Fraternidade Universal: Acalentemos esse sonho

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Fraternidade Universal: Acalentemos esse sonho

Fraternidade Universal: Acalentemos esse sonho

Max Heindel nos relata que, em seu esforço de divulgação, sempre encontrava boa receptividade nos jornais. Quando seus artigos abordavam temas como: “Os mundos Suprafísicos”, “Teoria do Renascimento”, Metafísica e Ocultismo em geral, chegavam a merecer dos editores, páginas inteiras. Quando, porém, se discorria sobre a Fraternidade Universal, não raro, iam parar na cesta de lixo, pois o interesse era bem menor.

Naqueles dias sombrios em que se travou a Primeira Guerra Mundial, Max Heindel lamentou também a atitude de alguns membros da Fraternidade, quando expressavam, notoriamente, simpatia por alguma das facções em luta.

Ainda nos dias de hoje nota-se como o sentimento de nacionalidade, o apego à raça, o fanatismo ideológico e o religioso encontram-se arraigados no íntimo das pessoas, tornando-as cegas a realidade. O ser humano não logrou libertar-se totalmente da influência separatista do Espírito de Raça. Mesmo assim houve algum progresso. O trabalho do Cristo, como regente de nossa evolução vem produzindo frutos positivos.

É bem verdade que as guerras continuam, o terrorismo ocupa as manchetes dos jornais, a violência urbana desafia a tudo e a todos, a humanidade permanece cindida entre explorados e exploradores. Mas cresce também a consciência de que isso não pode perdurar. Envidam-se esforços no sentido de manter a paz através de organismos internacionais. O desenvolvimento espantoso dos meios de comunicação e transporte nas últimas décadas reduziu as distâncias, pondo-nos a par dos problemas mundiais com rapidez admirável. As nações, hoje, já formam a chamada “aldeia global”. Estabeleceu-se, entre elas, uma relação de interdependência a ponto de os problemas de uma afetar as outras, de alguma forma.

Quando tomamos conhecimento de uma catástrofe que se abateu hoje sobre algum país, sentimo-nos envolvidos por um sentimento de solidariedade e empatia. Sentimos um incontido desejo de ajudar. Vemos, com satisfação, outras nações mobilizarem pessoas e recursos para aliviar o sofrimento das populações vitimadas.

Se de um lado as lutas prosseguirem, de outro rejubila-nos com a intensificação dos intercâmbios culturais científicos e comerciais entre agrupamentos de ideologias políticas até conflitantes, num esforço por superar diferenças que, na verdade, inexistem. Isso nos deixa esperançoso quanto à realização da Fraternidade Universal, mesmo que em futuro ainda longínquo.

Max Heindel no Conceito Rosacruz do Cosmos nos oferece ensinamentos lapidares sobre a Fraternidade Universal: “A vinda de Cristo preparou o caminho para a emancipação da humanidade para libertá-la da influência dos Espíritos de Raça ou de família, unindo toda a família humana numa Fraternidade Universal”.

“Enquanto amarmos somente a própria família ou nação seremos incapazes de amar aos demais. Rompamos os laços de sangue, ainda limitados pelos laços de parentesco e da pátria; afirmemo-nos e bastemo-nos. Assim poderemos nos converter em servidores desinteressados da humanidade”.

“O ser humano deve primeiramente cultivar um ‘eu’ antes de poder compreender o aspecto superior da Fraternidade Universal, que exprime unidade de propósitos e interesses”.

Cada povo, cada ser humano em particular, tem um incomensurável potencial a oferecer aos demais. Somente essa disposição será capaz de promover uma paz duradoura. Temos muita fé no ser humano, na essência superior que subjaz em seu íntimo. Ela, seguramente, será o fator de sua redenção.

De uma coisa Max Heindel nos assegura: a Fraternidade Universal será erigida sobre as ruínas do egoísmo. Em nossas práticas devocionais não esqueçamos de orar pela paz mundial.

(Revista Serviço Rosacruz – 08/81 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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