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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Astrologia ao Longo do nosso Tempo aqui – Parte 10: A Astrologia nos Séculos XIX e XX

O século 19 viu um ressurgimento do interesse pela Astrologia.

Em 1811, Goethe (1749-1832) não hesitou em proclamar a sua fé na Ciência dos Astros, ainda que a interpretação dele não se baseasse nas posições dos Astros, mas num método alquímico: “Vim ao mundo em Frankfurt -le-Main, 28 de agosto de 1749, às 12 badaladas do meio-dia. A constelação estava feliz, o Sol estava no Signo de Virgem; Júpiter e Vênus estavam com Aspecto benéfico com ele; Mercúrio não estava desfavorável, Saturno e Marte estavam neutros; só a LuaLua Cheia naquele dia – exercia a força da sua reverberação, tanto mais poderosa quanto se iniciava a sua ‘hora planetária’…” (Poesia e Verdade. Cap. I – 1811).

Podemos verificar isso no horóscopo dele:

  • Não há Aspecto de Vênus e Júpiter com o Sol;
  • Mercúrio está em Quadratura com Plutão (complexo de Fausto), mas Goethe não poderia saber disso;
  • Saturno, em Conjunção com o Ascendente e em Trígono com a Lua, está longe de ser neutro;
  • Marte também faz Trígono com a Conjunção Sol-MC.

Os únicos elementos correspondentes à Astrologia tal como a praticamos são: Sol em Virgem, Lua Cheia e com fortes influências.

Balzac (1799-1850) escreveu: “A Astrologia é uma ciência imensa que reinou sobre as maiores Mentes”.

O Tenente da Marinha Real Inglesa, Richard James Morrisson (1795-1874) ocultou suas atividades astrológicas sob o pseudônimo de Zadkiel. Em 1861, ele escreveu: “A posição estacionária de Saturno este ano oferecerá influências muito adversas para todas as pessoas nascidas em 26 de agosto… Entre os aflitos, lamento ver o valente príncipe consorte”. No entanto, descobriu-se que o príncipe Alberto de Saxe-Coburgo, que se casou com a rainha Vitória em 1840, morreu em 14 de dezembro de 1861.

O Daily Telegraph conseguiu revelar a identidade de Morrisson e o processou. É Morrisson quem ganha o caso e fica famoso…

Chegamos ao alvorecer do século XX.

A Astrologia cresceu nos últimos anos do século XIX e no início do século XX. Nessa época, um novo sopro de vida passou pelas Ciências: a descoberta dos raios X, das ondas eletromagnéticas, da mecânica quântica e da relatividade de Einstein. Essas descobertas abalaram as certezas racionalistas da Ciência dos séculos passados.

O declínio do pensamento mecanicista e causal no sentido estrito dos termos, a realização da interdependência global do universo (não localidade ou emaranhamento quântico) abrem as portas para uma Astrologia renovada.

Em finais do século XIX, o Abade Nicoullaud (1854-1923) apresentou em 1897 um Manual de Astrologia Esférica e Judicial, sob o pseudônimo Fomalhaut, destinado a verificar o ensinamento de Ptolomeu.

Em 1901, a obra de Morin de Villefranche, muito empoeirada desde a sua publicação em Haia em 1661, foi traduzida do latim para o francês.

Para nós, Estudantes Rosacruzes, é especialmente o trabalho de Max Heindel e Augusta Foss Heindel, que nos é necessário e suficiente para aprendermos e praticar a Astrologia Rosacruz, por meio do estudo dos livros: “Astrologia Científica Simplificada”, “Mensagem das Estrelas” e “Astrodiagnose – Um Guia de Saúde”, como também pelo aprendizado dos ensinamentos oferecidos pelos três cursos de formação: Curso Elementar de Astrologia Rosacruz, Curso Superior de Astrologia Rosacruz e Curso Superior Suplementar de Astrologia Rosacuz. É um assunto de estudo ao longo de toda a nossa vida. A Astrologia Rosacruz assume toda a sua dimensão esotérica e mística na medida em que o conhecimento propiciado por ela se baseia nos Ensinamentos Rosacruzes fornecidos pelos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz.

As leis gêmeas: Lei de Consequência (ou Lei de Causa e Efeito) e a Lei do Renascimento resolvem o problema do livre arbítrio e do determinismo que surge quando se aborda a Astrologia Rosacruz de um ângulo esotérico.

Em particular, dois fatos fundamentais esclarecem o assunto:

  • Os Anjos do Destino, que estão acima de todo erro, dão a cada um e a todos exatamente o que necessitam para o seu desenvolvimento;
  • Por meio do Sacrifício de Cristo no Gólgota, Ele torna possível a qualquer um aplicar a doutrina do Perdão dos Pecados e a alcançar libertação do Ciclo de Renascimento (Nascimentos e Mortes).

Porque, recorde-se sempre, ainda que os Astros possam impelir, eles não podem absolutamente compelir. Em última análise, somos os árbitros de nosso destino e a despeito de todas as influências adversas, está em nosso poder dominar nossos Astros pelo exercício da Vontade, a marca de nossa Divindade ante a qual tudo mais deve se inclinar. Por esse motivo é que sempre utilizamos o verbo “tende” e não “é” e nem “tem” (a não ser para o irmão ou para a irmã que não cuida da parte espiritual da sua vida e vive aqui “como uma folha ao sabor do vento” ou buscando somente a felicidade neste mundo material evanescente, palco de nosso atual ciclo de evolução. Nesse caso a “sugestão”, na maioria das vezes, vira “ação” e o “tende” vira “é” ou “tem”).

(de: Introduction: L’Astrologie Selon Les Enseignements Rosicruciens : L’Astrologie Rosicrucien, da Association Rosicrucienne Max Heindel, Centre de Paris – Texte inspiré de l’enseignement rosicrucien légué à Max Heindel par les Frères Aînés de la Rose-Croix – Traduzido pelos irmãos e irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

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