Arquivo de categoria Treinamento Esotérico

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Peixes: Compaixão

PEIXES: COMPAIXÃO

Os rapazes olharam para Burton, que estava sentado do outro lado da sala olhando distraidamente pela janela.

– Nós temos que perguntar a ele? – perguntou Lance.

Eu tenho pena dele e tudo, mas ele não vai fazer nada além de continuar sentado ali. Ele vai estragar a festa.

– Eu acho que vai ser bom para ele se a gente perguntar.

Ele sempre foi deixado de lado, comentou Frank.

Além disso, como é que ele vai estragar a festa ficando sentado ali? Nós podemos nos divertir do mesmo modo.

Que tal, gente?

Muitas cabeças aprovaram com relutância e Lance disse:

– Muito bem, mas é você que vai perguntar. Eu não quero fazer isso.

Burton, dois anos mais velho do que seus colegas, era retardado mental, mas não havia nenhuma escola especializada nas vizinhanças para onde seus pais pudessem mandá-lo. Eles o tinham matriculado no curso secundário onde ele tinha aulas de comércio, arte e educação física, mas ele lia mal e não conseguia aprender as matérias acadêmicas. Ele era geralmente reservado e não criava problemas, e os outros alunos, embora vagamente aborrecidos pela situação, não tentaram mais atrai-lo para seu círculo depois das primeiras e poucas tentativas, que resultaram sem sucesso.

Frank ficou muito tempo pensando no isolamento de Burton. Na verdade, ele não tinha mais vontade do que Lance e os outros de “arrastar” Burton em seus programas, mas ele tinha pena do rapaz, e sua consciência estava sempre dizendo que eles deviam se esforçar mais para serem bons com ele.

Burton balançou a cabeça indeciso quando Frank o convidou e Frank não estava certo de que ele sequer tivesse entendido. Contudo, quando de tarde ele telefonou para a mãe de Burton, ela disse que ele só falava do convite e disse a Frank que não sabia como agradecer pelo que ele havia feito. Todos tinham que levar um prato para a festinha e a mãe de Burton prometeu bater um bolo.

Quando Frank e Lance chegaram no dia seguinte, Burton saiu de casa todo orgulhoso trazendo o bolo em uma caixa. Ele se esforçou um pouco para conversar com os rapazes, mas levou o bolo cuidadosamente no colo, sorrindo. Na festa, ficou sentado quieto apreciando o movimento. Os convidados se esforçaram, por turnos, para sentar perto dele e conversar e, embora ele ficasse quase sempre calado, seu olhar habitualmente apagado, brilhava interessado e, de vez em quando, ele sorria e acenava para os outros. Ele batia o pé ao ritmo da música barulhenta do aparelho de som e se mostrava menos retraído do que o habitual.

Quando a comida foi posta em uma mesa comprida, Frank sugeriu que talvez Burton gostasse de cortar seu bolo. Relutante a princípio, Burton acabou cedendo a gentil sugestão de Frank e começou a cortá-lo. Ele trabalhava com incrível lentidão, e seu rosto era uma verdadeira máscara de concentração, mas as fatias eram regulares.

Depois de certo tempo, Frank sugeriu que ele comesse e deixasse outra pessoa acabar, mas Burton pareceu tão ofendido que Frank não disse mais nada. Finalmente Burton acabou e com muito sucesso e quando alguns amigos o cumprimentaram pelo seu belo trabalho, ele ficou radiante de alegria.

Na tarde seguinte, a mãe de Burton apareceu de surpresa na casa de Frank.

– Eu só queria dizer o quanto você fez o Burton feliz, ela disse. Tenho certeza que ele não falou muito na festa – ele nunca fala com as pessoas até conhecê-las bem e se sinta seguro com elas – mas ele estava tão entusiasmado em casa. Até chegou a dizer: ‘eu acho que eles gostam de mim’.

A mãe de Burton enxugou os olhos e Frank ficou sem jeito.

– Pedir a ele para cortar o bolo foi uma ideia de mestre, continuou a mãe de Burton. Como é que você pensou nisso? Ele não pode fazer muita coisa, mas você não pode imaginar como ele fica outra pessoa, quando consegue fazer alguma coisa bem feita e é elogiado por isso.

Desde então, a vida de Burton na escola foi diferente. Sabendo agora o motivo de seu silêncio, os colegas falavam com ele, mesmo que ele não respondesse. Pediam para ele fazer coisas para eles, mesmo que fosse só apontar um lápis ou devolver livros para a biblioteca. Ficavam atentos para que sempre houvesse um grupo com ele na mesa do lanche, e Frank e Lance iam buscá-lo em casa cada manhã, assim sua mãe não precisava levá-lo para a escola. Ele era convidado para as atividades de classe e festinhas; algumas vezes ainda ele ficava quieto em um canto, distraído e retraído, mas cada vez mais ele ria e falava com os outros – quase sempre uma conversa infantil, mas animado, e visivelmente feliz.

Uma vez, o professor mandou Burton dar um recado e a mãe dele veio até a sala de aula.

– Eu não sei se vocês realmente entendem o quanto significa para meu filho sua compaixão e compreensão, disse aos alunos. Ele se sente parte do grupo – a primeira vez que ele já sentiu ‘pertencer’ a algum lugar. Eu sei que ele é muito limitado, mas graças a ajuda de vocês, ele está trabalhando inteiramente dentro desses limites, e levando uma vida com algum sentido. Que Deus abençoe a todos.

(Do Livro Histórias da Era Aquariana para Adolescentes – Vol. VI – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Peixes: Sensibilidade

Peixes: Sensibilidade

Kim desligou o rádio com um estalo.

