Arquivo de categoria Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Os elementais podem influenciar uma pessoa habituada a usar perfumes?

Pergunta: Os elementais podem influenciar uma pessoa habituada a usar perfumes?

Resposta: O perfume constitui um tipo diferente de incenso. Sabemos que na queima de incenso, os elementais são inalados com ele, capacitando-os, por conseguinte a influenciar a pessoa que os inala.
O perfume exala um odor, não constituindo, porém, um gás ou coisa semelhante, no significado comum da palavra. Consiste de minúsculas partículas desprendidas da substância da qual foi feito. Essas partículas não servem, comumente, de veículos para incorporação de elementais, embora isso seja possível, no caso de perfumes extraordinariamente fortes. Não há, entretanto, objeção alguma às essências extraídas de flores.

Há restrições ao uso de perfumes, tais como o almíscar, obtido de animais, por implicarem em sua matança, além destas substâncias envolverem-se com os seus desejos, podendo estimular uma sutil sensualidade.

(Revista Serviço Rosacruz – 05/75 – Fraternidade Rosacruz – SP – Rays From The Rose Cross)

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Pergunta: Qual é o ponto de vista Rosacruz sobre o sufrágio feminino e a posição da mulher, no geral?

PERGUNTA: Qual é o ponto de vista Rosacruz sobre o sufrágio feminino e a posição da mulher, no geral?

RESPOSTA: O espirito não é nem macho nem fêmea, senão que se manifesta alternativamente em corpos masculino e feminino, normalmente. Assim sendo, considerando o sufrágio feminino desde esse ponto de vista bem mais amplo, seria um BENEFÍCIO para o homem atual uma atitude que permita as mulheres atuais exercerem os seus direitos abrangendo uma igualdade completa em todos os particulares. O duplo tipo de moral, de nossos dias, permissiva para com o adultério masculino, isentando-o de censura, deve ser abolido. O trabalho da mulher deve ser tão bem pago como o do homem e em todos os casos deveriam seguir-se as indicações tão admiravelmente expostas no romance de Edward Bellamy: “O Ano 2000”.

A eficácia de tão equitativo sistema social é evidente se consideramos o fluir da vida, sendo a presente existência nada mais do que uma de muitas vidas em que nascemos alternativamente como homens e mulheres. Existem ainda outras razões que deveriam nos impelir a concordar com a emancipação social da mulher.

No homem, o Corpo Denso é positivo, e as forças masculinas positivas estão especialmente enfocadas na Região Química do Mundo Físico. Dessa forma, o homem está mais interessado em tudo que possa pesar, medir, analisar e trabalhar na sua vida diária. O seu desenvolvimento se efetua particularmente sobre o plano material, dando forma à Terra e a todas as coisas, conforme seu desejo e possibilidades. Porém, o lado espiritual das coisas não desperta, no homem comum, particular interesse.

A mulher, por outro lado, tem um Corpo Vital positivo. Assim sendo, está intuitivamente em contato com as vibrações espirituais do Universo. É mais idealista e imaginativa e tem muito interesse para todos os fatores tendentes ao APRIMORAMENTO MORAL da raça humana. E como a humanidade só pode avançar em nossa Época mediante a moral e o crescimento espiritual, a mulher é, realmente, um fator primário na evolução. Toda a raça humana recolherá um benefício prodigioso no dia em que as mulheres tenham direitos iguais aos dos homens (escrito em 1912 – Movimento pelo Sufrágio Feminino, nos EUA), pois, até aquele tempo não podemos esperar por reformas que realmente unam a humanidade. Vemos, por analogia, se estudamos a estrutura de um lar, que a mulher é a coluna central, ao redor da qual giram o esposo e os filhos. De acordo com a sua capacidade, faz do lar o que ele é, sendo sempre a influência basilar e o elemento pacificador. O pai pode desencarnar ou abandonar o lar, assim como os filhos também. Enquanto que a mãe permanece, o lar subsiste. A morte da mãe, o lar se desfaz.

