PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Quando e para que foram nos dado: Arquitetura, Escultura, Pintura e Música

Quando e para que foram nos dado: Arquitetura, Escultura, Pintura e Música

 

A arquitetura, que se relaciona com a construção das formas, foi a primeira lição dada à humanidade. O ser humano iniciou essa tarefa no Período de Saturno, quando começou a reunir o material necessário para construir um Corpo Denso. Nesse período, sua consciência encontrava se no mais profundo estado de transe e ele trabalhava automaticamente sob a direção dos Senhores da Chama, a onda de vida de Leão, cuja nota chave é Lá# maior. A arquitetura está, portanto, correlacionada com o Período de Saturno da existência terrestre, e o Corpo Denso, que começou a se desenvolver no início daquele período, foi impregnado desse tom particular. Toda construção arquitetônica, da mais diminuta célula até Deus, está baseada na Lei Cósmica e é executada consoante certos modelos prescritos, e qualquer desvio do plano geral pode causar anomalias e incongruências. Tais anomalias produzem o mesmo efeito que tocar uma nota falsa em um acorde musical.

A escultura, que determina o contorno das formas, foi a segunda tarefa evolucionária dada à humanidade. Este trabalho teve seu início no Período Solar da existência do mundo, quando a formação do Corpo Vital se tornou necessária para dar forma ao Corpo Denso. A consciência do ser humano estava, então, em um estado de sono profundo e ele desempenhava seu trabalho automaticamente sob a direção das seguintes ondas de vida: os Senhores da Chama (Leão), os Senhores da Sabedoria (Virgem), e os Querubins (Câncer). A escultura está correlacionada ao Período Solar e ao Corpo Vital. Esse veículo sempre determina a direção em que uma certa força é usada e, portanto, ela procura dar o contorno correto para todas as formas. A nota chave de Leão é Lá# maior, a de Virgem é Dó natural, e a nota chave de Câncer é Sol# maior.

A pintura foi a terceira arte que o ser humano começou a desenvolver. Seu impulso deve se à tentativa de reproduzir os quadros vistos no Período Lunar da existência da Terra, dos quais o ser humano se lembrava vagamente através da sua visão de consciência pictórica. O trabalho do Período Lunar era feito automaticamente sob a direção das seguintes ondas de vida: os Senhores da Sabedoria (Virgem), os Senhores da Individualidade (Libra), e os Serafins (Gêmeos). A nota chave de Virgem é DÓ natural, a de Libra é Ré maior, e a de Gêmeos é Fá #_ maior. A pintura está correlacionada ao Período Lunar e ao Corpo de Desejos, e ambos começaram seu desenvolvimento naquela época.

Pitágoras, um mestre ocultista, afirmou que o mundo surgiu do caos pelo som ou harmonia. Foi construído de acordo com os princípios da escala musical, e os sete Planetas, que regem o destino dos mortais, têm um movimento e intervalos harmoniosos que correspondem aos intervalos musicais, tornando os vários sons tão perfeitamente harmonizados que conseguem produzir a mais doce melodia. Essa melodia é de tal grandeza sonora que se torna inaudível para o ser humano, pois a audição humana é incapaz de percebê la. Pitágoras representou a distância da Terra à Lua por um tom inteiro; da Lua a Mercúrio um semitom; de Mercúrio a Vênus um semitom; de Vênus ao Sol um tom inteiro e um semitom; do Sol a Marte um tom inteiro; de Marte a Júpiter um semitom; de Júpiter a Saturno um semitom; de Saturno ao Zodíaco um tom inteiro e um semitom. Isso forma um intervalo de sete tons, base da harmonia universal.

Max Heindel afirmou que Pitágoras não estava romanceando quando falava da música das esferas, pois cada uma das órbitas celestes tem seu tom definido e, juntas entoam uma sinfonia celestial. Ele confirma as declarações de Pitágoras, isto é, que cada Astro tem sua própria nota chave e viaja ao redor do Sol em tão variados índices de velocidade, que sua posição não pode ser repetida a não ser depois de aproximadamente vinte e sete mil anos. A harmonia celeste muda a cada momento, e, à medida que ela muda também as pessoas no mundo alteram suas ideias e ideais. O movimento circular dos Planetas ao redor do Sol no tom da sinfonia celestial, criada por eles, marca o progresso do ser humano ao longo do caminho da evolução.