– Realmente, eu não consigo gostar dessa coisa, ela queixou-se a sua mãe. A rapaziada acha que eu sou esquisita, mas essa música me deixa nervosa e irritada.

Quanto mais alto for, mais eles se acendem e mais eu me apago! Eu devo ser louca.

– Não, Kim, confortou sua mãe. Você não é louca, não. Você é sensível e alguns dos barulhos que passam por música hoje em dia, naturalmente irritam uma pessoa realmente sensível. Fico contente que você sinta isso, o suficiente para não gostar dessa música.

– Mas, algumas das melodias são bonitas – quando há alguma melodia – e às vezes eu gosto do ritmo também, protestou Kim. O que eu não aguento é quando eles tocam esse negócio tão alto e a dissonância que acontece é pior e o jeito que alguns cantam. Parecem berros; não música. Não sei como os garotos podem estudar ouvindo isso. Eu também gosto de música quando estou estudando, mas não essa!

– E você se aborrece realmente por não gostar de música rock? Perguntou a mãe de Kim.

– Bem, sim; fico aborrecida por não ter prazer com ela como os outros garotos – ou talvez porque eu não seja como os outros garotos, disse Kim pensativamente, mas acho que ela não me aborrece tanto que eu não consiga ficar ouvindo quando não tenho o que fazer. Mas, às vezes, você não pode fugir dela.

– Eu sei, disse a mãe. A coisa importante e que você se sente contrariada por essa música, mesmo que você não consiga entender inteiramente os seus efeitos.

– Você me explicou isso, mãe, mas acho que eu ainda não entendi bem, disse Kim. Podia tentar de novo?

– Bem, querida, começou a mãe, você sabe que o Corpo de Desejos dos jovens da sua idade está em processo de desenvolvimento, e que suas Mentes ainda não amadureceram ao ponto de conseguir controlar adequadamente suas emoções. A música rock, com sua dissonância, seu barulho, seus ritmos super-enfatizados e exagerados, e a vocalização sensual e feia, que quase sempre faz parte dela, atrai e fortalece os aspectos inferiores e mais passionais da natureza de desejo. Ela excita as emoções básicas de uma pessoa a um grau inacreditável, e isto, sem dúvida, é particularmente nocivo para vocês jovens, cujas Mentes ainda não estão em condições de controlar essas emoções. Você bem sabe que na maioria são os adolescentes que se ligam na música rock, que vão aos concertos rock e compram esses discos. Isso e porque sua natureza de desejo é especialmente receptiva a esses sons, e suas Mentes ainda não estão controlando as emoções básicas. A maioria dos cantores de rock é jovem. Quantos cantores de rock com mais de trinta e quarenta anos você conhece 1?

Kim riu.

– Muito poucos, assim de repente. E, se existirem, não posso imaginar a garotada ouvindo tais pessoas, com tanta frequência.

– É claro que não. Você foi aquele concerto de rock no mês passado e não gostou. Você se lembra do que você não gostou além da música? – Continuou a mãe.

– Foi o jeito como o auditório gritava e gemia junto com a música, e o jeito como os cantores e todo o mundo se sacudiam. Até fiquei enjoada.

– Sim, causa indisposição pelo menos para quem desenvolveu – ou evoluiu – o suficiente para sentir instintivamente a natureza perniciosa dessa música e o efeito ruim que tem sobre a baixa natureza de desejo. Todos esses gritos e contorções eram realmente os mais baixos desejos dessas pessoas se manifestando, disse a mãe. Você não sabe como estou contente que você seja bastante sensível para sentir isso, e que você não deixe a opinião de seus amigos influenciá-la. Futuramente todos desenvolverão essa sensibilidade, mas tenho medo que isso ainda demore muito.

– Acho que você tem razão, disse Kim. Eu tentei dizer para algumas das garotas como eu me sinto, mas elas dizem que eu sou quadrada, ou que eu pertenço a sua geração – ou mesmo a da vovó! Parece que eu não consigo me comunicar com elas. Talvez eu deva deixar de tentar.

– Não tem sentido hostilizar seus amigos, concordou a mãe, se eles não estão prontos para entender seus sentimentos ou seus argumentos. Mas seria tão bom para eles se entendessem os resultados desastrosos que a inclinação para essa espécie de música pode ter. Não é coincidência que a música rock faz parte da “cultura da droga”. A música estimula os instintos baixos, torna-os bastante poderosos para dominar a personalidade, e o resultado só pode ajudar no vício de drogas, no crime, na delinquência, promiscuidade, e muito mais coisas que estão prejudicando os jovens – e fazendo-os prejudicar outros – nos dias de hoje.

– Bem, vou fazer o que puder, disse Kim, embora provavelmente muito poucos garotos me ouçam. Mas estou muito feliz por não me sentir atraída pela música rock, embora isso me faça “diferente”.

– Eu também estou contente, disse sua mãe.

Kim ligou o aparelho de som e sorriu quando a melodia de uma música de Beethoven encheu a sala.

– Que maravilhosa e sensação diferente você tem ouvindo este tipo de música – suspirou contente. Há nela uma força que nos dá uma nova perspectiva sobre a vida. Se mais pessoas a ouvissem, tenho certeza de que o mundo seria um lugar mais feliz!

