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Escorpião: Forças Secretas da Natureza

Escorpião: Forças Secretas da Natureza

Lucas era fascinado por animais desde o dia em que, com apenas dois anos de idade, apanhou seu primeiro besouro e levou-o triunfalmente para casa. A mamãe, com uma careta, jogou fora o besouro, mas nessa época não tinha a menor ideia de que esse bichinho era apenas o primeiro de uma infinita procissão de insetos, taturanas, ratos, hamsters, sapos, cachorros e gatos, para não falar no pato, alguns esquilos órfãos, e outros diversos representantes da fauna, destinados a morar na sua casa por períodos curtos ou longos, enquanto seu filho crescia.

Contudo, a mãe tinha que admitir que Lucas cuidava dos seus bichinhos, compreendia e aceitava de bom grado a responsabilidade pelo seu bem estar. Nunca foram um peso para a família e apenas, raramente, causavam problemas. Lucas passava parte do seu tempo estudando os hábitos de seus animais e de outras vidas selvagens que encontrava, e possuía muitas notas sobre o comportamento animal; notas que, à medida que crescia, foram sendo cuidadosamente documentadas, em descrições concisas e inclusive científicas. Quando ainda estava no ginásio resolveu ser zoólogo e dirigiu seus estudos nesse sentido, tanto quanta possível. Logo se tornou uma “enciclopédia ambulante” sobre conhecimento de animais e podia citar fatos e números sobre este assunto tão bem quanto seus amigos podiam falar sobre futebol ou informações sobre carros de corrida.

Lucas sempre ficava intrigado e confuso pela maneira pela qual se podia esperar que membros da mesma espécie animal agissem do mesmo modo em determinadas circunstâncias. Por que as aves migravam seguindo rotas idênticas, nas mesmas épocas, ano após ano, e o que as guardava para não se perderem? Na realidade, em primeiro lugar, o que as levava a migrar? Oque motivava o salmão, em sua difícil jornada contra a correnteza, ir para o seu lugar de desova? Por que certas criaturas hibernavam e outras tinham conhecimentos para armazenar alimentos para o inverno? O que torna o puma feroz, o coelho tímido e a raposa astuta? Sabia, por seus estudos, que essas perguntas tinham sempre intrigado os naturalistas, mas em nenhum dos seus livros tinha encontrado respostas convincentes.

O dia em que Lucas aprendeu sobre Espíritos-Grupo foi um dos dias mais importantes de sua vida. Um amigo lhe deu um panfleto chamado “Entendendo os Animais” que explicava que cada espécie era governada por um Espirito-Grupo que dirigia as atividades de todos os membros. Espíritos-Grupo eram Arcanjos e, como tal, dotados de sabedoria superior. Eles sabiam o que era melhor para seus comandados – quase sempre muito melhor do que o ser humano sabe o que é melhor para ele. As reações do animal para qualquer situação,tanto de crise, simples necessidade e desejo, como envolvendo relacionamento com outros animais e pessoas, eram governadas, não pelo que os cientistas chamam de “instinto”, mas pelas ordens dos Espíritos-Grupo. Os seres humanos eram individualizados, portanto, imprevisíveis. Os animais ainda não eram individualizados, mas eram, em todos os aspectos, ligados e governados por seus Espíritos-Grupo, que não eram caprichosos. Portanto, animais eram previsíveis. Lucas soube em seguida que muitas das perguntas não respondidas pelos naturalistas sobre o comportamento animal seriam imediatamente respondidas se eles conhecessem e aceitassem a presença e atividades dos Espíritos-Grupo.

No princípio, Lucas falou muito pouco sobre sua descoberta. Compreendeu, imediatamente, a importância disso, mas também sentiu que as outras pessoas não estariam inclinadas a aceitar e acreditar na teoria dos Espíritos-Grupo. Para ele era a única explicação lógica. Sabia que alguns cientistas, mais avançados, haviam sugerido a existência de uma espécie de “força” oculta no universo que impelia os animais a fazer o que faziam, e esta “força”, com certeza, poderia ser facilmente traduzida por “Espíritos-Grupo”. Contudo, outros observadores se contentavam em atribuir o comportamento animal ao “instinto” – sem nunca explicarem inteiramente, pelo menos a contento para Lucas, o que era “instinto” e como funcionava. Sabia que muitos desses observadores iam achar a ideia de uma entidade invisível, como a do Espirito-Grupo, simplesmente ridícula, semelhante a um conto de fadas.