Os ecos dessa música celestial chegam até nós no Mundo Físico. São nossas propriedades mais preciosas, muito embora sejam tão fugazes quanto uma quimera e não possam ser permanentemente criados. No Primeiro Céu, estes ecos são, naturalmente, muito mais belos e permanentes. No Mundo do Pensamento, onde o Segundo e Terceiro Céus estão localizados, encontra se a esfera do som.

Em nossa vida terrena, estamos tão imersos nos pequenos ruídos e sons de nosso limitado meio ambiente, que somos incapazes de ouvir a música produzida pelas esferas em marcha. O verdadeiro músico, seja consciente ou inconscientemente, sintoniza se com a Região do Pensamento Concreto, onde ele pode ouvir uma sonata ou uma sinfonia inteira como um único acorde resplandecente que, mais tarde, transpõe para uma composição musical de sublime harmonia, graça e beleza. O ser humano tem sido comparado a um monocórdio instrumento musical de uma única corda – que se estende da Terra aos confins longínquos do Zodíaco.

A vontade do ser humano teve sua origem na vontade de Deus. O músico, por meio de sua própria força de vontade, ouve esse poder da vontade de Deus expressa em sons e tons permeando o Sistema Solar. E, através de sua própria habilidade criadora nascida da vontade e da imaginação, ele é capaz de reproduzir em sons e tons, tanto os tons do poder vontade de Deus que criou o Sistema Solar, quanto Suas ideias tonais por meio das quais Ele materializou o Sistema Solar.

Arquitetura, escultura e pintura foram impressas no ser humano pelos grandes Seres espirituais, e essas artes tornaram se parte da sua natureza. Mas é através do poder da própria vontade do ser humano que o músico é capaz de perceber os tons expressos pela vontade de Deus e, até certo ponto, reproduzi los. Esta é a origem de nossa música no Mundo Físico, criação própria do ser humano.

A música produz expressões de tom que procedem do poder mais elevado de Deus e do ser humano, isto é, da vontade. Portanto, podemos ver que terrível consequência o ser humano está construindo para si, ao profanar a música, ao introduzir nela todos os tipos de dissonâncias, ruídos estridentes e penetrantes, gemidos e desarmonias que afetam os nervos. Um conhecido filósofo expressou bem uma grande verdade cósmica quando disse: “Deixem me escrever música para uma nação e não me preocuparei com quem faça suas leis”. O termo músico aqui usado não se aplica ao cantor ou ao executante musical comum, mas a mestres criadores de música, tais como Beethoven, Mozart, Wagner, Liszt, Chopin e outros da mesma classe. A arquitetura pode ser comparada à música congelada; a escultura à música aprisionada; a pintura à música lutando para se libertar; a música à livre e flutuante manifestação do som.

(leia mais no livro A Escala Musical e o Esquema de Evolução – Fraternidade Rosacruz)

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Pergunta: Por que, salvo algumas exceções, renascemos sem ter a mínima consciência de qualquer existência anterior, para sofrer, cegamente, nesta vida por transgressões cometidas em alguma precedente e da qual somos inteiramente ignorantes? Não progrediríamos espir

Pergunta: Por que, salvo algumas exceções, renascemos sem ter a mínima consciência de qualquer existência anterior, para sofrer, cegamente, nesta vida por transgressões cometidas em alguma precedente e da qual somos inteiramente ignorantes? Não progrediríamos espiritualmente melhor e com mais rapidez se soubéssemos onde erramos e quais atos teríamos que corrigir antes de progredir?

Resposta: Uma das maiores bênçãos conferidas ao ser humano consiste em nada saber sobre suas prévias experiências até que tenha alcançado um avanço espiritual considerável, porque há nas nossas vidas passadas (quando éramos bem mais ignorantes do que o somos agora) atos sombrios que requerem justo castigo. Essa dívida está sendo liquidada gradualmente. Se tivéssemos conhecimento das nossas vidas passadas, ou soubéssemos como e quando a Lei de Causa e Efeito atuaria, trazendo-nos a retribuição por faltas passadas, veríamos essa calamidade suspensa sobre nós, e o temor do nosso destino despojar-nos-ia da força de vontade para enfrentá-lo e, no momento do ajuste, encontrar-nos-íamos amedrontados e indefesos. Não sabendo o que aconteceu anteriormente, não precisaremos saber o que nos espera.

Portanto, aprenderemos as lições sem estarmos despojados da nossa determinação em virtude do medo.