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1 Apesar da tendência jovem ao rock, atualmente, várias artistas do Rock que começaram na década de 70 e 80 ainda fazem turnês pelo mundo. Assim, mesmo que tenham começado jovem, a fama os fez não amadurecerem e permanecerem na mesma condição. Além disso, com a Idade de Aquário se aproximando cada vez mais, muitos respondem a isso de modo invertido, e assim, a excentricidade e a heterogeneidade das coisas estão absurdas! Então, veem-se pessoas mais velhas fazendo coisas que apenas jovens fazendo e o contrário também é verdadeiro.

 

(do Livro Histórias da Era Aquariana para Adolescentes – Vol. VI – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Aquário: Cooperação

Aquário: Cooperação

Com olhar fixo e desafiante, mãos na cintura e cabelos em desalinho esvoaçando ao vento, Art discursava para os estudantes reunidos ao seu redor, nos degraus do ginásio.

Sem que ele soubesse, o diretor, Sr. Hodges, estava ouvindo tudo da janela do seu escritório.

– Nós temos regras para isto, regras para aquilo, exclamava pretensiosamente Art. Daqui a pouco, vamos ter que pedir permissão até para respirar. A minha opinião é que se as regras podem ser dispensadas na faculdade, também podem ser dispensadas aqui.

Nesse momento bateu o sinal e os estudantes começaram a se encaminhar para a porta e Art disse:

– Está vendo? Assim que bate o sinal, vocês todos se enfileiram docilmente como um bando de carneiros. Eu declaro, abaixo os sinais – nós não precisamos deles.

Depois da última aula, Art foi chamado a diretoria.

O Sr. Hogdes disse:

– Sente-se Art, eu soube que você não está muito de acordo com as regras daqui. Quais as que você não gosta?

– De nenhuma delas, murmurou Art.

– Bem, cite uma e diga-me o que você não aprova nela, insistiu o Sr. Hodges.

– Eu não gosto de ter de parar o que estou fazendo cada vez que esse sinal dispara e tem que fazer outra coisa. Eu não gosto de não poder ter rádio com fone de ouvido na sala de estudos. Eu não gosto de ter que esperar até ser chamado nas aulas quando quero dizer alguma coisa. Eu não gosto de não podermos enforcar uma aula sem uma nota de autorização de casa – é como se estivéssemos no jardim da infância.

Art parecia não acabar mais, mas o Sr. Hodges o interrompeu.

– Muito bem, Art. Dá para perceber que você esta nervoso com isto. O que você está querendo dizer é que você acha que os alunos não tem a liberdade de agir como tem direito. Não é?

– Sim, disse Art brevemente.

– Muito bem, continuou o Sr. Hodges. Quer você acredite ou não, eu compartilho de seu ressentimento pela repressão. É muito comum nos jovens e eu mesmo já tive essa reação. Contudo, nossas regras foram elaboradas pelo corpo docente com a colaboração – como você bem sabe – dos membros do Conselho dos Alunos, porque nós todos achamos que elas são necessárias para a escola cumprir seu objetivo planejado. Bem, eu vou dar-lhe uma tarefa para executar nos próximos dias e espero que você seja absolutamente honesto – com você mesmo e comigo. Quero que você pegue cada uma dessas regras com as quais você não concorda, analise o mais objetivamente que você puder, porque quem as redigiu as considerou necessárias, e anote essas razões. Depois, exponha por que você acha que elas não são necessárias, e o que você honestamente acha que seria o resultado se elas não fossem aplicadas. Lembre-se, eu confio que você seja objetivo e justo, e eu tentarei igualmente ser objetivo e justo quando ler o seu ponto de vista.

Habitualmente, Art teria dito que não haveria razão válida para nenhuma das regras, sentia-se ressentido e, a despeito de si próprio, percebeu que o pedido do Sr. Hodges para que fosse objetivo e honesto, mexeu com sua consciência. Meditou sobre o assunto por muitos dias e só uma semana depois voltou ao escritório do Sr. Hodges, de papel na mão. Ele examinou-o cuidadosamente, depois levantou os olhos.

– Não foi fácil para você escrever isto, não foi Art? – perguntou com bondade.

Art arrastou seus pés desconfortavelmente.

– Não, senhor, disse baixinho.

Mas você foi honesto e objetivo, e você deixou de lado suas próprias emoções violentas, e eu o admiro por isso. Se eu posso resumir todos os seus excelentes pontos de vista em uma única frase, diria que você chegou a conclusão de que todas as regras são necessárias – não para serem arbitrárias, mas porque não é razoável esperar que sem elas todos os alunos, em todas as ocasiões, comportem-se com responsabilidade. Você concorda?

– Sim, senhor, disse Art.

– Bem, então, Art, qual você acha que deva ser a atitude dos estudantes com respeito às regras?

– Bem – eu acho que antes que eles tomem uma atitude, deveria ser-lhes explicada por que as regras foram feitas. Quero dizer, poderia haver regras que não fossem realmente necessárias – a voz de Art foi diminuindo e ele olhou indeciso para o diretor.

– Com certeza que poderiam – Art concordou o Sr. Hodges. Eu não vou discutir isso com você. Continue.

– Então, eu acho que eles deveriam cooperar e seguir as regras. Mesmo que eles achem que poderiam fazer o mesmo sem regras, a escola não funcionaria direito se todos não cooperassem, e algumas pessoas precisam de mais regras do que outras, por isso é justo que todos as obedeçam para que possam se habituar.

– Bem apresentado, Art. Você usou uma palavra realmente importante duas vezes. Você lembra qual foi?  – perguntou o diretor.

– Ah! Cooperar?

– Sim, Se nós vamos aprender a conviver pacificamente, nós todos temos que cooperar uns com os outros. O Sr. Hodges olhou para Art pensativamente, depois continuou.

