A Astrologia é para o estudante Rosacruz uma fase da religião, basicamente uma ciência espiritual.
Esta ciência, mais do que qualquer outro estudo, revela o ser humano a si mesmo.
Nenhuma outra ciência é tão sublime, tão profunda e tão abarcadora.
Ela revela a relação entre Deus (o Macrocosmo) e o ser humano (o Microcosmo), demonstrando que ambos são fundamentais.
1. Para fazer download ou imprimir:
2. Para estudar no próprio site (para ter as figuras, que tanto ajudam na compreensão, consulte a edição do item 1, acima):
ESTUDOS DE ASTROLOGIA
Por
Elman Bacher
Volume 8
Fraternidade Rosacruz
Centro Rosacruz de Campinas – SP – Brasil
Avenida Francisco Glicério, 1326 – conj. 82
Centro – 13012-100 – Campinas – SP – Brasil
Traduzido e Revisado de acordo com:
Studies in Astrology
2ª Edição em Inglês, 1951, The Rosicrucian Fellowship
Estudios de Astrología
3ª Edição em Espanhol, 1981, Editorial Kier S. A.
Pelos Irmãos e Irmãs da Fraternidade Rosacruz – Centro Rosacruz de Campinas – SP – Brasil
contato@fraternidaderosacruz.com
fraternidade@fraternidaderosacruz.com
Tantos foram os comentários favoráveis recebidos por nós, aos artigos astrológicos de Elman Bacher publicados em nossa revista “Rays from the Rose Cross”, durante os últimos anos, que estamos certos que haverá uma boa acolhida a esse trabalho, por parte dos Estudantes de Astrologia Espiritual.
Os profundos conhecimentos de Elman Bacher e sua devoção à ciência astral, aliados a uma extraordinária compreensão da natureza humana, permitiram-lhe apresentar temas que indubitavelmente o situam entre os melhores Astrólogos Esotéricos modernos. E como a veracidade e o valor da astrologia tornam-se, a cada dia, mais aceitos de modo geral, seus trabalhos ajudarão cada vez mais os seres humanos a conhecerem-se a si mesmos, e a realizarem seu mais alto destino.
Antes de sua transição, em 1951, Elman Bacher expressou o ardente desejo de que publicássemos seus artigos em forma de livro e, embora lamentemos profundamente não estar ele aqui para ver a concretização desse desejo, sentimos felizes por saber que sua aspiração está sendo realizada agora.
ÍNDICE
PREFÁCIO
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I – O MAPA DO CASAMENTO
CAPÍTULO II – O CASAMENTO
CAPÍTULO III – A PATERNIDADE
CAPÍTULO IV – A INFÂNCIA
CAPÍTULO V – A ADOLESCÊNCIA
CAPÍTULO VI – A FRATERNIDADE
CAPÍTULO VII – O SIGNO SOLAR
CAPÍTULO VIII – O ESPECTRO GENÉRICO
CAPÍTULO IX – A ATRIBUIÇÃO DA SUA VIDA
A Astrologia é para o Estudante Rosacruz uma fase da religião, basicamente uma ciência espiritual. Esta ciência, mais do que qualquer outro estudo, revela o ser humano a si mesmo.
Nenhuma outra ciência é tão sublime, tão profunda e tão abarcadora. Ela revela a relação entre Deus (o Macrocosmo) e o ser humano (o Microcosmo), demonstrando que ambos são fundamentais.
A ciência oculta, ao investigar as forças mais sutis que afetam o ser humano (o Espírito) e seus veículos, receberam seus efeitos com a mesma precisão que a ciência acadêmica fizeram com as relações do mar e do céu, da planta e do animal, dos raios do Sol e da Lua.
Com esse conhecimento podemos determinar o padrão astrológico de cada indivíduo, e conhecer a potência ou as debilidades relativas das diferentes forças atuantes em cada vida. De acordo com o que tenhamos alcançado deste conhecimento, podemos começar a formação sistemática e cientifica do caráter – caráter é destino!
Observamos os períodos e estações que são cosmicamente vantajosos para o desenvolvimento de qualidades ainda não desenvolvidas, corrigindo rasgos defeituosos e eliminando inclinações destrutivas.
A ciência divina da Astrologia revela causas ocultas que trabalham em nossas vidas. Assessora o adulto com respeito à vocação, os pais na orientação dos filhos, o mestre na orientação dos discípulos, o médico no diagnóstico das enfermidades; prestando-lhes, desta maneira ajuda a todos em qualquer situação em que precisem.
Nenhum outro tema dentro da margem do conhecimento humano, até esta data, parece conter as possibilidades estendidas aos astrólogos para ajudar aos demais na sua própria dignidade como deuses em formação, a um entendimento maior da lei universal, e a verificação de nossa eterna seguridade nos braços acariciadores da Vida Infinita e do Ser Iluminado.
Esse capítulo sobre Mapas de Casamentos é oferecido como uma tentativa de esclarecer aos Estudantes Rosacruzes de Astrologia os processos e significados da união de duas pessoas que se juntam para uma experiência mútua no casamento. Por algum tempo, o autor sentiu que erigir um Mapa para o momento em que está programado o início da cerimônia do casamento não é realmente válido. Por isso, aqui é apresentado um pequeno subsídio para se pensar quanto ao momento válido para se erigir um Mapa do casamento.
De acordo com o que diz a filosofia oculta sobre a evolução humana, por meio dos processos de reencarnação, “ser nascido” significa realmente “reaparecer na carne”. Uma vez que todos nós temos sido envolvidos no processo de reencarnação por muito tempo, se casar significa realmente “se casar outra vez”. É extremamente improvável que qualquer pessoa, agora encarnada, nunca tenha se casado antes. Todos nós já dissemos o equivalente a “Eu aceito” em várias línguas, vários países e várias épocas – e seja em voz alta ou em voz baixa. Uma vez que o “esposo-esposa” é uma identidade especializada de “homem-mulher”, o duplo “Eu aceito” e o pronunciamento final do oficiante (ou seu equivalente) é realmente uma variação do “EU SOU”; em outras palavras, é o nascimento de uma nova identidade, no que se refere a essa encarnação. Existe um paralelo notável entre o “nascimento do esposo-esposa” e o nascimento do indivíduo, como uma expressão física. Consultemos o Grande Mandala:
Um círculo com os diâmetros vertical e horizontal; os quatro Signos Cardeais (Áries, Capricórnio, Libra e Câncer) nos pontos à esquerda, acima, à direita e abaixo, respectivamente (as cúspides do Ascendente, da décima, da sétima, e da quarta Casas); partindo do ponto médio da linha de Câncer, através dos pontos médios de Libra-Capricórnio, e descendo até o ponto médio de Áries, trace uma linha curva que resulte em três quartos de um círculo; conecte, com uma linha reta, os pontos das cúspides de Áries-Câncer (os pontos onde as linhas das cúspides tocam o círculo).
Para não perder a oportunidade e por um momento vamos explicar o simbolismo da linha reta Áries-Câncer: até você chegar no ponto que representa o meio do caminho quando você anda ou dirige em um túnel você estará entrando no interior da montanha ou da colina; o ponto exato da metade do túnel marca a mudança de sua relação com o interior, contando que você prossiga do interior para a saída, e quando passar por ela, você deixará seu interior. Nos planos internos, entre renascimentos, há um “ponto de inflexão” que é determinado por sua prontidão para reencarnar. A vibratória atração gravitacional de seus ideais não realizados ocorre, então, e começam a ser ativados seus preparativos para o renascimento. Em outras palavras, a partir desse ponto você deixa o interior da subjetividade – que é a “saída” da qual é seu primeiro contato com seu futuro veículo a ser concebido.
Enquanto você ainda se encontra no estado subjetivo, mas se preparando para a reencarnação, eventos importantes e relacionados acontecem no plano objetivo. Por exemplo, aqueles que vão ser seus pais podem terem se encontrado recentemente, podem ter reconhecido uma atração amorosa mútua e um desejo de união também recentemente, podem também terem se preparado para a cerimônia do casamento, estabelecido o seu lar, ter efetuado a intimidade de sua união, entre outras coisas. Ou, ainda, se outro filho ou filhos vierem antes de você, esse preparativo externo pode ser simplesmente a decisão mútua de seus futuros pais de realizarem seu desejo de mais experiência paterno-maternal e, como resposta a tal desejo, eles efetuam a sincronização emocional e física que resulta na concepção de seu veículo. De um jeito ou de outro, a preparação é sincronizada em ambos os estados, o interno e o externo. No momento rigorosamente certo para o que você necessita, a semente de seu corpo é acesa na expressão, e então, seu veículo começa sua própria individualização. No fim do período pré-natal você “nasce” – o que, simplesmente, significa que você é “individualizado fisicamente”. Seu corpo é, a um só tempo, a expressão quimicalizada de um objeto de desejo sobre o qual seus pais vão exercitar seus recursos de Amor-Sabedoria, individual e mútuo, e o seu desejo de evoluir através de novas expressões de seus potenciais.
O quadrante no Mandala representado por Áries-Câncer é o preparo subjetivo de sua reencarnação; Câncer é a concepção; Libra é a objetivação do futuro sexo fixo e a subjetivação da futura complementação; Capricórnio é a solidificação do organismo; Peixes, se fosse mostrado na décima segunda cúspide, é o símbolo condensado dos resíduos não cumpridos das três cruzes; Áries, no fim das três cruzes e no fim dos três quadrantes pré-natais é o símbolo do seu reaparecimento, no nascimento, na individualidade física – re-objetivação do seu “EU SOU” nesse plano. Daí em diante, e até a transição de volta a subjetividade, o seu “EU SOU” desdobra os seus potenciais por meio de vários intercâmbios de relacionamentos com outros seres humanos. Pense e reflita mais sobre isso – é a “representação humana” de um padrão cósmico.
Com essa analogia em mente e o Mandala nas mãos, vamos agora traduzir esse padrão em termos do assunto em pauta – o significado da cerimônia de casamento como o estabelecimento de uma nova identidade de dois seres humanos.
O “ponto de inflexão subjetivo” é o momento em que cada pessoa age sob um pensamento, um sentimento ou uma oportunidade, de tal modo que o encontro das duas é o resultado inevitável. Exemplos, cada um deles:
O recebimento do convite marca o ponto de inflexão; a aceitação é o ato que as conduz, dia após dia, da “subjetividade da vida de solteiro” para a “objetividade de uma nova identidade como esposo-esposa”. O elemento tempo é, naturalmente, uma variável individual, ou seja, alguns casais precisam esperar muito tempo antes de se encontrarem, enquanto outros se encontram e se sentem atraídos mutuamente de maneira repentina, deliciosa e inesperada. Os “amigos em comum” – ou o Conselho Diretor da “Star-Lit Stargazers, Inc.” – são os agentes quimicalizados do magnético poder do Amor que serve para efetuar o contato entre as duas pessoas.
O primeiro encontro entre as duas pessoas conclui a fase “subjetiva”, e esse “ponto no tempo” é análogo ao “ponto de concepção” do mandala. Agora, sua união é estabelecida fisicamente e o intercâmbio vibratório é, consciente ou inconscientemente, inaugurado.
De Câncer a Libra, no mandala, o elemento tempo está entre os encontros das duas pessoas e seu reconhecimento do amor recíproco. Quando isso acontece (o “amadurecimento da consciência de polaridade da adolescência”), a subjetividade do gênero, que coincidiu com a objetividade do sexo no período pré-natal presente, é acesa mutuamente pela ação da vibração simpática; cada um deles vê o outro como o símbolo ideal quimicalizado das qualidades genéricas subjetivas – ou a “contemplação” em todos os planos. Eles não “se apaixonam” (palavra horrível!); eles se elevam um ao outro na consciência pela fusão mútua do melhor de suas qualidades. Essa “fusão mútua de vibração” é o arquétipo daquilo que se expressa quimicamente na ação a que chamamos relação sexual. Essas duas “fusões” são liberações de tremendos recursos, e são acompanhadas por realizações “mais intensas do que nunca antes”, da condição de ser ideal, emocional, mental e espiritual. A fusão vibratória organiza o reconhecimento consciente, por ambos, da “necessidade mútua”. Na mutualidade, isso conduz, eventualmente – consoante a inclinação pessoal – à decisão de se casarem; a isso se segue, e também de acordo com as inclinações pessoais, o anúncio da intenção. A decisão e o anúncio são simbolizados no mandala por Capricórnio, no ponto culminante da roda – símbolo do concreto, da organização e da condensação – da polaridade de Câncer.
O estado emocional objetivado pelo anúncio estabelece a identidade de “noivos”, e deve-se acrescentar que, nessa explanação do “pré-natal”, o Signo de Leão e a quinta Casa – seguindo-se a Câncer – simbolizam o amor individualizado de uma pessoa pela outra. Leão é a irradiação de amor – um assunto individualizado; não é o intercâmbio de amor, e todos os “pontos de identidade” do mandala Cardeal são isso, porque eles se referem ao “relacionamento por complementação”; uma “mãe” é isso, em relação ao seu “filho ou filha”, e um “irmão ou irmã” é isso, em relação ao seu outro irmão ou irmã; o Capricórnio desse símbolo é a identidade objetivada de Leão-Libra individual e mútuo, a condição de “amar e ser amado”. Em nossa tradição o homem dá um anel à mulher como uma “dramatização” de sua elevada consciência de idealidade, cujo poder é simbolizado pela resplandecente beleza da joia – geralmente um diamante, que é a joia-símbolo do Sol. Esse anel e o que se usa – às vezes os dois – na cerimônia do casamento jamais é, como pensam alguns, um símbolo de servidão ou escravização da mulher pelo homem; é sempre um círculo, o símbolo da realização perfeita do intercambio perfeito na união perfeita. A decisão mútua, a apresentação e a aceitação do anel, o anúncio formal e o primeiro planejamento de hora e local para a cerimônia de casamento são reunidos no ponto de Capricórnio. O Aquário desse quarto quadrante a partir de Áries simboliza: a irradiação de convites às pessoas que amam, que são amadas e apreciadas pelo casal de noivos; a extensão de amor aos membros da família e aos amigos; os pais podem sentir que estão “perdendo seus filhos”, mas na realidade eles estão, pela fraternidade de Aquário, ganhando um “irmão mais novo” e uma “irmã mais nova”. Pelo casamento, o jovem casal se torna membro da fraternidade dos maridos e esposas e, subsequentemente, da fraternidade dos pais e mães – da qual seus próprios pais são “membros veteranos”.
A última fase desse período “pré-natal” do matrimonio é o Signo de Peixes em seu significado regenerado – o símbolo da fé e da idealidade. Casar significa uma afirmação da própria realização do bom e belo da vida, e significa também uma boa vontade de contribuir para a Vida com os próprios recursos do Bom e do Belo. O Signo de Peixes do mandala simboliza a cerimônia de casamento como um símbolo dramatizado de uma das mais profundas e sinceras realizações do regozijo humano, da inspiração e amabilidade humanas. A confecção artística das roupas e do vestido de noiva, as flores e a música significam o desejo da humanidade de alcançar e expressar realizações de eterna beleza – a manifestação aperfeiçoada. Em nossa tradição, a cerimônia geralmente começa com a primeira nota do prelúdio musical ou da própria marcha nupcial. Enquanto “prosseguimos através” de Peixes, a cerimônia continua nos pontos de oração, meditação, música e recitativo de pensamentos espirituais relativos ao significado interno do matrimônio. O oficiante simboliza, em sua pessoa, o intermediário entre a personalidade e realidade de cada uma das duas pessoas. Quando ele diz “agora vos declaro marido e esposa”, o movimento através de Peixes – como a cerimônia simbólica – se encerra em Áries, e a entrada em Áries simboliza a nova identidade do casal como “marido e esposa” em relação um ao outro e em relação, como indivíduos, ao seu padrão de vida individual. Grandes explosões de música – e tal música deve ser irradiante e estática em qualidade – e o casal caminha junto, pela primeira vez, em sua nova identidade. E que Deus os abençoe sempre.
Frequentemente se faz algo nas cerimônias de casamento que realmente não está de acordo com o simbolismo da cerimônia; é o caso do oficiante declarar o casal – no fim do serviço – “homem e esposa”. Um “homem” é um ser humano adulto e masculino; como tal, antes mesmo que possa considerar o casamento, ele deve, por necessidade, funcionar por alguns dias, semanas, meses ou anos como um “ser humano masculino adulto”. A identidade recém-estabelecida é “marido”, e assumida essa identidade, o homem “encarna”, em sua nova oitava de consciência do seu “EU SOU”, como um símbolo de sua capacidade e disposição para se desdobrar e expressar novos níveis de consciência, recursos e poderes.
Com a expressão da palavra “esposa” na afirmação acima, a declaração da nova identidade fica completa e integrada; o “período pré-natal” está terminado e o relacionamento material encarnado. O autor tem a convicção sincera e amadurecida de que o instante em que o oficiante diz “esposa” é o momento que deve ser usado para o Mapa do Casamento. A despeito das programações, horários e editais, o casamento não “nasce totalmente” até que seja concluída a declaração. O choro do bebê recém-nascido e o pronunciamento do oficiante do casamento são, ambas, expressões do poder da palavra – a estampa vibratória vivente de uma nova identidade; com isso, o bebê recém-nascido e o marido-esposa recém-nascido “coisas-em-si-mesmas” individualizadas; estão, por assim dizer, “por conta própria”.
Se você tem os Mapas da noiva e do noivo, identifique seus Regentes astrais nesse Mapa do casamento para determinar qual o fator nele é “a personificação” por cada um. O Mapa do casamento não é um “composto de duas pessoas”; antes é o padrão astrológico de uma experiência especializada. Atente para isso ao correlacionar, tanto quanto possível, cada padrão astral dos indivíduos com o Mapa do casamento, isso para o estudo dos agrupamentos vibratórios. Aplique, então, o Mapa de cada pessoa, o Regente e as posições astrais do Mapa do casamento; isso é para se estudar os significados essenciais – para cada um dos dois – da experiência como um fator muito importante na sequência de experiências da vida. Tendo-se um ou ambos os Mapas individuais completos, impõe-se naturalmente a necessidade de se estudar os Aspectos progredidos, especialmente os da Lua – para análise da ação individual. Se não se tem a hora do nascimento, você não pode ter os Mapas perfeitos, mas ainda pode agrupar as posições astrais pelas cruzes (Cardeal, Fixa e Comum) e pelos Trígonos genéricos (Fogo, Terra, Ar e Água), e então compará-los com os agrupamentos astrais do Mapa do casamento. Em ambos os casos, uma vez que todo acontecimento ocorre entre duas junções, aplique o último eclipse solar aos Mapas individuais (não o Mapa do casamento, porque o matrimônio ainda não havia “nascido” por ocasião do eclipse) e relacione os Aspectos que tal eclipse e sua resultante Lua Cheia produziram. Se o casamento ocorreu um mês após o eclipse, então observe também os efeitos da lunação que precedeu as bodas nos Mapas dos noivos. Note os efeitos – em todos os três Mapas – do eclipse solar que ocorreu primeiro após a cerimônia; preste especial atenção ao “ponto” (caso este exista) em que este eclipse estimula nos três Mapas e observe o lapso de tempo entre este e o eclipse seguinte. Esse padrão de eclipse que estimula todos os três Mapas revela a primeira maior prova das pessoas no casamento, e do casamento em si, a partir de um composto de fraqueza das duas pessoas, como indivíduos e como um casal. Também, para leitura básica, relacione também todos os “pontos em comum” nos três Mapas; todos esses Astros nos Mapas das pessoas, estando em Quadratura ou Oposição, indicam que – em virtude de sincronização com um Astro no Mapa do casamento – a experiência matrimonial fornece, às pessoas, uma “oportunidade extraordinária” de perceber as congestões na consciência; inversamente, todos os Astros que estão em Sextil estimularão o exercício da transmutação autodirigida, e todos os que estiverem em Trígono representarão a “habilidade matrimonial” de “abençoar as pessoas”, por meio das quais eles experimentarão super-realizações de sua idealidade. Em outras palavras, todos esses padrões são experiências focalizadas especialmente no matrimônio. A “singularidade” do Mapa do casamento focaliza a singularidade individual e mútua das pessoas.