Além disso, para aqueles que desejam saber, existem certos meios de reconhecer as lições que temos de aprender e qual a melhor forma de proceder. Por exemplo, a nossa consciência diz-nos o que temos ou não de fazer. Se nos sentirmos inclinados a estudar a ciência da Astrologia, o horóscopo revelará nossas tendências e as linhas de menor resistência. Trabalhando com essas leis da natureza, poderemos avançar rapidamente e, na medida em que seguirmos os ditames da nossa consciência e estudarmos mais as leis cósmicas tais como reveladas pela astronomia, mais rapidamente estaremos em condições de receber o conhecimento direto.

Em “Zanoni” (famoso romance ocultista do escritor inglês Bulwer Lytton) fala-nos de um espectro temível que encontrou com Glyndon, quando este tentava dar um passo no caminho do desenvolvimento ainda não alcançado. No ocultismo, esse espectro é chamado “O Guardião do Umbral”. No intervalo da morte e de um novo nascimento, esse Guardião do Umbral não é visto pelo ser humano, mas é a incorporação de todas as suas más ações passadas, que devem primeiro ser superadas por quem deseja penetrar nos mundos internos conscientemente e atingir um conhecimento pleno das condições ali existentes.

Mas, há também outro Guardião que é a incorporação de todas as nossas boas ações, e podemos afirmar que ele é o nosso Anjo da Guarda. Se tivermos a coragem de passar pelo espectro hediondo, percebido primeiro por ser formado da grosseira matéria de desejos, obteremos logo o auxílio consciente do outro Guardião, então, teremos a força de resistir sem medo às tormentas malignas que atingem todos os que se esforçam por ilhar o caminho do altruísmo. Mas, enquanto não pensarmos por esse espectro, não estaremos preparados para o conhecimento das nossas vidas passadas. Por isso, devemos ficar satisfeitos com a visão comum concedida à humanidade.

(Livro: Perguntas e Respostas – Vol. I – pergunta 65 – Max Heindel)

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Humildade e a falsa humildade do “eu nada sei, só sei que nada sei””

Humildade e a falsa humildade do “eu nada sei, só sei que nada sei””

Um colega de serviço vivia repetindo, em voz alta, esta frase: “eu nada sei, só sei que nada sei”. Ouvia-o e cada vez me punha a meditar, ponderando, entre mim, que, sendo ele espiritualista, havia de ter um lado positivo nessa afirmação, uma advertência que o pusesse alerta contra o personalismo pretensioso que enfeia tantas pessoas. Mas um dia, durante o lanche, provoquei uma troca de ideias sobre o assunto. E por muitos dias continuamos, em episódios, o exame da questão, julgando de interesse pô-lo aqui para análise e ampliado, por parte dos leitores. Queremos falar de humildade num ponto de vista mais elevado e não pelo mal-entendido ponto de vista, segundo o qual a humildade é sinônimo de capacho ou de subserviência a poderes sociais ou econômicos.

O ser humano real é complexo. Como espírito, centelha de Deus, que o faz semelhante ao Pai e irmãos de seus semelhantes, traz uma longa jornada de experiências, em que passou por estágios de consciência equivalentes aos minerais, vegetais, animais, em que adquiriu seus Corpos Denso, Vital e de Desejos e correspondentes órgãos de expressão. Atingindo o estado humano, no início da Época Atlante, teve seu Corpo de Desejos dividido em duas partes: sentimentos elevados e sentimentos inferiores. Essa parte inferior do Corpo de Desejos foi juntada à Mente recém-formada, constituindo os dois, uma alma animal, a Personalidade, o outro ser humano, mundano. Nesse tempo sofremos a influência passional dos Anjos decaídos ou Espíritos Lucíferos. Tais espíritos não podiam alcançar a onda de vida dos Anjos, de que se haviam afastado e por isso restava-lhes trabalhar sobre o incipiente cérebro humano, induzindo a paixão (pois o cérebro está ainda ligado ao Corpo de Desejos). Desenvolvemos os primeiros trabalhos da Mente, sob a forma primitiva da astúcia e ao ingressar na presente Época Ária começamos a exercitar a Razão. Ao falar assim, referimo-nos ao povo ocidental, pois ainda há agrupamentos humanos em estágios primitivos de consciência exercitando a astúcia e com um Corpo de Desejos superior muito reduzido e de pouca expressão altruística.

