Arquivo de categoria Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Qual é a essência ou ensinamento particular do verdadeiro Cristianismo?

Pergunta: Qual é a essência ou ensinamento particular do verdadeiro Cristianismo?

Resposta: Nos capítulos iniciais da Bíblia encontramos uma ordem dada à humanidade nascente, à qual foi concedida a liberdade de desfrutar do Jardim do Éden em estado de bem-aventurança. Foi-lhe imposta apenas uma restrição, a saber, “Não comas o fruto da Árvore do Conhecimento”. Se analisarmos esta ordem à luz de outras passagens, como: “Adão conheceu a sua mulher Eva, a qual concebeu e deu à luz a Caim”; “Adão conheceu Eva e ela deu à luz a Seth”; e a pergunta de Maria, “Como se fará isso, pois eu não conheço varão?” entenderemos facilmente que não era permitido à humanidade satisfazer sua natureza passional. O ensinamento esotérico proporciona-nos um conhecimento adicional de que esta função era exercida apenas em certas épocas do ano, sob a orientação dos Anjos, quando as linhas de força interplanetárias eram propícias e, consequentemente, o parto era indolor.

À vista deste conhecimento, podemos, também, entender melhor a suposta maldição: “parirás teus filhos em dor”- (Gn 3;16). A verdadeira razão é que o ato procriador é realizado quando as vibrações astrológicas não são favoráveis para esse fim. Portanto, o pecado ou a transgressão da lei cósmica instalou-se no mundo, causando sofrimentos incalculáveis. A Religião de Jeová foi dada ao mundo para corrigir esse estado de coisas. Esta é a religião da lei, prescrevendo penalidades por transgressões e antepondo o temor da lei aos desejos da carne. Aprendemos que a lei era o mestre que conduziria a humanidade a Cristo. Não obstante, o ser humano rebelou-se contra ela o tempo todo, sendo necessário lhe infligir castigos severos para mantê-lo dentro da conduta moral desejada. Sob o regime de Jeová, a humanidade dividiu-se em nações, que costumavam punir-se, mutuamente, por suas transgressões através das guerras e da peste. Recorriam-se às guerras para garantir a obediência, e o Antigo Testamento conclui prometendo as nações batidas que sangravam: “Nascerá o Sol da justiça e estará à salvação sob as suas asas” (Malaquias 4;2). Em seguida surge a Religião de Cristo e a mensagem angélica que anunciou o Seu nascimento: “Paz na Terra e boa vontade entre os homens” (Lc 2;14). Este é a inicio do Novo Testamento. No fim há uma visão da consumação, quando todas as nações se reunirem numa cidade celestial, onde não haverá lugar para a luxúria e a paixão – onde não haverá casamento porque a morte terminará tornando desnecessário novos nascimentos de corpos, onde a paz e o verdadeiro amor reinarão, onde o perfeito amor introduzido pela Religião de Cristo expulsará todo o medo gerado sob a Religião de Jeová. Assim, a essência do ensinamento Cristão consiste na suplantação das leis do pecado e da morte pelo amor, que restaurará a imortalidade.

(Livro: Perguntas e Respostas – Vol. II – pergunta 89 – Max Heindel)

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Pergunta: Por que, salvo algumas exceções, renascemos sem ter a mínima consciência de qualquer existência anterior, para sofrer, cegamente, nesta vida por transgressões cometidas em alguma precedente e da qual somos inteiramente ignorantes? Não progrediríamos espir

Pergunta: Por que, salvo algumas exceções, renascemos sem ter a mínima consciência de qualquer existência anterior, para sofrer, cegamente, nesta vida por transgressões cometidas em alguma precedente e da qual somos inteiramente ignorantes? Não progrediríamos espiritualmente melhor e com mais rapidez se soubéssemos onde erramos e quais atos teríamos que corrigir antes de progredir?