Quando você estudar o Mapa do casamento, preste muito mais atenção aos diâmetros das cúspides das Casas separadas. Casamento é polaridade humana objetivada, e os diâmetros representam os fundamentos da “condição-de-dois-em-um” de todas as experiências humanas; em outras palavras, os fundamentos da polaridade. A administração das finanças é segunda-Casa-oitava-Casa. Os filhos são quinta-Casa-décima primeira-Casa, etc. A sétima Casa do Mapa do casamento, com suas Quadraturas e Oposições, resume o poder vibratório que desafia a integridade da união.
Tudo isso constitui um excelente exercício de sua habilidade de sintetizar, como um intérprete, uma importante fase de seu serviço e um delicioso estímulo a tudo em sua natureza que o faz amar a astrologia.
Mais uma sugestão: experimente ler seu próprio horóscopo natal como se ele fosse um Mapa do casamento. Filosoficamente falando – você sabe – isto é exatamente o que ele é!
Para o prosseguimento desse tema, façamos os seguintes mandalas:
Enquanto “complementação” é a palavra-símbolo que se refere ao intercâmbio vibratório em geral, “casamento” é a forma especializada de complementação que inclui intercâmbio com uma pessoa de sexo físico oposto. Em sua expressão mais completa – vibratória e fisicamente – o intercâmbio gerador se desenvolve; contudo, muitas vezes o relacionamento homem-mulher não implica, ou pode não implicar, nesse intercâmbio físico; mesmo assim, reconhecemos nosso “outro ‘eu’” naquelas pessoas que nos complementam de modo mais pleno, pelo que nossos relacionamentos com elas são, talvez, as mais intensamente “focalizadas” de todos os nossos padrões de relacionamentos e experiências.
A qualidade de regozijo natural espontânea que se encontra no relacionamento e alimentada pela fraternidade entre duas pessoas, uma com a outra. Pela qualidade de nosso ser vibratório, em qualquer ponto particular ao longo de nossas vidas, atraímos, para nós mesmos, pessoas que não apenas nos complementam – “nós precisamos delas e elas de nós” – mas existe uma “simplicidade” inerente a cada uma e que é recíproca. Essa simplicidade se evidencia em um tipo de “familiaridade natural”, um “reconhecimento fácil”, que é muito diferente do “constrangimento” instintivo que as pessoas sentem uma pelas outras quando sua fraternidade não é reconhecida (o não “reconhecimento” é “indiferença”, e nenhum relacionamento resulta do contato). O ser humano tende a recear e detestar aquilo que conscientemente ignora; por esse tipo de reconhecimento ele vê os outros como “separados dele” e é a tendência natural para “se defender daquilo que não é compreendido” tomar forma de antagonismos e atritos instintivos. Quando nós percebemos a fraternidade vibratória, mesmo com as pessoas mais estranhas, nós experimentamos uma atração fácil que pode florescer rapidamente em amizade e em intercâmbio feliz e benéfico.
O mandala com as triplicidades de Fogo e de Ar descreve a essência dessa qualidade.
Esse mandala ilustra uma expressão duplicada da trindade dinâmica; o abstrato dessa trindade é a triplicidade de Fogo; a existência como poder se expressando com amor e sabedoria; sua contraparte e a triplicidade de Ar, iniciada por Libra como a polaridade de Áries; as duas, juntas, formam os seis “pontos” do Aspecto Sextil – o mecanismo para descristalizar congestões. Pense um pouco nesse “símbolo do Aspecto Trígono” como uma expressão espiritualizada. Passemos, agora, ao nosso segundo mandala – a roda com o Signo de Gêmeos no Ascendente. Ligue esse Ascendente à quinta cúspide (Libra), ligue a quinta à nona (Aquário), e a nona ao Ascendente, criando assim o mandala da fraternidade – uma vez que Gêmeos, como Signo Ascendente, é o Signo que se refere à terceira Casa do Horóscopo Abstrato e é a “raiz” da consciência de Amor fraternal da Humanidade.
Nesse mandala da fraternidade vemos a imagem da irmandade básica como o ponto inicial do florescimento do Amor-Sabedoria; irmãos e irmãs, companheirinhos das brincadeiras e colegas da escola na infância; companheiros de estudos de qualquer idade, pessoas semelhantes nos interesses vocacionais ou nas ocupações aleatórias, indivíduos semelhantes nos objetivos espirituais, aqueles que desfrutam das mesmas coisas e os que estão aprendendo as mesmas lições da vida. Quando entramos em contato com os nossos “irmãos e irmãs vibratórios”, nós os reconhecemos; à medida que nos livramos das congestões, estabelecemos facilmente, e às vezes rapidamente, bons entendimentos com eles; nós temos uma “afinidade” com eles que torna possível esse “bom reconhecimento vibratório”.
A experiência de “se apaixonar” é uma intensificação dessa afinidade vibratória. No mandala de Gêmeos, Libra está na cúspide da quinta Casa – vê-se agora o aspecto Amor da triplicidade como sendo a complementação do casamento e esse reconhecimento vibratório compõe a mais completa realização da qualidade do “outro ‘eu’”. Vê-se aqui a fraternidade de irmão-irmã em uma forma ampliada de complementação intensamente focalizada de um homem e uma mulher cuja fraternidade entre si é necessária para experiência no relacionamento conjugal. Aqui o “casamento” é visto como uma dupla irradiação de amor e um duplo estímulo pela força do amor. É também a imagem do intenso regozijo dos amantes – a complementação é uma ignição da mais alta oitava emocional de que cada um é capaz nos momentos particulares de suas vidas. Verdadeiramente, o regozijo do amor dos amantes é uma irradiação de luz formosa e inspiradora – enche os corações de todos com a sua imagem ideal (estude seu Mapa com a cúspide de Gêmeos como Ascendente).
Examinemos, novamente, o Grande Mandala – Áries no Ascendente – com especial atenção para o diâmetro Gêmeos-Sagitário. Gêmeos – a raiz da fraternidade – é o Signo da décima-segunda Casa de Câncer, o Signo da mãe; é o Signo da nona Casa de Libra, o Signo da esposa; Sagitário é o Signo da décima-segunda Casa de Capricórnio, o Signo do Pai e o Signo da terceira Casa (Fraternal) de Libra e nona Casa de Áries, o Signo do marido. Vamos interpretar os padrões Casa-Signo desse modo:
Posto que Áries-Libra – o diâmetro horizontal – inicia as metades inferior e superior do círculo, considera-se o diâmetro Gêmeo-Sagitário a modulação para a divisão vertical da roda, representada pelo diâmetro vertical Câncer-Capricórnio. Virgem-Peixes é a modulação para frente e para a próxima expressão de Libra-Áries. Mercúrio, pela Regência de ambos os Signos Comuns Gêmeos e Virgem, é o Planeta-chave da modulação e adaptabilidade às novas oitavas. Mercúrio, sob o ponto de vista genérico, é andrógino, ou seja, é “neutro” no sentido de que não é especificamente masculino nem feminino, mas inerente a ambos. O quadrante iniciado pelo másculo Marte é modulado por Mercúrio-Gêmeos (Signo feminino, gênero masculino) ao próximo quadrante, Câncer, que é regido pela Lua, e, sendo de Água, é fêmea-feminino; através de Virgem (Signo masculino, gênero feminino) Mercúrio modula o segundo quadrante e o semicírculo inferior ao terceiro quadrante e semicírculo superior, através do Cardeal Libra, regido por Vênus, que é complemento de Áries-Marte. A “masculinidade” dos Signos de Ar, iniciados por Libra, representa simplesmente as “qualidades positivas da natureza da mulher”, o gênero masculino se expressando no sexo feminino ou a iniciação às oitavas superiores de consciência pela percepção do reflexo ideal de um indivíduo por outro. Libra em sua Casa – a sétima – é o portal do templo da alma. Áries – a primeira Casa – é o portal para nova experiência através da encarnação e pelo estabelecimento de uma nova oitava de autoconsciência. Em Áries nós dizemos “EU SOU”; em Libra estendemos nosso “EU SOU” ao “NÓS SOMOS” – a transformação da autoconsciência separatista pelo poder do Amor-Fraternidade; o Amor-Fraternidade dissolve os “espaços” entre nós e os outros seres humanos; nós – e eles – alcançamos vibratoriamente uns aos outros, e as “lacunas são preenchidas”, de sorte que nós – e eles – combinados para ser uma única pessoa. A consciência de individualidade é, por conseguinte, ampliada em novas e mais elevadas oitavas de realização.
É opinião pessoal do autor – aqui representada como “assunto para se pensar” – que Plutão, como Regente de Escorpião, está Exaltado em Gêmeos, Signo-raiz do Amor-Fraternidade (“exaltação” é “maturidade genérica”). Quando respondemos a uma ignição de nossa sabedoria interna e percebemos a nossa fraternidade com outra pessoa, nossa Mente subconsciente[1] começa, automaticamente – assim como o fogo queima para cima, também de maneira automática – a descristalizar as congestões de inveja, ciúme e ódio, capacitando assim “jogar fora o lastro negativo” e nós, como um resultado, nos elevamos em qualidade vibratória (essas qualidades negativas são propiciadas por intensas congestões de poder do desejo reprimido). Além disso – vejamos o Mandala de Escorpião – a décima-segunda Casa é coberta por Libra, iniciador da triplicidade de Ar da qual Gêmeos é a terceira (Sabedoria) oitava; Vênus, Regente de Libra, está “amadurecida” em Peixes, o Signo da décima-segunda Casa do Grande Mandala, regido pelo princípio da idealidade de Netuno. A qualidade de desejo intensamente comprimida de Escorpião – como a “coisa encarnada” nesse mandala – foi impelida à “encarnação” pela complementação matrimonial de Libra – harmonia através do perfeito intercâmbio vibratório é a redenção dos potenciais intensamente reprimidos da vibração de Escorpião. A “oitava de sabedoria” de quaisquer das quatro triplicidade elementares (genéricas) é “aquilo que se aprende sobre a Vida a partir da experiência” – em contraste com o padrão do Signo da terceira Casa (que se reflete a Gêmeos no Grande Mandala), o qual é “aquilo que se aprende por meio do exercício intelectual”; o padrão da terceira Casa é integração do intelecto; o padrão da nona Casa é a integração da consciência por meio da experiência, e “EXPERIÊNCIA” significa RELACIONAMENTO, uma vez que somente por meio do relacionamento é que a experiência tem qualquer significado especial para nós; nada mais identifica uma experiência, a não ser o modo pelo qual nos sentimos em relação a outras pessoas e reagimos a elas.
Portanto, a Fraternidade é a essência destilada daquilo que se aprende mediante o Relacionamento do Amor; quando os potenciais intensos de Escorpião são liberados construtivamente, cedo ou tarde (mesmo se levar anos de encarnações) nós somos alertados para a irmandade de toda relação complementar. A dolorosa e terrível reação a que chamamos “ciúme” não é outra coisa senão Fraternidade que “ainda não viu sua própria face”; ela é uma atração fraternal do Amor que, até o momento, só vê diferenças, não semelhanças. A dor dessa reação emocional – uma liberação de Plutão-Escorpião – tem alcance profundo. Nenhuma reação de ciúme deve ser considerada como TRIVIAL ou INSIGNIFICANTE – porque ela representa uma oportunidade para maior desenvolvimento do Amor fraternal; até que se faça um ajuste de consciência – quer como um “recebedor” ou um “dador” – o subconsciente reterá o “padrão da dor”. O Mandala de Escorpião – com Libra como Signo de sua décima-segunda Casa e Touro (também regido por Vênus) como Signo de sua sétima Casa, nos diz como lidar com essas intensas reações dolorosas: aprenda a perceber e apreciar o que há de melhor no outro; aprecie-o por sua luz e aprenda a emular alguma coisa de suas qualidades regeneradas – pois, em algum lugar ao longo do caminho, ele está “no alto”, enquanto você ainda está “em baixo”; ele já desenvolveu algo que você ainda tem que desenvolver – sua dolorosa reação é um lamento de fome insatisfeita de seu subconsciente, o qual deseja que você liberte algo de seus potenciais e se expresse mais extensivamente. Não perca tempo invejando; admire, aprecie e aprenda da pessoa para com a qual você tende a ter essa reação; quer ela saiba ou não, ele é seu irmão “mais velho” de quem você pode aprender algo de grande importância para a realização do seu eu ideal.
Devemos focar na sétima Casa, em nome da clareza, nessa discussão, ainda que existam diversas maneiras de analisar um Mapa no que diz respeito à “complementação”. A sétima Casa é sua experiência matrimonial e, em um horóscopo natal ela deve, por sua própria natureza, representar seu relacionamento com uma pessoa – ou pessoas – do sexo físico oposto. Os Astros em sua sétima Casa representam a focalização de princípios representados pelos Signos que eles regem, os quais encontram a sua mais completa expressão no campo do relacionamento complementar. Nem todos se casam realmente, no sentido de se tornarem marido ou esposa; mas todos têm uma sétima Casa com uma focalização particular de princípios da Vida e com qualidades vibratórias representadas.
Os Astros na sétima Casa que se encontram no Signo dessa Casa, ou nela Interceptados, são os enfoques mais definidos das qualidades vibratórias com que se deve lidar na relação conjugal. Esses Astros representaram uma condensação de suas necessidades de experiências e, consequentemente, representarão uma compulsão relativamente forte para o casamento. Os Astros na sétima Casa, mas no Signo da oitava Casa, são um pouco diferentes; esses Astros representam qualidades que você precisa regenerar – e a “ignição” dessa necessidade interna chega a você em alguma maneira de relacionamento intensamente focalizado – o qual pode ou não ser uma pessoa do sexo oposto ou com uma do mesmo sexo. Muitas vezes as pessoas são alertadas para suas necessidades de regeneração mais imperiosas, por meio do contato com uma outra pessoa do mesmo sexo – e até que ocorra essa regeneração, a outra pessoa “parecerá uma inimiga” para tal assunto.
O primeiro passo na análise vibratória da sétima Casa como indicadora da experiência conjugal é entender os dois Signos no diâmetro horizontal do horóscopo. Esse diâmetro é a polaridade de “você e seu complemento”, e todo estudante de Astrologia deveria “basear-se” em uma abordagem filosófica aos diâmetros que se acham nos doze Signos – um de nossos passos mais importantes. Vamos, então, aos Astros que regem o Ascendente (e Signo interceptado na primeira Casa, se o há) e a sétima cúspide (e seu Signo interceptado, se existe algum).
Determine a qualidade genérica desses Regentes: SIGNOS MACHOS: Fogo e Terra; SIGNOS FÊMEAS: Ar e Água; SIGNOS MASCULINOS: Fogo e Ar; SIGNOS FEMININOS: Terra e Água. Compare a qualidade genérica desses Regentes de Casas com os sexos físicos, seu e de seu par, para determinar qual dos dois é basicamente o mais masculino e o mais feminino; compare a qualidade genérica geral de ambos os Mapas ao sintetizar as qualidades genéricas (qualidades básicas) de todos os Astros nos mesmos Mapas; o valor relativo de ambos esses Mapas, até onde os Aspectos congestionados (Quadraturas/Oposições) sejam representados, e o valor relativo dos Aspectos regenerados; determine qual Astro, em cada Mapa, é o mais intensamente congestionado, e veja como o outro Mapa alivia esse Astro congestionado. Faça isto com todos os outros padrões congestionados para determinar como cada um pode ajudar ao outro a se elevar em qualidade vibratória.
Uma dica mais importante é dada pela posição de seu Regente astral no Mapa de seu par, e o dele ou dela em seu Mapa. Seu Regente está em um determinado Signo, tendo uma certa qualidade genérica. A posição dos Regentes dos Mapas, no Mapa da outra pessoa, fornecerá indícios dos focos de influência que cada um tem sobre o outro. Se seu Regente astral está em Conjunção com um Astro no Mapa de seu par, então sua influência é grandemente acentuada para o bem ou para o mal – porque esse Astro no Mapa do seu par é sua identificação pessoal na vida dele ou dela, e você pode, pela maneira de expressar seu Regente, “causar-lhe o sucesso ou o fracasso” pelo modo de você se identificar quanto a essa particular influência astral. Aplique, também, o Regente dele ou dela ao seu Mapa e veja se ele forma Conjunção com algum Astro em seu Mapa; se forma, estude esse Astro com o máximo de empenho; a regeneração desse Astro é o propósito pelo qual você foi atraído para o seu par – se o Planeta estiver congestionado. Se não, então sua expressão por parte de você se torna possível uma “canalização” de efeito construtivo nele/nela, e a imagem mostrada disso é a de que aquela particular vibração astral “condensará sua necessidade de você”. Por conseguinte, cabe a você exercitar suas regenerações para que sua Luz, não sua “escuridão”, seja o “presente” que você dá a sua experiência conjugal.
Então, naturalmente, sincronize os dois Mapas de modo a poder determinar todas as Conjunções astrais mútuas. Essas são as “casas de força” nas quais a luz é gerada em seu relacionamento de casamento. Estude as qualidades genéricas representadas pela posição do Signo dessas Conjunções para determinar que fase de polaridade esteja sendo exercitada por vocês dois conjuntamente e estude o Astro que disposita[2] cada Conjunção – isto é muito importante porque o Astro que disposita, tal uma Conjunção, representa o princípio de vida focalizado naquilo que vocês dois são, juntos, “trabalhando” por meio de uma Conjunção mútua.
Lembre-se de que seu Mapa é seu Mapa, sendo, portanto, um retrato de sua consciência. Sua sétima Casa é o retrato íntimo de seu casamento; assim, reconheça o valor de conceber o ideal representado pelo Regente de sua sétima Casa; ele é o princípio para o qual você deve ser alertado por seu par, e é o ideal que, no seu Ser Interno, você busca sinceramente realizar.
Vamos concluir com um breve exame do mandala de Libra – a abstração da humanidade como um refletor daquilo que é da alma.
O retrato feminino básico da humanidade – a faculdade que todo homem e mulher têm de refletir, para os outros, suas realizações ideais pela percepção da luz interna deles. Virgem está na décima-segunda Casa, portanto, serviço é a palavra-chave redentora do casamento; o serviço executado pelo cumprimento da parceria é a liberação de luz pela regeneração de nossas reações mútuas e reações às nossas experiências juntas. A posição de Gêmeos na nona Casa é uma palavra-chave que diz que o recurso de sabedoria do casamento está na fraternidade mútua. “Fraternidade” é “paralelismo”; quando, em sã consciência, nos mantemos lado a lado com nossos parceiros, ao invés de assumirmos posições de “superiores e inferiores”, verdadeiramente nós “nos damos às mãos em companheirismo amoroso”, e então cada um pode, com relativa facilidade, aprender da luz do outro.
Aqueles que têm realizado a experiência conjugal estão muito mais cônscios da verdadeira Amizade – Leão está na décima-primeira cúspide desse mandala. A força do amor pessoal é – ou pode ser – liberada com grande efeito da fonte de um coração amoroso e realizado para as extensões das relações impessoais. Aquário, na quinta Casa, nos diz que a criatividade do amor, no casamento, tem seu significado impessoal; não devemos convidar Egos à encarnação fazendo deles “imagens esculpidas”; se quisermos que o casamento se cumpra por meio da paternidade, devemos fazê-lo com amor, não pensando somente em você e considerando você o melhor e mais importante que qualquer outro e nem com possessividade. Como pais, a humanidade cumpre sua obrigação auxiliando o rebento a encontrar a realização de sua própria individualidade e – havendo conseguido isso com integridade e pureza de percepção – ele deve ser liberado para suas próprias realizações e experiências. Os filhos crescem e tomam seus caminhos, mas os pais que se amam mutuamente permanecem juntos. Sua fraternidade como marido-esposa-irmão-irmã permanece íntegra pelo amor-sabedoria, e eles são intimamente livres para deixar que seus filhos busquem sua maturidade na expressão da individualidade em todos os planos. O esposo e a esposa realizados se erguem, de mãos dadas, como um símbolo vivo da fraternidade entre homens e mulheres – como filhos amorosos e amados de nosso Deus Pai-Mãe.