Já temos ouvido o seguinte argumento: “Sim, porém, se a mulher for atraída pela política, o lar ficará tão desfeito como se houvesse morrido”. Absolutamente não há razões para temer tal coisa. Durante o tempo de transição, enquanto a mulher tem de lutar para obter os seus direitos, e, quem sabe algum tempo depois, até estruturar melhor a sua vida, possivelmente encontraremos tais casos. Porém, logo que se tenham adaptado à nova situação, manterão os seus lares tão firmemente como antes. Nos lugares onde já houve experiências desse tipo, não houve lares desfeitos por essa causa. E, foram as mulheres as promotoras de todas as medidas que tendiam ao aprimoramento da moral. Não devemos esquecer, contudo, que as leis somente tendem a impulsionar a humanidade para um plano superior, no qual cada individuo seja uma lei em si mesmo. No momento, é absolutamente necessário que essas reformas se produzam mediante uma legislação adequada.

(Revista Serviço Rosacruz – 07/75 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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Pergunta: Conhecem vocês algum lugar onde uma pessoa possa viver essa vida tão bela, simples e inofensiva que recomendam?

PERGUNTA: Conhecem vocês algum lugar onde uma pessoa possa viver essa vida tão bela, simples e inofensiva que recomendam?

RESPOSTA: Não, não conhecemos lugares com tais qualidades e se os encontrássemos, lamentaríamos por causa de seus habitantes. Se temos um caráter violento e vamos viver no topo de uma montanha como reclusos, onde nossa sensibilidade não pode ser ferida pela rudeza de outras pessoas, temos pouquíssimos méritos em não ser impacientes. Se julgarmos ser difícil dominar nossos vícios, ou faltas nas grandes cidades e procurarmos o deserto como habitação, insignificante será o nosso crédito moral. Somos colocados nas cidades, em estreito contato com os nossos semelhantes para que nos acostumemos a acomodar-nos a eles em aprender a manter firmemente o nosso caráter, apesar de tudo, vencendo as tentações onde quer que elas existam. Um pode estar no topo de uma montanha, porém, ter o seu coração na cidade. Ou pode estar enclausurado em um monastério e desejar os prazeres do mundo. É melhor ficarmos exatamente onde estamos e desenvolver as qualidades espirituais que nos tornarão melhores homens e mulheres. Temos bastante que fazer no mundo e se fugirmos dele quem executará a tarefa? Somos responsáveis pelos nossos companheiros e a menos que nos incumbamos apropriadamente dessa responsabilidade, faltaremos com o nosso dever para com o Destino, que nos levará novamente a um ambiente tal – ou pior – ao qual não poderemos escapar. É muito melhor tratarmos de aprendermos todas as lições que estão ao nosso alcance, em vez de fugir-lhes em esplêndido isolamento.

(Revista Serviço Rosacruz – 08/75 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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Pergunta: Vocês disseram numa outra oportunidade que a Terra era o corpo de um espírito que dava a sua vida aos seus habitantes. E porque então dá flores e frutos a uns e fome e terremotos a outros?

PERGUNTA: Vocês disseram numa outra oportunidade que a Terra era o corpo de um espírito que dava a sua vida aos seus habitantes. E porque então dá flores e frutos a uns e fome e terremotos a outros?

RESPOSTA: Durante o intervalo entre a morte e o novo nascimento os espíritos desencarnados chegados ao Segundo Céu – onde se encontram os arquétipos de tudo o quanto existe – constroem o seu futuro habitat ambiental, no qual colherão o que semearam. Se fizeram crescer dois fios de erva onde antes só crescia um, formarão para si mesmos, uma terra ainda mais fértil, na qual poderão obter maiores frutos com menos esforço.

