Folheto: A Morte Não Existe

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Folheto: A Morte Não Existe

Teorias Antiquadas

Libertemo-nos das teorias antiquadas. O morto não salta subitamente para dentro de um céu impossível, nem cai num inferno mais impossível ainda. De fato, não existe inferno naquele sentido tradicional, no sentido impróprio da palavra.

Não há inferno

Decididamente, não há inferno em parte alguma e em nenhum sentido, a não ser aquele que o ser humano prepara para si próprio.

Convém compreender que a morte não produz qualquer diferença no ser humano; que esse não se transforma repentinamente em um santo ou Anjo; e que nem é dotado de um momento para outro de toda a sabedoria dos tempos; que no dia seguinte a sua morte é justamente o mesmo ser humano anterior a ela, isto é, com as mesmas emoções, a mesma disposição de espírito, o mesmo desenvolvimento intelectual, etc. A única diferença é que deixou de ter um corpo físico, um Corpo Denso.

A morte não muda você

Convém compreender que a morte não produz qualquer diferença no ser humano; que esse não se transforma repentinamente em um santo ou Anjo; e que nem é dotado de um momento para outro de toda a sabedoria dos tempos; que no dia seguinte a sua morte é justamente o mesmo ser humano anterior a ela, isto é, com as mesmas emoções, a mesma disposição de espírito, o mesmo desenvolvimento intelectual, etc. A única diferença é que deixou de ter um corpo físico, um Corpo Denso. Procure refletir cuidadosamente sobre o que isso significa. A ideia decorrente é que a morte equivale à libertação absoluta da dor e da fadiga, como também de deveres enfadonhos; que a morte liberta integralmente o indivíduo (provavelmente pela primeira vez), de maneira a permitir-lhe fazer exatamente o que bem lhe aprouver. Na vida física, em geral, a humanidade acha-se constantemente constrangida. A não ser que pertença a uma pequena minoria privilegiada em recursos materiais, vive sempre sob a constante pressão do trabalho a fim de conseguir dinheiro necessário à compra de seus alimentos, roupas e abrigo para si próprio e sua família.

Raros são os casos – como os dos artistas e músicos – em que o trabalho do ser humano se constitui em algo aprazível. Regra geral é uma forma de atividade a que o ser humano certamente não se dedicaria se a tal não fosse forçado.

Nos Mundos espirituais o dinheiro é desnecessário. Nem comida e abrigo são necessários também, porque a glória, o conforto e a beleza desse mundo são franqueados a todos, independentemente de qualquer retribuição. Na matéria rarefeita desse mundo, o ser humano se transporta em seu corpo espiritual para cá e para lá, consoante a sua vontade. Aquele que ama as belas paisagens, as florestas, os regatos, o mar, pode apreciá-los a seu bel-prazer nos pontos mais pitorescos da Terra; o que ama a arte pode dedicar todo o seu tempo à contemplação das obras-mestras dos maiores artistas; o músico pode ouvir as melhores e principais orquestras do mundo, como pode ainda empregar todo o seu tempo ouvindo os mais célebres virtuoses.

obras-mestras dos maiores artistas; o músico pode ouvir as melhores e principais orquestras do mundo, como pode ainda empregar todo o seu tempo ouvindo os mais célebres virtuoses. Nesse plano o ser humano tem plena liberdade de devotar-se inteiramente àquilo que houver sido a sua predileção particular no Mundo Físico e desfrutá-la ao máximo, desde que o gozo seja mental ou pertença ao plano das emoções superiores, e que para ser satisfeito não exija a posse de um Corpo Denso, o físico.

Disso resulta, por conseguinte, que todos os seres humanos corretos, sensatos e bons serão infinitamente mais felizes depois da morte do que o foram antes dela, pois dispõe de muito tempo não só para recriarem nobremente o espirito, como também para progredirem real e satisfatoriamente nos conhecimentos que mais lhe interessem.

Contudo, nesses Mundos espirituais não há infelizes? Há, sim, porque a vida no Além é naturalmente uma continuação dessa, sendo o ser humano, em todos os sentidos, o mesmo ser humano que fora antes de deixar seu corpo físico, o seu Corpo Denso. Assim, se os seus prazeres nesse Mundo Físico eram inferiores, ele não achará naqueles Mundos meios de satisfazer seus desejos. Um alcoólatra, por exemplo, sofrerá horrores porque já não possuí um corpo por meio do qual possa mitigar sua ardente sede. O glutão sofrerá pela falta dos prazeres da mesa. O avarento não mais poderá juntar ouro material. O ser humano que durante sua vida terrena cedia às paixões indignas, sentirá as mesmas lhe minando a vitalidade; o sensual continuará a fremir, acicatado por desejos que não mais poderão ser saciados; o ciumento ainda será atormentado por seus ciúmes, e tanto mais quanto se acha incapacitado para interferir nas pessoas e objetos de seus desejos.

Não há dúvida que os seres humanos sofrem muito nessas condições, mas também é certo que sofrem só aqueles cujas inclinações e paixões foram más e de natureza material. E até estes têm sua sorte totalmente dependente da própria vontade, de modo que basta eliminarem tais inclinações inferiores, que poderão se libertar imediatamente do sofrimento decorrente.

Isso não é uma punição, mas o resultado natural de uma causa definida. De modo que, muito embora, não de imediato, mas tão depressa quanto se tenha esgotado a energia do motivo gerador, basta remover a causa para cessar o efeito.

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