Essa dissertação, pertinente à identidade humana especializada, será tratada considerando uma correlação de mandalas. Vamos precisar de três:
Aplique em cada um destes mandalas os símbolos dos Signos zodiacais em sequência, símbolo circular do Sol no centro e o símbolo pessoal do Sol (a linha horizontal e o semicírculo do Sol nascente) em cada Casa de Leão.
Primeiro – considerar o significado da identidade da Paternidade como um fator no padrão do Grande Mandala, o horóscopo do arquétipo, a humanidade. Capricórnio, o superior dos dois Signos na linhagem dos parentescos (o diâmetro vertical) é o Signo de Exaltação do princípio masculino, Marte. Exaltação, vibracionalmente falando, é a maturidade – e a maturidade da confiança própria – e a qualidade separativa de Marte se acha na assunção e no cumprimento das responsabilidades legítimas. A responsabilidade implicada em Capricórnio, como um dos dois fatores do diâmetro Câncer-Capricórnio, é a de prover forma como uma expressão do Poder do Amor. O diâmetro Câncer-Capricórnio é a polarização do Princípio da Matriz; é, em termos humanos, o modelo essencial, ou padrão, que identifica a forma humana.
O arquissímbolo da matriz é, naturalmente, o Signo maternal de Câncer; ele é a Mãe que provê a semente essencial da qual é emanada a força humana na gestação. A polarização deste arquiprincípio de Capricórnio é a impregnação da semente da forma pelo aspecto masculino do Princípio de Geração da Forma. Como tal, a identidade humana é o Pai – a personificação masculina daquilo que representa, para o gerado, a segurança da Forma reconhecível. A insegurança é uma das suas arquirraízes do condicionamento negativo; Aspectos de atritos e congestionados que envolvem a Lua e Saturno são, na astrologia, padrões de insegurança. Saturno, Regente de Capricórnio, é o iniciador da triplicidade Terra (Capricórnio, Touro e Virgem) – o princípio que identifica esse Trino é a administração da forma gerada. Isso se refere à geração e orientação dos filhos (Capricórnio), sustento da vida pelo intercâmbio material (Touro), e expressão pelo trabalho (Virgem). Lua-Câncer é o símbolo da segurança do humano imaturo; os imaturos encontram segurança na nutrição, proteção e afeição simpática representada pela Lua, como símbolo instinto maternal. Saturno-Capricórnio é o símbolo da segurança do ser humano maduro; os amadurecidos assumem e cumprem responsabilidades, aperfeiçoam sua expressão de potenciais em atos de contribuição relativos à grande família, que é a Sociedade.
Se Câncer simboliza nossa tendência para nos apegar àquilo que nos protege externamente, Capricórnio e a vibração de Saturno simbolizam o nosso desejo de estabelecer a nossa própria segurança individual, pela regeneração da consciência e expressão a partir desta base. Por meio de Câncer nós somos os cidadãos de um grupo de família; por meio de Capricórnio nós somos cidadãos de uma família maior, a família do estado, da nação e da raça; o arquétipo dessa cidadania é, naturalmente, nossa identidade como Terráqueos – coabitantes desse Planeta do Sistema Solar.
Todo mundo – seja masculino ou feminino – tem Lua-Câncer e Saturno-Capricórnio em algum lugar do Mapa. Esses retratam a segurança combinada dois em um da humanidade. Em cada encarnação especializamos o nosso arquétipo; nós trazemos conosco memórias instintivas subconscientes de experiências como sexo oposto de uma encarnação para outra; nós, também, trazemos a aspiração de realizar a unidade, tudo por meio da sequência de nossas encarnações. Aquilo em que falhamos numa encarnação, por ignorância e congestão de desejos, voltamos a experimentar na próxima, ou em uma sequente encarnação. Uma mulher pode aprender muito sobre os princípios da paternidade por meio de suas experiências como filha, esposa ou mãe no relacionamento com homens que apresentam as falhas de paternidade dela no passado. O homem recapitula ativamente a essência de passadas falhas na paternidade (começa em cada encarnação com isso) por suas reações subconscientes ao seu pai, quando ainda se encontra no estado imaturo, impressionável. Somos atraídos aos nossos pais pelo composto de diferenças e semelhanças com eles. Em outras palavras, nossa consciência individualizada (ignorância ou sabedoria) dos princípios da paternidade é o que faz nossa particular relação com os pais ser o que é em determinada encarnação. Nós não criamos nossos pais, mas nossa consciência é o fator condicionante que determina a qualidade de nosso relacionamento com nosso pai. A consciência sempre determina a qualidade da relação.
Agora o mandala com Leão no Ascendente. Esse é o mandala arquetípico do Poder do Poder do Amor, que é o recurso de toda reação e expressão emocional. É a fonte básica de toda a identificação emocional do relacionamento, como o aspecto criador do Deus Pai-Mãe, é o único amor do qual todos nós participamos, por meio das nossas encarnações, e que aspiramos continuamente realizar e expressar em nosso relacionamento com a vida humana e sub-humana. Referindo-nos ao assunto em pauta, vemos que esse poder é “apadrinhado” em nossa consciência pela força geradora chamada desejo; o diâmetro Escorpião-Touro é a vertical desse mandala. A sexualidade do masculino e feminino dá forma encarnada ao reaparecimento nesse plano de um focalizador humano do poder solar. O desejo pessoal dos pais por uma união mútua mascara a aspiração regeneradora arquetípica que, enraizada por Escorpião na quarta cúspide desse mandala, começa como expressão de sexo, mas floresce como expressão de amor.
O Capricórnio, com identidade da fraternidade, é o Signo da sexta Casa desse mandala. O diâmetro do qual ele é a polarização masculina (Capricórnio, Câncer) forma o diâmetro da sexta Casa – Décima-segunda Casa desse mandala, e é análogo ao diâmetro Virgem-Peixes do Grande Mandala (com Áries no Ascendente). Esse diâmetro é o Princípio da Redenção, por meio do serviço pessoal (Virgem) e do serviço impessoal (Peixes). Uma vez que o Poder do Amor é a “coisa encarnada” nesse mandala, todo fator nele é um aspecto do Amor. O posicionamento do Capricórnio-Paternidade na sexta cúspide é, na especialização da consciência masculina, a expressão humana do Amor Divino por assumir, voluntariamente, as responsabilidades (vibração de Saturno) de servir ao progresso da vida humana (sexta Casa) pela expressão masculina de um gerador da forma. São José, o pai humano de Jesus, é uma personificação da pureza da paternidade humana espiritualizada. Seu Serviço e devoção paternais foram expressões de uma consciência de amor único para instrumentar a geração de uma forma humana perfeita. Um exercício devocional de grande poder tem sido efetuado por milhões de seres humanos que, com reverência, se ajoelham diante das imagens e representações dessa benigna Vibração, pois, como símbolos, elas transmitem um senso da vivência da administração da paternidade amorosa e protetora, como o microcosmo da paternidade do Logos Solar. Essa Consciência santificada, em forma masculina, tem transmutado o desejo pessoal, genético e possessivo numa oitava de serviço epigenético espiritualizado; por meio dos tempos, ele e seus protótipos simbolizam, para o saber interno da humanidade, o Amor especializado na identidade da paternidade; sua pureza e devoção são arquetípicas da verdadeira segurança que todos os imaturos procuram receber de seus pais, e que todos os pais deveriam realizar neles próprios, e que todos os humanos, cedo ou tarde, devem admitir ser um aspecto de um atributo divino. Pais: girem seus Mapas de tal modo que sua cúspide de Leão se torne o Ascendente; estudem esse como sua especialização do mandala de Leão com referência às condições indicadas pela vibração de Saturno. Qual é a sua consciência de paternidade como um Serviço de Amor? Como está representada sua consciência do amor de seu próprio pai? Você tende a repetir, em sua experiência, o que você interpretou como padrões em si? De que maneira você o honra em seu próprio coração e procura ser honrado por seus próprios filhos?
Oferecemos aqui, para variar, sugestões de leituras pertinentes a retratos literários de consciências paternas altamente evoluídas; como estudante de astrologia, você pode aproveitar o estímulo do seu conhecimento interno considerando essas personalidades arquetípicas imaginárias para correlacioná-las com o presente estudo dos princípios de paternidade: John Evered em “Strange Woman”, de Ben Ames Williams[3]; Ling Tang em “Dragon Seed”[4], de Pearl Buck; Stephen Sarrel em “Sorrell and Son”, de Warwick Deeping[5]; Phillip Gordon em “Well of Loneliness”, de Radclyffe Hall[6]; Lavrans Bjørgulfsson em “Kristin Lavransdatter”, de Sigrid Undset[7]; David Naughton em “Claudia”, de Rose Franken[8]. As qualidades de masculinidade altamente desenvolvidas combinam-se com sabedoria e força protetora nesses personagens, sendo elas a nota-chave do tipo de pai evoluído.
Outra consideração a Capricórnio no mandala de Leão revela que ele (Capricórnio) é o Signo da nona Casa do Meio-do-Céu – Touro – e é, portanto, o aspecto da Sabedoria do princípio da Administração das coisas materiais. Desde os tempos primitivos o homem, em sua grande maioria, tem sido o “ganha-pão” da família humana. Em tais experiências todos os Egos – que encarnam periodicamente como homens – destilam uma concepção mais clara dos princípios espirituais envolvidos na administração material da Vida. Esse mandala mostra claramente que em todas as famílias da qual o pai é o apoio material, uma das responsabilidades básicas deste é ensinar os princípios do intercâmbio justo nos assuntos materiais.
Este dever se torna uma focalização do seu propósito de pai nessa encarnação. Na medida em que ele esteja inconsciente de tais princípios, a mãe ou outras pessoas terão de cumprir essa responsabilidade. O intercâmbio justo é um aspecto da verdadeira segurança e, como tal, é evidenciado em toda a maturidade psicológica e espiritual. Na medida em que o pai seja espiritualmente informado desse assunto, incumbe-lhe guiar seus filhos e filhas no preparo espiritual das experiências prática e profissional deles. E na medida em que ele esteja livre de congestões por desejo-de-posse-das-coisas (um trismo cristalizante na consciência de administração das coisas materiais) estará qualificado para ensinar de fato. Isso é sabedoria iluminando os capítulos de experiência prática da vida humana, e ninguém que funcione como um homem adulto pode ser considerado um pai evoluído se ignora esse Princípio.
Agora o Mandala de Capricórnio: o horóscopo abstrato de identidade da paternidade; quarto aspecto do Grande Mandala e primeiro aspecto baseado no Elemento Terra como Ascendente. Em virtude desse mandala ser o de uma identidade arquetípica, consideramo-lo sob um ponto de vista um pouco diferente daquele horóscopo natal. O diâmetro vertical se torna “ancestralidade arquetipicalizada”. Em outras palavras, ao invés da identidade derivar de pais masculino e feminino, ela deriva de um instinto arquetípico – um impulso evolutivo. A paternidade e sua polaridade, a maternidade, “nascem do” instinto evolutivo de transformar os dois “EU SOU” dos separatistas Áries e Libra no composto “NÓS SOMOS” do diâmetro Áries-Libra, aqui representado como diâmetro vertical. Devido a que nosso tema é uma especialização masculina, consideremos o significador masculino desse diâmetro. Áries, Signo de Marte, é a matriz do Princípio Masculino, o símbolo arquivibratório da consciência individualizada do ser. Paternidade, primitivamente falando, resulta de uma ação do masculino para expressar seu instintivo impulso genético e relaxar tensões. Em estágios primitivos de consciência o “intercâmbio amoroso” é desconhecido – o acasalamento é uma fusão de impulsos instintivos egoístas. Contudo, pela repetição, por meio de muitas encarnações, a consciência conjugal é destilada. O “NÓS SOMOS” da condição de se tornar marido e esposa destila, por sua vez, a consciência regenerada dos princípios da ancestralidade – as leis do Cosmos segundo se especializam através da experiência na paternidade e maternidade humanas. Se Marte, como regente desta quarta Casa (a base psicogenética) é o símbolo da qualidade masculina básica, o Signo de sua Nona Casa – Sagitário – na cúspide da 12ª Casa é a “matriz” da redenção espiritual da identidade de pai. Observa-se essa redenção na qualidade expressivamente generosa do Regente de Sagitário, Júpiter. Por trás de todo pai se encontra o Aspecto Sabedoria de sua consciência individualizada. Ele encarnou como homem, se incumbiu da experiência de pai como adulto para se redimir por meio da sabedoria. “Aquilo que foi muito bom para mim deve sê-lo para meus filhos” é uma atitude totalmente antiquada – é paternidade congestionada. O desejo de melhorar as condições de seus filhos – esotericamente ou exotericamente – é o progresso evolutivo se especializando na consciência do pai. Igualmente, a Exaltação de Júpiter no Signo da Lua – Câncer – representa a polarização masculina do Princípio da Nutrição; a ternura, generosidade e a transbordante bondade de Júpiter identificam o pai como dador – de proteção, de guia e de bens materiais. O homem primitivo, como a maioria dos animais, de modo geral, não se importava com seus filhos como indivíduos. Júpiter, na natureza paterna, é uma destilação de compaixão, simpatia e interesse nos filhos – resultado de expressão epigenética por meio de muitas encarnações. Se Júpiter representa uma expressão de amor paternal do homem, como uma especialização do Amor Solar, Saturno representa o símbolo arquetípico da identidade e princípio da paternidade da humanidade; ele que dá forma como expressão de amor contribuinte, que personifica, para o Gerado, o Princípio protetor, que externa a vibração masculina madura, que externa as não regenerações e regenerações da consciência individual do Princípio do Pai, e que personifica a pedra angular masculina da estrutura social. O pai não regenerado é o cidadão não regenerado, o professor incompetente, cego para os seus atributos essenciais como um focalizador e manifestador do Poder do Amor. O pai regenerado, o “Saturno de Luz Branca”, dá e sustenta encarnação no serviço de Amor, exemplifica em sua pessoa e caráter aquilo sobre o que a família e a sociedade podem construir uma estrutura melhor, expressa uma consciência das verdades orientadoras da Vida. Ele influencia e guia pelo princípio, não pelas congestões pessoais, e conhece a verdade do Amor nos relacionamentos humanos.
Portanto, Saturno em um horóscopo natal é a representação paterna instintiva ou subconsciente – um aspecto do impulso de segurança que é a consciência da permanente proteção do Deus Pai-Mãe. O Mandala de Capricórnio tem a “matriz do Amor” de Leão na oitava cúspide. A paternidade espiritualizada é a expressão sexual elevada à oitava consciência de amor. Não é uma expressão “a esmo” – é espiritualmente inspirada, espiritualmente planejada, espiritual e formosamente expressa como uma liberação do poder solar (Os ensinamentos ocultos dizem isso repetidamente). O exercício espiritual de paternidade planejada (autodirigida) se sincroniza, perfeitamente, com as essências da oitava Casa – o Signo de Leão – e o poder de Saturno, como uma carga de experiência geradora, da parte do homem, com o máximo recurso do Poder do Amor.
“INFÂNCIA” significa simplesmente “estar em um estado de involução” – em qualquer oitava de experiência ou desenvolvimento.
Não há muita poesia, mas há muita verdade no dito “a criança é pai do homem”[9]. O ser humano é o resultado de todos os processos de involução que emanam, sequencialmente, desde o momento da concepção até a mais completa maturidade encarnada. Naturalmente que todas as involuções são fases da única direção da vida: a evolução. São momentos para organização e enfoques de faculdades; elas culminam nos “pontos” em que as faculdades podem ser conscientemente usadas e dirigidas. “Direção consciente” é apenas outro modo de se dizer “Maturidade”.
Antes de tentarmos uma abordagem técnica para analisar Mapas de crianças, devemos obter um quadro daquilo que são as nossas várias “infâncias”; a estrutura do Grande Mandala será usada para ilustrar a involução – e a evolução – da condição de ser humano. A Lei de Correspondência[10] será aplicada aqui da seguinte maneira: de Espírito Virginal por meio de encarnações, até a liberação da forma, corresponde desde a semente Virginal através da encarnação até a transição. Da virgindade – ou inocência – em qualquer oitava de Vida, nós prosseguimos através de uma sucessão de emanações a que chamamos “infância” até as maturidades cíclicas. Um exemplo concreto é o processo da educação: nele se observa que os estudantes no primeiro dia de jardim de infância, no primeiro ano, no nono ano e no primeiro ano da faculdade são “espíritos virginais” em relação à fase em que estão entrando; os “mais virgens” são, naturalmente, os estudantes do jardim de infância – eles não têm absolutamente experiência educativa nessa vida. Porém, todas elas são “crianças”, porque ainda estão no processo de se tornarem educados. A “infância da de ser educados” cessa quando a pessoa põe em uso, pela primeira vez, aquilo que aprendeu; ao entrar nessa fase, ele entra na “infância” de suas experiências de trabalho; quando aplica aquilo que aprendeu, ele “emana para” sua maturidade como um trabalhador.
Assim sendo, lembremos que infância é o processo entre pontos relativos de maturidade em qualquer (ou em todas as) oitava (s) de expressão da Vida, assim como o de desenvolvimento de potenciais é o processo entre pontos relativos de felicidade.
O começo de sua encarnação foi o momento que determinou o fim de suas necessárias experiências nos planos internos. A partir daquele ponto, qualificado inteiramente por suas exigências de destino maduro[11], as coisas que começaram a acontecer serviam ao propósito de remover sua consciência da subjetividade para a objetividade. A semente, núcleo de seu veículo em perspectiva, estava madura dentro do corpo materno; novamente, no momento exato e necessário em que a semente recebia o efeito da impregnação paterna e a fase subjetiva de sua encarnação terminava, a fase objetiva começava. Nova infância.
Começa, agora, a involução, no veículo composto, período chamado de pré-natal. Essa é a primeira de suas “infâncias objetivas”. Para ilustração desenhe um círculo grande, acrescentando-lhe os diâmetros horizontal e vertical; coloque os símbolos dos Signos Cardeais, conforme estão no Grande Mandala: 4º Casa: Câncer, 7º Casa: Libra, 10º Casa: Capricórnio e 1º Casa: Áries. A partir de um ponto na linha de Câncer, perto do centro, trace, através de pontos comparáveis, uma linha circular para cima, através de Libra e até Capricórnio, e deste ponto para baixo até Áries (se obterá três quartos de um círculo).
Esta é a “linha do período de gestação” – nove meses de tempo simbolizados por nove Casas e Signos astrológicos – três quadrantes. Isso é o acúmulo e enfoque da consciência genérica na matriz etérica e sua condensação física. O fim dessa linha de gestação (pré-natal) em Áries encerra essa “infância” particular por seu “amadurecimento” ao nascer. Agora o veículo composto é objetivado como uma expressão individualizada da ideia arquetípica – “humanidade”. Não é um “novo ser humano”, mas sim “um ser humano que reaparece novamente”.
Do ponto na linha de Áries, onde termina a “linha da gestação”, mova um pouco a ponta do seu lápis para fora – afastando-se do centro. Partindo desse ponto, trace um quarto de círculo para baixo até o ponto correspondente na linha de Câncer.
Nova oitava – nova dimensão. Esse quadrante é a involução ao uso consciente do veículo físico – a infância física individualizada. Astrologicamente, esse período é representado pelas “viagens paralelas” da Lua progredida e Saturno em trânsito (os construtores da forma), de suas posições natais para a primeira Quadratura. Esse quadrante termina na última vez que Saturno transitando, em movimento direto, forma Quadratura com sua posição natal. Mais sobre este assunto ainda falaremos depois.