– Que tal participar de uma assembleia de estudantes sobre a questão das regras e cooperação em geral ou, e sorriu, você acha que isso mancharia muito a sua imagem?

Art riu.

– Talvez esteja na hora de eu fazer uma nova imagem para mim mesmo, disse.

(do Livro Histórias da Era Aquariana para Adolescentes – Vol. VI – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Aquário: Amizade

Aquário: Amizade

– Como é que você aguenta passar tanto tempo com aquele sujeito? Perguntou Gary.

– Porque eu gosto de ficar com ele. Estou aprendendo muito com ele e estou interessado nas coisas em que ele trabalha. Acho que é principalmente porque somos amigos, respondeu Kevin, que já estava acostumado aos comentários desdenhosos de seu colega sobre seu relacionamento amigável com o Dr. Patterson.

– Mas não é chato passar todo o tempo com um homem tão velho? continuou Gary.

– Em primeiro lugar, ele não e tão velho assim, replicou Kevin. Quarenta e dois anos não é exatamente senilidade. E eu não me enturmo com ele o tempo todo. Eu também faço muitas coisas com vocês, passo meus dias na escola, como você bem sabe. Acontece que eu gosto de estar com ele e ele gosta de estar comigo – talvez porque ele não tenha filhos – e eu faço coisas com ele que eu faria com qualquer outro amigo.

– Quer dizer que você realmente gostou de ir a essa convenção científica com ele na semana passada, e ouvir aqueles “cabeleiras”, ler papéis, ou o que quer que eles tenham feito?

– Sim, e você ficaria surpreso com o que aprendi com aqueles “cabeleiras”. Dr. Patterson apresentou-me a alguns cientistas famosos, e ouvi-los conversar durante o jantar abriu meus horizontes. Acho que por eu me interessar por física nuclear é uma forte razão para que Dr. Patterson e eu sejamos amigos. Amizade habitualmente significa que você tem qualquer coisa em comum com a outra pessoa, não e?

– É claro, concordou Gary, mas eu ainda não entendo como você pode ter tanto em comum com alguém tão velho quanto seu pai.

– E eu não entendo por que você continua a arrastar idade na conversa, disse Kevin. Você tem dezesseis anos, e você não se liga muito com garotos com apenas dois anos mais novos. Mas há algumas pessoas com mais de dez anos que você, e você olha para eles como ídolos, certo?

– Ah, isso é diferente, resmungou Gary. Eu não acharia ninguém com 42 anos um Ídolo, e com certeza eu não teria um amigo tão velho!

Gary saiu pisando duro e Kevin sacudiu os ombros, resignadamente.

– Você está muito calado hoje, Kevin, disse Dr. Patterson, alguns dias mais tarde, quando Kevin estava encarapitado em um banco no laboratório do doutor, observando sua última pesquisa. Alguma coisa aborrece você?

– Bem – você acha que há algo de errado em ser amigo de alguém muitos anos mais velho, acha?

Kevin levantou os olhos, embaraçado.

– Bem, sorriu gentilmente Dr. Patterson, você conheceu o Dr. Benjamin na convenção. Quantos anos você pensa que ele tem?

– Sessenta anos, eu acho, arriscou Kevin.

– Ele tem quase oitenta e, embora ele tenha praticamente o dobro da minha idade, ele tem sido um dos meus melhores amigos já há muitos anos. E por falar nisso, também não vejo nada de errado em ser amigo de alguém mais jovem do que eu. Dr. Patterson deu uma piscadela e Kevin riu baixinho. E o doutor continuou:

– Acho que alguém andou caçoando de você por causa de seu amigo, o velho esquisito e enrugado que passa todo seu tempo no laboratório e tem um pé na cova.

– Não exatamente caçoando, eu creio, riu Kevin, mas os caras não entendem como eu possa ter algo em comum com uma pessoa da sua geração. Eu continuo tentando fazê-los entender que a idade nada tem haver com isso, mas eles não estão convencidos. Acho que eles consideram-me maluco.

Dr. Patterson sorriu, depois ficou pensativo.

– Kevin, se você acha a nossa amizade embaraçosa, eu entenderei perfeitamente se você decidir não voltar ao laboratório ou deixar de viajar comigo, ele disse.

– Oh, não, exclamou Kevin, realmente alarmado. Eu não me sinto envergonhado. Ser seu amigo é muito importante para mim, e não me importo com o que esses caras pensem. Eu só tenho pena de que nenhum deles tenha uma amizade como a minha com o senhor. Da maneira como eles pensam, mesmo que tivessem oportunidade de fazer alguma coisa com uma pessoa mais velha ou poder conhecê-la melhor, eles não o fariam. Gostaria de conseguir convencê-los de que a verdadeira amizade é apoiada em algo muito mais importante do que a idade.

– Em que você acha que ela se baseia? Perguntou o doutor.

– Oh, em interesses comuns, e suponho que também em respeito e admiração, e em se gostar realmente tanto de uma pessoa que você se sente bem quando essa pessoa está por perto, e quando você pode fazer coisas com ela.

Kevin, que nunca tinha posto isso em palavras, embora sentisse tudo isso com relação ao Dr. Patterson, falou devagar e pensativamente.

– Mas o senhor sabe, falou depois de algum tempo, eu acho que talvez não se possa dizer aos outros o que é uma verdadeira amizade e esperar que eles entendam só por palavras. Amizade é alguma coisa que você sente bem no fundo e se você não experimentou isso, você não pode realmente saber como é.

