Os dez mandamentos são indicações conducentes à consciência crística – Quarto Mandamento

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Os dez mandamentos são indicações conducentes à consciência crística – Quarto Mandamento

Os dez mandamentos são indicações conducentes à consciência crística – Quarto Mandamento

4º Mandamento

“Guarda o sábado, pois é a Dia do teu Senhor”

Eis outro ponto de muitas controvérsias e discussões. Exceto os sabatistas, os cristãos adotaram a o Domingo para dia de descanso e adoração.

Antes de Cristo, a evolução humana era regida pela Lua. O Calendário e as festas religiosas se baseavam nos movimentos lunares. Os povos árabes ainda conservam símbolos lunares. A Lua está associada à Saturno (ambos regem a Corpo Denso e se caracterizam pela tendência cristalizante), Regente do Sábado (Saturday).

A dispensação cristã, ao contrário, está relacionada com o Sol. Todas as religiões falavam de alguém “que havia de vir,.. do Sol”. O Sol é a morada dos Arcanjos, dos quais o Cristo é o maior Iniciado. Ele é o Leão de Judá, o Cristo Solar, ligado à positiva Luz que veio conquistar a Terra por dentro.

Sábado quer dizer “descanso”; por extensão: “Dia de descanso”. Foi instituído na lei mosaica com finalidade bem definida: obrigar o povo a deixar seus negócios e atividades e, um dia por semana, ir à Sinagoga ouvir as leituras de textos sagrados. Só por obrigatoriedade da Lei a o povo, eminentemente materialista, iria à sinagoga assimilar as verdades adequadas ao seu nível (o nível da pedra, da letra, da Lei).

Domingo significa “Dia do Sol” (Sunday). Etimologicamente, a palavra “Sol” está ligada aos sentidos de “Deus, Júpiter, Luz e Dia”. Perto do fim do primeiro século, a igreja cristã primitiva transferiu para o domingo o dia semanal de descanso e adoração, preceituado no quarto mandamento, por ser o dia da Ressurreição de Cristo Jesus e, por isso, denominado “o Dia do Senhor” (Ap 1:10). Assim como fez Deus no trabalho criador, também nós trabalhamos seis dias e no sétimo devemos descansar no Senhor, aquietando-nos, ouvindo, lendo coisas sagradas, para nutrir e desenvolver o nosso íntimo, pois tudo depende de exercício e de alimento. Tudo se desenvolve em períodos setenários: seis dias criamos e evoluímos na atividade externa, e um dia dedicamos para entregar a essência dessa Obra à Deus em nós, em comunhão, saindo fortalecidos para uma semana ainda melhor que a anterior.

Note-se que Cristo costumava curar nos sábados. Os fariseus, ignorantes do interno sentido do sábado, atacavam-no por isso. Mas disse o Mestre: “Eu sou o Senhor do sábado”; “O sábado foi feito para o ser humano e não o ser humano para o sábado”. Ele quis que isso significasse que nesse dia o ser humano abdicasse de si mesmo, de sua parte humana, e deixasse que Deus laborasse em e através de si, no restabelecimento de suas forças internas, na definição de sua natureza divina, no entendimento das coisas sagradas. Portanto, nenhum dia seria mais indicado para a Cura. Curar e pregar a boa nova são a mesma coisa, pois, ambas restituem a integralidade do Ser. Sabemos que a palavra “são” quer dizer sadio e santo: ambas são expressões de integralidade, e de harmonia global do ser.

Assim; não importa o dia e lugar, sempre que nos dedicamos às coisas sagradas, estamos realizando essa finalidade (prevista na lei mosaica aos sábados, e pela igreja cristã aos domingos – para disciplina dos rebeldes que não compreendem e nem avaliam a graça dessa comunhão interna).

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