Mova um pouco a ponta de seu lápis para baixo, na linha de Câncer, e trace um quarto de círculo até o ponto equivalente na linha de Libra.
Esse quadrante é a infância do exercício mental – o treinamento representa o aprendizado obtido pela criança nos anos da escola primária. Ela dá seus primeiros passos no aprendizado para entender os símbolos a que chamamos letras e números, que tem o propósito (básico) de coordenar e organizar suas faculdades mentais; portanto, uma nova e mais vital “infância”. Esse ponto na linha de Libra simboliza a aurora da adolescência, a emanação da consciência de sexo e da percepção de polaridade. Na linha da gestação, esse ponto representa o momento do período pré-natal, quando as características sexuais da encarnação em perspectiva foram objetivadas e as do sexo oposto foram subjetivadas. Na adolescência o corpo físico manifesta a quimificação da consciência de sexo; a consciência sexual subjetiva é manifestada pela resposta vibratória da pessoa para as pessoas, em sua grande maioria, de sexo físico oposto (mais sobre este assunto no capítulo seguinte). Essa “emanação” subconsciente de consciência de polaridade representa a “infância do amor entre casais”. O padrão astrológico básico é: a Lua progredida em Oposição a si mesma na posição natal e Saturno transitando em Oposição a si mesmo na sua posição natal. Agora mova um pouco a ponta do lápis para fora, na linha de Libra, e trace um quarto de círculo até a linha de Capricórnio; três quadrantes da roda e a segunda Quadratura da Lua progredida e de Saturno em trânsito às suas posições natais.
Nesse ponto – o segundo na linha de Capricórnio – a primeira maturidade após o nascimento é alcançada. A pessoa evoluiu no uso de seu corpo físico, de sua mentalidade consciente e de suas forças eróticas, geradoras.
Agora ela está qualificada, no que tange a equipamento, a deixar sua condição de recebedor de vida e passar a de dador de vida. Em outras palavras, ela agora pode se tornar um pai ou uma mãe. Ela não somente pode prover substância corpórea para a encarnação de outrem, mas deve estar qualificada para assumir e cumprir as responsabilidades acarretadas por essa expressão. Qualquer um com equipamento físico, força de desejo e uma parceira pode se tornar um pai ou uma mãe, mas ser um pai ou uma mãe envolve o exercício da força do amor, da força da sabedoria, bem como da força do desejo. Portanto, no quarto quadrante após o nascimento, a pessoa entra na infância da maturidade culminante. Essa “infância” é representada se movendo a ponta do lápis um pouco para cima na linha de Capricórnio e traçando-se o restante quarto de círculo para baixo até a linha de Áries, completando desse modo um círculo desde o nascimento.
Esse período é a “infância” psicológica-espiritual – fusão de todos os elementos da personalidade – físicos, genéricos e mentais. Na roda isso inclui a 10ª Casa, a 11ª Casa e a 12ª Casa. Posto que a 12ª Casa simboliza, abstratamente, o que foi idealizado e não cumprido, aqui ela simboliza a hora de provas dos: vigésimo oitavo, vigésimo nono e trigésimo anos. Esse período marca o fim do primeiro ciclo: a Lua progredida e Saturno em trânsito (direto) em Conjunção com suas posições Radicais. Durante o tempo deste “supernascimento” os elementos fundamentais do horóscopo inteiro são focalizados intensamente. Em sua oitava, assemelha-se ao grande esforço do bebê para sair do corpo materno. Somente isso significa a emergência de consciência da atração gravitacional de negativos psicológicos (pisco-emocional-mentais), não a luta de um corpo físico contra outro. Os Aspectos formados pelo primeiro eclipse solar, após a Conjunção da Lua progredida consigo própria na posição natal, são muito mais importantes para indicar o foco de prova, até que Saturno haja completado seu ciclo.
É verdade que, do ponto de vista das condições de destino maduro, o período de gestação do corpo do bebê pode ser acompanhado por condições vibratórias muito difíceis em razão de aflições, emoções negativas e tensões dos pais, especialmente da mãe. Contudo, e dado que a encarnação se efetua por atração vibratória a pais e ambientes específicos, essas condições são exteriorizações de padrões vibratórios. As condições não são as “causas”; são de fato efeitos específicos de causas que a própria “criança” produziu pelo modo com que exercitou sua consciência no passado. Quando reconhecemos que paternidade e ambiente são efeito e não causas, reconhecemos também que podemos redimir a qualidade de nossos relacionamentos com nossos pais e a qualidade das imagens de nosso ambiente primitivo descristalizando os pensamentos e sentimentos causadores de tensão ao substituí-los por padrões de pensamentos e sentimentos baseados no Amor-Sabedoria. Isso não é, em essência, um dos principais significados da frase “a Arte de viver”?
No fim do período marcado pela Conjunção da Lua progredida e Saturno em trânsito com suas próprias posições natais – que coincide com o Trígono, por trânsito direto, de Urano com a sua posição Radical (natal) – o ser humano emerge das “emanações” de suas seis “infâncias” – uma subjetiva e cinco objetivas. São elas: a infância subjetiva é a preparação nos planos internos, para a encarnação, que é objetiva:
Como a recapitulação é um princípio nas emanações evolutivas, o período seguinte, que termina com a terceira Quadratura da Lua progredida e de Saturno em trânsito com as suas posições natais (primeira Quadratura do segundo ciclo) perto do trigésimo sexto ano, é um período de recapitulação em que a vida nos dá a oportunidade de aprender dos resultados da hora das provas – dos: vigésimo oitavo ao trigésimo ano, e de redimir, pelo menos em parte, o que precisa ser redimido. A vida não quer que passemos de uma oitava a outra extenuados completamente por fardos de congestões acumuladas – a vibração de Urano é uma provisão da Natureza para nos garantir liberdade interna, em certa medida, e essa liberdade deriva diretamente de tudo o que temos aprendido em nossas provas. Afinal, a congestão que chamamos de “ignorância” só pode ser descristalizada segundo o sábio ensinamento: “…e a verdade vos libertará”[12]. Esse é o período para “consertar o que precisa ser consertado” dos primeiros trinta anos, e então emergimos, após o trigésimo sexto ano, tendo aprendido as coisas que precisamos aprender – na fase seguinte (comparável ao período erótico da adolescência), que até aqui é o período de maior criatividade. Nossas forças de polaridade – oitava superior das forças sexuais – despertam agora para um fulgor de expressão por meio do amadurecimento do equipamento físico, mental, emocional e espiritual.
No fim desse período, que é o sexto quadrante, chega-se à modulação para a mais completa maturidade da encarnação; uma tripla ação vibratória ocorre dos quarenta e dois até perto dos quarenta e cinco anos; a Lua progredia e Saturno em trânsito formam a segunda Oposição a si próprios nas posições natais, e Urano, em trânsito, forma uma Oposição a si mesmo na posição natal. Esse período é uma outra “luta para nascer” e de grande significado oculto: é a luta da consciência entre a “cristalização retardadora” de Saturno e a “descristalização progressista” de Urano – Morrer versus Viver. O autor está convicto de que esse “esforço enérgico para se libertar da contenção ou da resistência” e seu resultado têm muito a dizer sobre o “fundamento psicológico” e o “estado evolutivo” da encarnação seguinte. Nesse período, por nossas reações e expressões, nós provamos se pretendemos nos tornarmos inertes ou permanecermo-nos dinâmicos. Nesse período, tudo o que em nossa consciência tenda a se congestionar e impedir o progresso é abalado até suas raízes. Se por temor nos apegamos ao velho e não mais necessário, nós nos enclausuramos na inércia; se nos ajustamos às mudanças necessárias construímos em direção ao progresso, que resulta num radiante novo nascimento da consciência espiritual. Depois desse período escalamos o cume da montanha de nossa vida – o mais completo amadurecimento de nossos últimos anos.
Agora, um pouco de estudo técnico. Seis séries de cálculos pormenorizados:
Sugere-se, também, que se preste atenção especial aos Aspectos da Lua progredida nesse modo: faça uma lista dos meses em que a Lua progredida forme Aspectos sucessivos com cada Astro que faça Aspecto legítimo à Lua na posição natal no horóscopo. Cada um dos “pontos críticos do quadrante” é focalizado pelos Aspectos da Lua progredida e Saturno em trânsito com suas posições natais, mas os Aspectos da Lua no Mapa natal são especializações pessoais dos princípios lunares, e todos esses Aspectos têm importante significado nos “pontos críticos”.
Quando você estiver lendo o Mapa de qualquer pessoa, preste atenção em qual “infância” essa pessoa se encontra; analise o Mapa por seus valores básicos, mas considere o “equipamento” apresentado no momento da experiência que você esteja estudando.
Concluindo, o “primeiro quadrante” do astrólogo está no aprender os cálculos – o corpo do estudo astrológico. Todas as suas outras “infâncias” como um artista da interpretação, coincidem com suas várias etapas de desenvolvimento espiritual.
A palavra “adolescência” significa “continuar a crescer”. Em sua aplicação à involução e evolução humanas, ela se refere aos períodos em várias oitavas que se sucedem a cada novo momento decisivo. É o processo durante o qual se manifestam os potenciais após ter sido estabelecida a nova identidade. Abstratamente, a “adolescência” é uma parte da “infância” da oitava; não é maturidade; é o desenvolvimento em direção à maturidade da oitava. Na música, cada nota “Dó” inaugura uma nova oitava tonal – um “momento decisivo” no espectro tonal; a “adolescência” da oitava musical seria todos os tons entre essa nota “Dó” e o próximo – acima ou abaixo dele – dependendo da direção da passagem musical.
Abstratamente, a “infância” das oitavas da experiência humana poderia ser designada como “estando nascendo”, “início da escolaridade”, “se tornando um adolescente”, “se tornando um pai ou uma mãe, ou um trabalhador ou um mestre”. Todas essas designações se referem a novos pontos de experiência. O homem que só tem um filho – com poucos anos de idade – é um “adolescente” na experiência de pai. Outro homem que tenha vários filhos, todos adultos, ou até casados e com filhos, está na maturidade da experiência de pai. O pai mais jovem está no processo de amadurecimento da paternidade; o mais velho já alcançou a maturidade especificamente nessa experiência. “Paternidade-maternidade”, como um novo momento decisivo de identidade, é estabelecida quando nasce o primeiro filho; as experiências entre esse momento e a idade adulta do último filho da família é o “crescimento da paternidade e da maternidade”. Quando o “bebê” da família alcança condições de adulto autossustentável, o pai e a mãe alcançam sua maturidade como pais. O nascimento de cada filho no seio da família é, por sua vez, uma “variação” da identidade paterna e materna básica, porque cada filho traz consigo um padrão vibratório diferente sobre o qual os pais devem exercitar, nos anos que se seguem, seus potenciais de Amor-Sabedoria. O desenvolvimento de cada filho é coincidente com uma diferente “adolescência” dos pais, como um “time” fraternal marido-esposa.
Exercite-se, mentalmente, um pouco sobre a palavra “adolescência”. Volte sua atenção para as muitas fases da Natureza e observe os processos de “crescimento”: o crescimento de plantas e árvores e o amadurecimento de suas flores e frutos; o desenvolvimento de jovens animais e aves; até o desenvolvimento do dia e da noite que se seguem ao aparecimento do Sol e da Lua no horizonte oriental. O aparente “arco” que o Sol e a Lua descrevem em suas trajetórias pelo céu, de horizonte a horizonte, é um símbolo natural da “manifestação da: infância”, “adolescência”, “maturidade”, “declínio” e, com o desaparecimento dos Luminares no horizonte ocidental, da “transição”. Esse é um símbolo natural da Beleza Cósmica porque simboliza o padrão essencial de todas as expressões da Vida em seus desenvolvimentos de potenciais, maturidade e, finalmente, de recesso para a subjetividade.
O tema dessa dissertação é a aplicação concreta da palavra “adolescente”, no que se refere a uma fase especializada da experiência humana. É o momento para manifestação da essência Bipolar do indivíduo; ele manifesta um novo amadurecimento de seu organismo físico, de seus potenciais emocionais, e a mais significativa evidência do seu destino maduro[13] (para simplificar, usaremos o pronome masculino “ele” para o sujeito; mas “ele” se referirá a qualquer adolescente, seja rapaz ou moça).
O primeiro mandala a estudar é muito simples: um círculo com o diâmetro horizontal; o símbolo de Áries no ponto esquerdo, o símbolo de Libra no ponto direito. Sob o ponto de vista do “progresso” da vida do indivíduo, esse mandala é o arquissímbolo da polaridade, da qual o diâmetro Capricórnio-Câncer é a primeira variação básica.
Esses dois Signos são “masculinos” no sentido de que eles representam a individualidade dinâmica – “capaz de iniciar causas” – do homem e da mulher, respectivamente. Entretanto, em relação a Áries, Libra é “feminina”, pois “ela” simboliza o efeito (ou reflexo) de causas que foram expressas pela Individualidade.
Os dois raios que compreendem esse diâmetro – e que parecem “uma só linha” – são os arquétipos dos dois semicírculos. Todos os potenciais das seis primeiras Casas (da roda de 12 Casas) estão implicados no raio de Áries; os das seis Casas superiores estão implicadas no raio de Libra. Os semicírculos são, simplesmente, o desenvolvimento de recursos iniciados por esses dois Signos Cardeais. Por conseguinte, fica demonstrado, de maneira tão simples, quase decepcionante, que o diâmetro horizontal em si compreende o potencial de polaridade do círculo inteiro.
Como um resultado da ação geradora dos pais (Capricórnio-Câncer), essa linha é um efeito: horizontal, feminina, resultante, matéria, o gerado. Contudo, como um símbolo de expressividade dinâmica do ser humano individual, ela é uma causa – cujo efeito é o diâmetro Capricórnio-Câncer, que simboliza a maturidade do indivíduo, durante a encarnação, na paternidade ou em qualquer outra expressão “dadora de vida”.
Portanto vemos agora a “mágica” da simbologia: o Princípio Cósmico de Causa-e-Efeito, na expressão bipolar (ambas, abstrata e genérica) representadas por uma só e mesma linha. Medite muito sobre isso no que se refere a sua própria experiência como um ser humano. Suas expressões, como indivíduo, são simbolizadas por Áries; sua consciência de reação emocional para com seu complemento é Libra. Contudo, suas expressões e reações estão todas em você; seus complementos são símbolos vivos daqueles elementos no seu ser físico e genérico que ainda não foram realizados por sua individualidade.
Agora, em relação aos quatro quadrantes, o ciclo de vinte e oito anos da roda, o período que designamos como “adolescência” é o terceiro quadrante – contando a partir de Áries e no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio, o quadrante iniciado por Libra. Os elementos genéricos que foram subjetivados no período pré-natal são agora objetivados por novas oitavas de consciência emocional e externados por outros seres humanos. Nesse “novo nascimento”, o “EU SOU” é transposto para “NÓS SOMOS” – assim como um músico transpõe para um tom diferente. O indivíduo vagueia no tempo e espaço e percebe “partes de si mesmo” refletidas pelas pessoas de padrões de polaridade complementar. O desdém, o acanhamento, as antipatias, etc., que os adolescentes mostram para os adolescentes do sexo oposto não devem causar ansiedade nos pais; medo é reação normal e natural do ser humano, quando se vê face a face com algo que não compreende. Contudo, quando rapazes e moças respondem à força da atração mútua, em casais bipolares, nós testemunhamos encantadoras atitudes cômicas de “coisas jovens” tentando se orientar nas divertidas e fascinantes dimensões de novas oitavas emocionais. Tantas dramatizações, tantas peças, tantas risinhos e chorinhos, tantos sonhos – ambos, diurnos e noturnos – tantas novidades em autoconfiança e coragem seguidas de seu completo esvaziamento, tantas vaidade e verdadeira beleza, tantas esperanças e desapontamentos, tantas céus estrelados e noites de luar, tantas irritações e distrações, tantas fantasias e tantas ideais e venerações!
E não só as “coisas jovens” atravessam o trabalho dos “novos começos” nesse período – seus pais também! A consciência do sexo segue da necessidade de compreendê-lo; como os pais, individualmente ou em conjunto, podem lidar com essa fase (não é essencialmente um “problema”, exceto em suas próprias Mentes) de crescimento de seus filhos como indivíduos e deles próprios como pais? A polaridade de família realmente entra em uma fase em que tudo é feito com muito entusiasmo ou intensidade: o filho (e sua namorada), a filha (e seu namorado), o pai que é marido-pai (bem como é o “irmão mais velho” de seu filho, porque ele próprio passou pela mesma experiência), e aquela que é esposa-mãe e “irmã mais velha”, estão todos em processo de união com suas não realizações – individualmente, como casais e como um grupo-família.
A educação sexual, como qualquer outra fase do processo educativo, é simbolizada por Gêmeos e 3ª Casa, no sentido de que qualquer criancinha pode aprender os nomes e propósitos das “coisas relativas ao sexo”, muitos anos antes de se tornarem adolescentes. No terceiro quadrante da roda o processo educativo transcende a “mera denominação das coisas”.
Quando a criança se torna consciente de sua natureza sexual, sua educação deve abranger um aprendizado para entender os princípios da sexualidade, conforme se manifestam em seu ser e em toda a Natureza. Quando os pais, devida a “congestões de ignorância”, limitam suas instruções sobre o sexo simplesmente a nomes (às vezes, pateticamente nem mesmo isto) estão falhando em sua responsabilidade para com seus filhos e filhas adolescentes. Atentemos para o terceiro quadrante do mandala: três Signos – Libra, Escorpião e Sagitário – estão representados; acrescente ao mandala os símbolos dos dois últimos.
Libra é o momento decisivo, a nova consciência do “Nós Somos”; Escorpião, Fixo e de Água, é o desejo de sustentar o “Nós Somos” como seu complemento, Touro, é o desejo de sustentar a individualidade. “Viajando por meio de Escorpião” está a libertação de recursos geradores na puberdade, nas mudanças físicas, nos processos magnéticos da atração sexual e nos desejos instintivos de fazer com que o “Nós Somos” se manifeste quimicamente na união física. Escorpião simboliza o recurso da mais intensa aspiração para realizar o ideal de unir a personalidade à alma. Qualquer um que ame e que chame a pessoa amada de “minha alma” não está sendo emocionalmente tolo, mas está pondo em palavras o reconhecimento de que a natureza vibratória da pessoa amada acendeu a consciência de identidade espiritual da pessoa que ama.
A adolescência é o “período pré-natal da paternidade e da maternidade” e, como tal, é a época para ignição da ignorância e da sabedoria internas da pessoa, quanto aos princípios da geração e da relação de polaridade. E nessa “ignição”, facetas muito importantes do “destino maduro secreto” se manifestam; resíduos de destino maduro de padrões de relacionamentos não cumpridos são “expostos”, após a letargia da infância. A paternidade própria latente no adolescente emerge, agora, como um efeito de suas expressões como marido-pai em sua última encarnação masculina; o mesmo se dá com a moça – sua condição anterior de esposa-mãe reaparece agora para mais cumprimento. Uma vez que o pai e a mãe foi, até aqui, os símbolos vivos de “homem com mulher”, o despontar da adolescência pode intensificar os padrões afetivos dos sentimentos da criança para com um ou ambos os pais, ou pode surgir agora uma animosidade latente. O rapaz se tornou consciente da “fêmea” como um símbolo da Vida, portanto é de se esperar que seus sentimentos para com sua mãe e irmã se intensifiquem – de acordo com seus elementos genéricos – e um mais profundo senso de afeição e camaradagem para com o pai e o irmão ou uma crescente sensação de rivalidade para com os mesmos (como “companheiros machos”) podem se manifestar. Também podem ocorrer “transferência de afeição” de marido para filho ou de esposa para filha, nos padrões emocionais dos pais porque o “novo macho adulto” pode representar para a mãe ou a “nova fêmea adulta” pode representar para o pai um símbolo de novo amor. Muitas vezes a mãe tenta compensar suas frustrações conjugais transferindo seu amor de esposa para seu filho adolescente, o mesmo podendo fazer o marido para sua filha. Tais transferências não precisam, absolutamente, significar coisa “má”, mas quando acontecem elas são evidências – efeitos – de se haver expressado repetidamente, conforme as congestões emocionais. As trágicas congestões de intenso sentimento mútuo de pais de família entre si, muito vistas frequentemente, são evidências de relacionamentos passados de um tipo profundamente emocional – as pessoas estão “pregadas uma na outra” pela atração magnética de forças de desejo não redimidas. Se essas atrações não se descristalizarem pelo exercício do respeito mútuo da individualidade, então os relacionamentos tomam a coloração a que chamamos “complexos genéricos” e a fase adolescente, em tal caso, resulta em uma congestão de velhos padrões, ao invés de uma liberação para uma realização mais ampla.
