Arquivo de tag Sala Oeste

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Significância Esotérica de que o Tabernáculo no Deserto era uma sombra das coisas boas que viriam

Aprendemos por meio dos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental que o Apóstolo S. Paulo estava certo quando disse que o Tabernáculo no Deserto (nossa primeira Igreja) era uma sombra das coisas boas que viriam[1]. Vamos ver como mais detalhes a questão da sombra da Cruz no Tabernáculo do Deserto.

Nos nossos Estudos Bíblicos Rosacruzes aprendemos que na Epístola de S. Paulo aos Hebreus, há uma descrição do Tabernáculo no Deserto com muitas informações sobre os costumes usados ​​ali, que beneficiam muito o Estudante Rosacruz saber. No Tabernáculo no deserto há uma promessa que foi dada nesse passado longínquo e que ainda não foi cumprida, uma promessa que se mantém válida hoje tão bem quanto no dia em que foi dada. Pois, se prestarmos a atenção devida conseguimos visualizar o arranjo das coisas dentro do Tabernáculo no Deserto formando a sombra da Cruz.

Vamos detalhar aqui para ficar mais fácil: começando no portão oriental – por onde se adentra ao Átrio do Tabernáculo no Deserto –, havia o Altar dos Sacrifícios (também chamado do Altar dos Holocaustos); um pouco mais adiante no caminho direto para o próprio Tabernáculo no Deserto, encontramos o Lavabo de Bronze, onde os Sacerdotes (que prestavam serviço no Tabernáculo) se lavavam. Entrando no Tabernáculo propriamente dito, na Sala Leste do Templo, encontramos um primeiro artigo de mobília, o Candelabro de Sete Braços – também chamado de Candelabro Dourado – na extrema esquerda dessa Sala; já na extrema direita tínhamos a Mesa dos Pães da Proposição, formando uma cruz com o caminho que temos seguido em direção ao Tabernáculo no Deserto. Bem a nossa frente, no centro, em frente ao segundo Véu, encontramos o Altar de Incenso, que forma o centro da cruz; e já na Sala Oeste – chamado o Santo dos Santos –, na parte mais ocidental do Tabernáculo no Deserto, temos a Arca da Aliança, que representa a parte mais curta ou superior da cruz.

Note, então, que o nosso atual símbolo do desenvolvimento espiritual, o nosso ideal particular de hoje, foi sombreado no antigo Templo de Mistério (o Tabernáculo no Deserto). Perceba que aquela consumação, que é alcançada no final da cruz, ou seja, a realização de obter a Lei dentro de nós mesmos, assim como estava dentro da própria Arca da Aliança, justamente é aquela com a qual todos nós devemos nos ocupar no momento presente.

(Publicado na Revista Rays from The Rose Cross de setembro/1916 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)


[1] N.T. Hb 10:1 e Cl 2:17

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Sala Oeste do Templo do Tabernáculo no Deserto

Para entrar na Sala Oeste propriamente dito também há um véu que pende. Essa Sala Oeste do Santuário,também é chamada de Santos dos Santos (Sanctum-Sanctorum).

Vimos, anteriormente, que o véu na entrada do pátio exterior e o véu em frente à Sala Leste do Tabernáculo eram confeccionados em quatro cores – azul, vermelho, púrpura e branca. Porém, o segundo véu, que dividia a Sala Leste do Tabernáculo da Sala Oeste, diferia em relação à caracterização dos outros dois. Foi forjado com as figuras dos Querubins. Só que agora os Querubins não segurava mais em suas mãos a espada flamejante (como era quando fomos expulsos do Jardim do Éden); em lugar dela, segurava uma flor, um símbolo pleno de significado místico. Vamos a ele:

Se compararmos o ser humano com a flor perceberemos, então, a grande importância e significado desse emblema: A flor, contém o órgão gerador da planta. Seu verde pedúnculo leva a seiva, o sangue vegetal, incolor e sem paixão. Realiza a fecundação da maneira mais pura e casta. Seus órgãos reprodutores são projetados para cima, para o Sol. É um espetáculo de rara beleza ! Já, nós, os seres humanos revestimos nosso amor de paixão e temos os nossos órgãos sexuais, utilizados na geração, voltados para a terra, escondendo-os com vergonha devido a essa mácula de nossa paixão. Nós nos alimentamos pela boca e na direção de cima para baixo. A planta recebe alimento pelas raízes, forçando-o para cima. Por fim, nós exalamos o mortífero dióxido de carbono (CO2), enquanto a planta inala esse veneno, transmuta-o e devolve o puro, doce e perfumado oxigênio (O2).

Lembrando, então que no Livro do Gênesis encontramos a descrição da expulsão de Adão e Eva do Jardim do Éden por eles terem comido do fruto proibido da Árvore do Conhecimento do bem e do mal. Em conseqüência de seu pecado, os Querubins montam guarda diante do portão, brandindo uma espada flamejante para impedir que o ser humano, por meio do acesso à Árvore da Vida, possa adquirir os segredos do Corpo Vital e aprender, desse modo, a imortalizar sua imperfeita forma física. Agora, no segundo Véu (aquele que dá acesso à Sala Oeste), os Querubins não seguram mais em suas mãos a espada flamejante. Em lugar dela, segura uma flor, um símbolo pleno de significado místico, como vimos. Isso retrata a conquista de um Iniciado, cujo corpo está misticamente descrito como um jardim florido. Nesse jardim, os dois principais centros de flores são o coração, a estrela diurna do corpo, e a glândula pituitária, o mais elevado dos dois centros espiritualizados da cabeça. E para chegarmos a isso temos que praticar a pureza nos nossos pensamentos, sentimentos, palavras e atos. E como iniciamos isso? Parando de gerar destino ruim. Praticando os exercícios descritos na última parte do Conceito. Persistência, persistência e persistência. Eis a chave para a nossa conquista!

Examinemos o segundo recinto do Tabernáculo, a sala ocidental, chamado de Santíssimo ou Santo dos Santos (Sanctum Sanctorum). Atrás do segundo véu, nessa segunda sala, nenhum mortal poderia passar a não ser o Sumo Sacerdote e, mesmo assim, era permitido a ele entrar somente uma vez por ano, a saber, no Yom Kippur, no Dia da Expiação, e somente após a mais solene preparação e com o maior reverente cuidado. O Santo dos Santos era revestido com a solenidade de outro mundo; estava repleto de uma grandeza sobrenatural. O Tabernáculo inteiro era o santuário de Deus, mas, aqui nesse local estava a certeza absoluta da Sua presença, a morada especial da Glória Shekinah, e qualquer ser mortal tremia ao se apresentar dentro desses recintos sagrados, como deveria acontecer com o Sumo Sacerdote, no Dia da Expiação.

A Sala Ocidental do Tabernáculo era tão escura como os céus quando o luminar menor, a Lua, está no lado ocidental dos céus, ao entardecer, junto com o Sol; isto é, na Lua Nova, que inicia um novo ciclo em um novo Signo do Zodíaco.

A Sala Oeste é o umbral da Libertação. Através dele, seremos conduzidos a reinos mais elevados, onde um maior desenvolvimento anímico poderá ser conseguido alcançar.

(Quer saber mais? Faça os Cursos de Filosofia Rosacruz (todos gratuitos) e/ou consulte o Livro  Iniciação Antiga e Moderna – Max Heindel)

Que as rosas floresçam em vossa cruz

Idiomas