Comer Carne de Animais: algumas considerações esotéricas

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Comer Carne de Animais: algumas considerações esotéricas

Comer Carne de Animais: algumas considerações esotéricas

Durante o curso do desenvolvimento esotérico, a resposta do Corpo Denso e dos nossos outros Corpos e veículos a certos alimentos muda. As próprias respostas, sem uma razão abstrata como motivo ou justificativa, podem fazer com que os indivíduos modifiquem sua alimentação, eliminando certos artigos e enfatizando outros.

Essas mudanças dietéticas, muitas vezes, são provocadas pelos próprios efeitos de um estudo esotérico que seja sério, porque na verdade começa a transformar os invólucros humanos. O Corpo Denso, que é inerte e se cristaliza com o tempo, torna-se internamente mais móvel e ativo. Os órgãos individuais tornam-se mais independentes uns dos outros, especialmente o coração, a medula espinhal e o cérebro.

Este ligeiro aumento na autonomia dos órgãos cria um equilíbrio instável que pode ser atribuído a uma indisposição ou doença, quando na verdade é apenas a consciência dessa mobilidade que aumentou, causando a independência dos órgãos (partes do sistema nervoso simpático ou involuntário), que anteriormente não eram sentidos, exceto quando estavam funcionando de forma anormal.

A relação dos humanos com sua alimentação só é devidamente compreendida quando consideramos a sua relação com os outros reinos da natureza. As plantas, como Reino de Vida, “desenvolvem” as substâncias minerais, dando a elas uma organização superior, e as enchem de vida. O inorgânico torna-se orgânico e é impregnado de Éter de Vida.

Embora os humanos não consigam assimilar os minerais com eficiência, em sua forma elementar, eles são organizados fisicamente o bastante para continuar o processo de desenvolvimento no ponto em que as plantas param. Podemos arrancar uma folha ou colher uma maçã, os órgãos de uma planta, e desenvolvê-las ainda mais usando a nossa própria organização fisiológica.

Os animais também continuam esse processo de organizar ainda mais as formas das plantas. No entanto, quando os humanos comem alimentos à base de carne animal (mamíferos, aves, peixes, répteis, anfíbios e qualquer outra forma de vida animal), eles deixam sem uso as forças necessárias para processar os alimentos vegetais. Visto que o bem-estar de qualquer órgão consiste em ativar e usar todas as suas forças, comer carne animal é equivalente a dizer: “Vou fazer isso sem usar o braço direito. Vou amarrá-lo de forma que não possa ser usado”.

Da mesma maneira, os comedores de carne animal condenam à inatividade uma certa soma de forças dentro do seu organismo. Os aparelhos não utilizados permanecem inativos, são paralisados, tornam-se endurecidos e são carregados durante a sua vida como um corpo estranho. No entanto, eles permanecem não detectados como tal até que a pessoa embarque no treinamento esotérico, após o que a mobilidade aumentada e a independência dos órgãos internos revelam este “corpo estranho” como uma fonte adicional de inquietação.

Como resultado dessa experiência perturbadora, ao sentir a presença do corpo estranho, as pessoas que iniciaram o treinamento esotérico podem simplesmente parar de comer carne não apenas porque sua sensibilidade é ofendida, mas também porque isso enfraquece uma força viva dentro delas e lhes dá a sensação de que carregam um peso morto em seu interior.

Razões adicionais para a eliminação do alimento à base de carne animal foram totalmente articuladas na literatura da Fraternidade Rosacruz. Elas incluem o seguinte.