Resposta: Uma das maiores bênçãos conferidas ao ser humano consiste em nada saber sobre suas prévias experiências até que tenha alcançado um avanço espiritual considerável, porque há nas nossas vidas passadas (quando éramos bem mais ignorantes do que o somos agora) atos sombrios que requerem justo castigo. Essa dívida está sendo liquidada gradualmente. Se tivéssemos conhecimento das nossas vidas passadas, ou soubéssemos como e quando a Lei de Causa e Efeito atuaria, trazendo-nos a retribuição por faltas passadas, veríamos essa calamidade suspensa sobre nós, e o temor do nosso destino despojar-nos-ia da força de vontade para enfrentá-lo e, no momento do ajuste, encontrar-nos-íamos amedrontados e indefesos. Não sabendo o que aconteceu anteriormente, não precisaremos saber o que nos espera.

Portanto, aprenderemos as lições sem estarmos despojados da nossa determinação em virtude do medo.

Além disso, para aqueles que desejam saber, existem certos meios de reconhecer as lições que temos de aprender e qual a melhor forma de proceder. Por exemplo, a nossa consciência diz-nos o que temos ou não de fazer. Se nos sentirmos inclinados a estudar a ciência da Astrologia, o horóscopo revelará nossas tendências e as linhas de menor resistência. Trabalhando com essas leis da natureza, poderemos avançar rapidamente e, na medida em que seguirmos os ditames da nossa consciência e estudarmos mais as leis cósmicas tais como reveladas pela astronomia, mais rapidamente estaremos em condições de receber o conhecimento direto.

Em “Zanoni” (famoso romance ocultista do escritor inglês Bulwer Lytton) fala-nos de um espectro temível que encontrou com Glyndon, quando este tentava dar um passo no caminho do desenvolvimento ainda não alcançado. No ocultismo, esse espectro é chamado “O Guardião do Umbral”. No intervalo da morte e de um novo nascimento, esse Guardião do Umbral não é visto pelo ser humano, mas é a incorporação de todas as suas más ações passadas, que devem primeiro ser superadas por quem deseja penetrar nos mundos internos conscientemente e atingir um conhecimento pleno das condições ali existentes.

Mas, há também outro Guardião que é a incorporação de todas as nossas boas ações, e podemos afirmar que ele é o nosso Anjo da Guarda. Se tivermos a coragem de passar pelo espectro hediondo, percebido primeiro por ser formado da grosseira matéria de desejos, obteremos logo o auxílio consciente do outro Guardião, então, teremos a força de resistir sem medo às tormentas malignas que atingem todos os que se esforçam por ilhar o caminho do altruísmo. Mas, enquanto não pensarmos por esse espectro, não estaremos preparados para o conhecimento das nossas vidas passadas. Por isso, devemos ficar satisfeitos com a visão comum concedida à humanidade.

(Livro: Perguntas e Respostas – Vol. I – pergunta 65 – Max Heindel)

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Pergunta: Uma pessoa doente e com idade muito avançada deve lutar pela vida ou aceitar a morte?

Pergunta: Uma pessoa doente e com idade muito avançada deve lutar pela vida ou aceitar a morte?

Resposta: Depende do quão doente está e o que se entende por “idade muito avançada”.

A luta por permanecer nessa consciência de vigília nesse Mundo Físico é sempre válida, já que o baluarte da evolução é aqui.

As lições que escolhemos aprender nessa vida, lá no Terceiro Céu, pode nos levar a situações aqui que nos limitam em muito, talvez no aprisionamento em uma cama, em uma cadeira de rodas ou na dependência total de alguém. E isso pode ocorrer com uma “pessoa doente e com idade muito avançada”.

Bem diferente da situação de uma pessoa doente que está agonizando.

No tratamento das pessoas agonizantes, às quais se causa enorme sofrimento em muitos casos mercê das demonstrações erradas de afeto por parte de parentes e amigos. Causam-se mais sofrimentos aos agonizantes por administrar-lhes estimulantes do que se pode conceber. Não é difícil sair do corpo, mas os estimulantes têm o efeito de lançar novamente o Ego que parte em seu corpo com a força de uma catapulta e isto o faz experimentar novamente os sofrimentos de que já estava se libertando.

As almas dos falecidos queixam-se, muitas vezes, aos investigadores, e uma delas disse que jamais sofrera tanto em toda sua vida como a fizeram sofrer nas muitas horas em que foi mantida agonizando dessa maneira.

Quando se comprova que o fim é inevitável, o que se deve fazer é deixar que a Natureza siga seu rumo.