Grato por seu novo conhecimento, Lucas sabia que, embora não tivesse intenção de conservá-lo só para si, no momento não podia fazer muito para revolucionar o mundo cientifico. Contudo, no próximo ano, na universidade,tinha certeza que os professores iam ficar surpresos com algumas das teorias que iria expor, e, eventualmente, quando iniciasse sua carreira, ele estaria em melhor posição de transmitir essa informação para os colegas. Enquanto isso, tencionava aprender tudo que pudesse nesse sentido. Se existiam Espíritos-Grupo, sobre os quais relativamente poucas pessoas tinham ouvido falar, certamente era possível que outras entidades sobre as quais os cientistas ainda não tinham noção, também desempenhassem importantes papeis nos trabalhos da Natureza. Lucas sabia que quanto antes à existência de tais seres fosse reconhecida e aceita, mais depressa seria explicado muito do que ainda intrigava os cientistas.

(Do Livro Histórias da Era Aquariana para Adolescentes – Vol. VI – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz).

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Escorpião – Fisionomia e Personalidade quando no Ascendente

Influências Fisionômicas e de Personalidade quando no Ascendente

(*) Advertência: a descrição aqui apresentada é mais exata conforme a cúspide da 1ª Casa esteja mais próximo do ou no segundo decanato do Signo (10º grau até 20º grau). Quando os 3 últimos graus de um Signo estão ascendendo, ou quando os 3 primeiros graus ascendem no momento do nascimento, diz-se que a pessoa nasceu “na cúspide” entre dois Signos, e, então, a natureza básica dos Signos envolvidos são mescladas no corpo dela. Astros nas Casas:

  1. Os Astros no Signo Ascendente podem modificar a descrição.
  2. Astros colocados na 12ª Casa e que se encontram dentro de seis graus deste podem modificar a descrição

Em tais casos o Estudante dever usar seu conhecimento do caráter dos Astros em conjunto com a descrição do Signo. (Veja mais no Livro: Mensagem das Estrelas – O Signo Ascendente – Max Heindel e Augusta Foss Heindel)

Escorpião

O escorpiano tem uma estatura mediana a pequena. A estatura física é, muitas vezes, encurvada, acentuado pelos braços e pernas curtas e corpulência.

A frente é escura, muitas vezes, bem peluda.

A cabeça é oval. O cabelo liso e preto. A testa baixa e muito larga. O nariz tem ou o formato de um gancho como de uma ave de rapina (águia) ou é torto formando um “S”.

Os olhos são escuros e tem um olhar penetrante; estão fundos nas estufas, muitas vezes ofuscada por sobrancelhas grossas que formam um ângulo na parte superior.

A boca parece comprimida muitas vezes por causa da tensão interna. Os lábios são finos. A distância entre o lábio superior e o nariz é pequena. O queixo é pontudo e imponente. As maçãs do rosto salientes.

Pelo fato do rosto ser fino, a linha do maxilar inferior se destaca. As orelhas são pequenas, assim como os seus lóbulos.

O peito é encurvado e parece quadrado. Os braços e pernas, que normalmente são curtos, acentuando o encurvamento do escorpiano.

Escorpião rege a oitava Casa: da herança, morte, sexualidade e do ocultismo/misticismo.

Não é de estranhar que o escorpiano se foca na questão da vida e da morte. Junto com a morte vem a questão do que vem depois (da morte), conforme a sua natureza se interessará por ocultismo ou misticismo.

A forte sexualidade (geração) pode ser canalizada de forma positiva para a iniciação (regeneração).

A força de vontade é muito desenvolvida e este é o tipo de maior autodisciplina.

Eles possuem muita energia que, na juventude, pode encadear desejo de destruição.

São muito fechados, mas podem reagir de forma bem sarcástica e são muito diretos. Os escorpianos são muito possessivos e ciumentos.