Se perderam tempo útil pensando no “Nirvana”, um lugar celestial de repouso e indolência, gostando mais de entrar em discussões metafísicas, do que cuidar das coisas materiais necessárias, continuarão fazendo a mesma coisa no Segundo Céu, e, assim sendo, sua terra será árida e estéril quando regressarem à vida terrestre. Terão de experimentar, então a fome, a seca, inundações e terremotos, até compreenderem a necessidade de cumprir seus deveres materiais. Dessa forma e em seu tempo, aprenderão a lição e lutarão para conquistar o mundo, como nós do Ocidente, porque supomos que o consulente se refere aos povos do Oriente que sofrem inundações e fome. Esses povos são os nossos irmãos menores. Estão ainda atrasados em sua evolução e devem seguir os nossos passos. Devem aprender a esquecer, por certo tempo, os mundos espirituais, com o objetivo de alcançar o desenvolvimento ensejado unicamente pelo mundo material. Existe um transcendental propósito nos fenômenos naturais que agora os afligem, não menos profundo do que a aparente prosperidade do mundo ocidental. Carências de toda natureza dirigi-los-ão inevitavelmente para condições mais materialistas, porém, nós do Ocidente, com as terras repletas de todas as coisas desejáveis do mundo, providas de mecanismos que tornam a vida mais atraente e divertida, inevitavelmente diremos a nós mesmos, quando saturados das “bênçãos materiais”: “e agora, qual a vantagem de possuir isso tudo? Será que os valores espirituais não tem muito mais importância?”. Então partiremos para um desenvolvimento espiritual muito mais elevado do que o do Oriente.

(Revista Serviço Rosacruz – 08/75 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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Pergunta: Há algo de “satânico” nos Ensinamentos Rosacruzes?

Pergunta: Participo de um grupo de estudos formado por cristãos muito sinceros, que consideram as ciências ocultas verdadeiras armadilhas de Satanás, desaconselhando com bastante veemência qualquer contato com as mesmas. É do meu conhecimento que os Ensinamentos Rosacruzes são considerados ocultos. Apesar da pouca familiaridade que tenho com as mesmas, tenho a impressão de que não tem nada de “satânico”. Agradeceria seus esclarecimentos a esse respeito.

Resposta: O termo “oculto” refere-se em geral, a tudo o que é secreto, ou considerado “sobrenatural”, do ponto de vista puramente físico. O Ocultismo como qualquer outro estudo, tem os seus aspectos positivos e negativos. Infelizmente, devido a grande ênfase dada aos seus aspectos menos superiores a ciência oculta criou “má reputação” em certos círculos.

Parece-nos, contudo, que a Filosofia Rosacruz, ou melhor, dizendo, os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental, indicam para a humanidade ideias e ensinamentos sobre tudo o que há de mais superior e positivo, quanto à natureza de Deus e do ser humano. De acordo com esses ensinamentos, o ser humano é inerentemente semelhante a Deus, possuindo, em estado latente, todos os atributos da Divindade. A meta final da evolução é transformar o ser inocente e estático que é o ser humano de hoje, num ser dinâmico como o Deus solar que adotamos.

A evolução do ser humano vem se processando desde os tempos imemoriais. O presente estágio é caracterizado por repetidos renascimentos na Terra, a fim de se aprender certas lições no plano físico, antes da passagem para mundos superiores. Passarão eons incontáveis, até que as qualidades que tornarão o ser humano em um ser divino desenvolverem.

O conhecimento adquirido em nossa jornada evolutiva deve ser usado a serviço de nossos semelhantes. E para evoluir devemos adquirir conhecimentos, tanto dos mundos espirituais como do mundo físico. E não há nada de maligno no conhecimento. O desejo de aprimoramento, o esforço em aprender algo relativo tanto ao mundo espiritual como ao mundo físico, numa escola qualquer, merece louvor. O importante é o uso que será feito desses conhecimentos.

Devemos esforçar-nos ao máximo em resistir à tentação de usar esses acontecimentos para engrandecimento próprio, para fins egoístas ou para prejudicar nossos semelhantes.

