A Pureza em pensamentos e sentimentos: será que sempre acompanham os nossos atos aparentemente bons?

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Pureza em pensamentos e sentimentos: será que sempre acompanham os nossos atos aparentemente bons?

A Pureza em pensamentos e sentimentos: será que sempre acompanham os nossos atos aparentemente bons?

A palavra “Pureza” tem tido, através dos tempos, quase que um significado próprio para cada pessoa. Muitos a concebem somente relacionada ao sexo e assim ela somente existe em relação ao 6º Mandamento.

Contudo uma pureza apenas periférica não nos faz evoluir. Se esta não for consequência de uma pureza interna; quase podemos dizer que será apenas questão de costumes e não de princípios.

Cristo, no Sermão da Montanha disse taxativamente: “Bem-aventurados os puros de coração porque eles verão a Deus”.

Ensinamentos esotéricos nos dizem ser a pureza “a única chave com a qual o aspirante à vida superior pode abrir a porta que conduz a Deus”.

Para os que desejam realmente seguir o Cristo, a Pureza não pode ser somente “para uso externo”. Em Mc 6:18-23, encontramos, entre outras coisas o seguinte: “O que mancha o homem, não é o que entra pela boa, mas o que sai do coração”. A nosso ver, o “entrar pela boca”, engloba todo o exterior porque o que vem de fora somente nos prejudica ao alcançar o interior. A mesma coisa vista ou ouvida por várias pessoas perturba ou edifica apenas as que internamente respondem ao estímulo, quer positiva, quer negativamente.

Meditando sobre a bem-aventurança já citada, verificaremos que é a impureza, em suas diferentes formas, que nos impede de vermos a Deus, ou melhor, de chegarmos ao Deus que está em cada um de nós. Interpondo-se entre Deus e nós, é a única responsável pela nossa lentidão no caminho da perfeição.

Assim como antes de arrumar uma sala temos de limpá-la totalmente, antes de começar a escalada do progresso temos de procurar deixar de falhar. Num ambiente impuro, dificilmente conseguiremos progredir, pois essa impureza nos impedirá de fazê-lo. Mas não nos esqueçamos de que esse ambiente de pureza tem de ser mais interior que exterior e que, se quisermos modificar o que nos rodeia,temos que primeiramente modificar a nós mesmos.

Essa mudança interior somente nos vem através de uma vigilância contínua. Agir com retidão aparentemente é o mais fácil. Como nossas ações geralmente envolvem os outros, somos praticamente policiados pelos demais, em nossos atos, e recebemos as reações que os mesmos provocam. Mas, e os pensamentos e sentimentos? Será que sempre acompanham os nossos atos aparentemente bons? E é isso que também conta no caminho da perfeição que começamos a trilhar. Cristo falava constantemente da impureza interna, inclusive com bastante indignação como foi no episódio no qual chamou os fariseus de “sepulcros caiados”.

Realmente não é fácil nos tornarmos verdadeiramente puros de coração. O nosso eu inferior volta e meia leva vantagem e, quando acordamos, já falamos, pensamos e sentimos maldosamente.

Se nos propusermos a levar a sério a parte espiritual é porque realmente queremos ver e conviver com o Deus interno que está dentro de cada um de nós. Mesmo não sendo nada fácil, poderemos, com sua ajuda e através de meditação e oração, nos libertarmos cada vez mais das impurezas de pensamentos, sentimentos, palavras e atos, porque, à medida que formos afastando de nós essas impurezas, conseguiremos mais nitidamente ver e sentir o nosso Cristo Interno.

(Revista ‘Serviço Rosacruz’ – 10/79 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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