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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

As Razões da Nossa Alma ter Veementes Anseios de Cristificação

A Alma é a quintessência dos três veículos inferiores e as experiências adquiridas por esses instrumentos nos seus aspectos de retidão no pensar e no agir. Essa quintessência é extraída pelo nosso Espírito. Uma das mais maravilhosas experiências da vida para a Alma é quando despertamos a grande verdade de expressar o Divino Interno, que é a verdadeira finalidade de nossa vida terrena, e para expressá-Lo é necessário cultivarmos a ação que é o alimento para o crescimento da Alma.

Vemos, pois, que a Alma se atrofia quando deixamos de alimentá-la, e que as ações bondosas, pensamentos de amor e serviço aos outros são o alimento para o crescimento dela. A ação tem três principais campos de operação, ainda que ela derivasse seu poder do Espírito por raios de energia. A ação no plano mental é o pensamento, a ação na natureza emocional é o sentimento, a emoção, a paixão e o desejo, a ação na natureza física é movimento com o propósito de alcançar todas as relações da vida. O propósito de cada ato, seja mental, emocional ou físico, é induzido pelos pares de opostos como o Amor e o ódio, Altruísmo e egoísmo, generosidade e avareza, atividade e indolência, etc., e seu fruto é incorporado na alma, como consciência, que nos avisa em tempo de tentação ou nos provê do dinamismo para tudo quanta é Bom, Reto e Altruísta.

O amor é a base do ensinamento do Cristo. E é o que devemos utilizar para construir e evoluir a nossa Alma, que é Tríplice em sua manifestação.

Podemos resumir a cristificação como sendo a transmutação de todas as tendências egoístas que são absorvidas pela sublime natureza espiritual inerente no Espírito Virginal.

Para nos cristificar temos que aprender, de fato, a amar a Deus. Temos que ter a consciência de que a culpa dos nossos males e também a glória dos nossos benefícios é inteiramente nossa; que somos responsáveis pelas nossas ações e que não escapamos à reação delas; que os nossos destinos são feitos pelas nossas ações e que, tal como fizermos, semearmos, assim havemos de colher; que a morte não destrói o Corpo, mas apenas nos separa dele e muda as nossas condições, proporcionando-nos meios de regeneração, para nos fazermos cada vez mais justos e perfeitos, de vida em vida. Morrendo na Terra vamos renascer no Mundo espiritual ou celeste, pois nessa altura já somos só Espírito.

E, enquanto estivermos aqui, colocar muito mais ênfase no que somos do que no que temos, renunciando, voluntariamente a tudo isso que achamos que temos!

A passagem bíblica que nos auxilia aqui: “Grandes multidões o acompanhavam. Cristo Jesus voltou-se e disse-lhes: ‘Se alguém vem a mim e não odeia seu próprio pai e mãe, mulher, filhos, irmãos, irmãs e até a própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não carrega sua cruz e não vem após mim, não pode ser meu discípulo’”.

Quem de vós, com efeito, querendo construir uma torre, primeiro não se senta para calcular as despesas e ponderar se tem com que terminar? Não aconteça que, tendo colocado o alicerce e não sendo capaz de acabar, todos os que virem comecem a caçoar dele, dizendo: Esse homem começou a construir e não pôde acabar!’ Ou ainda, qual o rei que, partindo para guerrear com um outro rei, primeiro não se senta para examinar se, com dez mil homens, poderá confrontar-se com aquele que vem contra ele com vinte mil? Do contrário, enquanto o outro ainda está longe, envia uma embaixada para perguntar as condições de paz. Igualmente, portanto, qualquer de vós, que não renunciar a tudo o que possui, não pode ser meu discípulo. Não se tomar insosso — O sal, de fato, é bom. Porém, se até o sal se tornar insosso, com que se há de temperar? Não presta para a terra, nem é útil para estrume: jogam-no fora. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!.”  (Lc 14:25-35)

 Que as Rosas floresçam em vossa cruz

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