São muito trabalhadores. Podem pensar num problema por meses ou anos e pesquisar até o fundo da questão, focando no global (ao contrário de Virgem que tudo determina e perde o controle da conjuntura).

Um escorpiano pode ficar muito tempo matutando sobre uma ofensa ou injustiça para depois atacar sem piedade. Sua sede de vingança se torna insaciável; o sadismo não lhe é estranho.

Sua crítica é incrivelmente afiada e parece aos outros mais sarcástico do que eles pretendiam ser.

Eles são muito desleixados e parece que quase nunca engraxam os sapatos.

Num momento eles conseguem atingir seu mais alto grau para no momento seguinte serem dominados pelo seu oposto. O ditado: quanto mais alto o espírito maior o monstro, com certeza descreve-os.

Tradução feita pelos irmãos e irmãs da  Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil, do original: ASTROLOGISCHE TYPELOGIE – Hans Stein – Fishe-tekst – Fraternidade Rosacruz – Alemanha

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RECEITA – Almôndegas de Abobrinha

ALMÔNDEGAS DE ABOBRINHA

 

Ingredientes:

2 abobrinhas italianas grandes

Aveia em flocos finos

2 colheres de sopa de azeite

1 cebola pequena

Alho picado

Cheiro verde a gosto

Sal a gosto

Modo de preparo:

  • Corte as abobrinhas em rodelas e cozinhe até que fiquem macias.
  • Após cozinhar, amasse com um garfo para virar um purê.
  • Faça uma bola com ela e aperte para retirar o excesso de água e reserve.
  • Corte a cebola bem miudinha e reserve.
  • Numa tigela coloque a abobrinha, a cebola, o alho batido, o cheiro verde e o azeite. Vá acrescentando a aveia aos poucos até que essa massa fique consistente.
  • Acerte o sal e faça bolinhas do tamanho que desejar.
  • Frite em óleo quente ou asse em forno médio, até que fiquem ligeiramente douradas.
  • Sirva acompanhada de molho de tomates, arroz e salada de alface, agrião, acelga, e um purê de batatas. Fica um prato muito bonito!!!
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RECEITA – Bolo Salgado de Queijo Coalho

RECEITA – BOLO SALGADO DE QUEIJO COALHO

 

Ingredientes:

 

2 ovos

50 g de manteiga sem sal

½ cebola

½ xícara (chá) de leite

½ xícara (chá) queijo parmesão fresco

1 colher (sopa) de fermento químico

1 xícara (chá) de farinha de trigo integral

1 xícara (chá) de queijo coalho (+ou- 2 espetos)

1 tomate grande picado e sem sementes

Manjericão a gosto (ou manjerona, orégano ou a erva que gostar)

Modo de preparo:

  • Em um liquidificador coloque os ovos, a manteiga, o leite, o queijo parmesão e bata bem.
  • Em uma tigela despeje os ingredientes batidos no liquidificador e junte a farinha de trigo aos poucos, misturando bem para incorporar
  • Adicione o queijo coalho, o tomate, manjericão e o fermento químico. Misture bem.
  • Transfira tudo para uma forma média, untada e enfarinhada e leve para assar em forno pré-aquecido por cerca de 30 minutos ou até dourar
  • Espere esfriar para desenformar
  • Não coloque sal, experimente pois já tem o sal do queijo parmesão
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Signo Ascendente – A Missão de cada Signo: Escorpião

“A ti Escorpião, darei uma tarefa muito difícil.

Terás a habilidade de conhecer a mente dos seres humanos,

mas não te darei a permissão de falar sobre o
que aprenderes.

Muitas vezes te sentirás ferido por aquilo que vês, em
tua dor te voltarás contra Mim, esquecendo que não sou Eu,

mas a perversão de Minha Ideia, o que te faz sofrer.

Verás tanto e tanto do ser humano enquanto
animal, e lutarás tanto com os instintos em ti mesmo, que perderás o teu
caminho;

mas quando finalmente voltares, terei para ti o Dom supremo da Finalidade“.
E Escorpião retornou ao seu lugar.
Principal Característica: a profundidade
Qualidade: conhecimento do ser humano
Defeito: intensidade excessiva

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Pergunta: Teremos contato com amigos de uma vida anterior quando nascermos para uma nova vida terrena?

