Pergunta: Qual é a consequência de uma mentira no Mundo do Desejo?
Resposta: Qualquer coisa que aconteça no Mundo Físico é refletida em todos os outros reinos da Natureza e constrói sua forma apropriada no Mundo do Desejo. Quando um relato verdadeiro da ocorrência é dado, outra forma é construída, exatamente como a primeira. Elas são então atraídas e se unem, fortalecendo uma à outra.
Pergunta: O que ocorre se os detalhes fornecidos não forem verdadeiros?
Resposta: Se um relato falso é dado, uma forma diferente e antagônica à primeira, ou verdadeira, é criada.
Pergunta: Como essas diferenças operam?
Resposta: Como o verdadeiro e o falso lidam com a mesma ocorrência, eles se aproximam, mas como suas vibrações são diferentes, eles agem um sobre o outro com destrutividade mútua.
Pergunta: Qual é a consequência dessa oposição?
Resposta: Mentiras malignas e maliciosas podem matar qualquer coisa que seja boa, se forem fortes o suficiente e repetidas com bastante frequência.
Pergunta: O que pode ser feito em relação a isso?
Resposta: Buscar o bem no mal irá, com o tempo, transformar o mal em bem.
Pergunta: Que ponto importante deve ser mantido em mente?
Resposta: Que se a forma construída para minimizar o mal for fraca, será destruída pela forma maligna; mas, se for forte e repetida com frequência, terá o efeito de desintegrar o mal e substitui-lo pelo bem.
Pergunta: Como isso deve ser feito?
Resposta: Esse efeito, bem entendido, não se produz mentindo ou negando o mal, mas procurando o bem.
Pergunta: Como isso se aplica ao estudante de ocultismo?
Resposta: O cientista ocultista pratica muito rigidamente esse princípio de buscar o bem em todas as coisas, porque ele sabe o poder que isso possui para reprimir o mal.
Pergunta: Que ilustração esclareceria essa política?
Resposta: Há uma história do Cristo que ilustra esse ponto. Certa vez, ao caminhar com Seus Discípulos, eles passaram pela carcaça podre e malcheirosa de um cachorro. Os Discípulos se viraram com desgosto, comentando sobre a natureza nauseante da visão; mas Cristo olhou para o corpo morto e disse: “As pérolas não são mais brancas do que os seus dentes”.
Pergunta: O que Ele tinha em mente?
Resposta: Ele estava determinado a encontrar o bem, porque Ele conhecia o efeito benéfico que resultaria no Mundo do Desejo ao dar-lhe expressão.
Pergunta: Como o conflito entre as formas boas e más no Mundo do Desejo afeta nossas vidas na Terra?
Resposta: Da batalha das forças gêmeas — Atração e Repulsão — resulta toda a dor e sofrimento que incidem sobre ações erradas ou esforços mal direcionados, sejam eles intencionais ou não.
Pergunta: O que isso deve nos ensinar?
Resposta: Deve nos ensinar quão importante é o sentimento que temos em relação a qualquer coisa, pois disso depende a natureza da atmosfera que criamos para nós mesmos. Se amamos o bem, devemos manter e nutrir como anjos da guarda tudo o que é bom; se agirmos de maneira contrária, povoaremos nosso caminho com demônios da nossa própria criação.
(Traduzido da Revista: Rays from the Rose Cross – Outrubro/1978 pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)
Tomás Prestativo
Palavra-chave: Atração
Nossa história de hoje é sobre um menininho chamado Tomás Prestativo. Era apenas um rapazinho, mas já tinha um nome especial, pois tinha um coração muito, muito nobre. Seu nome verdadeiro era Thomas, mas todos o chamavam Tomás e seu pai acrescentou o Prestativo.
Naturalmente havia uma razão para isso. Sabe qual era? Sim, vocês estão certos!
Era porque Tomás Prestativo estava sempre tentando ajudar alguém. Não importava se fosse à mãe; no preparo do jantar, a irmã; arrumando a mesa, o pai; no conserto da cerca, o irmãozinho; aprendendo a andar; o que quer que fosse, se ele estivesse por perto, estaria ajudando.