Acresce notar que essa ação dos Espíritos Lucíferos, pelo abuso sexual, egoísmo e outras formas passionais, nos embruteceu a sensibilidade e os corpos, fazendo-nos perder a visão espiritual e acreditar apenas na realidade deste mundo em que, provisoriamente, estamos. Recebemos a primeira ajuda: as Religiões de Raça, jeovísticas. Mas como elas induzem a divisão e egoísmo, embora tenham disciplinado relativamente o Corpo de Desejos do ser humano com a ação restritora das Leis Mosaicas tiveram que ser substituídas por uma religião universal, unitária. Foi a segunda ajuda à religião do Filho, cuja expressão, Cristo, inaugurou uma nova fase evolutiva no mundo. Mas, o total altruísmo cristão não virá senão quando os últimos vestígios de egoísmo tenham desaparecido, com as formas inferiores de expressão.

Esta digressão é necessária para compreendermos que o ser humano atual, quando no corpo, o envoltório de carne que lhe embrutece o espírito, só pode ser o que seus corpos lhe permitirem. O ser humano é o que pensa, o que sente, o que percebe. Está limitado pelo grau de aperfeiçoamento de seus veículos Denso, Vital, de Desejos e Mente. O espírito se manifesta sim, esforça-se para isso através da Mente, o foco entre o espírito e os veículos e por isso simbolizada por Mercúrio, o Mensageiro dos Deuses. Mas está limitado, nessa expressão, pela condição dos veículos que usa. Max Heindel usa, para exprimir essa condição, o exemplo do pianista com as luvas. Ainda que ele saiba tocar, não poderá fazê-lo, como poderia, com as luvas sobrepostas nas mãos.

Disso tudo inferimos que o ser humano sabe algo. Ele tem dentro de si uma bagagem imensa de experiências passadas, que lhe vão formando a Tríplice Alma. Chamamos a essa bagagem, a supraconsciência, a que temos acesso apenas pelo desenvolvimento dos Éteres superiores e contato com o Mundo do Espírito de Vida. Mas essa forma de memória não nos vem pela Mente, senão pelo coração através da intuição. Cristo está trabalhando sobre toda a Terra e afetando os corpos humanos para lograr uma transformação do coração humano, formando estrias para, através dele, afetar todo o nosso corpo e dar mais livre expressão a nosso Espírito Interno, ainda prisioneiro nas grades de nossas limitações. Os Rosacruzes, compreendendo profundamente esse plano Crístico, ensinam seus estudantes a conquistar o equilíbrio entre a Mente e o Coração, condicionando as possibilidades daquele, aos ditames deste. É um plano de libertação que possibilitará ao Aspirante livrar-se da consciência atual de ser humano animal para o de Indivíduo, uno com seu Espírito interno, exprimindo ambos a mesma coisa, como a citada fonte dos evangelhos, de que não fIui ao mesmo tempo água doce e salgada. Os místicos buscam apenas esta fonte da intuição pela pureza. Os ocultistas desenvolvem a Mente. Os Rosacruzes buscam unir as expressões do espírito aos campos de ação dos corpos.

Afinal, sabemos ou não sabemos? Está claro que sim, mas nosso conhecimento ainda é passível de muita cautela, porque sofre interferências várias e deturpa, muitas vezes, os reais propósitos do Espírito, o Pensador. Mas, os Rosacruzes constituem uma linha de ação, compõem os Filhos do Fogo, capazes de fundir tudo em formas superiores e corpos novos. Difere dos Filhos da Água, que aceitam sua insignificância, sua impotência e ficam esperando dos guias, sacerdotes, santos e de Deus, a ajuda, a salvação. Um estudante Rosacruz não diz: “eu nada sei, eu sou um pobre diabo, um imprestável, um ignorante”.

Tampouco diz: “eu tudo sei, eu tudo posso”, como ensinam algumas escolas espiritualistas pregadoras de afirmações e negações. Max Heindel, a respeito, diz: “de que valeria a uma bolota de carvalho, sendo semente, dizer: eu sou um carvalho? Ela será um carvalho, sob condições favoráveis de desenvolvimento, mas por enquanto não é, apesar de todas suas afirmações; assim é o ser humano em relação à perfeição divina”.

A afirmação deve ser feita em silenciosa convicção, na interna vontade, para estendermos aos atos os nossos propósitos, depois de haver afetado o subconsciente. Não de forma negativa, renunciando, de princípio, às possibilidades divinas latentes e poderes adquiridos. Que efeito podemos esperar, desse modo, sobre nossa psique?