Pergunta:Teremos contato com amigos de uma vida anterior quando nascermos para uma nova vida terrena?

Resposta:A Lei do Renascimento tem como companheira a Lei de Causa e Efeito. É evidente que deve haver muitas causas geradas por todos nós e que não trarão efeitos nesta vida. Por exemplo, um marido está doente e é cuidado pela esposa com grande abnegação. Surge, obviamente, uma dívida ali e se a doença continuar até o término da vida do esposo, não haverá, nessa vida, oportunidade para a retribuição desses cuidados. Mas, se soubermos quais são as leis da natureza e como funcionam, saberemos que não são anuladas por coisas tão insignificantes como o cessar da vida em certo corpo. Se fraturarmos um membro, ele não estará recuperado no dia seguinte, embora possamos ter dormido à noite inconscientes da nossa lesão. Ao acordarmos, o membro estará praticamente nas mesmas condições do dia anterior. Assim também ocorre com os atos praticados no corpo numa vida. Embora passemos pelo estágio que transcorre entre a morte e um novo nascimento e estejamos agora inconscientes de vidas anteriores, quando iniciamos uma nova vida, a Lei de Associação e as causas geradas numa existência anterior, levar-nos-ão a um novo meio onde encontraremos os nossos velhos amigos e alguns dos inimigos. Conhecemo-los também, embora não os possamos reconhecer diretamente.

Às vezes, encontramos uma pessoa pela primeira vez e sentimo-nos atraídas por ela como se já a tivéssemos conhecido e a quem podemos confiar tudo que possuímos. Isso ocorre quando o espírito interno vê um velho amigo e o reconhece, embora o seu cérebro atual não tenha registro desse fato. Às vezes, encontramos uma pessoa e sentimos que não queremos permanecer em sua companhia. É uma antipatia instintiva embora não existam razões aparentes para esse desafeto. Mas aí há também o reconhecimento por parte do espírito, que se transpõe para o passado e vê um inimigo dos velhos tempos. Deste modo, as nossas antipatias e simpatias instintivas são guiadas por experiências anteriores que, geralmente, mostrarão ser confiáveis à luz de experiências posteriores.

(Livro: Perguntas e Respostas – Vol. I – pergunta 69 – Max Heindel)

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Um naufrágio com mortos

Um naufrágio com mortos

Uma noite, alguns Auxiliares Invisíveis relataram que estiveram no Oceano Atlântico Sul, onde avistaram um barco em apuros.

Eles foram informados de que o barco poderia afundar com todos a bordo. Era um cargueiro, carregando seis mulheres e quarenta e dois homens. O barco tinha se chocado em algo, tinha feito um grande buraco no casco e a água estava entrando, rapidamente.

Depois de se materializarem, os Auxiliares Invisíveis seguiram até a cabine onde as mulheres estavam agrupadas e tentaram acalmá-las. O capitão entrou e disse que toda a esperança de salvar o barco havia acabado e que eles não foram capazes de colocar os botes salva-vidas fora, pois a água do mar estava violenta. Eles tinham acabado de perder dois botes. As pessoas rezavam e pediam aos Auxiliares Invisíveis para salvá-los. Um dos Auxiliares Invisíveis disse-lhes que tudo ficaria bem e caso morressem, todos voltariam em um curto espaço de tempo.

Rapidamente, o barco se levantou e ficou em pé por cerca de cinco minutos, sacudiu um pouco quando a caldeira explodiu, e então afundou. Finalmente, bateu no fundo, e pendeu para o lado, e acomodou-se na lama. As pessoas todas perguntaram o que havia acontecido, não percebendo que eles já estavam mortos. Eles disseram que a princípio haviam se sentido como que estrangulados por falta de ar, porém, tal sentimento havia cessado. Eles foram instruídos a seguir os Auxiliares Invisíveis, os quais os levaram a Região Fronteiriça (N.T.: entrada do Purgatório), onde foram avisados de que estavam mortos.

(I.H. – AMBER M. TUTTLE)

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Signo Ascendente – A Missão de cada Signo: Libra

“A ti Libra dou a missão de servir, para que o ser humano esteja ciente dos
seus deveres para com os outros; para que ele possa aprender a cooperação,
assim como a habilidade de refletir o outro lado de suas ações.