Um dia, chegou um homem a casa de Tomás Prestativo com um caminhão muito grande, carregado de pedras; despejou-as ao lado do jardim e foi embora. Logo em seguida, voltou com uma carga de areia, deixando-a em outro monte junto com alguns sacos de cal.
Tomás ficou imaginando o que seria aquilo e quando seu pai voltou, perguntou-lhe. Ficou sabendo que era para construir um muro de pedras ao redor do jardim. Isso agradou muito Tomás Prestativo, pois sabia que iria gostar muito de auxiliar o pai a construí-lo, e quanto mais pensava nisto, mais excitado ficava. Seu pai disse que se ele se levantasse bem cedo no dia seguinte, poderia ajuda-lo a colocar uma linha onde seria construído o muro. Assim, Tomás acordou cedo, vestiu-se rapidamente, amarrou seus sapatos e fez tudo tão depressa que sua mãe comentou que ele era um despertador para já estar de pé tão cedo.
O pai recomendou-lhe que tomasse um bom café da manhã, porque haveria muito trabalho a fazer. Obediente, Tomás comeu muito bem, frutas, leite e cereais, pois, queria estar preparado quando tanta coisa dependia dele. Estava pondo o boné para sair, quando chegou um mensageiro dizendo que o Vovô estava ferido e que Papai deveria ir vê-lo imediatamente.
Pobre Tomás Prestativo! Como ficou desapontado! Também ficou triste porque seu bondoso vovô, a quem tanto amava, estava sofrendo. Teve vontade de chorar, mas queria ser forte como seu pai e resolveu, em vez de criar um problema, ir para o jardim sozinho.
Ali viu as pedras, todas numa grande pilha, parecendo que estavam esperando para serem utilizadas em um muro. Eram pedras redondas e tão redondamente simpáticas, que Tomás Prestativo achou melhor ficar por ali e brincar com elas por algum tempo. Então, ele pensou que talvez pudesse construir o muro de pedra. De repente, ouviu um sussurro:
– Você não pode construí-lo sozinho, Tomás. Não tente.
Parecia que o sussurro vinha de dentro dele mesmo.
Porém, outra voz sussurrou:
– Você pode construí-lo Tomás. Vamos, comece.
Tomás deu ouvidos à segunda voz e começou a empilhar as pedras para fazer o muro.
Esqueceu-se de que lhe haviam ensinado a não se intrometer nas coisas de seu pai quando ele estivesse ausente; esqueceu-se de que não sabia como construir o muro; tudo o que pensou naquele momento foi que queria fazê-lo.
Vocês acham que ele foi capaz de construir o muro? Lógico que não! Trabalhou bastante, até aonde pode, mas tão logo empilhava as pedras, elas caiam. Sentia-se infeliz, mas continuou empilhando-as, empilhando-as e as pedras sempre caindo, caindo. Por fim, ficou com tanto calor, cansado e aborrecido, que pôs a culpa nas pedras e decidiu parar.
Mas, que confusão ele havia feito no jardim! As pedras espalhadas por todos os lados e as flores quebradas e amassadas.
Quando o pai voltou para casa, ficou tão aborrecido, que Tomás sentiu-se envergonhado.
Quando o pai lhe disse que não poderia chamá-lo mais de Tomás Prestativo se fizesse coisas desse tipo, sentiu-se ainda mais envergonhado e arrependido. Decidiu que, no futuro, só ouviria a voz do bem.
Como vocês veem, ele conhecia tudo sobre as duas vozes que falam com os meninos e meninas e também com os papais e mamães. Uma era do Senhor Amor, que torna todo o mundo feliz; a outra era do Senhor Egoísmo, que traz problemas para as pessoas. Aprendeu que era muito bom ser prestativo para os outros, mas aprendeu também que deveria obedecer os pais e não ultrapassar os limites estabelecidos por eles.
No dia seguinte, ficou olhando o pai fazer uma mistura de areia, cal e água chamada argamassa. Esta mistura seu pai espalhava entre as pedras, à medida em que ele as empilhava, fixando-as, o que as impedia de cair do muro. E assim foi construindo o muro.
– A argamassa é como o amor, disse o pai de Tomás Prestativo. Ela une as coisas.
(do Livro Histórias da Era Aquariana para Crianças – Vol. V – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz)