Pergunta: Se o mundo é uma escola de ensinamento e todos nós devemos evoluir algum dia, por que foi necessário que Jesus Cristo morresse para nossa salvação?
Resposta. Se você estudou o “Conceito Rosacruz do Cosmos”, vai lembrar que, em diferentes períodos do desenvolvimento do mundo, houve atrasados que não preencheram os requisitos e precisaram transferir-se para outra classe, por assim dizer. Isso se baseia no mesmo princípio que rege as escolas atuais. Em toda classe há crianças que não estudam tanto quanto as outras e, consequentemente, na época dos exames, elas não estão aptas a ir para a classe superior; por isso, ficam para trás. Sob o regime de Jeová, o egoísmo foi instilado na humanidade primitiva para promover a evolução. Nos primeiros Atlantes, o Espírito tinha acabado de entrar no corpo e todos se sentiam em uma fraternidade universal, como filhos do grande Pai. Não obstante, eles estavam destinados a conquistar o mundo e desenvolver a individualidade; para isso, foram divididos em nações e famílias.
Tendo recebido o domínio sobre todas as coisas, foram estimulados a adquirir bens. Favores de ordem material, maior número de filhos, de gado e terras lhes foram dados como recompensa pela obediência às ordens dos vários Espíritos de Raça, considerados por eles os mensageiros de Deus. Por outro lado, se transgredissem e desobedecessem aos mandamentos de Jeová, deveriam pagar com a fome, sendo acometidos por pestes ou outras calamidades de ordem material. Não havia, sob o regime de Jeová, uma promessa de paraíso, pois foi dito que “mesmo os Céus pertencem ao Senhor, mas a Terra, Ele a deu aos filhos dos homens”. Além disso, dizia-se a eles que seriam recompensados com uma longa vida em sua terra, se fossem obedientes aos Seus mandamentos. Assim, aos poucos, o egoísmo e a autossatisfação tornaram-se soberanos e as boas ações, que são a base da vida celestial onde se realiza o progresso espiritual, foram negligenciadas. Quanto mais inteligentes as pessoas se tornavam, mais a astúcia e a cobiça estimulavam-nas a acumular tesouros na Terra.
A humanidade constrói tanto as partes da Terra quanto os seus próprios corpos no Segundo Céu, entre duas vidas, e ela teria cristalizado o planeta e a si própria, em seu egoísmo ganancioso, até chegar ao ponto em que a Terra se tomasse semelhante à Lua.
Para evitar essa calamidade, outra influência se fazia necessária e o vidente, que pode ler a Memória da Natureza, observa que durante as eras que precederam o advento real de Cristo, a Sua autoridade benéfica foi exercida de fora. Ele Se preparava para atuar como Espírito Interno do nosso Planeta, elevando assim a sua vibração a fim de purificar a atmosfera moral e transformar a máxima “olho por olho, dente por dente” em “Amai os vossos inimigos”. Jeová é o regente de todos os satélites do nosso Sistema Solar. Para despertar a classe atrasada de Espíritos que se encontram nessas luas, é necessário usar os meios mais enérgicos, indefinidamente. Mas, tão logo o povo de um planeta atinge o suficiente estágio de iluminação, o Cristo Cósmico encarrega-Se dele para salvá-lo da lei por intermédio do amor. Ele então produz em tal população e na sua atmosfera planetária as vibrações altruísticas da fraternidade.
O fato de mergulhar a Sua consciência em condições tão baixas e materiais, com concentração suficiente para realizar o Seu objetivo, acarreta uma morte temporária nos reinos espirituais superiores; mas isso é necessário, portanto, Cristo deve morrer para salvar o mundo.
(Pergunta nº 100 – “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II”)
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