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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Seu Inimigo não é seu Inimigo: é seu Mestre!

Aprenda de você mesmo por meio dessa pessoa. Sua reação para com essa pessoa é de: temor, inveja ou ódio. Você diz: “Eu temo essa pessoa”; “Eu invejo essa pessoa”; “Eu odeio essa pessoa”.

Na realidade, o que você quer dizer é: “Essa pessoa serviu para que eu recordasse algo negativo em mim” … “Eu sinto que ela pode me fazer algum mal que eu me recordo já ter feito a alguém” – Meu Sentimento é Temor.  “Eu sei que ela já alcançou um ponto que eu devia ter alcançado, mas não alcancei” – Meu Sentimento é Inveja.  “O mal que ela faz ao outro me recorda a minha própria maldade no passado” – Meu Sentimento é Ódio.

Essa pessoa pode ser qualquer um: o pai, a mãe; o marido, a esposa; o avô, a avó; o irmão, a irmã; o chefe; o vizinho, a vizinha; o filho, a filha; o tio, a tia; o companheiro de trabalho; etc.

O estado negativo de seu “inimigo” estimula em você, o seu próprio negativo e o traz à consciência!

Use essa reação dolorosa como parâmetro de seu próprio estado espiritual: está lhe indicando uma importante lição a aprender.  Note que você também está se fazendo um “inimigo” de outros quando você expressa seus negativos: perceba essa nova perspectiva de vida.  Lembre-se sempre que tais estímulos são tentações e que o pecado não está em ser tentado: “... não nos deixeis cair em tentação”.

Faça de você mesmo um “amigo” de todos!

Expressando as suas possibilidades positivas: atrai a expressão do bem latente nos outros.

 À medida que você estimula – por esforços constantes – o bem nos outros, eles se tornam conscientes do seu próprio bem. As pessoas admiram você… As pessoas sentem-se confortáveis na sua presença… são mais corteses com você…sentem-se mais bem dispostas. Dizem: você é meu amigo; eu o amo.

Mas, o que querem dizer: o Eu superior dessas pessoas é atraído à consciência delas por meio do contato com você. As pessoas se fazem mais conscientes de seu próprio Deus interno por meio da qual expressam reações harmoniosas e construtivas.

Afinal: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos.” (Jo 15:13).

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Dominando o Temor e a Ansiedade

Dominando o Temor

O temor e a ansiedade são os maiores inimigos da felicidade humana. São a ferrugem moral e mental da personalidade. São os quinta-colunas na sabotagem de nossos melhores esforços. Debilitam a coragem e a iniciativa. São os cupins do caráter humano, pois corroem o próprio âmago da felicidade, ao mesmo tempo que destroem as possibilidades de uma vida exuberante.

Hoje, talvez mais que nunca, o coração dos seres humanos está cheio de temor. Muitas são as tempestades a soprar furiosamente a fim de desintegrar o caráter. Todos têm experimentado os efeitos desses terríveis ventos. Cristo, por Sua divina presciência, falou a respeito destes dias. Eis Suas palavras: “Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo. Porquanto as virtudes do céu serão abaladas.” (Lc 21:26).

O ser humano, sem Deus, não tem sossego. Nunca encontramos descanso enquanto não achamos segurança em nosso Criador. Em nós não nos é possível encontrar calma, mas n’Ele a podemos achar. As alegrias do mundo são transitórias, fugazes; a paz de Cristo, porém, é duradoura, perpétua. Dentre as promessas das Escrituras, de nenhuma necessitamos mais, talvez, hoje em dia, que das palavras de Cristo Jesus: “Deixo-vos a paz, a Minha paz vos dou: não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração nem se atemorize.” (Jo 14:27).

Pesadas nuvens de incerteza pairam baixas e ameaçadoras. Os seres humanos se acham perplexos; falta-lhes estabilidade interior. Defrontados por esta situação, que melhor lhe poderia convir do que as graciosas palavras: “Deixo-vos a paz, a Minha paz vos dou?”

A paz de Deus sobrepuja o entendimento, pois o intelecto humano não pode compreender essa grande paz que Deus dá aos que Lhe entregam plenamente o coração.

Que é o temor? É o pessimismo e o descontentamento. Produz acabrunhamento, ódio, aflição nervosismo, melancolia, zanga e vacilação. O temor e a ansiedade envolvem aquelas destrutivas forças que extinguem a esperança e a confiança.

A despeito de o mundo viver de temor, e os nervos dos seres humanos se acharem retesados, temos, uma mensagem de ilimitada esperança, uma mensagem de alegria e felicidade, uma promessa de completa vitória sobre os temores que assediam a raça humana. No mesmo do Evangelho Segundo São Lucas que fala dos indivíduos desmaiando de terror, encontramos um quadro dos que estão fortes em Deus: “Quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima, e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima” (Lc 21:28). Aí está um grupo que não se acha cabisbaixo. Homens e mulheres que triunfam da perspectiva que os rodeia mediante o olhar para cima.