Se é para este período resultar em avanço espiritual, os pais devem exercitar seu Amor-Sabedoria como jamais exercitaram, e o adolescente deve se esforçar para aprender mais sobre os princípios da geração e dos relacionamentos mais do que nunca. Os pais se tornam professores, e os filhos estudantes; essa é uma das maneiras da Natureza encorajar a impersonalização dos apegos emocionais dentro da organização familiar. É “Urano em ação” descristalizando as congestões do passado de Escorpião-Touro. Os recursos emocional e de desejos do rapaz e da moça adolescentes devem ser encorajados a se estender às oitavas do amor individual sadio dos namorados. O pai ou a mãe que procura desencorajar esse desenvolvimento gera amargo destino maduro. Os pais que “exercitam essa repressão” fazem isso porque permitem que seus próprios impulsos frustrados (desejos intensos) convertam o interesse protetor normal e natural em um “algo” voraz composto de possessividade, egocentrismo e medo. Aqui reside uma das mais importantes responsabilidades dos pais como seres pensantes. A mulher que faz do seu filho um símbolo-substituto de “marido”, e ao mesmo tempo mantém a condição de “esposa” do homem com quem casou está desviando a realidade de sua identidade conjugal para algo que lembra uma terrível ilusão. O mesmo se passa com o homem que, para compensar os desapontamentos conjugais, usa afeto e a devoção feminina de sua filha. Tais confusões de relacionamentos são trágicas e a “tragédia humana” se resume em “congestão de desejo-ignorância”. A transmutação da “tragédia” é a libertação da congestão.
Quando o “Nós Somos” – a individualidade conjugal – do conjunto marido-pai-esposa-mãe é mantido em Amor-Sabedoria mútuo, a individualidade do filho e da filha é automaticamente respeitada, uma vez que nenhum dos pais tem necessidade de “símbolos-substitutos emocionais”. Então o ensino a respeito de “fatos e princípios do amor, do casamento e da geração” podem ser dados e assimilados naturalmente, inteligentemente e inspiradamente. Partindo disso o adolescente está ritmicamente condicionado para entrar na área de Sagitário do terceiro quadrante, enquanto ele ou ela se abre naturalmente para novas realizações da velha sabedoria. Com isso ele ou ela se prepara, em consciência, para “alcançar o Meio-do-Céu” e entrar no quarto quadrante como um adulto – um “contemporâneo mais jovem”, como homem ou mulher, dos pais. Ensinar e absorver o ensino é cumprir a linha Capricórnio-Câncer – cumprindo a responsabilidade de pais e cumprindo os requisitos da paternidade por vir.
(Se “aprender a calcular” é a infância do astrólogo, então sua “adolescência” é o estudo dos símbolos em seu significado individual e coletivo; a “maturidade” consiste em se transmitir aquilo que foi aprendido; como consultor, escritor, conferencista e professor, o astrólogo é um “pai ou mãe espiritual” e tem seu lugar na classe dos servidores do Mundo; e nesse serviço ele está na “adolescência” de sua condição de “futuro irmão mais velho”).
TÉCNICA: sugere-se, da experiência do autor, que o estudo da Mapa do adolescente seja feito desse modo:
Sugerimos o uso de mandalas com focos de concentração para libertar sua consciência interpretativa dos potenciais genéricos do nativo.
Fraternidade é o paralelismo nas relações humanas. No nosso esforço para descristalizar nossas congestões de “ser diferentes das outras pessoas”, vamos focalizar, agora, nossa atenção em “como realmente parecemos ser às outras pessoas”, por meio de meditações no Grande Mandala chamado Horóscopo Abstrato: uma roda de doze Casas com os símbolos dos Signos nas cúspides, começando com Áries no Ascendente, e os símbolos dos Astros colocados nas Casas correspondentes aos Signos de sua Dignificação.
A fraternidade entre todos os seres humanos está ilustrada aqui, uma vez que ela é a completa simbologia astrológica essencial de todos os seres humanos. É interessante – e iluminador – notar que o sexo físico, o desenvolvimento evolutivo absoluto e “a nacionalidade, o credo e a cor” não estão representados nesse desenho. Tais qualificações são níveis temporários de expressão pelos quais o ser humano se separa de seus companheiros, por meio de seus sentimentos de inferioridade ou superioridade, de ser melhor ou pior, de ser superior ou inferior e, em geral, de ser “diferente”. O ser humano difere de seu semelhante, em qualquer sentido real, somente na dimensão do tempo; alguns de nós deixam o nível da primitividade um pouco mais cedo do que os outros, sendo que, correspondentemente, alguns alcançam a libertação mais cedo, também. Contudo, todos nós viajamos pela mesma estrada e preenchemos os mesmos requisitos evolutivos como expressões da ideia: “humanidade”. Quando nos damos conta, claramente, de que nossas reações de medo e ódio contra um “malfeitor e suas más ações” são simplesmente – repito simplesmente – estímulos da memória às mesmas más ações que praticamos no passado, então reconhecemos que a condenação de um “malfeitor, nosso semelhante” é a perversão daquilo que deveria ser amor fraternal; ele é fraternal a nós tanto quanto ele – e nós somos – é mutuamente paralelos no exercício negativo da consciência – a libertação dos nossos recursos vibratórios por ignorância de princípios.
De fato, não é “a condenação de um malfeitor” um protesto da consciência por ser levada a ver uma exteriorização de sua “infância desobediente”? Tendemos a nos culpar, às vezes, quando recordamos erros ou tolices que cometemos nos tempos passados; não é, então, a consciência que “culpa a si mesma” quando manifestamos uma reação de forte sentimento negativo contra algo feito por outra pessoa? Nossa consciência é uma com a de nossos irmãos – recurso essencial para a expressão do amor uno e da sabedoria una de nosso Deus Pai-Mãe. Somos paralelos uns aos outros, ao sermos expressões de uma ideia da nossa paternidade ou maternidade bipolar; o masculino-feminino de cada ser humano é, realmente, o que está significado pela irmandade da humanidade.
Nós somos paralelos com outros seres humanos em nossos padrões de semelhança no sofrimento. Define-se “sofrimento” como “o modo pelo qual descristalizamos involuntariamente nossas congestões na consciência”.
Nós não cultivamos conscientemente o sofrimento – o impulso integral da natureza humana é para evitar ao máximo a dor e os problemas da vida; mas, uma vez que não exercitamos conscientemente a nossa capacidade de crescimento e desenvolvimento, a Vida tem seu modo – através de estímulos rítmicos de nossos padrões vibratórios – de nos alertar sobre os corretivos de que precisamos para uma melhor liberação de nossos potenciais espirituais. O sofrimento é o estímulo de uma congestão vibratória e um paralelismo de condicionamento vibratório se encontra entre “aquele que pratica uma má ação” e aquele que reage com dor a essa má ação; o primeiro funciona dinamicamente, e o último reflexivamente; ambos, em conjunto, representam o masculino-feminino do padrão congestionado. O “paralelismo no sofrimento” não deveria ser a base sobre a qual estabelecemos a nossa mais profunda simpatia com o nosso semelhante? Que dizer da pessoa que exige vingança como represália a um “mal praticado contra ela”? Estará essa pessoa realmente “balanceando a conta com justiça”? Seu compromisso da mesma – ou semelhante – ação a liga, em paralelismo, àquela através de quem ela experimentou sua mágoa – a congestão é intensificada e ambos são “aprisionados”, mais ainda. A condição negativa na consciência básica é, desse modo, enfatizada, e ambos terão de enfrentar uma “recristalização” mais drástica no devido tempo, até que o paralelismo seja mutuamente harmonizado por meio do Amor-Sabedoria.
Os estudantes perguntam: “Por que, pelo amor de Deus, a 3ª Casa é chamada a Casa dos Irmãos”? Vejamos o que duas cópias do Grande Mandala têm a dizer:
Gire uma delas de tal modo que a quarta cúspide (Câncer) esteja no lugar do Ascendente; gire a outra de tal modo que a décima cúspide (Capricórnio) esteja no lugar do Ascendente.
Na primeira, Gêmeos é o Signo da 12ª Casa; na segunda, Sagitário é o Signo da 12ª Casa. A palavra-chave básica do padrão do Signo da 12ª Casa é redenção de ideais não realizados; Gêmeos é o Signo da 9ª Casa – Sabedoria – de Libra, o símbolo da complementação feminina; Sagitário é o Signo da 9ª Casa de Áries, símbolo da complementação masculina. Quem torna a encarnação possível? A mãe (Câncer) e o Pai (Capricórnio), como uma expressão geradora bipolar da vida. Em outras palavras: por que uma mulher se torna uma mãe e um homem se torna um pai?
Posto que a 3ª Casa é a “12ª Casa da 4ª Casa”, vemos que os irmãos e irmãs (em parte, réplicas da masculinidade-feminilidade de ambos os pais) nos planos internos resguardam as sementes embrionárias no corpo materno. A ação fecundante do pai torna possível essa “ignição por contato” e aqueles “na 3ª Casa” emergem (Câncer-Capricórnio são Signos Cardeais) do invisível para o visível por meio da encarnação.
No Grande Mandala, o Signo de Gêmeos é a “raiz” do diâmetro fraternal, estando no primeiro quadrante da roda. Seu Regente, Mercúrio – a faculdade intelectual – é neutro no que se refere ao gênero; o Signo é o terceiro da trindade de Ar iniciada por Libra, “reflexivo”, portanto, em qualidade. O mitológico Mercúrio transmitia mensagens dos deuses para os seres humanos; não são nossos irmãos e/ou irmãs mensageiros do Deus Pai-Mãe para nós? É mediante nossos relacionamentos infantis com os irmãos e irmãs – no sentido físico – que recebemos nossas primeiras “mensagens” ou paralelismo em relacionamento e familiaridade com o sexo oposto. “Irmãos e irmãs” também significam “companheiros de estudo”, “colegas de brincadeiras” e “companheiros de infância”: a “vida em comum das crianças”, nos primeiros anos da encarnação, é a raiz da “vida em comum de homens e mulheres” na vida adulta; o relacionamento de nós próprios com os nossos irmãos físicos é uma expressão focalizada, de destino maduro, desse paralelismo. Também: a qualidade “neutra” – ou “andrógina” – de Mercúrio como Regente de Gêmeos é simbólica da qualidade desapaixonada (em sua maior parte) de nossas afeições pelos companheiros de infância; meninos e meninas brincam juntos e se associam simplesmente como crianças – as “diferenças entre masculino e feminino” não são percebidas, de maneira acentuada, até o surgimento das qualidades passionais na adolescência e do reconhecimento do sexo oposto.
Agora, uma abordagem extensiva à 3ª Casa (referente ao Grande Mandala). A primeira Casa de relacionamento no ciclo da roda começa com o Ascendente; ela representa nossos “relacionamentos de infância”, em qualquer nível de experiência. Somos crianças enquanto somos novos em um padrão de experiência; não importa quão idosos possamos ser cronologicamente. Uma pessoa que comece a estudar qualquer coisa é uma “criança” nesse esforço particular. Adultos que tenham congestões na 3ª Casa, do Signo de Gêmeos e do Planeta Mercúrio, são pessoas com dificuldade em se ajustar a novos horizontes mentais – e muito provavelmente experimentam dificuldades em se ajustar aos relacionamentos com seus companheiros de estudo. Na idade adulta pode haver um “acúmulo de negativos” (rigidez de opiniões, falso orgulho, invejas e ciúmes, complexos de inferioridade ou de superioridade, etc.) que tenha desenvolvido durante os anos de crescimento. Quando tal adulto, por qualquer razão, é levado a “começar um novo aprendizado”, esses negativos acumulados emergirão de seu subconsciente, por meio de seu “contato fraternal” com os companheiros de estudo; ele pode achar seu progresso “um pouco difícil” por causa de suas reações negativas aos outros e, consequentemente, achar também difícil o verdadeiro exercício mental. Ele pode culpar sua idade ou fato de não ter estudado nada ao longo do tempo, mas o contato com outras pessoas é a ignição dos negativos, e uma cuidadosa observação pode servir para provar que seus sentimentos “não fraternais” são, realmente, a raiz de sua dificuldade (A experiência do autor na guerra – ao lado de muitos outros homens – confirma isso: certa vez, foi lhe ordenado realizar uma missão que lhe era completamente nova e desconhecida; a congestão na 3ª Casa de Gêmeos e Mercúrio trouxeram sentimentos e reações de grande perturbação e desagrado contra os companheiros de missão; isso fez os ajustes para tocar o novo trabalho se tornarem muito difíceis; entretanto, quando a adaptação aos outros foi estabelecida, na base da amizade, familiaridade e irmandade, a adaptação ao cumprimento do dever se tornou realmente harmoniosa e prazerosa.).
O exercício de nossas faculdades da 3ª Casa é focalizado no exercício mental; consequentemente, a abordagem impessoal pode ser um corretivo notável para o desagrado mediante o contato com pessoas com quem nos associamos em experiência tanto de estudo (Gêmeos) quanto de trabalho (Virgem) – ambos os Signos regidos por Mercúrio. Deixar mentalmente que todos os outros colegas de estudo e de trabalho realizem seus padrões de acordo com seus equipamentos é uma das mais eficazes descristalização psicológica do falso orgulho, da inveja e do complexo de inferioridade. Quando fazemos do nosso objetivo o melhor do nosso próprio aprendizado e trabalho, libertamos os outros do desagrado dos nossos negativos e libertamos a nós mesmos de mal-estares íntimos, resultando isso em maior eficiência no geral. Não podemos ter sentimentos pessoais sobre o conhecimento e trabalho, posto que Gêmeos e Virgem são “raízes” dos nossos florescimentos impessoais – Gêmeos é a polarizado pela sabedoria de Sagitário – 9ª Casa; Virgem é a “modulação” entre o semicírculo inferior e o semicírculo superior, através do Signo Cardeal de Libra. Perceber e apreciar as habilidades e potenciais dos colegas estudantes e dos companheiros de trabalho é energizar as experiências de estudo e trabalho com o brilho do Amor-Poder, pelo que as congestões se dissolvem automaticamente. Não podemos ter sentimentos pessoais acerca de conhecimento e trabalho, posto que Gêmeos e Virgem são “raízes” de nossos florescimentos impessoais – Gêmeos é a polarizado pela sabedoria de Sagitário – Casa Nove; Virgem é a “Modulação” entre o semicírculo inferior e o semicírculo superior através do Signo Cardeal Libra. Perceber e apreciar as habilidades e potenciais dos colegas estudantes e dos companheiros de trabalho é energizar as experiências de estudo e trabalho com o brilho do Amor-Poder, pelo que as congestões se dissolvem automaticamente.
Quais são alguns dos resultados de se manter as congestões de Mercúrio-3ª Casa-6ª Casa-Virgem-Gêmeos? Faça o mandala da cruz Comum: uma roda com as cúspides das 3ª, 6ª, 9ª e 12ª Casas cobertas pelos símbolos de Gêmeos, Virgem, Sagitário e Peixes, respectivamente. Ligue esses pontos por linhas retas, formando a Quadratura Comum. Destaque os diâmetros Gêmeos-Sagitário e Virgem-Peixes.
Uma coisa significativa: os “pontos inferiores” da Quadratura Comum nos dão uma pista para um notável “composto genérico” através da regência de Mercúrio. A polaridade masculina é Gêmeos (fêmea) e Sagitário (macho); a polaridade feminina é Virgem (macho) e Peixes (fêmea). Aqui se vê que Mercúrio é o único Astro que “enraíza” o espectro genérico inteiro da dupla qualidade de dupla polaridade, pelo que fica aí representada completamente a natureza andrógina de Mercúrio.
Vários tipos de congestão de Mercúrio podem ser classificados, como segue:
Gêmeos (abstratamente) e sua 3ª cúspide (concretamente) é o Signo da 9ª Casa de Libra (Signo abstrato da complementação) e sua 7ª Casa (concreta); o “Signo da 9ª Casa” transmite o “aspecto da sabedoria”; a sabedoria que adquirimos em nossa última encarnação, no sexo oposto, se manifesta no amor que agora recebemos – e a felicidade desfrutada – dos irmãos daquele sexo; e este recurso de sabedoria torna possível maiores desenvolvimentos nessa encarnação, por meio de nossos novos capítulos de fraternidade.
O primeiro Trígono a partir de Gêmeos é mesmo Libra– o aspecto amor da fraternidade intensamente focalizado; nosso marido/esposa é verdadeiramente nosso irmão/irmã e o “prolongamento” seguinte para Aquário, Signo da 11ª Casa, é a representação da fraternidade em sua oitava mais extensamente prolongada – a oitava da amizade, da vibração do amor, em paralelismo, que nos une em consciência a todos os nossos irmãos, transcendendo todas as barreiras de classificação e diferença dos relacionamentos. Em última análise, pois, a fraternidade é o padrão de relacionamento arquetípico da humanidade, posto que todos nós devemos preencher todos os padrões de inter-relacionamento mútuo para realizarmos a manifestação do ideal humano nesse plano.
Esse assunto é apresentado como uma tentativa para responder a perguntas formuladas frequentemente por estudantes de Astrologia, tais como: por que, na Astrologia, o Sol pode ser considerado e tratado como um “Planeta”? O que significa, realmente, “aflições” ao Sol? Qual o significado do Sol, na consideração astrológica, para os problemas psicológicos? Como pode o Sol – Fonte Criadora do nosso Sistema Solar – ser tratado como um símbolo de “mau destino maduro”?
Olhando o diagrama da roda astrológica sem suas linhas de cúspides, ficamos impressionados pela sua exata semelhança com o símbolo que usamos para o Sol – um ponto central circunscrito por um círculo perfeito. Assim como os poderosos raios do Sol envolve o Sistema Solar inteiro, igualmente o símbolo do mandala astrológico corresponde ao símbolo do Sol. Acrescentando-se as linhas das cúspides desenhando-as como irradiações a partir do centro, reconhecemos que a Lei de Correspondência é aqui representada por uma ação: o Sol ou o ser humano são vistos como vitalizantes de todo fator que seja reflexo da consciência de cada um. Em outras palavras, o Sistema Solar com o Sol e o corpo do ser humano são objetivações dos potenciais inerentes aos atributos de cada um. Antes de haver a vitalização como “energia”, havia a vitalização como “Luz”. LUZ é o fiat criativo arquetípico, através do Cosmos em todas as oitavas criadoras. A criatividade expressa Luz; Luz é aquilo que é revelado pela Epigênese; na Luz toda manifestação é; pela Luz ela vive. Deus é Luz, e em Astrologia o Sol simboliza a consciência que tem o ser humano de sua origem divina. A unidade que é representada no símbolo do Sol – é o mais concentrado dos símbolos astrológicos – retrata a consciência focalizada que existe para se expressar. A unidade da consciência do Mestre é o resultado de sua transcendência das trevas, das congestões e da ignorância, por meio da ação epigenética em muitas encarnações, e de tal modo que ele condicionou a si mesmo a se tornar, relativamente, perceptivo à Luz Una. A difusão da consciência de uma pessoa pouco evoluída é “não-Mestre”; as trevas da congestão servem para espalhar e difundir a expressão de potenciais, e as “nuvens e tormentas” resultantes obscurecem sua percepção de Luz. Ele fica à mercê de sua tendência para reagir às nuvens e trevas dos outros – exteriorização de suas próprias trevas; o Mestre repousa serenamente em sua percepção da Unidade da Luz, que é Luz e Amor.