Não gostamos de extremos. Tudo é relativo e, conhecendo amplamente os diversos fatores que fazem de cada indivíduo essa realidade atual, buscamos aperfeiçoá-lo, sabendo que não somos nada e nem tudo, mas que caminhamos para a perfeição a que nos destina o Criador, pondo-nos todos os recursos para isso, inclusive ajuda externa.

A verdadeira humildade, pois, está na consciência dessa relatividade evolutiva, que põe o ser humano no devido lugar, no qual não se justificam orgulhos nem personalismos, embora estes nos assaltem nas repetidas tentações, por forças dos vícios de origem, ainda não sublimados.

Forçoso é reconhecer: a verdade tem muitos degraus e o acesso aos superiores pressupõe havermos passado pelos inferiores, as verdades parciais, mas nem por isso desprezíveis, pois são as partes e fundamentos do todo almejado.

Para concluir, não dizemos “eu nada sei, só sei que nada sei”, mas sim: “sou uma semente de Deus e posso converter-me na própria árvore e estatura de Deus. Estou trabalhando para isso, orando e vigiando, pelo discernimento, pela oração, pela retrospecção, que me ensinam, cada vez mais, a conhecer minha própria natureza, a fim de transubstanciá-la na força anímica que me permitirá o retorno consciente a meu próprio espírito e, através deste, a Deus”.

“Quem se humilha será exaltado” (Mt 23; 12), mas quando a humildade é bem compreendida. Reduzir-se, anular-se é negar as possibilidades divinas latentes e descrer do próprio espírito. E sendo nós espíritos, como podemos falar de nós como se fossemos os corpos e suas limitações? Somos isto sim, prisioneiros conscientes, trabalhando pela libertação das invisíveis grades e cadeias que, simbolicamente, prendiam Prometeu ao Cáucaso (N.R.: mitologia grega: foi um defensor da humanidade, conhecido por sua astuta inteligência. Roubou o fogo dos deuses e o deu aos homens. Isto assegurou a superioridade dos homens sobre os outros animais. Todavia o fogo era exclusivo dos deuses. Como castigo a Prometeu, Zeus ordenou a Hefesto que o acorrentasse no cume do monte Cáucaso). Mas seremos também Hércules (N.R.: nome em latim dado pelos antigos romanos ao herói da mitologia grega Héracles, filho de Zeus), o super-homem e nos libertaremos destas condições, mediante o esforço perseverante e racional, pois a natureza não dá saltos.

(Revista Serviço Rosacruz – 06/64 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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Purificação Interna: à base de realizar a obra da evolução de si mesmo, através da autodisciplina, da compreensão fraternal e do espírito de sacrifício

Purificação Interna: à base de realizar a obra da evolução de si mesmo, através da autodisciplina, da compreensão fraternal e do espírito de sacrifício

“Limpai as mãos, pecadores; e vós de duplo ânimo, purificai os corações” – (Tg 4; 8).

Como sabemos, cada ser humano tem a vida exterior, geralmente conhecida e analisada pelos que o rodeiam e, também a vida íntima, da qual somente ele próprio poderá fornecer testemunho.

É, indiscutivelmente, o mundo interior a fonte de todos os princípios bons ou maus, nos quais todas as expressões exteriores guardam seus fundamentos.

Em geral, todos somos portadores de graves deficiências íntimas, que necessitam de laboriosa retificação. Porém não é tão simples o trabalho de purificar.

Fácil será ao ser humano aceitar verdades religiosas, aderir a esta ou àquela ideologia, entretanto, coisa bem diversa é realizar a obra da evolução de si mesmo, através da autodisciplina, da compreensão fraternal e do espírito de sacrifício.

Entendia o apóstolo Tiago, suficientemente, a gravidade do assunto, tanto assim que aconselhava os discípulos no sentido de que limpassem as mãos, quer dizer, retificassem as atividades do plano exterior, renovassem suas ações ao olhar de todos e, apelava, ainda, que efetuassem, igualmente, a purificação do sentimento, no recinto sagrado da consciência, conhecido unicamente pelo aprendiz, na profundidade indevassável de seus pensamentos. Procurar, com entusiasmo, a purificação dos nossos sentimentos, pensamentos e atos é, sem dúvida, tarefa que compete a cada um de nós. Muito ajuda tal realização, a prática dos exercícios de retrospecção e concentração, que se encontram nas últimas páginas da obra básica dos ensinamentos Rosacruzes, denominada “Conceito Rosacruz do Cosmos”.