Hei de te levar onde quer que haja discórdia, e por teus esforços te concederei o Dom
do Amor”.

E Libra voltou ao seu lugar.
Principal Característica: a busca do outro, a sociabilidade
Qualidade: diplomacia, elegância, simpatia, bom senso
Defeito: hesitação, necessidade de agradar, dificuldade com conflitos

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O Amigável Rubens

O Amigável Rubens

Tantas coisas interessantes estavam acontecendo no jardim, e cada dia apareciam mais surpresas agradáveis.

Os lindos narcisos, como sinos dourados à luz do Sol, pareciam tinir suavemente quando Rosália e Ricardo passavam por eles. As borboletas alegres, como crianças do ar, voavam de flor em flor e as abelhas zumbiam jovialmente enquanto cortejavam as belas flores.

– Oh, era tão bom estar vivo! Reconheciam as crianças, à medida que passavam através do portão rústico que conduzia ao pomar. Que lindo panorama as saudava! A macieira era uma massa de flores perfumadas –lindas flores com talas brancas macias como a seda, salpicadas de cor-derosa e os corações polvilhados de pó dourado.

– Ricardo -sussurrou Rosáliaestou certa de que se as árvores pudessem falar aquela adorável macieira diria: “Sou linda porque sou feliz”.

– Bem, eu suponho que elas falam a língua das árvores – respondeu Ricardo – mas nós não as entendemos.

Oh, Ricardo, olhe – gritou Rosália – os pintarroxos voltaram à macieira. Lá está a esposa do Sr. Rubens; sendo assim o Sr. Rubens deve estar por perto.

Nesse momento, bem a seus pés, chilreava o Sr. Rubens como se estivesse querendo atrair a atenção deles. Quando eles disseram: “Lindo Rubens, lindo Rubens, estamos felizes que você voltou” ele cantou para eles e parecia que sua pequena garganta estava quase estourando de alegria.

A macieira balançou suas perfumadas flores, cheia de prazer por ouvir a doce canção do pintarroxo. Os seus galhos baixos, vigorosos, eram os melhores lugares para se formarem os ninhos e seus ramos cobertos de folhas abrigavam muitas famílias emplumadas.

As crianças olharam e lá, descansando no galho mais baixo da macieira, estava o ninho dos pintarroxos. Parecia uma tigela – a parte de fora coberta com barro, galhos e folhas, todos fixados juntos. Mas, do lado de dentro havia grama e musgo muito macios, de maneira que a esposa do Sr. Rubens ficava muito confortável.

O Sr. Rubens procurava uma minhoca bem gorda para a primeira refeição do dia da sua esposa.

O brilho dourado do Sol inundava a amigável macieira e a árvore estava feliz. Os brotos avermelhados abriam seus corações dourados para o brilho do Sol.

– La vai a esposa do Sr. Rubens – sussurrou Ricardo – Espere aqui, Rosália, enquanto eu verifico se alguns ovos no ninho.

Um segundo depois, ele disse:

Sim, há! Quatro preciosos ovinhos azuis-esverdeados!

A esposa do Sr. Rubens voltou voando para o ninho, ralhando e fazendo um grande reboliço. Rapidamente, contou os seus preciosos avos e chamou rispidamente o Sr. Rubens. Como poderia saber que Ricardo não faria mal a seus ovos? Ela tinha passado por experiências tão trágicas que não ousava arriscar-se.

– Anime-se, anime-se – disse o Sr. RubensTudo está bem, ninguém nos fez mal. Eu tenho observado aquele garotinho e ele é amigo de todas as crianças da redondeza. Ele só queria ver nossos preciosos ovos.

Os gritos estridentes e rabugentos da esposa do Sr. Rubens fizeram descer um duende – Elf-kin – dos galhos mais altos da árvore, onde estava trabalhando sobre o grupo mais delicado de botões.

Ricardo estava aborrecido em ver a esposa do Sr. Rubens tão agitada e ficou mais do que feliz ao ver Elf-kin, que era amigo deles e acertaria as coisas com os pintarroxos.