Para a sua consideração, um exemplo de simbolismo manifestador originado pelo autor e que diz respeito ao assunto em pauta: um semicírculo superior cujas extremidades apoiam-se numa horizontal que se projeta um pouco para fora em ambos os lados.
Como uma imagem, essa figura representa um semicírculo do Sol se erguendo acima no horizonte; como símbolo é uma metade (a parte superior) do círculo tanto do símbolo do Sol quanto da roda do horóscopo. A posição do tradicional símbolo circular do Sol no centro do horóscopo humano, e o uso desse novo símbolo no horóscopo como o Regente, Leão, poderia esclarecer para os estudantes as diferenças entre o Sol, como a fonte criadora de nosso sistema planetário, e a consciência da humanidade evoluinte no que tange ao princípio inerente ao Signo de Leão. Em outras palavras, achamos que o Sol é o focalizador do Signo de Leão, o atributo Amor do Deus Pai-Mãe. Contudo, o novo símbolo (a “metade do Sol”) poderia transmitir, muito mais facilmente, a compreensão relativa do Princípio Central sustentado individualmente pelo ser humano evoluinte. É colocado no mapa humano (não horário) simplesmente como se colocaria o tradicional símbolo do Sol, aspectado pelos outros Planetas, como se ele fosse mais um Planeta.
De fato, os Planetas, como focalizadores dos princípios do Signo, simbolizam em suas posições e agrupamentos a consciência dos princípios de vida pelo ser humano evoluinte, mas o Sol Central reside na Fonte emanante de tudo o que está representado dentro da roda. As Casas e Signos do semicírculo superior do mandala astrológico representam a “parte diurna” da aparente viagem do Sol em torno da Terra a cada dia; ocultamente, esses Signos e Casas se referem a consciência anímica da humanidade; as seis Casas e Signos inferiores se referem a “parte noturna” da consciência – a do indivíduo aparentemente separado de seus companheiros.
É através dos poderes vibratórios dos seis Signos superiores (iniciados por Libra de Vênus) que entramos na consciência de unidade através da vida de relacionamentos; quando a “excursão” pelo Zodíaco se completa em Peixes, o resultado é um círculo completo – o microcosmo daquilo que é representado pelo círculo do Sol Central. A essência de seu horóscopo, no total, é a sua percepção da unidade na diversidade; à medida que você se focaliza na consciência da luz una, seu horóscopo dissolverá suas “partes separadas” e emergirá – cada vez mais próximo – de sua representação essencial – o círculo indiferenciado, perfeito e uno: um só amor, uma só sabedoria, como expressões do poder que é Luz. O novo Símbolo do Sol (a imagem da irradiação da Luz a cada nascer do Sol) transmite, de modo prático, a verdade de que cada expressão regenerada de um ser humano é um “nascer do Sol em sua consciência” e uma revelação da Luz a todo aquele que com ele tem contato. O esplendor, a beleza e a verdade de nossa identidade como filhos do Deus Pai-Mãe se torna evidente a cada passo evolutivo.
Posto que os humanos, sendo humanos, não são criadores, mas epigenéticos, esse novo símbolo do Sol poderia representar a essência da Epigênese perfeita – a oitava do Poder Criador que, em nosso arquétipo, corresponde ao (não “é paralelo ao”) poder do Logos Solar. No horóscopo individual, o novo símbolo é a Centelha da Luz Solar; o símbolo tradicional, colocado no centro do horóscopo, é a Fonte Divina de todas as Centelhas da Luz, ou focalizador de Poder do arquétipo humano nesse Planeta. Todas as vezes que você olhar para esse novo símbolo em seu horóscopo você impregnará sua Mente subconsciente[14] com a verdade de que você é um ser evoluinte, que está revelando sua luz interna, que está se elevando para uma oitava superior de percepção de sua divina fonte e de sua identidade divina.
O desorganizado, incoerente, atabalhoado, congestionado, medroso, odioso e ignorante ser humano é assim porque foca na difusão de seus padrões astrais, ele se vê a si próprio separado de todos os outros seres humanos; ele não vê um denominador comum em seus padrões de experiência; as manifestações da vida estão, em suas reações e sentimentos, fora dele (e contra ele); por conseguinte, vivendo em seu microcosmo interior ele expressa o mínimo de seus potenciais e todas suas possíveis congestões.
O Sol é o Senhor desse sistema. Um Mestre humano é isso porque ele é focado, coordenado, harmonizado, simplificado, refinado e centralizado em sua percepção de identidade como “gerado do Deus Pai-Mãe” (Vê-se aqui a explicação para a Exaltação do Sol no primeiro Signo zodiacal, Áries, Signo da 9ª Casa de Leão e Signo da 5ª Casa de Sagitário. Para referência queira consultar seu Grande Mandala).
Ele está totalmente ciente de que é um focalizador do poder solar, e sabe que seu propósito de existência nesse plano é expressar aquele poder de acordo com as mais altas de suas capacidades epigenéticas. Sua consciência está fundida, suas ações são harmoniosas e eficientes, seu Amor transcende todas as barreiras autocriadas na natureza de pessoas menos evoluídas. O segredo de toda maestria é (corresponde à essência da Fonte Solar) UNIFICAÇÃO.
A esse respeito, estude o Sol em seu Horóscopo e reconheça (ainda que tenha de descristalizar um hábito mental de muitos anos) que o Sol não pode ser afligido. Eis que ele reside no centro de seu horóscopo, macrocosmo de todo fator do horóscopo; ele irradia suas divinas bênçãos por todo o conteúdo da roda. Mas seu “Sol pessoal” (como qualquer Astro) pode formar “Quadratura” ou “Oposição”, e isso significa que, em tais casos, sua consciência de Poder da Luz como Amor e Sabedoria tende a ser limitada, embotada e ineficaz, até certo ponto. A cúspide de sua Carta com o Signo de Leão (como “matriz” da Luz em sua consciência) lhe dirá a história das pessoas que servem para alertá-lo da existência de sua Luz; a posição do “Sol pessoal” por Signo aponta para a vibração astral microcósmica (a menos que o Sol esteja em Leão), da qual você tende a destilar sua consciência de Luz; a posição por Casa de seu Sol pessoal é a ordem do Altíssimo (dentro de você mesmo) para expressar luz nesse particular capítulo de experiência – ou capítulo de relacionamento – durante essa encarnação.
Nesse departamento de sua vida, se seu Sol pessoal forma Quadraturas ou Oposições, você será desafiado (esteja certo disto!) pelas forças vibratórias de outras pessoas, a fim de estimular sua atenção a se focalizar na existência de seus Atributos Divinos. Algumas dessas pessoas podem ser tirânicas por natureza. Você precisa aprender a manter sua Luz viva e irradiante a despeito de tudo o que elas – aparentemente – tentem a fazer com e para você. Outras podem ser inclinadas a tirar vantagens de suas fraquezas visando usá-lo para seus propósitos. Você deve estudar a si próprio e aprender como transmutar suas energias de desorganização e fraqueza em fortaleza (pessoas que você saiba não terem Quadraturas ou Oposições a seus Sois pessoais poderão ser os melhores objetos de estudo e os melhores professores para ajudá-lo a aprender como unificar e focalizar seus potenciais). Se você se desvia daquilo que sabe ser seu propósito de vida, então você desobedece ao Comando Divino. Se seu Sol pessoal não tem Quadraturas ou Oposições, então as congestões do Astro que o disposita são enfoques para “exercício do Sol”. Mediante a crescente unificação e focalização dos poderes positivos, da disciplina de expressão, da purificação dos apelos do desejo e do esclarecimento da sua consciência de Identidade Espiritual, você está pronto para lidar com os problemas representados por essas “aflições astrais”. Os Aspectos de atrito envolvendo Astros no Signo de Leão devem ser redimidos pelas transmutações da congestão egoísta através de expressões de Amor radiante – por meio dos nossos pontos de Leão devemos nos tornar contribuidores do Bem, da Verdade e da Beleza para o progresso da Vida. Transcendência da separatividade difundida é a ação da Maestria; irradiação de Poder concentrado como Amor e Sabedoria é o serviço da Maestria.
O “primeiro grau” da expressão do Poder é “poder sobre coisas e pessoas”. A luxúria para dominar outras pessoas, para limitar suas ações e pensamentos é um exercício de poder, mas baseado na ignorância daquilo que o poder realmente é. Temos o atributo – porque somos causadores – para influenciar as pessoas se elas nos correspondem, mas não podemos influenciar ninguém que nos seja indiferente ou que seja mais perfeitamente focalizada e organizada do que nós. Afirmar “eu tenho poder” é congestionar a consciência do Sol pessoal com os apelos da natureza de desejos. Essa é uma ilusão que provoca a perpetração de inumeráveis injustiças e crueldades do ser humano contra o ser humano. “Eu tenho poder” implica em “eu tenho o direito de exercer meu poder de qualquer modo que eu quero (desejo)”. A verdade da questão é que “Eu SOU Poder”, ou “Eu SOU um focalizador do Poder Solar”; a responsabilidade concomitante a essa identidade é SER o melhor focalizador possível do Poder Solar. O Poder NÃO é uma posse – é um Atributo Divino, e suas expressões (irradiações) como Amor e Sabedoria, por meio da consciência humana individualizada, testifica a onipresença do Divino nesse plano. Retire “Eu tenho” de sua abordagem astrológica ao Sol pessoal; substitua por “EU SOU”. Lembre-se de que a abordagem “Eu tenho poder” é Leão como o Signo de Fogo iniciador da cruz Fixa[15] – os quatro Signos que simbolizam o máximo da compressão e congestão dos potenciais do desejo. “EU SOU PODER” é Leão como o Signo Fixo (recurso centralizado, focalizado e organizado), Signo da triplicidade de Fogo dos Atributos Divinos; como tal é o aspecto Amor criativo do Deus Pai-Mãe e o recurso de todo esforço aspirante da humanidade para realizar o ideal do Amor como a verdade de todos os relacionamentos. Não podemos TER algo que, por sua natureza, não seja uma posse; nós só podemos aspirar SER aquilo que a nossa Divina Fonte ordena que sejamos. A irradiação aperfeiçoada (ação epigenética) é a vivência dessa Identidade Verdadeira em termos humanos.
O Mandala de Leão: uma roda com doze Casas, Leão como Ascendente e os demais Signos em sequência – o tradicional símbolo circular do Sol no centro, e o novo símbolo do “Sol pessoal” na primeira Casa.
Esse é o retrato astrológico abstrato da humanidade como epigenitores – irradiadores do Poder Solar focalizado e expressores desse Poder como Amor. O diâmetro do desejo de Touro-Escorpião aparece, nesse mandala, como o diâmetro filiado – a sexualidade dos pais masculino e feminino provê a reencarnação para uma focalização humana do Poder Solar. A polaridade dessa focalização (o Signo uraniano e aéreo de Aquário) é liberação. Toda ação epigenética regenerada é a liberação do que não é mais necessário. A lagarta precisa de seu casulo, mas só quando ela sai de dentro dele é que estabelece sua identidade como “borboleta”. A mãe humana nutre e depois libera o corpo de seu filho ou de sua filha; ambos os pais cumprem suas experiências no relacionamento com seus filhos, depois, em respeito à individualidade deles como companheiros humanos, eles os liberam para que tenham suas próprias experiências. Esse mandala não demonstra que o padrão de parentesco está enraizado na possessividade? Leão está “casado com” Aquário (o Amor que não libera para um desenvolvimento maior, e a expressão não é amor – é desejo a exprimir poder sobre os outros, ao mantê-los estáticos e restringidos fisicamente, mentalmente e emocionalmente); devia ser a aspiração para expressar o poder do Amor para os outros.
O Amor de Leão individualizado de cada um dos pais pelo outro, e expresso através da intensa fusão de Touro-Escorpião, possibilitou a liberação de outro Ego dos planos internos para que ele pudesse progredir em sua evolução pela reencarnação. Ele, por sua vez, é ainda mais liberado quando sua irradiação epigenética se funde com a de outra pessoa. Vemos, portanto, nesse mandala que o “aspecto possessividade” de Touro-Escorpião é a congestão do progresso humano; sua regeneração é o aspecto não personalizado da administração. O parentesco espiritualizado (autodeterminado) é a administração inteligente, amorosa, do crescimento individual do ser gerado e o respeito ao direito pelo ser gerado para realizar o melhor de sua individualidade.
Os padrões dos Signos por Casa do Sol pessoal, conforme indicado nesse mandala de Leão são: Leão, 1ª; Virgem, 2ª; Libra, 3ª; Escorpião, 4ª; Sagitário, 5ª; Capricórnio, 6ª; Aquário, 7ª; Peixes, 8ª; Áries, 9ª; Touro, 10ª; Gêmeos, 11ª; Câncer, 12ª (Para maior clareza, correlacione esse mandala com uma cópia do Grande Mandala (Áries no Ascendente) e perceba como os princípios arquetípicos dos Signos são expressões, quando Leão é o Ascendente do horóscopo.
Por exemplo, o Sol pessoal em Virgem é prático, não apenas por Mercúrio ser Regente de Virgem, mas porque nesse Signo o Sol pessoal está no Signo da sua própria 2ª Casa, princípio da administração, correspondente à relação Touro-Áries do Grande Mandala. E assim por diante).
Exotericamente, o Sol pessoal envolvido em padrões de Quadraturas e Oposições representa o destino maduro resultante da ignorância do verdadeiro significado do Poder. “Os Astros são Seres” – e o Sol pessoal em Quadratura ou Oposição representa os desafios à sua integridade, partindo de pessoas que externam sua ignorância desse princípio no passado. Pelo próprio significado do Sol pessoal, como um símbolo astrológico, você deve descristalizar todas as “reações de inimizade” a tais pessoas;
Essa é a maneira astrológica de dizer: “Amais aos vossos inimigos”. O contrário de uma expressão anterior sobre Leão cabe bem aqui: NÓS NÃO TEMOS INIMIGOS; nós (pela congestão dos potenciais) SOMOS inimigos do nosso melhor e mais elevado bem. A Luz que é simbolizada pelo Sol Central é microcosmicamente refletida no Sol pessoal de cada ser humano; esse e sua polaridade, Aquário –Urano, são os arquidescristalizadores de todas as “inimizades”.
Nos textos acima se encontra uma resposta às indagações dos estudantes a respeito do valor psicológico do símbolo do Sol em Astrologia: na medida em que você permanece desfocalizado, suas fraquezas serão desafiadas pelos impulsos do poder-autoridade do desejo dos outros; na medida em que você desdobre a consciência de sua verdadeira identidade como um focalizador do poder solar e expresse essa consciência por meio do amor, no qual não pode haver nenhuma sombra, você melhora epigeneticamente a qualidade de toda a sua base psicológica. A terapia do Sol é ALEGRIA – a posição por Casa do seu Sol pessoal, nessa encarnação, é onde você escolheu para afugentar as sombras pela radiância de sua natureza de amor purificado. Você criou as sombras, no início – as Quadraturas e Oposições ao seu Sol pessoal; somente você, como um focalizador do poder solar, pode redimir essas energias congestionadas e transformar a expressão delas pela Epigênese construtiva. Com reverência e alegria, se identifique com a sua fonte – saiba que o Seu Poder transcende o de qualquer outro poder negativo e externo. Essa é a terapia que nos foi dada por todo Mestre-Professor e em seu horóscopo (cedo ou tarde), se você bate à porta, o segredo de sua identidade solar será “aberto a você”. Seu propósito não é “ser submergido”, mas amar, expressar, irradiar, ser um testemunho vivo para o divino no arquétipo humano.
Nos últimos anos do século XVIII e mais ou menos nas duas primeiras décadas do século XIX ocorreu um dos fenômenos mais notáveis estelares da história moderna: a Conjunção de Urano com Netuno, em Sagitário e Capricórnio. Esta “superlunação” foi “plantio de semente”, em termos de poderes vibratórios cósmicos desses dois gigantes – Regentes dos dois últimos Signos do cinturão zodiacal.
Como uma Conjunção de quaisquer dois Astros implica o padrão da lunação Sol em Conjunção com Lua (com suas extensões de “primeira Quadratura”, “Trígono”, “Oposição”, etc.), assim também se deu com essa Conjunção; durante os anos do século XIX e até os quatorze anos (aproximadamente) do século XX Urano e Netuno se moveram, em relação ao “ponto da Conjunção” e em relação um ao outro, para formar padrões de Aspectos que representam um momento decisivo na evolução vibratória da raça humana.
O “padrão Lua Cheia” desse tremendo Aspecto foi representado pela Oposição de Urano e Netuno; esse padrão prevaleceu quando Urano retornou a Sagitário e Capricórnio, e Netuno havia percorrido metade da roda até Gêmeos e Câncer. Esse crescendo de forças vibratórias da parte de Netuno incluiu os últimos quatro Signos da sequência zodiacal (de Sagitário até Peixes) e os quatro primeiros Signos (de Áries até Câncer). O clímax objetivado, logo depois do período de Oposição exata na metade dos graus entre Capricórnio e Câncer, foi a primeira Guerra Mundial – o vomitar brutal de energias congestionadas e putrefatas de parte das nações em todo o mundo e a imaginação de uma fase de desenvolvimento nova em todos os planos.
Consideremos essa grande Conjunção em termos de padrões dos Signos por Casas: o começo dessa Conjunção ocorreu no abstrato Signo da Nona Casa Sagitário, regido por Júpiter, significador da mentalidade abstrata, das ideias, dos conceitos, do entendimento e da filosofia. Júpiter é o Princípio do Melhoramento e da Expansão. Em Sagitário, Urano – Regente de Aquário, o Signo da 11ª Casa – estava em seu próprio Signo da 11ª Casa, onde a palavra-chave é a liberação por meio do Poder do Amor universal ou impessoal. Essa posição de Urano tinha o efeito de uma eletrificação da consciência humana na forma de vitalização da necessidade humana por maior liberdade em todos os planos; Essa posição de Urano teve o efeito de uma eletrificação da consciência humana na forma de uma vitalização da necessidade da humanidade de maior liberdade em todos os planos; houve revoluções como bem diferente das conhecidas até então – pela guerra real e por protestar contra o efeito de séculos de atrito espiritual e intelectual por poderes temporais; houve uma “explosão” nos horizontes do conhecimento e pensamento para que as capacidades mentais e espirituais da humanidade pudessem encontrar “novas pastagens”. Novas filosofias e formas religiosas surgiram de todos os lados para que a necessidade da humanidade por uma compreensão mais ampla pudesse ser satisfeita.
Netuno em Sagitário estava em seu próprio Signo da 10ª Casa por sua Dignificação em Peixes; ele havia alcançado as três quartas partes de seu próprio ciclo e chegado a um ponto análogo a Capricórnio em relação a Áries. Este foi o momento certo para uma nova liberação das forças que atendem os propósitos de redenção; aquilo que havia de ser “redimido outra vez” era o efeito de muitos séculos precedentes durante os quais a idealidade do ser humano havia se congestionado ao ponto de asfixia, isto pela corrupção e perversão de ideais.
Em Capricórnio, Urano alcançou seu próprio Signo da 12ª Casa, a última posição no ciclo, por sua Dignificação em Aquário: nesse Signo a influência de Urano era para desintegrar as formas antiquadas e abrir caminho para novas formações em todos os planos. Em Capricórnio, Netuno alcançou seu próprio Signo da 11ª Casa; uma “onda” de Egos (Irmãos e Irmãs Maiores) encarnou durante esse período, Egos esses que serviram para atuar como “instrumentos” (Netuno é o princípio da instrumentalidade) da difusão de tremendos poderes espirituais para reanimar a consciência espiritual da humanidade.