O apóstolo Tiago, companheiro valoroso do Cristo, contudo, não se esqueceu de afirmar que isto é trabalho para os de duplo ânimo, porque semelhante renovação jamais se fará tão somente à custa de palavras brilhantes.

(Revista Serviço Rosacruz – 11/64 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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Os Pintarroxos e o Abeto – Parte II – Palavra-chave: Compartilhar

Os Pintarroxos e o Abeto
Parte II
Palavra-chave: Compartilhar

Todos os dias, João sentava sob o abeto e ficava vendo os pintarroxos fazerem seu ninho. Quando ficou pronto, a noivinha instalou-se lá e seu marido trouxe-lhe minhocas e outros bichinhos e colocou-os em sua boca.

O Espírito do Ar estava longe fazendo tudo que podia para que as Ondinas e as Sílfides fizessem chover, para que seu amigo abeto não morresse de sede. O abeto já tinha desistido de avisar o jovem casal para não fazer a casa em seus galhos; eles não lhe deram ouvidos.

Passado algum tempo, apareceram nos galhos do abeto alguns amigos dos pintarroxos. Vieram festejar o nascimento dos filhotinhos que logo iriam sair dos ovinhos e isso seria comemorado com muita alegria. Finalmente, os bebês chegaram, mas o papai passarinho não deixou ninguém se aproximar deles; ele ficou muito importante. Naturalmente tinha de arrumar comida para as quatro boquinhas e também para mamãe, pois ele não queria que ela saísse de perto dos filhotes. Quando finalmente ele permitiu que ela saísse do abeto, por pouco tempo que fosse ele a chamava o tempo todo, “piu, piu, piu”, até que voltasse.

Eles estavam todos tão felizes, que João pensou que o Espírito da Árvore talvez houvesse se enganado. Mas continuou indo lá todos os dias. Até que, um dia, o Espírito do Ar chegou apressado, a uma velocidade de 80 quilômetros por hora, dizendo para o Espírito da Árvore que a comissão de Ondinas e Sílfides tinham decidido mandar uma boa chuva, e que os Gnomos também estavam se preparando para recebê-la. E acrescentou:

– Se as salamandras puderem juntar-se a nós, será ótimo.

– Quando virá à chuva? – perguntou o abeto.

– Oh – respondeu a líder das Sílfides – quando a Lua estiver no Signo aquoso de Câncer. Ela durará alguns dias e você terá água suficiente para viver por muito tempo ainda.

E foi embora.

João ouviu o Espírito da Árvore perguntar aos pintarroxos sobre seus filhotes e dizer-lhes que haveria uma grande tempestade e que ela não queria que eles ficassem molhados. Mas o papai Pintarroxo apenas riu do Espírito do abeto; ele estava muito feliz e ocupado para prestar atenção.

Quando João chegou em casa, naquela noite, pediu à sua mãe que visse quando a Lua estaria no Signo de Câncer e contou a ela o que o Espírito do Ar havia dito. A mãe viu que a Lua estaria no Signo de Câncer dentro de dois dias. João estava muito agitado, principalmente na manhã do segundo dia, pois o Sol não brilhou e o céu estava nublado. Escurecia cada vez mais. Algumas gotas enormes caíram para avisar que muito mais ainda viria e viam-se relâmpagos ao longe; as salamandras estavam entrando em ação. O vento estava cada vez mais forte, o céu cada vez mais escuro, com horríveis nuvens pretas e todos os pássaros tentavam chegar a seus ninhos antes da tempestade.

João viu que os pintarroxos e seus filhotes estavam encolhidos nos galhos do abeto e todos os pássaros estavam amontoados quando, de repente, se ouviu um forte trovão. Então, começou a chover e as árvores arqueavam-se quase até o chão. João não ousou esperar mais, pois prometera a sua mãe não ficar fora de casa durante a tempestade. Ele mal pode dormir naquela noite pensando nos pintarroxos. A tempestade continuou até a manhã do dia seguinte.