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Pergunta: Segundo vocês ensinam, a Epigênese é a habilidade para criar coisas novas. Podemos realmente criar alguma coisa nova? Julgo cada coisa já existente na Consciência Universal.

Pergunta: Segundo vocês ensinam, a Epigênese é a habilidade para criar coisas novas. Podemos realmente criar alguma coisa nova? Julgo cada coisa já existente na Consciência Universal.

Resposta: Não estamos muito seguros do que você entende por “Consciência Universal”. É certo que os Grandes Seres se empenham em trazer muitas verdades ao conhecimento da humanidade, sempre que a raça humana se mostra capaz de beneficiar-se com elas. Alguns Egos Avançados, em virtude de um árduo trabalho em existências passadas, tornam-se receptivos a novas ideias em certas esferas de atividade, respondendo aos elevados ideais projetados nos éteres pelos Grandes Seres.

A Epigênese – a habilidade criadora – determina o que é feito desses ideais e verdades. Determina em que extensão aqueles Egos avançados ou gênios, respondem às ideias, colocando-as em aplicação prática. Inventores, por exemplo, certamente conhecem certas leis universais que regem a matéria com que trabalham, mas suas invenções – a aplicação prática dessas leis – provêm de sua habilidade criadora.

(Revista Serviço Rosacruz – 05/75 – Fraternidade Rosacruz – SP – Rays From The Rose Cross)

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Pergunta: Os elementais podem influenciar uma pessoa habituada a usar perfumes?

Pergunta: Os elementais podem influenciar uma pessoa habituada a usar perfumes?

Resposta: O perfume constitui um tipo diferente de incenso. Sabemos que na queima de incenso, os elementais são inalados com ele, capacitando-os, por conseguinte a influenciar a pessoa que os inala.
O perfume exala um odor, não constituindo, porém, um gás ou coisa semelhante, no significado comum da palavra. Consiste de minúsculas partículas desprendidas da substância da qual foi feito. Essas partículas não servem, comumente, de veículos para incorporação de elementais, embora isso seja possível, no caso de perfumes extraordinariamente fortes. Não há, entretanto, objeção alguma às essências extraídas de flores.

Há restrições ao uso de perfumes, tais como o almíscar, obtido de animais, por implicarem em sua matança, além destas substâncias envolverem-se com os seus desejos, podendo estimular uma sutil sensualidade.

(Revista Serviço Rosacruz – 05/75 – Fraternidade Rosacruz – SP – Rays From The Rose Cross)

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Pergunta: Qual é o ponto de vista Rosacruz sobre o sufrágio feminino e a posição da mulher, no geral?

PERGUNTA: Qual é o ponto de vista Rosacruz sobre o sufrágio feminino e a posição da mulher, no geral?

RESPOSTA: O espirito não é nem macho nem fêmea, senão que se manifesta alternativamente em corpos masculino e feminino, normalmente. Assim sendo, considerando o sufrágio feminino desde esse ponto de vista bem mais amplo, seria um BENEFÍCIO para o homem atual uma atitude que permita as mulheres atuais exercerem os seus direitos abrangendo uma igualdade completa em todos os particulares. O duplo tipo de moral, de nossos dias, permissiva para com o adultério masculino, isentando-o de censura, deve ser abolido. O trabalho da mulher deve ser tão bem pago como o do homem e em todos os casos deveriam seguir-se as indicações tão admiravelmente expostas no romance de Edward Bellamy: “O Ano 2000”.

A eficácia de tão equitativo sistema social é evidente se consideramos o fluir da vida, sendo a presente existência nada mais do que uma de muitas vidas em que nascemos alternativamente como homens e mulheres. Existem ainda outras razões que deveriam nos impelir a concordar com a emancipação social da mulher.

No homem, o Corpo Denso é positivo, e as forças masculinas positivas estão especialmente enfocadas na Região Química do Mundo Físico. Dessa forma, o homem está mais interessado em tudo que possa pesar, medir, analisar e trabalhar na sua vida diária. O seu desenvolvimento se efetua particularmente sobre o plano material, dando forma à Terra e a todas as coisas, conforme seu desejo e possibilidades. Porém, o lado espiritual das coisas não desperta, no homem comum, particular interesse.

