Pergunta: Por que os Mundos superiores são invisíveis para a maioria das pessoas?
Resposta: Porque os sentidos sutis, por meio dos quais esses Mundos podem ser percebidos, estão latentes na maioria das pessoas.
Pergunta: O fato de nem todos verem esses Mundos constitui argumento contra a existência deles?
Resposta: Não, pelo fato de um cego não poder ver a luz nem a cor isto não constitui argumento contra sua existência.
Pergunta: De que podemos estar certos?
Resposta: Se o cego recuperar a vista verá a luz e a cor. Se os sentidos superiores dos que atualmente estão cegos para os Mundos suprafísicos, são despertados pelos meios apropriados, também eles poderão ver esses Mundos que presentemente lhes estão ocultos.
Pergunta: Quando se desenvolver a visão superior conheceremos os Mundos superiores de uma vez?
Resposta: Não, quando um cego recupera sua visão, não conhece imediatamente todas as coisas da Região Química do Mundo Físico.
Pergunta: Um vidente pode se enganar em suas observações dos Mundos superiores?
Resposta: Há muito mais facilidade para adquirir o conhecimento nos Mundos suprafísicos do que na nossa condição física atual, mas não tão grande que possa eliminar a necessidade de um estudo concentrado e a possibilidade de erro nas observações. Na realidade o testemunho sincero e idôneo dos observadores ocultistas prova que se deve prestar muito mais cuidado à observação lá, do que aqui.
Pergunta: Como podemos saber se as observações dos outros são corretas?
Resposta: Os Clarividentes devem se exercitar antes que a sua observação tenha um valor real e quanto mais eficiente se tornam, tanto mais modestos se apresentam ao manifestar o que veem, tanto maior diferencia lhes merecem as versões alheias, pois sabem quanto há para aprender e compreendem quão pouco um único observador pode aprender de todos os incidentes e detalhes das coisas investigadas.
Pergunta: Isto se aplica as diferentes opiniões dos observadores?
Resposta: Sim, isto se aplica também as diferentes versões que as pessoas superficiais julgam ser um argumento contra a existência dos Mundos superiores. Dizem que se esses Mundos existem, os investigadores deveriam descrevê-los de forma idêntica.
Pergunta: Esta opinião é lógica?
Resposta: De forma nenhuma; se um jornal envia vinte jornalistas para fazerem reportagens sobre uma cidade, nem dois deles apresentarão descrições idênticas. Será um argumento contra a existência da cidade o fato de serem diferentes as crônicas? Certamente que não.
Pergunta: A que se deve essa diferença?
Resposta: Compreende-se, facilmente, porque cada pessoa vê a cidade segundo seu ponto de vista próprio e essas diferenças nas crônicas, em vez de serem confusas e prejudiciais, pode-se afirmar sem receio que a leitura de todas elas tornará mais fácil a compreensão da cidade, mais ampla e melhor do que se lêssemos uma só e desprezássemos as outras.
Pergunta: Como se aplica isso aos Mundos invisíveis?
Resposta: Isto é aplicável aos que investigam e observam os Mundos superiores. Cada investigador tem sua maneira peculiar de observar as coisas e as descrever unicamente sob o ponto de vista que lhe é peculiar. A narrativa apresentada por um pode ser diferente das que os outros fizerem, mas todas serão igualmente verdadeiras sob o ponto de vista individual de cada observador.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – janeiro/1979 – Fraternidade Rosacruz)
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