A Filosofia Rosacruz é uma filosofia cristã. Oferece mais ampla interpretação dos ensinamentos cristãos básicos, do que as igrejas cristãs ortodoxas. Dá grande ênfase a doutrina do Amor Universal conforme foi legada a humanidade por Cristo-Jesus.

(Rays From the Rose Cross publicado na Revista Serviço Rosacruz – 09/75 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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Pergunta: Como podemos saber que o renascimento é realmente um fato? Não será possível que aqueles que afirmam isso estejam sofrendo de alucinações?

Pergunta: Como podemos saber que o renascimento é realmente um fato? Não será possível que aqueles que afirmam isso estejam sofrendo de alucinações?

Resposta: O clarividente treinado, que é capaz de ler na Memória da Natureza, pode acompanhar a vida de uma pessoa, desde o seu presente estado até retroceder aos anos de sua infância. Poderá vê-la durante o período da infância, seguindo-a através do período de gestação até o momento em que o espírito entrou no útero materno. Poderá retroceder através de sua vida no Céu, no Purgatório, na ocasião da morte na vida anterior, acompanhando-a para trás, observando sua vida inteira. No caso de um adulto, o tempo envolvido geralmente é de mil anos ou mais, e é possível, quando não há outros meios de verificação, que isso possa ser uma alucinação. Porém, no caso de crianças que não atingiram a época da puberdade, há um intervalo comparativamente menor entre as encarnações. Em tal caso é fácil verificar um renascimento entre alguém dos nossos próprios familiares. Isso, realmente, constitui uma parte da educação de um discípulo dos Irmãos Maiores. É-lhe mostrada uma criança prestes a morrer e pede-se- lhe que observe essa criança no mundo invisível, talvez por um ano ou dois, seguindo-a passo a passo até que renasça, – talvez com os mesmos pais ou com outros. Quando o discípulo tiver assim acompanhado um Ego através dos mundos invisíveis, desde a morte ao nascimento próximo, saberá, com certeza, que a Lei do Renascimento é um fato na Natureza. Frequentemente tem a oportunidade de prosseguir com tais estudos investigando vidas de muitos indivíduos. Podemos afirmar que a clarividência, que alega ser um meio de investigação, seja em si mesma, uma alucinação? Não poderá ser o clarividente, embora perfeitamente honesto, vítima de uma visão quimérica? Podemos responder a essas perguntas, dizendo que o clarividente tem todos os dias à sua disposição os meios para verificar suas observações. Se um homem visitou Nova York e viu a cidade, nunca será tentado a dizer: “Será que eu me iludi?”. Ele esteve lá e sabe disso. O mesmo acontece com o clarividente, às vezes, ao deixar o seu corpo, encontra-se e trabalha com pessoas que não conhece na sua vida diária, mais tarde, poderá ser convidado a visitar esses amigos do mundo invisível. Poderá viajar, orientado pela clarividência deles, para uma cidade na qual é um estranho. Poderá encontrá-los na rua, visitar suas casas percebidas através da clarividência, reconhecê-los e ser reconhecido por eles. Poderá conversar com estes amigos sobre as coisas que fizeram e os lugares que visitaram em seus corpos invisíveis. E se ele já teve alguma dúvida quanto à realidade da sua vida fora do denso Mundo Físico, irá convencer-se, de uma vez por todas, da realidade de suas experiências quando fora do corpo. Sabe que seus amigos não são desconhecidos, sabe que não foi iludido, mas que sua vida, seu trabalho e suas experiências lá, são tão reais como sua vida, seu trabalho e suas experiências aqui.

(Livro: Perguntas e Respostas – Vol. I – pergunta 67 – Max Heindel)

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Pergunta: A cada fase que surge, o ser humano vê-se a frente com um novo elemento, ao qual deve adaptar-se. Como se manifesta esse elemento nos dias atuais e quais suas implicações futuras?