  1. Maiores demandas impostas ao corpo, para processar os animais que são altamente organizados e estruturados, exigindo mais energia etérica e bioquímica para a digestão.
  2. Retenção mais curta da força vital e dos nutrientes, devido à desintegração mais rápida do produto animal, resultando a necessidade de refeições mais frequentes ou maiores.
  3. Substâncias insalubres, até mesmo venenosas ou cancerígenas, são introduzidas na ecologia do corpo, produzidas como bioprodutos do metabolismo animal, os catabólicos (os “restos” da digestão: ureia, ácido úrico e amônia), ou resíduos que são transportados no sangue animal e retidos nos fluidos dos tecidos.
  4. A existência de resíduo mais sutil, mas não menos impactante, do Corpo de Desejos do animal nas seguintes formas. (a) Produtos químicos que são nocivos e gerados pelo tratamento antinatural dado ao animal enquanto estava vivo ou pela apreensão da sua morte forçada. (b) A tendência de sentir e agir de maneira mais “animal”, o que entorpece os sentimentos humanos que são mais sutis e estimula a natureza marcial, violenta, até mesmo cruel. Ou, expresso de forma mais esotérica: os alimentos baseados em carne estimulam a vida instintiva da vontade, que atua principalmente nas emoções e paixões.
  5. Considerações de economia e praticidade. A dieta vegetariana é mais barata. Os alimentos vegetais estão universalmente mais disponíveis e são renováveis, tendo a “vida útil” muito mais longa do que os alimentos à base de carne; além disso, são muito menos propensos a ser fonte de contaminação e doença.
  6. A proteinização exagerada na dieta ocidental é a mentira de que a dieta vegetariana seja deficiente em proteínas.
  7. O argumento convincente da conservação da terra, que afirma que determinada área de plantações cultivadas para consumo humano e direto deva ser aumentada dezessete vezes para alimentar animais que fornecerão um valor alimentar equivalente.
  8. A crescente dívida de destino que recai sobre toda a humanidade, como onda de vida, exigirá equilíbrio em algum momento para corrigir as muitas formas de abuso contra os animais e compensar a dependência maciça da onda de vida animal como fonte primária de alimento.

Em última análise, podemos muito bem considerar algo mais pessoal, e até egoísta, que faz com que muitos humanos parem de usar alimentos à base de carne animal em sua dieta. A princípio, pode-se deduzir que a carne animal lute contra o desenvolvimento esotérico. Consequentemente, embora com relutância, fazemos o “sacrifício”.

No entanto, tendo uma vez interrompido esse hábito, agora atávico ou hereditário, descobriremos que, em todos os sentidos, nós e todas as formas de vida somos os favorecidos. Descobrimos também que a veemente resistência à descontinuidade do consumo de carne animal pela população em geral se baseia no medo de perder certos instintos básicos que são valorizados: paixões agressivas e emoções. Erroneamente, é dito que os homens, quando não as mulheres, vão se tornar menos “másculos” e fortes, menos capazes de enfrentar um mundo ameaçador. Quando a realidade e as bênçãos da vida espiritual forem reconhecidas de maneira mais geral, a humanidade perceberá que aquilo que se perde nos instintos mais grosseiros, nas luxúrias de sangue e inclinações egoístas será incomensuravelmente compensado com melhorias na vida interior da alma, com a paz e liberdade conquistadas por vivermos menos adversamente e mais em harmonia com nosso ambiente planetário.

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de nov-dez/1995 e traduzido pela Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

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Fraternidade Rosacruz de Campinas administrator

2 Comentários até agora

Alcidnei A. MartinsPublicado em9:34 pm - jan 21, 2022

Sem dúvidas, comer carne animal é um ato com diversas consequencias. Na minha ignorância, pensava que peixes e frutos do mar não fizessem parte dessa lista. Gostaria de saber se existe algo com relação à ovos de galinha.

    Fraternidade Rosacruz de CampinasPublicado em12:23 pm - jan 26, 2022

    Caro irmão, pois é, peixes e frutos do mar são animais, portanto, nossos irmãos menores, e estão sob a responsabilidade de um Espírito-Grupo que é um Arcanjo. Estão evoluindo nesse mesmo Esquema de Evolução conosco e muito podemos ajudá-los a evoluir.

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