A Base Racional da Astrologia Rosacruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Base Racional da Astrologia Rosacruz

Max Heindel

Um correspondente escreveu para pedir uma prova da veracidade da Astrologia Rosacruz. Por que Saturno rege os joelhos e Júpiter, os pés? Ele teve um diálogo com alguém e deseja saber o que pode ser dito sobre esse assunto.

A mera negação da verdade da Astrologia Rosacruz por alguém, porque não lhe agrada, não pode afetar a verdade ou falsidade da Astrologia Rosacruz ou de qualquer outra ciência. Tenhamos em mente que, para ser considerada válida, uma opinião sobre qualquer assunto deve ser o resultado de estudo e investigação. Podemos dizer, ainda, que ninguém merece ser convencido, se não estiver disposto a investigar, até certo ponto, o assunto que ele ousa criticar.

Pessoalmente, o escritor sempre teve como prática nunca falar espontaneamente sobre esses assuntos entre estranhos, embora sempre disposto a apresentar evidências quando a oportunidade se apresenta; pois, sempre se descobriu que “uma pessoa convencida contra a sua vontade não muda sua opinião de verdade”.

Há, no entanto, muitas provas da verdade e da base lógica da Astrologia Rosacruz. Um antigo provérbio caseiro diz que “a prova do pudim está em comê-lo” e certamente não pode haver melhor prova da verdade da Astrologia Rosacruz do que a de que ela funcione na vida diária. Muitas vezes tem sido o privilégio do escritor ver o cético sarcástico se tornar um defensor ardente dessa ciência, quando um ou dois testes provaram a ele a verdade da Astrologia Rosacruz. Ficaria, assim, tão impaciente com aqueles que ridicularizavam essa ciência ou negavam sua base racional quanto já havia ficado com aqueles que advogavam a exatidão da ciência sagrada.

Se você quiser satisfazer um cínico desdenhoso, pegue seu próprio horóscopo ou algum assunto intimamente relacionado com ele e aplique a Astrologia Rosacruz nisso. Você descobrirá então que não importa quão dura seja a cabeça dele, a Astrologia Rosacruz abrirá caminho; sim, mesmo que a cabeça dele seja tão dura que exija um trem para forçá-lo a aceitar a validade da Astrologia Rosacruz. Até isso será suprido, como mostra o caso mencionado no Conceito Rosacruz do Cosmos, em que o escritor disse a um homem para ficar em casa em dois determinados dias; para evitar principalmente os bondes e outros veículos de locomoção, sejam eles de que natureza for; pois de outra forma ele sofreria um acidente que afetaria certas partes específicas do corpo. Quando ele, descuidadamente, desconsiderou esse conselho, ficou ferido em um acidente ferroviário como consequência e foi submetido a um sofrimento severo de três meses, antes de poder escrever uma explicação sobre o seu descuido.

Ele disse na carta, que ainda temos: “Este acidente aprofundou meu respeito pela Astrologia Rosacruz”. Sim e não é de admirar; ele “comeu o pudim e o pudim provou ser verdadeiro”. Portanto, ele agora é um fervoroso defensor da Astrologia Rosacruz e faz palestras sobre esse assunto, entre outros. Algumas previsões podem se tornar realidade, se feitas um pouco antes do evento acontecer, porque a sugestão do Astrólogo Rosacruz atua como fator para o cumprimento da profecia. Mas, certamente ninguém pode explicar o caso aqui citado sobre ou qualquer hipótese semelhante. As colisões ferroviárias, geralmente, não são causadas por sugestões, nem uma determinada pessoa é enviada a tal cena para receber ferimentos de natureza grave em certas partes do corpo que foram definitivamente mencionadas na previsão.

Portanto, acreditamos sinceramente que mesmo o campeão da coincidência, o Prof. Proctor, famoso pela pirâmide, não poderia ter fornecido um comentário que explicasse com sucesso todas as diferentes fases dessa profecia e o seu cumprimento.

A predição acima foi baseada na máxima astrológica de que Gêmeos rege os ombros, Touro rege o pescoço e o cerebelo e Câncer, o peito; pois, duas dessas partes foram atingidas no acidente. Observações semelhantes realizadas por astrólogos mostram que Capricórnio, regido por Saturno, rege os joelhos, e Júpiter rege Peixes, o Signo dos pés.

Outra história ferroviária

Enquanto o acidente relatado em nosso artigo sobre “A lógica da Astrologia” foi previsto apenas três meses antes de acontecer, previmos outro acidente ferroviário mais ou menos na mesma época, ou seja, no verão de 1906. Mas, esse acidente não deveria acontecer até agosto de 1909, aproximadamente. Chamaremos o sujeito desse acidente de Sr. X. Vimos que em agosto de 1909 ele faria uma viagem de trem por prazer e que sofreria um acidente, mas escaparia ileso. Vimos também que em setembro de 1909, um mês depois, faria uma longa viagem em conexão com um importante empreendimento literário; mas, não imaginamos, na época, o quão intimamente nós mesmos estaríamos associados com o cumprimento desse assunto.

Enquanto isso, o escritor foi para a Alemanha, onde recebeu as instruções que resultaram na disseminação dos Ensinamentos Rosacruzes pelo mundo ocidental. E depois de escrever o Conceito Rosacruz do Cosmos e as Vinte Palestras (Cristianismo Rosacruz), ele foi para o oeste novamente, para Seattle, durante a Exposição do Pacífico de Yukon no Alaska, em 1909. Lá ele novamente encontrou o Sr. X. e, em agosto, quando suas palestras foram concluídas, aquele cavalheiro o convidou para dar uma corrida até o Parque Yellowstone. Depois dessa viagem de lazer e de um descanso, ele propôs que fôssemos a Chicago, para ter o Conceito Rosacruz do Cosmos publicado.

O escritor estava muito ocupado com a obra literária em mãos, no entanto, para aceitar o convite para o Parque Nacional de Yellowstone; então o Sr. X. foi sozinho. Entre Gardner Junction e o parque, seu trem descarrilou; todos os passageiros ficaram consideravelmente abalados, mas ninguém se feriu. Após o seu retorno, nós dois fomos para Chicago, onde o Conceito Rosacruz do Cosmos foi publicado e, dessa forma, a previsão feita três anos antes foi cumprida. Deve-se dizer, no entanto, que nós dois havíamos esquecido a previsão até mais tarde, quando o Sr. X. trouxe o horóscopo onde ela estava, pois ele o encontrou enquanto folheava alguns documentos.

Esse certamente é outro caso que desafiará, com sucesso, a explicação de que a sugestão causou a realização. Que humano poderia organizar um acidente ferroviário três anos antes de ele acontecer e garantir a segurança dos passageiros? O escritor sabia muito pouco sobre os Rosacruzes naquela época e não sonhava então com a boa sorte reservada para ele como seu mensageiro. Ele teve apenas uma experiência pessoal do poder da alma latente dentro dele e não desenvolveu nem pensou em desenvolver a faculdade da escrita. Ele não tinha vontade alguma de se tornar um autor e, portanto, não poderia sugerir um importante empreendimento literário que levaria o Sr. X. a Yellowstone (e depois a Chicago), em setembro de 1909. Só há uma explicação possível: as estrelas contaram a história e era verdade.

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de novembro/1915 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)

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