Interesse pelas Filosofias Esotéricas

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Interesse pelas Filosofias Esotéricas

Interesse pelas Filosofias Esotéricas

Cresce, de forma notável, o interesse pelas filosofias esotéricas entre as diversas camadas socioeconômicas e culturais brasileiras, haja vista o grande número de obras lançadas atualmente, abordando temas espiritualistas.

As bancas de jornais e as livrarias registram uma procura superior à verificada em qualquer época. Naturalmente, nem todas as publicações situam-se num nível elevado. Há também algumas inconsequentes e de fundamento dúbio. Mas, de um modo geral nota-se muita semente digna de germinar sendo lançada.

E, além do mais, contribuem valiosamente para esclarecer as pessoas sobre uma gama variadíssima de questões vigentes até pouco tempo como incógnitas.

Há uma procura, procura muitas vezes desordenada. Contudo, pressupõe ânsia de conhecer. Busca da verdade. Desejo de obter respostas às mais intimas indagações.

Quão grande é a responsabilidade das Escolas Filosóficas em face dessa situação! E perante essa responsabilidade, quão privilegiada é a posição da Fraternidade Rosacruz por divulgar uma filosofia racional, logicamente ordenada, credenciada a satisfazer aos mais extremos anseios da Mente inquiridora, tão característica do ocidental.

O ocidente clama por ensinamentos profundos. Ensinamentos que revelem ao ser humano a sua natureza real. Que tenham o condão de, atingindo sua mente, lhe sensibilizar o coração no amadurecimento de uma natureza equilibrada. Que expliquem a origem dos seres e do mundo, determinando as causas entranhadas em todos os fatos.

A Fraternidade Rosacruz é uma Escola séria. Não visa a aliciar prosélitos. Mas acolhe de braços abertos a tantos quantos aspirem a uma vida superior. Oferece um programa de regeneração. Todavia, não é dogmática.

Respeita ao máximo a liberdade do Estudante. Procura libertá-lo da dependência de fatores externos, tornando-o confiante em si mesmo no mais alto grau. Preconiza o estudo. Estimula a pesquisa. Exorta à devoção. Respeita e compreende as demais escolas e crenças, reconhecendo a importância que assumem em determinados agrupamentos humanos, cujos estágios evolutivos comportam exatamente aquelas linhas doutrinárias. Não tem líderes. Alicerça-se na boa vontade e idealismo de seus membros.

A Fraternidade Rosacruz, nós o sabemos, é um movimento inspirado desde os planos internos. Contudo, para a colimação de seus propósitos no Mundo Físico, necessita do empenho de seus Estudantes. Nascida em meio às lutas e sacrifícios de Max Heindel, ela logrou sobreviver às inúmeras dificuldades, consolidando-se como um movimento “sui generis”. Da mesma forma, o esforço desinteressado de cada Estudante, fortalece a Obra na hora presente.

É um ideal grandioso. O campo para divulgação do rosacrucianismo desponta cada vez mais promissor. E a Fraternidade Rosacruz deve estar preparada para essa fase.

O número de Estudantes já é considerável, mas ainda são poucos os que dedicam uma mínima parcela de seu tempo em benefício da Obra.

Cada departamento requer uma estrutura cada vez mais definida e segura para atender e corresponder às necessidades daqueles que solicitam nossos serviços. A divulgação da filosofia deve estender-se a outras áreas. E os campos atingidos atualmente devem ser ampliados.

Esse trabalho de divulgação, esse verdadeiro apostolado, logrará o esperado êxito se desenvolvido em bases racionais, didáticas e impessoais.

Nesse labor altruísta o espírito de equipe deverá encontrar sua máxima expressão. Quem não se integra ao contexto do trabalho grupal, sobrepondo os interesses coletivos aos sentimentos pessoais de simpatia e antipatia, sacrificando inclusive suas ideias próprias (quando for necessário), encontrar-se-á irremediavelmente deslocado dentro da Obra.

Perscrutemo-nos anteriormente. Analisemos imparcialmente nossa conduta dentro do movimento Rosacruz. O ideal significa muito para nós? Dedicamo-lhe nossos melhores esforços? Damos um colorido impessoal ao nosso trabalho? Fazemo-lo independentemente de cargos e honrarias?

Com a palavra a nossa consciência!

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de outubro/1973)

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