A primeira coisa que João fez, quando pôde sair de casa, foi correr ao parque. O chão estava coberto de galhos quebrados, os bueiros entupidos e as ruas inundadas. Adivinhem o que João viu? O grande abeto estava completamente desraizado e caído no chão. Empoleirados em um galho da árvore estavam os pais pintarroxos, agarrados um ao outro, procurando por entre os galhos. Chamavam seus filhotes, “piu, piu, piu”, mas eles estavam afogados. Eram muito pequenos para voar, exatamente como supusera a bondosa árvore.

João ficou atento, mas não pôde ouvir nada, e deduziu que o Espírito do Abeto já tinha ido juntar-se ao Espírito-Grupo. Andou por entre os galhos caídos para ver se encontrava os filhotinhos. Eles estavam no chão, sob a árvore e João não podia alcançá-los. Ele correu para casa, contou para sua mãe tudo que tinha visto e chorou de pena dos passarinhos, da mãe e do pai pintarroxos que ficaram sós.

Vocês podem ver que é muito melhor ouvir os mais velhos, que são mais sábios, do que ouvir a nós mesmos, não acham? Se os pintarroxos recém-casados não tivessem sido tão insensatos, hoje estariam felizes com sua pequena família.

Em nossa próxima história, contaremos mais sobre João e o Espírito do Ar.

(do Livro Histórias da Era Aquariana para Crianças – Vol. V – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz)

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Filosofia Rosacruz

É a Escola de Mistérios Ocidentais. Por isso é também conhecida como: Ensinamentos da Sabedoria Ocidental, tal como é apresentada no livro “O Conceito Rosacruz do Cosmos”. Esta Filosofia Cristã Mística revela os conhecimentos profundos a respeito dos Mistérios Cristãos e estabelece a união entre a Arte, a Religião e a Ciência. Max Heindel foi escolhido pelos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz para revelar publicamente os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental, de modo a contribuir na preparação da Humanidade para a vindoura era da Fraternidade Universal, a Era de Aquário. Leva o Estudante a se redescobrir, a se conhecer e, tomando conhecimento de seu relativo estado de consciência, leva-o a empreender a tarefa de reeducação, de transmutação e libertação das sujeições da matéria. Estes Ensinamentos constituem um meio para nos tornarmos melhores e desenvolvermos o sentimento de altruísmo e do dever, estabelecido assim uma Fraternidade Universal. A Filosofia Rosacruz é essencialmente Cristã e está se empenhando para fazer com que o verdadeiro Cristianismo Esotérico seja um fator vivificante na Terra, conduzindo até Cristo aqueles que não podem encontrá-lo somente pela fé.

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Senhores da Forma

Senhores da Forma – é uma Hierarquia Criadora; é a Hierarquia Zodiacal de Escorpião. É uma onda de vida.

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Senhores da Individualidade

Senhores da Individualidade – é uma Hierarquia Criadora; é a Hierarquia Zodiacal de Libra. É uma onda de vida.

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Imaculada Concepção ou Conceição: representa a maior conquista da feminilidade

Imaculada Concepção ou Conceiçãorepresenta a maior conquista da feminilidade. Significa uma conquista tão maravilhosa, misteriosa e sagradamente bela que meras palavras são inadequadas para revelar seu verdadeiro significado. Jeová, o Espírito Santo, o guia dos Anjos, aparece em várias partes da Bíblia como o dador de filhos. Seus mensageiros foram a Sarah anunciar-lhe o nascimento de Isaac; para Hannah anunciaram o nascimento de Samuel; para Maria anunciaram o advento de Jesus, cujos veículos foram, posteriormente, dados ao Cristo. O poder do Espírito Santo fecunda tanto o óvulo humano como a semente do grão na terra.

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Plutão

Plutão – Planeta não pertencente ao nosso Sistema Solar. É evidente, através de toda informação disponível, a afinidade de Plutão com Escorpião. É atribuído à Plutão uma dupla personalidade: primeiro, como a fonte de todos os tesouros e riquezas do mundo (ele era o regente do universo físico); segundo, como monarca dos reinos mortos habitados pelas sombras invisíveis dos mortos (Hades).

Plutão era visto como uma divindade benevolente e um verdadeiro amigo do ser humano, devido ao seu poder de dar fertilidade à vegetação, de fazer germinar a semente nos sulcos, de nutrir a terra (Escorpião é um fecundo Signo da água) e de produzir tesouros de metais preciosos. Havia, também, um lado severo em seu caráter: o deus implacável, inflexível, que não podia ser persuadido por dádivas ou sacrifícios, a permitir a volta de alguém que já tivesse passado por seu portão. Por esta razão, morte e prisão perpétua no mundo inferior eram vistas como destino funesto e inevitável a espera de todos os seres humanos. Os meios de conforto e prazer na vida também se originaram com Plutão. Quando o lado benevolente de sua natureza foi levado em consideração, a esperança de uma futura vida feliz, tornou-se possível.