– E isso mais ou menos o que eu sinto também, disse Dr. Patterson. A amizade é uma das maiores bênçãos que a vida pode oferecer, e se você tiver sorte bastante para encontrar alguém com quem partilhar uma amizade, como a nossa, com certeza a idade ou qualquer outra consideração desse tipo não pode fazer muita diferença. Bem, nós temos muito que fazer. Que tal usar alguns de seus conhecimentos de matemática e tentar resolver esta equação?

(do Livro Histórias da Era Aquariana para Adolescentes – Vol. VI – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz)

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Capricórnio: Ambição

Capricórnio: Ambição

Os desenhos eram excelentes, principalmente por terem sido feitos por uma estudante do curso colegial e sem habilitação em arquitetura. O Sr. Creighton tinha concordado em vê-los porque teve pena de Diana e admirava sua persistência, mas ficou surpreso pelo talento que os desenhos demonstravam.

Desde pequenina e sempre – mesmo antes de saber o que a palavra significava – Diana se interessava por arquitetura. Desenhar projetos para casas era seu passatempo favorito quando era criança. Quando cresceu e começou a estudar seriamente e por sua conta a matéria, seus desenhos infantis foram gradualmente transformados em plantas sofisticadas e surpreendentemente precisas.

Com uma família numerosa para sustentar e recebendo salários exíguos, o pai de Diana não tinha condições de pagar estudos universitários para seus filhos. Porém, quando Diana percebeu inteiramente a situação, determinou a si mesma que lutaria e frequentaria uma escola de arquitetura. Amigos bem intencionados insistiam em observar que arquitetas eram ainda raras, e sugeriam que, embora frequentar uma universidade fosse muito louvável, ela deveria se especializar em outra matéria que lhe abrisse mais portas, tanto na escola como no mundo. Contudo, Diana resolvera ser arquiteta, e disse que “Nem todos os pessimistas vão conseguir me assustar e me fazer desistir!”.

Sabendo que só conseguiria bolsa de estudos se mostrasse aptidão especial, Diana, além de trabalhar para ter sempre boas notas na escola, também dedicava grande parte de seu tempo em estudos independentes dos princípios da arquitetura. Ela tinha lido na biblioteca todos os livros que podia entender sobre o assunto e, no ano anterior, seus desenhos deixaram de serem passatempos. Ela se empenhava e aperfeiçoava cada planta de estudos como se tivessem que ser submetido à aprovação. Também tinha tido a sorte de conseguir um emprego de datilógrafa, depois das aulas, na firma de arquitetura do Sr. Creighton, e não perdeu tempo em fazê-lo conhecer suas ambições.

– Muito bem, Diana, ele disse um dia com simpatia e tolerância, eu vou dar uma olhada nas suas plantas.

– Oh, obrigada, Sr. Creighton, elas estão na outra sala. Eu vou buscá-las, ela disse.

Ele sorriu quando ela saiu e franziu suas sobrancelhas e pensou:

– Como poderia dizer, delicadamente, que ela deveria esquecer toda aquela bobagem de querer ser uma arquiteta? Ela era uma garota boa e adorável e com certeza havia muitas coisas mais adequadas para empregar sua vida. Essas “plantas”, seja lá que forem, poderiam ser rabiscos mal acabados que não poderiam, nem remotamente, ser relacionados com realidades estruturais.

Ele tomou as plantas de Diana que estavam enroladas cuidadosamente e recostou-se na cadeira, com a intenção de dar uma olhada superficial. Contudo, sua atenção foi logo presa aos papéis sem acreditar no que via. Os desenhos eram surpreendentemente bons, quase profissionais. Claro que havia falhas e os desenhos não tinham algumas das mais modernas concepções. Mas, era evidente uma noção dos princípios de arquitetura que só se adquirem com bastante estudo, e os projetos básicos eram sólidos.

– Você tem certeza que foi você que fez isto, Diana? Ele perguntou.

– Oh, sim senhor, palavra de honra, ela respondeu nervosamente.

O Sr. Creighton examinou mais um pouco, depois olhou longamente para Diana.

– Eles são bons, Diana. Você realmente tem talento, disse finalmente.

– Obrigada, ela disse simplesmente e suspirou de alívio.

– Você estudou e treinou muito, não foi? Perguntou o Sr. Creighton.

– Eu li sobre arquitetura tudo o que podia entender – e um bocado também do que não entendi, Diana respondeu pesarosa.

– Sim, alguma coisa disto é puramente técnica, riu o Sr. Creighton. Mas logo ficou sério, Você sabe os obstáculos que vai ter que enfrentar, não sabe? Não é tão fácil para uma mulher se formar em arquitetura.

– Eu sei disso, senhor, disse calmamente Diana. Muita gente já me preveniu.

– E mesmo assim você decidiu continuar?

– Certamente.

– Muito bem, continuou o arquiteto. Acho que você também sabe que eu faço parte do conselho da universidade – na verdade aposto que você sempre pensou nisso, não é?

Diana corou e olhou para o chão.

– Sim – sim senhor, pensei, confessou.

– Não tem importância, riu o Sr. Creighton. Gosto do jeito que você tenta conseguir o que quer. Vou recomendar você para uma bolsa de estudos e, com meu apoio, não tenho dúvida de que vai consegui-la. Mas isso vai ser apenas o começo. Você lutou muito para chegar até aqui, mas vai ter que trabalhar muito mais para realizar seus sonhos. Eu posso ajudar você a entrar na faculdade, mas é você que vai ter que conseguir ficar lá.

– Muito obrigada, Sr. Creighton, disse Diana radiante. Pode confiar em mim.