Pergunta: A cada fase que surge, o ser humano vê-se a frente com um novo elemento, ao qual deve adaptar-se. Como se manifesta esse elemento nos dias atuais e quais suas implicações futuras?
Resposta: Se um atlante pudesse ser transferido para nossa atmosfera, asfixiar-se-ia, como o peixe que se arrebatasse do seu elemento nativo. As cenas conservadas na Memória da Natureza provam que os primeiros a subir as terras altas, desmaiaram instantaneamente, ao encontrar-se com uma das correntes de ar que baixaram, gradualmente, sobre a Terra. Então, essas experiências provocaram vivos comentários e suposições. Atualmente, os aviadores encontram, também, um novo elemento e experimentam asfixia idêntica à dos precursores atlantes. Enfrentam um novo elemento que vem de cima para substituir o oxigênio da nossa atmosfera.

Ao mesmo tempo, uma nova substância está se introduzindo no corpo humano, em substituição a albumina. Os atlantes, sem pulmões desenvolvidos para o elemento ar, pereceram no dilúvio.

Assim, também, a idade nova encontrará alguns sem o “Vestido de Bodas”, incapacitados para nela entrar. Esperarão, até que se achem preparados, em tempos futuros. Consequentemente, é de máxima importância para todos saber o possível sobre o novo elemento e a nova substância. A Bíblia e a ciência facilitam ampla informação sobre o assunto.

(Revista Serviço Rosacruz – 07/74 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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Pergunta: As condições atuais são também passageiras?

Pergunta: As condições atuais são também passageiras?

Resposta: As condições dominantes, nessa idade de Noé, são tão temporárias, como as das idades precedentes. O processo de condensação que ainda continua, transformou a nevoa ígnea da Lemúria na atmosfera densa e úmida da Atlântida e, mais tarde, converteu esta umidade em água que inundou as cavidades da Terra – o Dilúvio – e impeliu a humanidade para as terras altas, para as mesetas. Tanto a atmosfera, como as condições fisiológicas estão mudando. É um alerta para a Mente compreensiva, referente à aurora de uma nova idade sobre o horizonte do tempo, a idade de unificação a que a Bíblia chama o Reino de Deus.

(Revista Serviço Rosacruz – 07/74 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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Pergunta: Se o trabalho do espírito também é regido por ciclos alternantes, os corpos, logicamente, passam por modificações periódicas. Como, por exemplo, eram os corpos humanos na Lemúria e na Atlântida?

Pergunta: Se o trabalho do espírito também é regido por ciclos alternantes, os corpos, logicamente, passam por modificações periódicas. Como, por exemplo, eram os corpos humanos na Lemúria e na Atlântida?

Resposta: Na temperatura terrível da Lemúria, os corpos, originalmente cristalizados, estavam excessivamente quentes, para conter a umidade que permitisse ao espírito livre acesso a todas as partes daquele organismo elementar, tal como age, atualmente, por meio do sangue circulante. Mais tarde, durante a primitiva Atlântida, verdadeiramente a humanidade teve sangue. Movia-se com dificuldade e teria secado rapidamente, sob o efeito da alta temperatura interna, não fosse à umidade abundante da atmosfera aquosa que, então, prevalecia. A inalação desta umidade diminuiu, gradualmente, o calor. O corpo adaptou-se, até ser retirado um grau de umidade suficiente para que fosse possível respirar na atmosfera relativamente seca que, mais tarde, sobreveio.

Os corpos dos atlantes primitivos estavam compostos de uma substância granulosa e fibrosa, não muito diferente de nossos tendões atuais. Com o tempo, graças a sua dieta de carne, permitiu-se a humanidade assimilar a albumina, em quantidade suficiente para construir o necessário tecido elástico e formar os pulmões e artérias, a fim de facilitar a livre circulação do sangue. Quando estas mudanças aconteceram, interior e exteriormente, apareceu no firmamento, o grande e glorioso arco-íris. Assinala o advento do Reinado do ser humano e significa que as condições da vida humana se tornavam tão variadas, como os matizes em que se refratava, na atmosfera, a luz de uma só cor do Sol. E, assim, a primeira aparição do arco-íris nas nuvens assinalou o começo da Idade de Noé, com suas estações e períodos alternantes.