Durante os anos do século XIX, Egos de grande notável desenvolvimento encarnaram, digamos, em “exames”; filósofos e religiosos, músicos, artistas e escritores, cientistas e matemáticos, curadores e médicos. Essas pessoas, quaisquer que fossem seus campos específicos de atividade, serviram para aproximar ainda mais os seres humanos entre si pela tremenda esfera de sua influência. Uma abertura particularmente significativa ocorreu pela ocasião do advento – no mundo ocidental – das ciências pertinentes à psicologia e à psicanálise; durante esse período encarnaram algumas grandes mentes determinadas a investigar os princípios relativos à sexualidade humana, à emotividade e à função da Mente subconsciente. Temos um débito impagável para com essas pessoas. Elas foram pioneiras em um campo de pesquisas até ali escassamente explorado, e permaneceram fortes e inabaláveis contra os poderes de cristalização, a ignorância e o preconceito, a fim de proporcionar ao ser humano uma “nova Luz” para uma maior compreensão.
Em nosso assunto do título – o “espectro genérico” – trataremos, por meio da simbologia astrológica, com um dos mais importantes fatores pertinentes à “natureza interna” da constituição do ser humano: o fator da bipolaridade.
A “experiência como homem” e a “experiência como mulher” são representadas, abstratamente, pela divisão da roda por qualquer diâmetro; o arquissímbolo desse padrão é naturalmente o diâmetro Áries-Libra do Grande Mandala – a roda abstrata ou “natural”, que tem os trinta graus em cada Casa de cada Signo começando com Áries, como Ascendente, e se movendo na direção contrária ao dos ponteiros do relógio até Peixes, na 12ª cúspide.
A cúspide de Áries é o “EU SOU” da consciência humana; é a projeção de todos os potenciais que partem do centro da roda para a circunferência – o “ponto de encarnação” ou “a objetivação no plano físico”. Todos os raios da roda são simplesmente emanações dessa linha Ascendente, uma vez que qualquer círculo só comporta um raio.
O horóscopo, em sua totalidade, é o composto de toda a consciência do indivíduo, e isso significa o composto de todos os potenciais masculino e feminino. O relacionamento está “dentro”, não está essencialmente “fora do indivíduo”. Isso pode ser provado facilmente pela consideração do fato de que quando você modifica sua reação para com uma pessoa, modifica também seu relacionamento com essa mesma pessoa. O aspecto externo do relacionamento é sua representação em espaço-tempo no plano físico – o reflexo de estados internos estabelece pelas suas expressões na forma. A “masculinidade” e a “feminilidade” dos seres humanos servem para focalizar qualidades genéricas, na expressão e por reflexo. Certos padrões de experiência na vida física real são peculiares aos homens, outros são peculiares às mulheres; cada um à sua maneira é uma imagem de destino maduro, uma vez que por lei encarnamos nas dimensões de espaço-tempo e com as expressões físicas do gênero: o sexo.
Já que nossa bipolaridade essencial ainda não se realizou totalmente, a Natureza possibilita, pela faculdade da reação emocional, um reconhecimento dos nossos estados genéricos latentes. Esse reconhecimento é encontrado em nossos relacionamentos com outras pessoas, e nós as identificamos – aparentemente fora de nós mesmos – pelo estímulo que elas provocam no nosso ser vibratório. Devido a qualidade do nosso padrão de relacionamento residir na nossa consciência, nós reconhecemos, agora – quando nosso ponto de vista se destaca suficientemente – que cada ser humano é seu próprio pai/sua própria mãe, seu próprio esposo/ sua própria esposa, seu próprio irmão/sua própria irmã, seu próprio filho/sua própria filha. Nosso ser genérico serve para identificar outros seres humanos como fatores em um ou mais desses padrões básicos de relacionamento – e suas muitas variações – de acordo com nossos padrões genéricos e nossos congestionados ou regenerados níveis de consciência. Nós não temos inimigos; nós próprios somos a origem daquilo que interpretamos como “inimizade”. A regeneração da nossa faculdade de reação emocional melhora a qualidade de nosso ser vibratório e, portanto, melhora a nossa consciência de relacionamento com as outras pessoas. Esta é a única maneira pela qual podemos “derrotar nossos inimigos” e redimir nosso destino maduro sobre relacionamentos.
Na consideração desse assunto, é sugerido que cada estudante tente um pouco o “ajuste interno”: pare de pensar em você como “macho” ou como “fêmea”; pense em você – e isso pode requerer considerável “elasticidade” – como um composto de masculino e feminino. Reconheça que você, como uma expressão individual da ideia “humanidade”, contém em seu ser vibratório tudo que é significado pelas palavras “homem” e “mulher”. Você está simplesmente se especializando como macho ou como fêmea nessa encarnação; você pode ter sido o oposto na encarnação anterior, e pode ser o oposto na próxima. Se você é homem, seus padrões femininos serão, em sua maior parte, objetivados por reflexo nas “mulheres em sua vida”; a recíproca é verdadeira para as mulheres. Mas – e isso é muito importante – a bipolaridade do nosso ser chega a uma manifestação mais clara à medida que evoluímos através do exercício de nossos potenciais de Amor-Poder e Sabedoria-Poder – um dos notáveis fenômenos resultantes da Conjunção e Oposição Urano-Netuno durante os últimos anos do século XVIII e mais ou menos as duas primeiras décadas do século XIX. O estudo dos relacionamentos humanos não está mais tão centralizado nas diferenças entre os sexos como o está nas semelhanças entre homens e mulheres como mecanismos bipolares. Estamos chegando a uma realização de que “sexo oposto” significa realmente “qualidade genérica latente”, que é “acesa” pelo contato com pessoas cujo ser vibratório complementa o nosso, em algum grau ou padrão.
O astrólogo, ao realizar seu serviço, funciona – ou deveria funcionar – como uma consciência bipolar. Se ele/ela trabalha para compreender os problemas dos outros, ele precisa se valer das memórias de suas experiências como homem e como mulher, a fim de perceber as raízes vibratórias dos problemas e potencialidades dos outros. O astrólogo, funcionando desse modo, não é neutro; ele/ela é um composto de seus elementos vibratórios como um raio de Luz, focado no branco, para iluminar a consciência do outro e clarear a consciência da origem dos problemas e os corretivos inerentes a estes. “Masculinidade” e “feminilidade” não são palavras de opróbrio, quando aplicadas aos homens e as mulheres, respectivamente. São palavras que se referem à dupla expressão de nosso ser vibratório que, no final das contas, é a expressão básica de vida da nossa natureza interna. Pode-se dizer que Causa (masculino) e Efeito (feminino) designam a expressão de Vida – polaridade – do Cosmos.
O astrólogo que não funciona com a consciência de sua realidade bipolar não pode justificar seu trabalho como um analista dos problemas de relacionamento e de sexo. Ele/ela deve ser capaz de perceber a masculinidade/feminilidade combinada de qualquer um, cuja Carta seja estudada, para ajudar a pessoa a reconhecer mais claramente a fonte interna dos problemas de relacionamento. O homem que não conhece ou reconhece sua própria feminilidade não vai perceber a “parte mulher” do indivíduo cujo Mapa interprete. Em verdade nosso “irmão humano” é o elemento masculino da natureza humana; nossa “irmã” é o elemento feminino, não importa o envoltório físico que ela use. Cada astrólogo deveria aplicar seus poderes analíticos no sentido de uma compreensão mais clara de seu próprio relacionamento pessoal e ver, com os Olhos da Luz Branca, como ele/ela afeta e é afetado (a) por cada pessoa com a qual se associa intimamente. É necessário analisar a Carta do ponto de vista genérico para determinar a masculinidade/feminilidade relativa que é representada. Oferecemos agora, como alimento para o pensamento, uma análise genérica dos doze Signos.
Use uma cópia do Grande Mandala sem os símbolos planetários – apenas os símbolos dos Signos na parte externa da roda. Observe que os primeiros quatro Signos – Áries, Touro, Gêmeos e Câncer – representam de per si um dos elementos genéricos: Fogo, Terra, Ar e Água, respectivamente; dois deles, Áries e Câncer, são “pontos de estrutura” Cardeais.
Uma vez que o ritmo é o arquétipo do movimento (no tempo-espaço), reconhecemos que o avanço em torno da roda, através dos doze Signos, é um progresso rítmico; o ritmo básico mais simples é aquele a que chamamos “dois por quatro” – dois compassos, cada um dos quais tem um tempo para baixo e um tempo para cima. O tempo para baixo é a “iniciação” masculina do compasso, o tempo para cima é a libertação – ou complementação feminina – do tempo para baixo.
Nesse setor de quatro Signos vemos duas metades de dois tempos rítmicos completos; o “primeiro compasso” é Áries-Touro – o tempo para baixo é Áries, o tempo para cima é Touro. O “segundo compasso” é Gêmeos-Câncer – Gêmeos é o tempo para baixo e Câncer é o tempo para cima. Cada compasso, então, tem sua qualidade genérica dupla, e o setor quádruplo tem sua qualidade genérica dupla em sua divisão de dois compassos completos. Áries-Touro é, portanto, o masculino tempo para baixo do setor; Gêmeos-Câncer é o feminino tempo para cima, ou complementação; Áries e Gêmeos são os masculinos tempos para baixo de cada um dos dois compassos; Touro e Câncer são os femininos tempos para cima de cada um dos dois compassos.
A realização ideal da natureza vibratória da humanidade se encontra na espiritualização de todas as qualidades genéricas: o “Grande Homem” é a perfeição do composto masculinidade-feminilidade. Vemos assim como essa espiritualização é representada em Astrologia: a circunferência da roda é os segundos, minutos e graus da sequência dos doze Signos. Existem quatro grupos de triplicidades, cada um representando os Aspectos Poder-Amor-Sabedoria de um dos elementos. Cada elemento, em três oitavas, cobre a roda e cada um é uma especialização de qualidade genérica. As triplicidades são iniciadas pelos quatro Signos Cardeais, cada um dos quais é uma afirmação genérica básica do “EU SOU”, e cada qual representa um dos pontos estruturais no padrão total do relacionamento humano: o homem como esposo e pai; a mulher como complemento – esposa e mãe.
Numere os Signos em torno da roda, como segue: Áries – 1, Leão – 2, Sagitário – 3, Capricórnio – 4, Touro – 5, Virgem – 6, Libra – 7, Aquário – 8, Gêmeos – 9, Câncer – 10, Escorpião – 11 e Peixes – 12.
Pouse a ponta de seu lápis em Áries e desloque-a pelo Zodíaco deste modo: de Áries a Leão, de Leão a Sagitário, de Sagitário a Áries, de Áries a Capricórnio; de Capricórnio a Touro, de Touro a Virgem, de Virgem a Capricórnio, de Capricórnio a Libra; de Libra a Aquário, de Aquário a Gêmeos, de Gêmeos a Libra, e de Libra a Câncer; de Câncer a Escorpião, de Escorpião a Peixes, e de Peixes a Áries. Esse “passeio” pelo Zodíaco começa com o mais masculino dos Signos machos e termina com o mais feminino dos Signos fêmeas: cada Signo Cardeal é o mais masculino de seu elemento, cada Signo Comum é o mais feminino e ajustável. Áries (onde Marte está Dignificado) se une ao elemento Terra em Capricórnio (onde Marte está Exaltado); Capricórnio (onde Saturno está Dignificado) se une ao elemento Ar em Libra (onde Saturno está Exaltado); Libra se une ao elemento Água em Câncer (onde a Lua está Dignificada), como iniciador da triplicidade de Água, terceira oitava da qual é Peixes, Signo de Exaltação de Vênus, Regente de Libra; a Lua, Regente de Câncer, está Exaltada em Touro: Dignificação terráquea de Vênus e segunda oitava – ou oitava do poder do amor – da triplicidade de Terra, iniciada pelo complemento da Lua, Saturno, Regente de Capricórnio. Peixes, a Exaltação de Vênus, é regido por Netuno e representa a idealidade. A Exaltação de Vênus, nesse Signo superfeminino, simboliza o reflexo aperfeiçoado do melhor na consciência da humanidade; a “renúncia” implicada na vibração pisciana é a de abandonar as reações negativas do sentimento, não regeneradas, em favor da percepção do ideal inerente – que é a bondade, a verdade, e a beleza.
Temos agora o Zodíaco inteiro “delineado” pela qualidade genérica; a faixa dos doze Signos representa, pela divisão em triplicidades, o poder curador do ritmo três por quatro – cada elemento representando assim uma nota-chave espiritualizada em que a música da consciência humana pode ser tocada. Cada Signo, pela tríplice divisão em decanatos, compõe seu elemento. Agora você pode relacionar suas próprias posições astrais por qualidade genérica, sintetizá-las com seu Ascendente e Regente, e avaliar sua lista por comparação com os gêneros dos Astros. Sugerimos Marte, Sol, Júpiter, Saturno (símbolo do pai) e Urano como Astros masculinos; a Lua, Vênus e Plutão (Regente de Escorpião – a “matriz” do poder do desejo comprimido) e Netuno como Astros femininos. Mercúrio, o intelecto, é neutro – ou melhor, andrógino; Mercúrio, como Regente de Virgem (Signo masculino), é masculino; como Regente de Gêmeos, é feminino. Este Astro se adapta ao Signo em que se posiciona, dando ênfase à qualidade genérica representada pelo Signo.
Aplique essa lista a muitas Cartas, além da sua própria. Aprenda a “dimensionar” os valores genéricos dos gráficos para a análise prática dos problemas de relacionamento. Preste especial atenção a todos os Astros que estejam Dignificados por posicionamento em Signo; um Astro Dignificado é uma posição vibratória de “1ª Casa” – o “início” de um novo ciclo de Aspectos-padrões a serem formados por tal Astro em futuras encarnações. Preste também muita atenção aos “Regentes estruturais”: Marte, Lua, Vênus e Saturno como respectivos Regentes dos Signos Cardeais (estruturais); também aos Astros colocados nos Signos Cardeais – porque serão dispositados[16] pelos Regentes estruturais. Caso você queira, pode lhe ser útil relacionar os Astros de determinada Carta por suas “qualidades de macho e qualidade de fêmea” (Fogo-Terra, Ar-Água) bem como por suas “masculinidade e feminilidade” (Fogo-Ar, Terra-Água). Examine o elemento – ou agrupamento – (isso é muito importante) que contenha o máximo de Astros não congestionados, ou qualquer Carta que não esteja congestionada. Nesse fator vemos um registro de espiritualização definitiva da qualidade genérica – de significado importante para a liberdade interna. Examine, também, o Astro estrutural (Marte, Lua, Vênus e Saturno) que esteja mais congestionado e o que esteja mais regenerado. Estude esses dois Astros não somente por seus padrões de Aspectos, mas também em termos de congestão e regeneração do Astro que está dispositado. Nós devemos conhecer a qualidade genérica que cada Astros está focalizado, e sua “dispositividade”, dado a nós como a chave.
O verbo atribuir é definido como “demarcar”, “salientar especificamente”, “separar para uma pessoa ou para um propósito especial”. Essas definições implicam em se entender que “atribuir” é uma ação seletiva pela qual “alguma coisa” é indicada como apropriada ou necessária para alguém se incumbir dela, trabalhar com ela, trabalhar nela ou realizar com ela. O ato de atribuir é feito por alguém para alguém, ou é assumido por ele mesmo; em quaisquer dos casos, aquilo com que se vai lidar é conhecido ou reconhecido como um fator legítimo de esforço ou experiência, uma parte necessária de um plano total ou de um objetivo.
Quer imposta ou assumida, a aceitação da atribuição sempre é uma decisão para sair de um estado de relativa inércia ou de equilíbrio relativo. Essa aceitação procede de uma percepção ou reconhecimento de que algo mais ou alguma coisa nova, real ou recapitulativa deve ser feita. Toda ação ou “feito” é uma extensão daquilo que já foi feito ou alcançado. A evolução de um ser humano durante o lapso de uma encarnação é exteriorizada como uma sequência de ações procedentes de decisões qualificadas por reações aos efeitos de decisões anteriores e consequente ações. A regeneração da reação residual trazida do passado à presente vida é a atribuição básica de qualquer ser humano para qualquer vida. A atribuição arquetípica para todos os seres individualizados, através dos lapsos inteiros de seguidas encarnações, é a reconquista consciente do equilíbrio perfeito, o estado de onde fomos enviados, ou fomos criativamente projetados, como Espíritos inocentes. Essa projeção se tornou possível por uma decisão criativa de Deus – n’Ele nos movemos e temos o nosso Ser, através de nós Ele se move e tem a Externalização; nós nos complementamos n’Ele. Ele se complementa em nós.
O macrocosmo é exteriorizado por miríades de microcosmos que têm uma similaridade correspondente com ele. Essa verdade de criatividade e manifestação é transmitida pelo axioma Hermético “como em cima é em baixo; como em baixo é em cima”. Em geometria esse axioma é ilustrado por figuras tais como círculos, quadrados e triângulos. O tamanho de figuras correspondentes pode variar infinitamente, mas sua natureza, aspecto geral e plano de construção são idênticos. Círculos, quadrados e triângulos equiláteros são microcosmos gráficos das ideias estruturais macrocósmicas de círculo, quadrado e triangulo equilátero, respectivamente.
Todas as atribuições são microcosmos da atribuição da ideia essencial ou macrocósmica, que se refere basicamente à aceitação, por cognição ou reconhecimento, daquilo que é necessário ser feito para uma completa realização. As atribuições da vida do ser humano são reveladas e percebidas em uma infinita variedade de significados relativos, em termos de necessidade imediata, objetivo imediato, fatores de relacionamento, ideais, etc. Entretanto, há uma equação dupla que se aplica a todos: o grau de dificuldade no cumprimento é diretamente proporcional ao grau de regeneração necessitada; o grau de facilidade no cumprimento é diretamente proporcional ao grau de equilíbrio alcançado conscientemente. Na medida em que perde o equilíbrio, o ser humano perde a consciência da capacidade de cumprir suas atribuições com eficiência, inspiração e regozijo; na medida em que sente o equilíbrio dentro de si, ele é capaz de redobrar ou recarregar seus esforços com os poderes de seu Espírito. O recarregamento pelo poder do Espírito traz a revelação do equilíbrio no Corpo, na Mente[17], na emoção, no relacionamento e nos esforços. Uma vez que um ser humano é um composto de muitas faculdades, corpos, inclinações, habilidades e objetivos, é necessário, através de uma dada encarnação, que ele ou ela se especialize nesta fase ou naquelas fases de desenvolvimento que sejam mais diretamente consistentes com as exigências do destino maduro; a encarnação se faz por lei vibratória em termos de tempo, lugar, linhagem e ambiente que são apropriados para o início das atribuições autoimpostas e autoassumidas.
Os Aspectos astrais por si só não representam a “atribuição da vida”. Cada Aspecto representa um inter-relacionamento entre qualidade básicas e poderes de consciência, retratando, portanto, um modo pelo qual as atribuições devem ser cumpridas. A tabulação dos Aspectos numa determinada Carta dá um resumo de como a pessoa tem usado os poderes da consciência no passado, como ela tende a usá-los nessa vida e como pode tender a usá-los no futuro. O cumprimento de uma atribuição necessita de equipamento, assim como de objetivo e, no estado encarnado, o ambiente é um fator tão inevitável quanto importante, como o é a consciência. Todos os fatores ambientais e de relacionamento correspondem à experiência individual humana, assim como a própria Terra corresponde à evolução da humanidade. Por conseguinte, a correlação da posição por Casa dos Aspectos com os fatores vibratórios representados pelos Astros e Signos é necessária para a avaliação das atividades da vida como “atribuições”.