Mais tarde, nesse dia, a Sra. Creighton ficou ligeiramente surpresa ao ouvi-lo dizer, inesperadamente:

– Querida, talvez daqui a cinco anos tenhamos na firma uma jovem arquiteta muito promissora.

(do Livro Histórias da Era Aquariana para Adolescentes – Vol. VI – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz).

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Capricórnio: Prudência

Capricórnio: Prudência

Com um guincho de freios o carro deu uma guinada na curva.

– Gente, ele é bom mesmo! Maravilhou-se Tom que, sem ligar para a urgente necessidade de diminuir a velocidade, pisou de novo no acelerador.

– Acho bom que o carro tenha bom controle; você com certeza não o têm! Disse Pamela zangada. Você prometeu ter cuidado se eu deixasse você dirigir.

– O que é que há com você? Perguntou Tom impaciente. Só porque eu tive que diminuir um pouco a velocidade. Não aconteceu nada, não e?

– É um milagre que nada tenha acontecido. Vá mais devagar, está ouvindo?

– Poxa! Eu não sabia que você era tão medrosa. Você nunca foi assim antes.

Aborrecido, Tom aumentou mais ainda a velocidade.

– Quando você dirigir o seu próprio carro, o problema é seu e se isso me der medo, não vou com você.

Mas este é o meu carro – novo em folha – e há uma porção de motivos porque eu gostaria que ele, e nós, chegássemos em casa inteiros. Tom vá devagar. Sabe que você está em zona de velocidade controlada?

– E daí? Zombou Tom. Não vejo nenhum guarda.

– Muito bem, pare o carro. Eu vou dirigir.

Tom nunca ouvira Pam tão decidida.

– Poxa! Tenha dó! Implorou. Estou apenas começando.

– Você vai é parar já! Censurou Pam. Pare aqui AGORA!

Tom ficou tão espantado com a atitude de Pam que encolheu os ombros, parou o carro e deixou que ela tomasse a direção sem replicar. Partiram zangados e em silêncio. Pam obedecendo rigorosamente o limite de velocidade e Tom agitado no seu banco. Logo foram ultrapassados por dois jovens em um conversível vermelho, que acenaram para eles com superioridade.

– Você vai deixar que eles avancem assim? Explodiu Tom. Esta belezinha pode vencê-los quando quiser.

– Tenho certeza que pode, mas eu não estou em nenhuma corrida, respondeu Pam.

– Ufa! Foi tudo que Tom pode dizer.

– Escute Tom – disse Pamela pouco depois, tentando quebrar o silêncio opressivo – Não nego que eu gosto de correr. Na verdade eu adoro correr, e nas pistas de alta velocidade e rodovias tudo bem. Mas você não vê que correr nestas estradinhas estreitas é comprar encrenca?

– Não; se você tiver cuidado, disse Tom.

– Se você estiver correndo em uma estrada como esta, você não pode ser cuidadoso.

– Tolice, explodiu Tom.

– Bem, acho que você só vai aprender quando sofrer um acidente – suspirou Pam.

– Bonita coisa para se dizer – disse Tom sarcasticamente. Você esta desejando um para mim?

– Claro que não, mas você parece estar pedindo um.

Pam começou a brecar e Tom olhou para a placa de velocidade que estavam passando.

– Agora você vai baixar para 32 km. Só porque a placa indica? Ele perguntou ainda com sarcasmo.

– É isso mesmo. Tenho certeza que você não faria, mas se não está gostando pode descer e ir a pé.

Pam estava outra vez zangada e Tom ficou carrancudo e não disse nada.

Daí a um momento aconteceu várias coisas ao mesmo tempo. Entraram em uma curva fechada, Pam pisou no breque rápido e, mesmo estando em baixa velocidade, por um triz não apanhou um garoto que estava curvado sobre sua bicicleta no meio da estrada.

Pam encostou-se ao banco, respirou fundo e olhou para Tom, que estava branco como papel!

– Felizmente não estávamos a 96 ou mesmo 40, conseguiu murmurar, e saiu lentamente do carro seguida por Tom.

O garoto, que parecia não se dar conta do risco que correra, disse simplesmente:

– A corrente escapou e a bicicleta não anda.

– Como é que você estava pedalando essa coisa bem no meio da estrada? Você não sabe que é perigoso? Perguntou Tom asperamente e Pam, com o coração ainda disparado, conseguiu olhar para ele intencionalmente.

– Não sei, gaguejou o garoto.

– Bem, eu vou consertar a corrente para você, mas você vai prestar atenção a algumas regras de segurança enquanto eu conserto, e vai prometer que vai obedecer a todas. A voz de Tom ainda estava áspera.

Enquanto Tom consertava a corrente e severamente instruía o garoto, Pam colocou o carro em lugar seguro e sentou-se, subitamente exausta. Tom ainda pálido mandou o garoto embora e entrou no carro.

– Espero que ele tenha aprendido a lição, murmurou.

– Tenho certeza que sim, disse Pam, que poderia ter dito algo mais, mas decidiu que não era necessário.

Não falaram muito indo para casa, mas quando saiu do carro, Tom disse:

– Será que você – será que você quer ir ao show comigo sábado à noite? – perguntou. Prometo dirigir com muito cuidado.

– Claro, vou gostar de ir, sorriu Pam, que estava bem certa que desta vez Tom cumpriria sua promessa. ·.

(do Livro Histórias da Era Aquariana para Adolescentes – Vol. VI – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Sagitário: Aspiração

Sagitário: Aspiração

Mark andava devagar pela trilha do bosque, perdido em seus pensamentos. As palavras que seu pai dissera na véspera ainda predominavam em seus pensamentos, embora admitisse relutantemente, perturbavam-no de forma estranha.