(Revista Serviço Rosacruz – 07/74 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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Pergunta: Aqueles que se retiraram da vida terrena ficam vigiando e protegendo os que ficaram? Por exemplo, cuidarão as mães dos seus filhos pequenos ou até dos maiores?

Pergunta: Aqueles que se retiraram da vida terrena ficam vigiando e protegendo os que ficaram? Por exemplo, cuidarão as mães dos seus filhos pequenos ou até dos maiores?

Resposta: Sim, muitas vezes, uma mãe recentemente falecida zelará pelos seus filhinhos durante um longo tempo, e registraram-se casos em que os salvaram de perigos. Embora não soubessem conscientemente como se materializar, o amor pelos pequeninos e uma intensa preocupação pela sua segurança as levaram a atrair para si o material para que pudessem ser vistas pelos filhos. Aqueles que chamamos de mortos, geralmente, não se afastam da casa onde viveram, senão algum tempo depois de ter ocorrido o funeral.

Permanecem nos aposentos familiares e se movimentam ao nosso redor, embora invisíveis para nós. Naturalmente, quando chega o momento em que devem ir para o Primeiro Céu, não permanecem mais nas nossas casas, mas a visita frequentemente.

Quando entram no Segundo Céu, não têm mais consciência dessa esfera física, no sentido de terem tidos lares, amigos ou parentes. Devem ser considerados mais como forças da natureza, enquanto estão no Segundo Céu, pois trabalham sobre a Terra e a humanidade, da mesma maneira que as forças da natureza não tomam a forma humana. Portanto, é perfeitamente natural que velem por seus queridos por muito tempo após terem morrido.

Algumas vezes, pessoas que presenciaram a morte de uma pessoa, cujos filhos haviam falecido alguns anos antes, verificaram que, no momento da morte, ela via os filhos à sua volta e exclamava: “Ora, aqui está o Johnny, e como cresceu”, e assim por diante.

As pessoas presentes podem julgar que seja uma alucinação, mas não é. Observa-se que certo fenômeno sempre acompanha aquelas visões, isto é, quando uma pessoa desencarna sente se aproximar e cair uma escuridão sobre ela. Muitas pessoas morrem sem rever novamente o Mundo Físico. Essa é a mudança das nossas leves vibrações para as vibrações do Mundo do Desejo, que é semelhante à escuridão que se estendeu sobre a Terra por ocasião da crucificação. No entanto, com outras pessoas acontece que a escuridão se dissipa após um momento e, em seguida, a pessoa se torna Clarividente, vendo tanto o Mundo Físico como o Mundo do Desejo. Nesse momento, naturalmente, aparecem aos entes queridos que foram atraídos por sua morte, a qual corresponde a um nascimento no mundo espiritual. Podemos dizer que os nossos entes queridos se interessam pelo nosso bem-estar por um longo período após terem morrido.

Contudo, devemos lembrar que não há poder transformador na morte; que ela não lhes acrescenta qualquer habilidade especial para cuidar de nós, não influenciará realmente nos nossos problemas, de forma que não seria muito correto considerá-los os nossos “anjos guardiões”. São meros espectadores interessados, com exceção de alguns poucos casos específicos em que um amor intenso os capacita a nos dar algum ligeiro auxílio, em caso de grande necessidade. Esse auxílio, no entanto, nunca seria usado para nos enriquecer ou qualquer coisa desse gênero, mas uma forma de nos avisar de algum perigo ou algo parecido.

(Pergunta nº 64 do Livro: Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. I – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

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