Plutão corresponde ao Ego ou ao espírito encarnado do ser humano.

O deus da morte era o guardião dos mistérios da vida. A morte é o último inimigo a ser vencido, daí a morte se situar no limite entre mortalidade e imortalidade. A “morte” simbólica dos Mistérios foi a grande porta de Iniciação. Plutão será encontrado continuamente expressando esta qualidade: destruir o velho e dar lugar ao novo.

A medida que a sabedoria se firma na Terra, a influência de Plutão se manifestará em grau muito maior. Um conhecimento da natureza de Plutão se ampliará, com o despertar do ser humano, para realidades espirituais. Escorpião, Casa da Iniciação, é o Caminho da Regeneração.

Plutão, Senhor do Submundo, guarda as portas dos mundos inferiores através dos quais o espírito do ser humano caminha no ciclo do renascimento, em sua eterna procura da verdade. Nas profundezas escondidas habita o ser humano animal que procura destruir o Ego embaraçado no labirinto (destino maduro) da ignorância terrena. Assim, Plutão se torna o adversário que testa aqueles que procuram união com os imortais.

O aspirante precisa passar por todos estes testes antes que possa merecer as glórias do futuro – libertação das condições materiais e morte e liberdade da roda do renascimento.

A libertação dos efeitos dos raios de Plutão é encontrada seguindo-se os caminhos gêmeos de Intuição e Razão, à procura do Espírito perdido. A mais séria função de Mercúrio (criado e mensageiro dos deuses) era conduzir os Espíritos dos mortos para baixo, nos caminhos escuros, através dos portões do Sol (Câncer e Capricórnio) e da terra dos sonhos, até os reinos escuros de Hades, onde habitavam as almas, os espectros dos seres humanos gastos.

Para alcançar e compreender Plutão, precisamos nos livrar dos medos e dos preconceitos. Precisamos olhar para o futuro e entrar neste reino com objetivos puros e com o Espírito limpo e regenerado.
Passar neste teste, qualificar-nos e tentar associar-nos com Aqueles mais avançados e cheios de graça, que progrediram em sabedoria e luz e que tornaram o caminho do ser humano mais claro.

Dentro de Plutão está a força do universo e também as três expressões destrutivas da energia universal: a perversão mental, moral e física. A purificação e a perpetuação desta força criativa resultam na regeneração do corpo, na iluminação da Mente e na transmutação das emoções.

Através de Plutão somos confrontados com nosso passado e nossas limitações. Aspectos de Plutão no Horóscopo forçam atividade em nossas vidas. Plutão não é proeminente em influências de natureza individual pessoal; refere-se, particularmente, à atividade que demonstre ou que tenha sido motivada através da consciência geral do todo. Plutão purifica a alma depois da morte. Plutão nos dirige para cima e nos leva às alturas para o mundo inteligível. Plutão governa a morte ou a cessação de velhas ideias ou emoções. Plutão influencia e governa amplamente o submundo, as atividades subconscientes e aquelas atividades que lidam com o reparo diário, a renovação, a purificação, a regeneração e a perpetuação do corpo.

As Quadraturas de Plutão conferem uma inabilidade para cooperar, principalmente em trabalhos com grupos grandes e em assuntos que afetam grande parte da humanidade. Quadraturas podem, também, se referir à pontos-de-vista irreconciliáveis e a coisas que devem ser suportadas ao invés de curadas. Plutão exerce uma força fermentadora, dominante nas vidas daqueles que reagem à sua influência. A ação, geralmente de caráter purificador, é certa. Portanto, a influência de Plutão é para ser notada, especialmente nas vidas dos indivíduos onde novos modelos demandam a remoção de obstáculos resultantes de ação passada.

A ascensão de Escorpião ou o Sol em Escorpião não indica Plutão como o governante do mapa, a menos que o indivíduo em questão seja capaz de subir muito acima das alturas do progresso do ser humano atual.
Até que reconheçamos a força da divindade em nós, Plutão continuará a elevar, separar e transformar modelos antigos em novos.

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