– Há coisas mais importantes do que concertos de rock, motos, ou mesmo suas notas e sua carreira – o pai tinha dito – tudo isso são considerações materiais e, embora escola e carreira certamente sejam importantes, considerações espirituais o são ainda mais. Claro que você sabe que não pode levar com você os bens materiais, quando sua vida se acabar, mas há outros bens internos que você precisa ter e deve obter por si mesmo se sua vida tiver que ter um significado real. Eu sei que você já conhece as expressões “trabalho desinteressado” e “compaixão”, enfatizadas cada vez mais na Escola Dominical, mas gostaria de saber se você realmente compreende a sua importância ou se interessa. Você aprendeu que você é uma divina centelha de Deus, destinado a se tornar um Ser Criador por virtude de seu próprio esforço e conquista, e que trabalho desinteressado é o “mais curto, mais seguro e o mais agradável caminho que nos conduz a Deus.” Eu não estou pedindo, Mark, que você renuncie a se divertir, ou que você deixe de economizar para comprar um carro, ou acabar com a sua coleção de discos. O que estou pedindo e que você ponha essas coisas em seus devidos lugares, e que também você reconheça e pense sobre essa parte de sua vida que deveria ser devotada a assuntos espirituais. Espero que, eventualmente, você eleve sua visão mais alto do que parece fazer agora.

Irritado e perturbado, Mark passou uma noite agitada. Na manhã seguinte, como era sábado, saiu de casa cedo, e esteve andando no bosque por um tempo. Depois de tentar, sem sucesso, tirar da mente as palavras de seu pai, finalmente se conformou a enfrentá-las com honestidade.

Claro que o pai tinha razão em ficar preocupado, pensou Mark. Seus principais interesses eram sua moto e sua coleção de discos e, embora conseguisse ir bem na escola, ele o fazia não por causa de aprender, mas para não ter os pais “pegando no seu pé” e para que pudesse entrar na faculdade e, em consequência, arranjar um bom emprego. Embora estivesse familiarizado com os preceitos espirituais e os Ensinamentos enfatizados na Escola Dominical Rosacruz, a que assistia porque seus pais queriam, nunca chegou a pensar sobre eles ou relacioná-los consigo.

Sabia que havia na vida alguma coisa a mais do que sua estreita esfera de interesses, e agora que estava ficando mais velho, ele deveria começar a prestar mais atenção a coisas além do imediato prazer material. Seu pai disse que ele devia elevar sua visão e, à medida que Mark começou a considerar este pensamento sob uma luz mais positiva, gradualmente sentiu uma sensação de leveza e antecipação. Começou a pensar seriamente sobre o que havia aprendido na Escola Dominical, e quanto mais pensava nos Ensinamentos com relação a sua própria vida e potencial, mais curioso e entusiasmado ficava.

Que valor permanente tinham os discos, motos, carros e todas as outras coisas, as quais ele e seus amigos davam tanta importância? Qual o resultado permanente que viria de todo o tempo perdido em atividades de lazer? Mark estava surpreso por estar fazendo essas perguntas a si próprio, mas tentou responder a elas analisando-as com todo cuidado. Ele sentou-se, ainda pensando intensamente, para comer o sanduiche que havia trazido e depois continuou seu passeio.

Pelo meio da tarde, cansado, mas com o começo de um sentimento de bem-estar que nunca havia experimentado, Mark estava pronto para voltar para casa – uma pessoa diferente do garoto que havia entrado no bosque nessa manhã. Ele não estava preparado para renunciar aos seus interesses do momento, mas seu pai não tinha pedido, ou esperado que ele fizesse isso. No entanto era a primeira vez em sua vida que estava preparado a considerá-los secundários e dedicar a eles apenas parte do seu tempo, e de si mesmo. Estava preparado para ampliar seus horizontes, para incluir neles assuntos espirituais, e a perspectiva o atraia como nenhum objetivo puramente material o havia atraído até então.

De repente, Mark sentiu-se muito agradecido por ter “enfrentado'” os Ensinamentos na Escola Dominical ainda que o impacto inicial tenha sido suave. Agora que estava interessado, sabia, sem ter que procurar mais o que significava “viver a vida”; podia tentar imediatamente viver de conformidade com os preceitos, e concentrar-se, pelo menos de vez em quando, em “coisas mais elevadas”.

Mark sabia que não iria se tornar da noite para o dia um exemplo de espiritualidade – nem queria. Ainda iria andar de moto, ouvir discos, continuaria com suas ocupações habituais. Mas, também sabia que a semente de alguma coisa nova e muito mais significativa tinha sido agora plantada dentro dele, alguma coisa que iria amadurecer cada vez mais, e ajudaria a colocar todos os acontecimentos e detalhes de sua vida, no caminho da verdadeira perspectiva. As palavras de seu pai tinham aberto seus olhos e o tinham colocado no caminho certo: o resto dependia dele. Reconheceu o desafio – e a oportunidade – e agora estava ansioso por enfrentar a ambos.

(do Livro Histórias da Era Aquariana para Adolescentes – Vol. VI – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Sagitário: Generosidade

Sagitário: Generosidade

– Eu adoraria, Laura – disse a mãe de Karen com entusiasmo – ir para Nova York por alguns dias, principalmente para ir ao teatro. Seria como ir ao céu, mas eu não posso fazer isto com Karen. Ela vem sonhando com este fim de semana a tanto tempo, eu não posso pedir a ela para ficar com as meninas. E você sabe que eu não posso pagar uma acompanhante por 72 horas.