A mulher, por outro lado, tem um Corpo Vital positivo. Assim sendo, está intuitivamente em contato com as vibrações espirituais do Universo. É mais idealista e imaginativa e tem muito interesse para todos os fatores tendentes ao APRIMORAMENTO MORAL da raça humana. E como a humanidade só pode avançar em nossa Época mediante a moral e o crescimento espiritual, a mulher é, realmente, um fator primário na evolução. Toda a raça humana recolherá um benefício prodigioso no dia em que as mulheres tenham direitos iguais aos dos homens (escrito em 1912 – Movimento pelo Sufrágio Feminino, nos EUA), pois, até aquele tempo não podemos esperar por reformas que realmente unam a humanidade. Vemos, por analogia, se estudamos a estrutura de um lar, que a mulher é a coluna central, ao redor da qual giram o esposo e os filhos. De acordo com a sua capacidade, faz do lar o que ele é, sendo sempre a influência basilar e o elemento pacificador. O pai pode desencarnar ou abandonar o lar, assim como os filhos também. Enquanto que a mãe permanece, o lar subsiste. A morte da mãe, o lar se desfaz.

Já temos ouvido o seguinte argumento: “Sim, porém, se a mulher for atraída pela política, o lar ficará tão desfeito como se houvesse morrido”. Absolutamente não há razões para temer tal coisa. Durante o tempo de transição, enquanto a mulher tem de lutar para obter os seus direitos, e, quem sabe algum tempo depois, até estruturar melhor a sua vida, possivelmente encontraremos tais casos. Porém, logo que se tenham adaptado à nova situação, manterão os seus lares tão firmemente como antes. Nos lugares onde já houve experiências desse tipo, não houve lares desfeitos por essa causa. E, foram as mulheres as promotoras de todas as medidas que tendiam ao aprimoramento da moral. Não devemos esquecer, contudo, que as leis somente tendem a impulsionar a humanidade para um plano superior, no qual cada individuo seja uma lei em si mesmo. No momento, é absolutamente necessário que essas reformas se produzam mediante uma legislação adequada.

(Revista Serviço Rosacruz – 07/75 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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Pergunta: Conhecem vocês algum lugar onde uma pessoa possa viver essa vida tão bela, simples e inofensiva que recomendam?

PERGUNTA: Conhecem vocês algum lugar onde uma pessoa possa viver essa vida tão bela, simples e inofensiva que recomendam?

RESPOSTA: Não, não conhecemos lugares com tais qualidades e se os encontrássemos, lamentaríamos por causa de seus habitantes. Se temos um caráter violento e vamos viver no topo de uma montanha como reclusos, onde nossa sensibilidade não pode ser ferida pela rudeza de outras pessoas, temos pouquíssimos méritos em não ser impacientes. Se julgarmos ser difícil dominar nossos vícios, ou faltas nas grandes cidades e procurarmos o deserto como habitação, insignificante será o nosso crédito moral. Somos colocados nas cidades, em estreito contato com os nossos semelhantes para que nos acostumemos a acomodar-nos a eles em aprender a manter firmemente o nosso caráter, apesar de tudo, vencendo as tentações onde quer que elas existam. Um pode estar no topo de uma montanha, porém, ter o seu coração na cidade. Ou pode estar enclausurado em um monastério e desejar os prazeres do mundo. É melhor ficarmos exatamente onde estamos e desenvolver as qualidades espirituais que nos tornarão melhores homens e mulheres. Temos bastante que fazer no mundo e se fugirmos dele quem executará a tarefa? Somos responsáveis pelos nossos companheiros e a menos que nos incumbamos apropriadamente dessa responsabilidade, faltaremos com o nosso dever para com o Destino, que nos levará novamente a um ambiente tal – ou pior – ao qual não poderemos escapar. É muito melhor tratarmos de aprendermos todas as lições que estão ao nosso alcance, em vez de fugir-lhes em esplêndido isolamento.

(Revista Serviço Rosacruz – 08/75 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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Pergunta: Vocês disseram numa outra oportunidade que a Terra era o corpo de um espírito que dava a sua vida aos seus habitantes. E porque então dá flores e frutos a uns e fome e terremotos a outros?