Já que existem doze Casas que indicam a padronização ambiental para os Aspectos formados pelos dez pontos astrais (Sol, Lua e Planetas) haverá, em toda Carta, algumas Casas desocupadas. As Casas simbolizam a externalização dos Signos, assim como os pontos astrais representam a focalização dos Signos como poderes expressivos. Aquelas Casas que contêm os pontos astrais representam a padronização exterior em termos de relacionamentos e lugares das atividades da vida. Parte da “atribuição evolutiva global” de todos os seres humanos é aprender a relacionar sabiamente o próprio “eu” com o ambiente, e de tal maneira que o ambiente seja corretamente entendido e corretamente usado como uma “ferramenta”, mas que nunca permita se tornar uma escravidão para a pessoa ou um impedimento para ela se desenvolver. Cada relacionamento e cada ambiente exterioriza princípios particulares de consciência e responsabilidade espiritual, e o objetivo a ser alcançado pela experiência num relacionamento ou num ambiente é a percepção da Verdade da Vida. Todos os fatores de Princípio, Poderes, e Externalização devem ser correlacionados para avaliação.
Uma vez que a transcendência regenerativa do passado é a atribuição assumida por cada ser humano em cada encarnação, é uma ideia prática começar seu estudo do Aspecto astral de uma Carta pela avaliação relativa. Isso é feito tabulando os vários tipos de Aspectos e computando a órbita de cada um, começando por aquele que está mais próximo de 90º. Evite se concentrar nesse Aspecto como sendo “o Aspecto mais adverso da Carta”. Em vez disso, estude sob o ponto de vista do que ele diz sobre a consciência e tendência da pessoa: é o padrão que indica a maior necessidade para a regeneração da consciência, que indica o ponto de mínimo equilíbrio interno e máxima tendência de resistir à evolução. Portanto, ele representa aquelas experiências – ou aquele tipo geral de experiência – em que a pessoa terá de aplicar o máximo esforço interno para aprender sua lição espiritual e evolutiva.
Esclarecer a pessoa a respeito do sentido e significado de sua Quadratura quase exata é um serviço da mais alta relevância que você pode lhe prestar, pois, na medida em que ela compreenda como manejar os estímulos resultantes do Aspecto, ela terá força e sabedoria para lidar com os outros Aspectos “menos fechados” em sua Carta. Seu estudo do Aspecto requer meditação concentrada porque é necessário que você entenda as implicações evolutivas dele como representando fases de poder, amor e verdade a serem ainda admitidas pela consciência da pessoa. Uma Quadratura ou Oposição de órbita maior será ativada por um tempo relativamente mais longo, mas tal espaço da órbita maior permite que condições atenuantes (Trígono e Sextis à posição radical formados por Trânsitos, Lua Nova, etc.) atuem ao mesmo tempo. A regulagem dos estímulos de uma Quadratura quase exata focaliza e concentra o “potencial de dor” bem como o elemento tempo. A dor que experimentamos através dos estímulos de nossas Quadraturas é proporcional a uma tendência inerente de resistir às exigências evolutivas. Lembre-se sempre de que o Aspecto Quadratura num horóscopo é evidência de que a consciência da pessoa está baseada de um modo especializado nessa vida com o objetivo de aprender uma urgente lição; evidencia ter negligenciado essa lição ou feito o mau uso dessa oportunidade no passado e surge a oportunidade presente para remediar essa negligencia nessa vida.
Toda manifestação é projetada a partir de um plano ou padrão ordenado, e já que todas as atribuições da vida do ser humano, segundo o grau de cumprimento, manifestam a evolução de consciência e refinamento da natureza é necessário que se dê especial atenção a outros fatores que têm muitas coisas importantes a dizer ao intérprete e ao tema do Mapa. Um desses é a Lua, símbolo da natureza instintiva. Os Aspectos e a posição da Lua num Mapa nos dão as mais diretas pistas daquilo que, em consciência, é trazido para essa vida e que provém das experiências passadas. Indicam as tendências e hábitos mais pronunciados do passado que, quando enfatizados na vida atual, externalizam as condições caóticas. A faculdade de reação sentimental (que representa um aspecto da polaridade feminina da consciência) procura sempre fornecer, à nossa percepção consciente, aquelas modalidades e qualidades de pensamento que temos implantado nela. Desse modo, a Mente instintiva é reconhecida como um mecanismo de produção e um mecanismo de reprodução. Se, pelo reconhecimento não gostamos daquilo que a Mente instintiva produz através de nossa faculdade de reação sentimental – os acontecimentos, ambientes, e as pessoas – então temos de mudar a qualidade da nossa faculdade de reagir; isso só pode ser feito melhorando-se e refinando-se a qualidade de nossas reações. Esse processo se utiliza das essências regeneradoras ou espirituais de todos os pontos astrais, especialmente daqueles que estão aspectados “não regeneradamente” com a Lua, no Mapa natal. Quando regeneramos essas “essências astrais”, implantamos uma qualidade vibratória melhorada, mais ordenada e refinada na Mente instintiva.
Os fatores da atribuição de vida que se referem à vibração de Saturno são aqueles que têm como meta evolutiva a consciência da segurança verdadeira. Saturno é o princípio do cumprimento de responsabilidade, e é somente pelo cumprimento de todas as atribuições e responsabilidades assumidas que a forma de equilíbrio, que identificamos como “segurança”, é realizada. É muito importante, devido à influência que as palavras e interpretações do astrólogo exercem na consciência do nativo, que uma compreensão psico-filosófica construtiva de Saturno seja alcançada. Saturno é o símbolo da forma densa que serve como veículo à consciência evoluinte; é a tendência pela qual os seres humanos identificam “segurança” como sendo certo tipo de estado material – sem o qual o ser humano experimenta aquilo que identifica como “medo”, “insegurança” e “incerteza”. Se Saturno – no sentido cósmico – simboliza a forma densa, então sua correspondência na consciência humana evoluinte é “dificuldade e sofrimento por ter feito mau uso da foram no passado” ou é “a realização da verdadeira segurança interna por ter usado a forma de maneira plena e correta como uma ferramenta ou veículo do Espírito”. Saturno é o Princípio cósmico da Gravidade; sua vibração em nossa consciência tende a “nos conduzir às raízes e à essência de nossos estados ainda irrealizados” para que nossa ascensão evolutiva possa ser meticulosa e completa. Alguns Mapas têm Saturno aspectado por Quadraturas e Oposições – chamam de “Mapas terrivelmente afligidos”. Se há, na verdade, alguma “aflição” representada, é apenas uma indicação de que a pessoa, nessa vida, precisa recapitular muita coisa do passado, redimi-la e cumpri-la com Amor e Inteligência antes que ela possa progredir. Os Aspectos em si não são “maus” – são simplesmente indicações astrológicas de um certo tipo de necessidade evolutiva. As qualidades Espirituais implicadas na vibração de Saturno são profundidade, precisão, paciência (o uso do Tempo como elemento construtivo), e devoção concentrada à ação reta (o Signo de Saturno, Capricórnio é o Signo de Exaltação de Marte, o princípio da energia e ação).
Torna-se cada vez mais evidente que as atribuições de vida das pessoas aspirantes, de Mente progressista, incluem graus de participação naquelas medidas ligadas ao estabelecimento na Nova Era[18]. Como humanos, nós estamos sendo sintetizados nessa Era mais do que nunca em nossa história, e aquelas pessoas que estão aceitando alegremente as oportunidades de estudo, atividade, trabalho e recreação para expandir seu conhecimento fraternal dos companheiros humanos estão expressando seu alinhamento espiritual e evolutivo com os princípios da Nova Era. Essa tendência evolutiva é astrologicamente indicada pelo Planeta Urano, Regente de Aquário e pela polarização do Signo do Sol, Leão. O estabelecimento da Nova Era é um inevitável resultado do progresso espiritual da consciência humana – individual ou coletiva; o estudo e a realização intuitiva do fator Urano nas Cartas se tornou uma porção vital do serviço do intérprete astrológico. Muitas pessoas, nesse momento atual, estão encontrando as maiores dificuldades para se ajustarem à rápida expansão do pensamento, do conhecimento e da compreensão do que está se verificando agora. A resistência interna àquilo que é novo ou ainda que não é compreendido pode ser uma indicação de muito medo residual, inflexibilidade de Mente, preconceito ou tendência à inércia. Algumas pessoas parecem não poderem “perdoar a Vida” para “se reorganizar”, “remover de si as coisas”, “agitar a sua vida rotineira” ou “se tornar tão incertas”, e então o intérprete astrológico é chamado, frequentemente, para ajudar tais pessoas por meio do esclarecimento espiritual e filosófico. A regeneração da consciência só se torna possível através da descristalização e redistribuição das energias internas, e a adaptabilidade de Mente é a chave para toda expansão de compreensão. Como um intérprete, você buscará compreender o fator Urano numa Carta para ajudar a pessoa implicada a cumprir melhor as atribuições dessa sua vida, por meio de uma compreensão mais clara das grandes correntes evolutivas que prevalecem agora e da sua razão de ser. Urano sempre atua desbaratando e descristalizando o “não-mais-necessário”, para que o progresso em todos os planos possa ser revelado e realizado em sua plenitude.
Toda coisa viva é composta de uma hierarquia de partes e funções pela qual a experiência orgânica da coisa é perturbada. O horóscopo humano é um retrato de uma consciência viva, e todas as suas partes (Signos, pontos astrais, Casas, posições, Aspectos, ativações por Trânsito e Progressão) compreendem uma hierarquia de indicações pertinentes à atribuição da vida. Se um fator pode ser designado como o mais importante em qualquer Carta, ou em todas elas, tal fator certamente é o Sol e seu correlativo Signo de Leão. Diz-se que o Sol, por precessão, estava em Leão no momento em que começou a presente manifestação; como um ponto astral, o Sol representa pura criatividade e pura percepção da vontade divina, à qual a “vontade pessoal” do indivíduo deve eventualmente se ajustar. Por conseguinte, quaisquer e todas as “atribuições de vida em separado” são partes de uma Hierarquia de atribuições evolutivas, cujo ápice, indicado pelo Sol, é o alcance consciente da realização da vontade, amor e sabedoria divina, o alcance consciente do equilíbrio perfeito e o alcance consciente da unidade com a fonte divina.
No estudo de qualquer horóscopo para “determinar a atribuição de vida” lembre-se de que “conhecer a si mesmo” é o principal objetivo inerente. O Sol, como fator astral, pode receber Quadraturas ou Oposições de todos os outros pontos, menos de Mercúrio e Vênus; mas como um fator astral, o Sol representa o fracasso relativo do indivíduo ou o sucesso relativo da identidade, propósito e função espirituais realizadas. Os Aspectos que envolvem o Sol indicam relativa incapacidade ou habilidade para expressar autonomia (autodomínio); no sentido mais completo, e como hierarquia máxima das atribuições evolutivas, o Sol representa, por alinhamento consciente com a realização do Divino, a “regra do eu pelo eu”. O “eu” de um ser humano é sua divina essência, e é por graus ascendentes, através da evolução, do exercício de realização da natureza divina que ele cumpre mais efetivamente cada “atribuição de vida” e cada designação de vida.
[1] N.T.: Também chamada de memória involuntária está atualmente fora de nosso controle. Do mesmo modo que o Éter leva à sensível película da máquina fotográfica uma impressão da paisagem fidelíssima nos menores detalhes, sem ter em conta se o fotógrafo os observou ou não, assim o Éter, contido no ar que aspiramos, leva consigo uma imagem fiel e detalhada de tudo o que está em volta de nós. Não só das coisas materiais, mas também das condições existentes em nossa aura a cada momento. O mais fugaz sentimento, pensamento ou emoção é transmitido aos pulmões, de onde é injetado no sangue. A memória (também chamada Mente) subconsciente – ou involuntária, relaciona-se totalmente com as experiências desta vida. Consiste das impressões dos acontecimentos no Corpo Vital.
[2] N.T.: Disponente ocorre quando dois ou mais Astros são ligados pelo regimento que forma, frequentemente, uma corrente. Um exemplo é Sol em Áries / Marte em Gêmeos / Mercúrio em Peixes / Netuno em Sagitário / Júpiter em Sagitário. Nesta cadeia o Sol dispõe de Marte que dispõe de Mercúrio, que dispõe de Netuno que dispõe de Júpiter. Não pode ir mais longe porque Júpiter está em seu próprio Signo. Todos os cinco desses Astros trabalham juntos e devem ser interpretados dessa maneira. A configuração de disponentes pode-se trabalhar em um tema pessoal ou entre duas ou mais pessoas.
[3] N.T.: do romance homônimo de Ben Ames Williams (1889-1953), escritor prolífico, autor de mais de 30 romances e mais de 200 contos. O livro foi lançado em 1941. O filme do diretor Edgar George, no Brasil Flor do Mal (também lançado com o título de Estranha Mulher). John Evered é o capataz do marido de Jenny Hagger, a protagonista. Ela tenta deixa-lo alucinado de desejo.
[4] N.T.: do livro de 1942 de Pearl Sydenstricker Buck, nascida Pearl Comfort Sydenstricker (1892-1973), também conhecida por Sai Zhen Zhu foi uma sinologista e escritora estadunidense. Filme de 1944. No Brasil: O Estirpe do Dragão. Ling Tang (Walter Huston) e sua família vivem em uma próspera fazenda ao sul da China e ainda não sentiram o impacto das invasões japonesas que estão atacando o norte do país. Os dois filhos mais velhos de Tang, já são casados e trabalham duro nas lavouras da família, enquanto o filho mais novo, mantém-se rebelde. A filha única de Ling, Jade (Katharine Hepburn), é casada com o comerciante Wu Lein. Quando a guerra se torna iminente na região do sul e os filhos de Ling vão sendo perdidos para as batalhas, Wu covardemente alia-se ao inimigo para tentar sobreviver. Mas a jovem Jade não admite o sofrimento pelo qual todo o seu povo está passando, e num ato de coragem que desafia toda a cultura de seu povo, ela resolve disfarçar-se de homem e liderar os homens da região na luta contra os invasores.
[5] N.T.: de George Warwick Deeping (1877-1950), novelista e cronista inglês, do livro Sorrell and Son de 1925. Um filme de 1927, no Brasil: Lágrimas de Homem, dirigido por Herbert Brenon. O grande chamativo de Sorrell and Son é o controverso tema da eutanásia. Herói da Primeira Guerra Mundial, Stephen Sorrell retorna para casa e descobre que sua esposa vai deixá-lo por outro homem. Para conseguir criar Kit, o filho pequeno, ele se torna porteiro de um hotel e com isso propicia a Kit se tornar competente cirurgião. Mais tarde, Stephen adquire um câncer e Kit tem de tomar uma difícil decisão.
[6] N.T.: de Radclyffe Hall (1880-1943), nascida Marguerite Radclyffe-Hall, foi uma poetisa e romancista inglesa. The Well of Loneliness (no Brasil: O Poço da Solidão) é um livro de ficção lésbica, originalmente publicada em 1928. A obra conta a história de Stephen Mary Olivia Gertrude Gordon, uma mulher inglesa de família de classe alta cuja “inversão sexual” (entenda-se homossexualidade) é aparente desde tenra idade. Ela se apaixona por Mary Llewellyn, que ela conhece em seu serviço como motorista de ambulância, durante a Primeira Guerra Mundial. Porém, a felicidade delas é afetada pela rejeição e pelo isolamento social, o qual Hall descreve como tendo um efeito debilitante sobre seu amor. O romance ainda retrata a homossexualidade como algo natural, uma condição outorgada por Deus e faz uma súplica explícita: “Dê-nos o direito de existir”.
[7] N.T.: Sigrid Undset (1882-1949) foi uma escritora norueguesa. Kristin Lavransdatter é uma trilogia de romances históricos. Os romances individuais são Kransen (The Wreath), publicado pela primeira vez em 1920, Husfrue (A Esposa), publicado em 1921, e Korset (A Cruz), publicado em 1922. Kransen e Husfrue foram traduzidos do original norueguês como The Bridal Wreath e A Senhora de Husaby, respectivamente, na primeira tradução inglesa de Charles Archer e JS Scott. Descrevem detalhadamente a vida do Norte durante a Idade Média. Seu trabalho é muito admirado por sua precisão histórica e etnológica.
[8] N.T.: Rose Franken (1895-1988), foi uma escritora e dramaturga americana. O título em português: Claudia e Davi. Nesse livro, uma menina de 18 anos, Claudia, que sonha em ser atriz até que ela e David Naughton, um jovem arquiteto sete anos mais velho que ela, se apaixonam à primeira vista. Eles se casam rapidamente. Claudia, ainda encantadoramente ingênua e um pouco nervosa, está lutando com as responsabilidades do casamento e da paternidade em sua cidade rural de Connecticut. O ciúme se insinua no relacionamento quando Elizabeth começa a consultar David em um projeto de construção, enquanto Claudia está atraindo as atenções indesejadas de Phil que por acaso é casado. O filme Claudia and David é de 1946.
[9] N.T.: frase é do poeta inglês William Wordsworth (1770-1850).
[10] N.T.: também conhecida como Lei de Semelhança: semelhante atrai semelhante.
[11] N.T.: Refere-se à consequência que necessariamente deverão ser vivenciadas pela pessoa. No entanto, a Filosofia Rosacruz, uma Escola de Mistérios Ocidentais, ensina-nos que sempre há certa margem para a pessoa colocar coisas novas em movimento. Em outras palavras, é possível modular a intensidade de um destino maduro, desde que a lição que se deve aprender tenha sido aprendida e o reequilíbrio com as forças da natureza, tenha sido reestruturado.
[12] N.T.: (Jo 8:32)
[13] N.T.: Refere-se à consequência que necessariamente deverão ser vivenciadas pela pessoa. No entanto, a Filosofia Rosacruz, uma Escola de Mistérios Ocidentais, ensina-nos que sempre há certa margem para a pessoa colocar coisas novas em movimento. Em outras palavras, é possível modular a intensidade de um destino maduro, desde que a lição que se deve aprender tenha sido aprendida e o reequilíbrio com as forças da natureza, tenha sido reestruturado.
[14] N.T.: A Mente ou memória subconsciente, involuntária é impressa sobre o nosso Corpo Vital. O Éter contido no ar que nós respiramos registra a cada instante de tudo que nos acontece e tudo que nós desejamos, sentimos e pensamos. Essas imagens passam pelo sangue, por intermédio dos pulmões e são impressas no Éter Refletor do Corpo Vital. Todas as nossas ações, nossos desejos, emoções, sentimentos e pensamentos são, assim, fielmente conservados. Após a morte, eles determinarão nossas condições de existência no Purgatório e no Primeiro Céu.
[15] N.T.: cruz formada pelos Signos Fixos.
[16] N.T.: Dispositado ou estudar a dispositividade está relacionado com a ocorrência de quando dois ou mais Astros são ligados pelo regimento que forma frequentemente uma corrente. Um exemplo é Sol em Áries / Marte em Gêmeos / Mercúrio em Peixes / Netuno em Sagitário / Júpiter em Sagitário. Nesta cadeia o Sol dispõe de Marte que dispõe de Mercúrio, que dispõe de Netuno que dispõe de Júpiter. Não pode ir mais longe porque Júpiter está em seu próprio Signo. Todos os cinco desses Astros trabalham juntos e devem ser interpretados dessa maneira. A configuração de disponentes pode-se trabalhar em um tema pessoal ou entre duas ou mais pessoas.
[17] N.T.: a Mente é o mais novo dos nossos veículos. É ainda uma espécie de nuvem, mas estabelece uma ligação entre o Espírito e seus outros Corpos. Graças a ela, chegamos à condição de seres humanos e nos tornamos capazes de expor o nosso pensar e raciocinar. Infelizmente, a Mente é frequentemente dominada pelo Corpo de Desejos e ela está a serviço da natureza inferior. A Lei das Religiões de Raça foi criada para libertar a Mente das garras do desejo.
[18] N.T.: O termo Nova Era se refere à Era de Aquário, a próxima Era. Atualmente estamos na Era de Peixes, mas já na órbita de influência da Era de Aquário.
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