10º Mandamento
“Não cobiçarás”
Notem as sutis diferenças e correlações; observem a ligação deste com o 8º Mandamento: “Não furtarás”. Desejar, cobiçar, já é um roubo, porque há um movimento interno, emocional e mental, que nos põe numa injusta relação com a pessoa ou coisa. É uma incompreensão de nossa relação com o único suprimento, da Única Fonte e de nossa inevitável ligação com o Todo. Cristo esclarece: “Se alguém olhar uma mulher e em pensamento a cobiçar, já cometeu adultério”. Notem bem: adulterou uma verdade e roubou. E quem faz isso? A personalidade viciosa.
Conclusão
Esses dez mandamentos constituem a Lei de Moisés, “a letra da verdade”. Em seu sentido literal, adequado ao povo daquela época, era o primeiro estágio da verdade, a “pedra”. Tal como apresentamos aqui, em seu aspecto mais profundo, é o segundo estágio, a “água viva” – que cada um há de transformar em vinho – o terceiro estágio – pela vivência e assimilação conscientizada. Tal é o convite e desafio que apresentamos ao leitor.
Em essência, esses Dez Mandamentos devem ser amalgamados pela consciência e sintetizados, como nos ensinou o Mestre: “Ama o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de todo o teu entendimento e com toda a tua alma” (coração e Mente fundidos na Sabedoria que se expressa como Alma). E como isso se cumpre?
“Amai o próximo como a vós mesmos”!
Para chegar à síntese consciente, é preciso vivenciar a análise. Desejamos que esses pontos lhes suscitem outros, conducentes a uma profunda compreensão deste magno assunto.
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