PERGUNTA: Vocês disseram numa outra oportunidade que a Terra era o corpo de um espírito que dava a sua vida aos seus habitantes. E porque então dá flores e frutos a uns e fome e terremotos a outros?

RESPOSTA: Durante o intervalo entre a morte e o novo nascimento os espíritos desencarnados chegados ao Segundo Céu – onde se encontram os arquétipos de tudo o quanto existe – constroem o seu futuro habitat ambiental, no qual colherão o que semearam. Se fizeram crescer dois fios de erva onde antes só crescia um, formarão para si mesmos, uma terra ainda mais fértil, na qual poderão obter maiores frutos com menos esforço.

Se perderam tempo útil pensando no “Nirvana”, um lugar celestial de repouso e indolência, gostando mais de entrar em discussões metafísicas, do que cuidar das coisas materiais necessárias, continuarão fazendo a mesma coisa no Segundo Céu, e, assim sendo, sua terra será árida e estéril quando regressarem à vida terrestre. Terão de experimentar, então a fome, a seca, inundações e terremotos, até compreenderem a necessidade de cumprir seus deveres materiais. Dessa forma e em seu tempo, aprenderão a lição e lutarão para conquistar o mundo, como nós do Ocidente, porque supomos que o consulente se refere aos povos do Oriente que sofrem inundações e fome. Esses povos são os nossos irmãos menores. Estão ainda atrasados em sua evolução e devem seguir os nossos passos. Devem aprender a esquecer, por certo tempo, os mundos espirituais, com o objetivo de alcançar o desenvolvimento ensejado unicamente pelo mundo material. Existe um transcendental propósito nos fenômenos naturais que agora os afligem, não menos profundo do que a aparente prosperidade do mundo ocidental. Carências de toda natureza dirigi-los-ão inevitavelmente para condições mais materialistas, porém, nós do Ocidente, com as terras repletas de todas as coisas desejáveis do mundo, providas de mecanismos que tornam a vida mais atraente e divertida, inevitavelmente diremos a nós mesmos, quando saturados das “bênçãos materiais”: “e agora, qual a vantagem de possuir isso tudo? Será que os valores espirituais não tem muito mais importância?”. Então partiremos para um desenvolvimento espiritual muito mais elevado do que o do Oriente.

(Revista Serviço Rosacruz – 08/75 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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Pergunta: Há algo de “satânico” nos Ensinamentos Rosacruzes?

Pergunta: Participo de um grupo de estudos formado por cristãos muito sinceros, que consideram as ciências ocultas verdadeiras armadilhas de Satanás, desaconselhando com bastante veemência qualquer contato com as mesmas. É do meu conhecimento que os Ensinamentos Rosacruzes são considerados ocultos. Apesar da pouca familiaridade que tenho com as mesmas, tenho a impressão de que não tem nada de “satânico”. Agradeceria seus esclarecimentos a esse respeito.

Resposta: O termo “oculto” refere-se em geral, a tudo o que é secreto, ou considerado “sobrenatural”, do ponto de vista puramente físico. O Ocultismo como qualquer outro estudo, tem os seus aspectos positivos e negativos. Infelizmente, devido a grande ênfase dada aos seus aspectos menos superiores a ciência oculta criou “má reputação” em certos círculos.

Parece-nos, contudo, que a Filosofia Rosacruz, ou melhor, dizendo, os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental, indicam para a humanidade ideias e ensinamentos sobre tudo o que há de mais superior e positivo, quanto à natureza de Deus e do ser humano. De acordo com esses ensinamentos, o ser humano é inerentemente semelhante a Deus, possuindo, em estado latente, todos os atributos da Divindade. A meta final da evolução é transformar o ser inocente e estático que é o ser humano de hoje, num ser dinâmico como o Deus solar que adotamos.

A evolução do ser humano vem se processando desde os tempos imemoriais. O presente estágio é caracterizado por repetidos renascimentos na Terra, a fim de se aprender certas lições no plano físico, antes da passagem para mundos superiores. Passarão eons incontáveis, até que as qualidades que tornarão o ser humano em um ser divino desenvolverem.

