bons, traz para si consequências desastrosas.
Pelo poder da vontade, o Ego monta a escada da evolução que conduz à divindade.
Essa vontade é enfraquecida no indivíduo que se submete ao hipnotismo, no qual o estado da vontade do hipnotizador suplanta a vontade dos hipnotizados, que estão completamente sob domínio dele.
No entanto, uma pessoa não pode ser colocada “sob o feitiço” se sua própria vontade for mais positiva do que a do hipnotizador.
Quando o controle sobre outro é para fins de diversão ociosa ou para ganhar alguma vantagem egoísta, as consequências do erro são ainda mais graves.
Aqueles que entregam sua vontade a outro têm a tarefa de recuperar o poder de vontade que se perdeu.
Aqueles que tenham vitimado outros serão convocados, sob a Lei da Justiça, para ajudar suas vítimas a recuperar seus poderes enfraquecidos.
Eles também estão sujeitos a graves enfermidades físicas em futuros renascimentos.
Tal é o destino frequente de um hipnotizador profissional. Através de um corpo deformado e inútil, o Espírito aprenderá a enormidade do erro em usar o corpo de outra pessoa indefesa, substituindo sua própria vontade pela de seu legítimo ocupante.
A prática generalizada do hipnotismo em nosso tempo, juntamente com o fluxo de literatura favorável ao assunto, é outra evidência das forças desintegradoras que ameaçam retardar nossa civilização e causar o colapso.
A integridade no pleno significado dessa palavra é a grande necessidade do nosso tempo – integridade em nossa vida pessoal e pública, integridade na vida comercial, profissional e governamental.
O ser humano deve se tornar um ser atuante harmonioso e único, antes de poder construir uma vida bem-sucedida e tornar-se uma unidade sintonizada com a construção de uma comunidade saudável, uma cultura saudável e uma civilização duradoura.
Assim, todos os nossos vícios, defeitos, falhas, erros, problemas e os outros desejos inferiores estão no Corpo de Desejos e é nosso dever dominá-los pelo poder da vontade.
Essa é a razão pela qual estamos na escola da experiência chamada vida, e nenhum outro ser pode crescer moralmente por nós, como, também, ninguém pode digerir o alimento por nós.
A Natureza não pode ser ludibriada.
O único caminho permanente, para se vencer qualquer vício, é pela própria vontade.
É nosso dever nos proteger de quaisquer tentativas de nos dominar por algo externo.
Por esse motivo é melhor não nos expormos desnecessariamente tomando parte como espectadores em demonstrações de hipnotismo, porque a atitude negativa que a pessoa adote pode conduzir facilmente à obsessão.
Deveríamos seguir sempre o conselho de São Paulo e revestir-nos com a armadura de Deus.
Devemos ser sempre positivos em nossa luta pelo bem contra o mal e nunca perder a ocasião de colaborar com os Irmãos Maiores em palavras ou atos, na Grande Guerra que se efetua pela supremacia espiritual.
Que as Rosas floresçam em vossa cruz