– Bem, bem, vocês crianças criaram uma boa confusão na família dos pintarroxos. Por que tudo isso?

– Oh, Elf-kin, eu não quis cometer mal algum – disse Ricardo – eu só quis ver se havia ovos no ninho.

– Foi o que pensei – disse Elf-kin – Vou apresentá-los à família dos pintarroxos, então vocês se tornarão bons amigos.

Elf-kin falou com o Sr. Rubens e sua esposa e eles entenderam tudo o que ele disse. As crianças do campo e os Espíritos da Natureza se entendem uns com os outros. É muito suave o cordão de amor que os mantém unidos.

Quando a esposa do Sr. Rubens ficou completamente segura de que Ricardo só olhou o ninho por causa de seu amor por ela e na esperança que logo mais os bebês passarinhos pudessem estar saltitando pela relva aveludada, ela gorjeou o mais lindamente que pôde.

Rosália contou ao Sr. Rubens e sua esposa como ela e Ricardo estavam ansiosos esperando por eles, desejando que eles fizessem novamente seu ninho na amiga macieira. Rosália tinha uma natureza tão maternal e sempre dava as boas-vindas aos seus amigos cobertos de penas!

O Sr. Rubens começou a conversar com Elf-kin e confidenciou a ele o motivo pelo qual a sua esposa tinha ficado tão excitada; uma vez, um garoto perverso roubou seus preciosos ovos e ela não sabia o que um garoto sem consciência poderia fazer. Isso fez com que ela se tornasse sempre muito vigilante.

Então, Rosália, Ricardo, Elf-kin e o Sr. Rubens tiveram um ótimo dialogo juntos. O Sr. Rubens disse que ele e sua esposa amavam os meninos e as meninas e sempre cantavam suas mais belas canções para as crianças que os amassem.

– Gostamos de pensar que quando as crianças cantam, muito de nossa alegria vive em suas canções – chilreou o Sr. Rubens – Muitas vezes, quando sabemos que as crianças gostam de nos ter por perto, nós nos tornamos ousados e construímos nossos ninhos bem perto de suas casas. Gostamos de saltitar pelos lindos campos verdes e até mesmo nas soleiras das portas.

O Sr. Rubens, então, gorjeou um gorjeio diferente e Elf-kin o ouviu atentamente.

Sim – respondeu Elf-kin – estou certo que as crianças gostariam de ouvir a lenda dos pintarroxos de tempos antigos.

– Ha muito, muito tempo atrás – contou o Sr. Rubens – quando o menino Jesus estava aqui na Terra, Ele alimentava os pintarroxos que saltitavam à soleira da porta da casa de sua mãe. Houve um deles que nunca esqueceu a amorosa bondade de Jesus. Os anos passaram e quando o querido Senhor estava na cruz, esse pintarroxo tentou ajudá-Lo e uma gota de sangue de Jesus salpicou-lhe as penas do peito. É por isso que todos os pintarroxos têm, agora, o peito vermelho. O querido Senhor abençoou o pintarroxo e chamou-o “Pássaro de Deus”. Então, a partir desse dia, nós, os pintarroxos, tentamos sempre cumprir nosso dever. Ajudamos as belas árvores eliminando os insetos e as minhocas que podem danificá-las. Nós nunca esperamos gratidão, mas ficamos felizes por contribuir com uma pequena parte, ajudando a Mãe Natureza.

A esposa do Sr. Rubens estava com fome e chilreou docemente para o Sr. Rubens, que se desculpou. Ele disse ao Elf-kin que seria um pássaro amigo e chamaria as crianças a cada manhã: “Acordem, Acordem”.

Rosália e Ricardo, agora muito felizes porque os pássaros eram seus amigos, disseram até logo para eles e voltaram para o velho jardim com suas muitas flores.

Sr. Rubens voou rapidamente até onde estava a sua esposa. Seus corações transbordavam de alegria e eles cantavam uma canção de louvor a Deus – pois Ele é o Deus deles, assim como é também o nosso Deus, como vocês sabem.

A macieira agitou suas belas flores e algumas de suas pétalas delicadas voaram longe, carregadas pela suave brisa.

(Do Livro Histórias da Era Aquariana para Crianças – Vol. I – por Florence Barr – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz).

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