O conhecimento adquirido em nossa jornada evolutiva deve ser usado a serviço de nossos semelhantes. E para evoluir devemos adquirir conhecimentos, tanto dos mundos espirituais como do mundo físico. E não há nada de maligno no conhecimento. O desejo de aprimoramento, o esforço em aprender algo relativo tanto ao mundo espiritual como ao mundo físico, numa escola qualquer, merece louvor. O importante é o uso que será feito desses conhecimentos.

Devemos esforçar-nos ao máximo em resistir à tentação de usar esses acontecimentos para engrandecimento próprio, para fins egoístas ou para prejudicar nossos semelhantes.

A Filosofia Rosacruz é uma filosofia cristã. Oferece mais ampla interpretação dos ensinamentos cristãos básicos, do que as igrejas cristãs ortodoxas. Dá grande ênfase a doutrina do Amor Universal conforme foi legada a humanidade por Cristo-Jesus.

(Rays From the Rose Cross publicado na Revista Serviço Rosacruz – 09/75 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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Pergunta: Como podemos saber que o renascimento é realmente um fato? Não será possível que aqueles que afirmam isso estejam sofrendo de alucinações?

Pergunta: Como podemos saber que o renascimento é realmente um fato? Não será possível que aqueles que afirmam isso estejam sofrendo de alucinações?

Resposta: O clarividente treinado, que é capaz de ler na Memória da Natureza, pode acompanhar a vida de uma pessoa, desde o seu presente estado até retroceder aos anos de sua infância. Poderá vê-la durante o período da infância, seguindo-a através do período de gestação até o momento em que o espírito entrou no útero materno. Poderá retroceder através de sua vida no Céu, no Purgatório, na ocasião da morte na vida anterior, acompanhando-a para trás, observando sua vida inteira. No caso de um adulto, o tempo envolvido geralmente é de mil anos ou mais, e é possível, quando não há outros meios de verificação, que isso possa ser uma alucinação. Porém, no caso de crianças que não atingiram a época da puberdade, há um intervalo comparativamente menor entre as encarnações. Em tal caso é fácil verificar um renascimento entre alguém dos nossos próprios familiares. Isso, realmente, constitui uma parte da educação de um discípulo dos Irmãos Maiores. É-lhe mostrada uma criança prestes a morrer e pede-se- lhe que observe essa criança no mundo invisível, talvez por um ano ou dois, seguindo-a passo a passo até que renasça, – talvez com os mesmos pais ou com outros. Quando o discípulo tiver assim acompanhado um Ego através dos mundos invisíveis, desde a morte ao nascimento próximo, saberá, com certeza, que a Lei do Renascimento é um fato na Natureza. Frequentemente tem a oportunidade de prosseguir com tais estudos investigando vidas de muitos indivíduos. Podemos afirmar que a clarividência, que alega ser um meio de investigação, seja em si mesma, uma alucinação? Não poderá ser o clarividente, embora perfeitamente honesto, vítima de uma visão quimérica? Podemos responder a essas perguntas, dizendo que o clarividente tem todos os dias à sua disposição os meios para verificar suas observações. Se um homem visitou Nova York e viu a cidade, nunca será tentado a dizer: “Será que eu me iludi?”. Ele esteve lá e sabe disso. O mesmo acontece com o clarividente, às vezes, ao deixar o seu corpo, encontra-se e trabalha com pessoas que não conhece na sua vida diária, mais tarde, poderá ser convidado a visitar esses amigos do mundo invisível. Poderá viajar, orientado pela clarividência deles, para uma cidade na qual é um estranho. Poderá encontrá-los na rua, visitar suas casas percebidas através da clarividência, reconhecê-los e ser reconhecido por eles. Poderá conversar com estes amigos sobre as coisas que fizeram e os lugares que visitaram em seus corpos invisíveis. E se ele já teve alguma dúvida quanto à realidade da sua vida fora do denso Mundo Físico, irá convencer-se, de uma vez por todas, da realidade de suas experiências quando fora do corpo. Sabe que seus amigos não são desconhecidos, sabe que não foi iludido, mas que sua vida, seu trabalho e suas experiências lá, são tão reais como sua vida, seu trabalho e suas experiências aqui.

(Livro: Perguntas e Respostas – Vol. I – pergunta 67 – Max Heindel)

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