Na vida do verdadeiro cristão o poder do temor e da ansiedade deve ser completamente neutralizado. Viver no mundo e participar do mundo são duas coisas diversas. “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo. Eu venci o mundo” (Jo 16:33). Não precisamos ser participantes do temor, da perturbação, da melancolia e do pessimismo que esgotam as forças vitais. O temor não deve dominar o cristão. Cristo é o vencedor de todos os poderes das trevas. Recebendo Cristo, tornamo-nos também vitoriosos.

Hoje, como nunca antes, necessita o mundo de otimismo. Como Cristãos, podemos ser a força que atrai os seres humanos a renovada confiança em Deus e em seus semelhantes. Cabe-nos o privilégio de demonstrar o que Deus pode fazer mediante pessoas a Ele plenamente entregue: em dias trágicos assim como os que ora atravessamos. Quando os tempos vão pelo pior, devem os cristãos ir pelo melhor. O Cristão deve sentir-se cheio de segurança, de coragem, de esperança. Deve libertar-se da prisão das circunstâncias tomar-se livre mediante a verdade de Deus: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8:32). Libertará de quê? Dos elementos negativos que destroem as qualidades positivas da vida. Isto quer dizer libertar do temor, da ansiedade, do pessimismo, da perturbação interior. Sim, a verdade despedaçará as cadeias, permitindo-nos viver abundantemente em Cristo-Jesus. “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância.” (Jo 10:10).

Que temem os seres humanos? Enumeremos alguns dos espectros que os perseguem.

Um dos inquietantes temores da humanidade é o temor do fracasso. Isto enfraquece de tal modo uma pessoa que ela se toma ineficiente em seu trabalho. Sois acaso acossado pelo temor do fracasso?

Cristo Jesus pouco se preocupava com o êxito ou o fracasso em termos de valor material. Se Cristo Jesus vivesse em nossos dias, seria considerado, pelas normas correntes, um verdadeiro fracasso. Sua vida é um registro de derrota aos olhos daqueles com quem vivia. Ele não foi reconhecido pelos intelectuais do Seu tempo. O escol da sociedade não O contou em seu número. Nas comissões dos financistas, não teve Ele assento. Não possuía domínio real nem tinha outros bens. Aos olhos dos indivíduos carnais, Cristo era um fracasso digno de compaixão. Foi rejeitado, como traidor, por Sua própria nação. Foi crucificado pelos romanos, e morreu da ignominiosa morte de cruz.

O tempo, entretanto, vindicou o Cristo. Sua vida ergue-se triunfante. Seu êxito baseava-se em valores espirituais. Da mesma maneira podemos ser um completo fracasso aos olhos do mundo, e ser, contudo, um êxito glorioso diante de Deus. Uma coisa unicamente requer Deus de nós – e esta é a LEALDADE. Somos chamados a viver em harmonia com Sua Lei. Nenhuma outra coisa importa afinal. Uni a Deus a vossa vida. Fazei com Ele inteira aliança.

Na parábola dos talentos lemos, que, quando o Senhor chegou para ajustar contas com os servos dos talentos que lhes tinham sido confiados, o homem que recebera apenas um, respondeu: “Atemorizado, escondi na terra o Teu talento.” (Mt 25-25). O temor lhe paralisara as forças criadoras. O temor da derrota roubou-lhe toda a iniciativa. Se tememos, teremos a mesma experiência, pois o temor do fracasso é o caminho seguro e certo para a derrota. O homem que recebera um só talento é condenado porque tinha os olhos no êxito em vez de os fixar no dever. Aos que temem, seja-me permitido dizer: Não vos cumpre ser bem-sucedidos. Tudo quanto Deus requer, é que façais o melhor que vos for possível. Os resultados, deixai-os com Deus.

O temor da morte está dominando a muitos. Quando uma pessoa vive temendo continuamente morrer, não pode viver bem. O Cristão não teme a morte, pois sabe que tem a vida eterna em Cristo, no porvir. Os Cristãos não são criaturas do tempo, mas da eternidade. Esta vida não é o fim, mas antes um preparo para o glorioso começo.

Para o Cristão, a morte não é uma derrota. Destemido, pode ele dizer com o salmista: “ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque Tu estás comigo; a Tua vara e o Teu cajado me consolam” (Sl 23:4). Aqui há perfeito triunfo sobre o temor da morte.

Muitos existem que nunca vivem bem, porque estão sempre temendo que vão morrer. Como escreve bem conhecido médico a respeito do efeito da ansiedade: “Não sabemos porque é que os ansiosos morrem mais cedo do que os que não se afligem; mas isto é um fato. Os temerosos da morte, morrem por certo antes do tempo”.

Se quereis viver, bani o temor da morte. Vossa vida está em Deus. “Porque n’Ele vivemos, e nos movemos, e temos o nosso ser” (At 17:28).

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de outubro/1978)

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