– Você não acha que já é tempo de você pensar em si mesmo? – perguntou a Sra. Reese impacientemente. Você não tem ido à parte alguma desde que Ralph… – ela parou e ficou vermelha.

– Desde que Ralph morreu – completou a mãe de Karen suavemente – Não, não tenho mesmo, mas vai chegar a hora. No momento, minha obrigação é com as crianças.

– Seu dever é com você também! Você trabalha o dia todo, depois chega em casa e vai para a cozinha, costura, faz faxina, tudo para as meninas. Até quando você acha que isto pode continuar? Nós já temos as passagens, o Harry tem que ir de qualquer jeito; pense como a gente vai se divertir!

– Eu sei, Laura, e eu adoro você por ter me convidado, mas está fora de cogitação agora. Divirta-se, eu vou ficar pensando em você.

As senhoras se levantaram, a Sra. Reese ainda insistindo e Karen, que tinha ficado parada do lado de fora da porta, foi na ponta dos pés para o seu quarto. Que bela oportunidade para sua mãe tirar umas férias, pensou.

Por que tinha que aparecer logo neste fim de semana?

Ela vinha esperando com grande ansiedade e há tempo por este baile de sábado à noite. Olhou para o lindo vestido novo pendurado na porta e lembrou-se, com tristeza, que a mãe tinha ficado costurando até quase 2 horas da madrugada para acabá-lo.

– Oooh! – resmungou zangada consigo mesma. Por que a Sra. Reese não podia ir na próxima semana?

Mas a Sra. Reese ia nesta semana, e talvez esta fosse a única oportunidade, por muitos meses, de sua mãe ter umas férias. Karen sentou-se pensativa e, aos poucos, desfranziu as sobrancelhas e sua expressão tornou-se calma e decidida.

Foi até o guarda-roupa de sua mãe, pegou um tailleur e um vestido bonito, e estava passando-os a ferro, quando sua mãe a surpreendeu.

– O que e que você esta fazendo? – ela perguntou.

– Você vai para Nova York com a Sra. Reese e eu pensei que podia ajudar você a se aprontar.

Karen desligou o ferro e pegou uma mala do armário.

– Para três dias esta pequena dá, não acha?

A mãe de Karen estava olhando boquiaberta.

– Meu bem, eu não vou para Nova York – conseguiu dizer por fim.

– Vai, sim – respondeu Karen com firmeza – Olhe esta é uma chance única e se eu conheço a Sra. Reese, ela vai ver tudo o que houver para ver. Eu ficarei com as meninas. Afinal, este fim de semana não é tão importante; outros bailes vão aparecer e eu vou ter muito tempo para usar meu vestido novo. Já era hora de você também se divertir um pouco!

Karen pegou o telefone e ligou para a Sra. Reese.

– Sra. Reese, aqui é Karen. Afinal a mamãe vai para Nova York com a senhora. Diga a que horas a senhora pretende sair e ela estará pronta.

Parece que a mãe de Karen não conseguia dizer ou fazer qualquer coisa. Ela protestou, fracamente, que Karen não devia estragar seu fim de semana, mas Karen ignorou os protestos, arrumou a mala, conferiu a cozinha para ficar certa de ter de tudo para o fim de semana, telefonou para Jack para dizer que não podia ir com ele ao jogo, nem ao baile. Foi a parte mais difícil, e Karen não ficou sabendo que sua mãe a tinha visto assuar o nariz e enxugar os olhos depois de conversar no telefone. Depois que Karen saiu da sala, a mãe deu um telefonema e quando desligou seu sorriso era um misto de alívio e contentamento. Depois disso, ela se entregou feliz as sugestões de Karen sobre que roupas levar e falaram sobre espetáculos que iam ver em Nova York. Karen ficou encantada com a súbita animação de sua mãe, e conseguiu esconder sua própria decepção. Acabou de arrumar a mala e a colocou no hall de entrada.

Quando o carro dos Reese chegou, a mãe saiu, só para voltar correndo, muito animada.

– Karen, a irmã da Sra. Reese disse que está disposta a passar a noite de sábado aqui com as meninas, assim você vai poder ir ao baile. Sabe, se o Jack não se importar com a companhia de duas estudantes de curso primário, por que você não as leva ao jogo de tarde? Elas vão adorar!

Karen gritou de alegria, abraçou sua mãe e dançou com ela pela sala.

– Oh! Que maravilha! E Jack não vai se importar de levá-las por uma vez. Ele gosta mesmo das meninas e elas o adoram. E eu adoro você. Agora, vamos embora, eles estão esperando.

Karen, brincando, empurrou a mãe para o carro e ficou acenando enquanto eles saiam. Sorriu até as orelhas correndo para casa, pensando no maravilhoso fim de semana que todos iam ter.

(do Livro Histórias da Era Aquariana para Adolescentes – Vol. VI – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz)

 

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

RECEITA – Suco do Amanhecer

SUCO DO AMANHECER

1 fatia de abacaxi

½ maçã

1 colher (sopa) de gengibre

1 talo de salsão

1 folha de couve

1 copo (americano) de suco de laranja

 

Corte todos os ingredientes em pedaços pequenos.

Leve-os ao liquidificador e acrescente o suco de laranja.

Bata bem até triturar tudo.

Coe, se achar necessário

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

RECEITA – Patê de Tofu

PATÊ  DE TOFU

1 pacote de 500 gr de TOFU

1 dente de alho

1/3 de maço de salsinha

½ xíc (chá) de azeite

Sal a gosto

 

Coloque todos os ingredientes no liquidificador e

bata até obter a consistência de patê.

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