Arquivo de categoria Treinamento Esotérico

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

RECEITA – Mandioqueijo

MANDIOQUEIJO

 

Bolinhos de mandioca com queijo

 

Ingredientes :

 

2 xícaras (chá) de mandioca crua

1 ovo

4 colheres  (sopa) de farinha de trigo

2 colheres (sopa) de margarina

Sal a gosto

 

Para empanar:

1 clara de ovo

Queijo ralado (mais ou menos 2 pires)

 

Modo de fazer:

  • Cozinhe a mandioca até desmanchar.
  • Amasse com um garfo e acrescente o ovo, a margarina, a farinha de trigo.
  • Verifique se precisa de sal. Se precisar, coloque uma pitada de sal.
  • Mexa delicadamente.
  • Com as mãos umedecidas, faça bolinhas, empane na clara de ovo e no queijo ralado.
  • Coloque em assadeira untada e leve para assar por mais ou menos 20 minutos ou
  • quando estiverem douradinhos.
PorFraternidade Rosacruz de Campinas

RECEITA – Bolinhos de Arroz

BOLINHOS DE ARROZ

 

Ingredientes:

2 xícaras (chá) de arroz cozido (pode ser sobras)

1 cebola média ralada

1 xícara  (chá) de cheiro verde

½ xícara  (chá) de outros temperos (sua preferência)

1 xícara( chá) de aveia não muito grossa

1 pires de queijo ralado

1 xícara (chá) farinha de trigo integral (ou ½ xícara)

2 ovos // sal a gosto // 1 pitada (opcional) noz moscada

 

Modo de fazer:

  • Misture todos os ingredientes.
  • Veja se ficou uma massa boa para fazer os bolinhos só com ½ xícara de farinha, senão acrescente um pouco mais.
  • Se preferir, bata o arroz no liquidificador.
  • Faça bolinhos ou vá retirando porções com uma colher de sopa e coloque-os numa forma untada, para assar.
  • Coloque no forno elétrico (ou no forninho elétrico) a temperatura de 200 graus (ou a temperatura que estiver acostumada a assar um salgado normal)
  • Verifique quando estiverem douradinhos; aí estarão prontos!
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RECEITA – Quibe de Forno a Quatro Queijos

QUIBE DE FORNO A QUATRO QUEIJOS

 

Ingredientes:

2 xícaras (chá) de trigo para quibe

2 xícaras (chá) de PTS ou PVT miúda

1 cebola picadinha // 2 dentes de alho picados

1  xícara (chá) de hortelã picada// sal a gosto

Azeite Extra Virgem de Oliva para regar e untar

 

Recheio:

1 xícara (chá) queijo parmesão ralado

1 xícara (chá) queijo muzzarela ralado

1 xícara (chá) requeijão cremoso

 

Modo de preparar:

  • Coloque o trigo em uma tigela, cubra com água morna e deixe de molho por 4 hs.
  • Coloque a PTS numa tigela c/ água por 10 minutos.
  • Escorra e aperte bem o trigo p/ sair todo o líquido.
  • Aperte bem a PTS e jogue a água fora.
  • Transfira tudo para uma única tigela, adicionando a cebola, o alho, a  hortelã  e o sal. Misture bem.
  • Espalhe metade dessa massa num refratário untado, apertando bem e por cima coloque os ingredientes do recheio misturados.
  • Cubra com o restante da massa  e regue com azeite.
  • Leve ao forno médio, pré aquecido, por 20 minutos.
  • Retire.
  • Polvilhe um pouco mais de muzzarela e volte ao forno até dourar.
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RECEITA – Creme de Limão

CREME DE LIMÃO

 

Ingredientes:

1 colher (sopa) amido de milho

1 xícara (chá) de água

5 colheres (sopa) de stevia ou açúcar mascavo fino

2 limões

2 colheres (sopa) de leite condensado

2 colheres (sopa) de creme de leite

 

Modo de fazer:

  • Em uma panela, coloque o amido de milho dissolvido na água e o açúcar.
  • Leve ao fogo para engrossar, mexendo para não empelotar.
  • Deixe esfriar.
  • Lave os limões e raspe as cascas deles (de leve).
  • Reserve.
  • Esprema os limões e reserve o suco.
  • Bata no liquidificador o creme de amido de milho,  o suco dos limões, o leite condensado e o creme de leite.
  • Divida as porções em potes de sobremesa.
  • Coloque as raspas dos limões sobre o creme e leve à geladeira até gelar (à escolha).

 

 

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

RECEITA – Doce Cremoso de Beterraba

Ingredientes:

 

02 beterrabas não muito grandes

01 xícara de chá de Amido de milho

Stevia ou Açúcar mascavo fino a gosto

01 gelatina vegetal Agar-agar sem sabor

 

Modo de fazer:

  • Faça a gelatina conforme as instruções que vem na embalagem. 
  • Reserve.
  • Descasque as beterrabas, lave-as e cozinhe.
  • Bata-as com a mesma água do cozimento
  • Coloque numa panela e misture o amido de milho e o açúcar.
  • Mexa para não empelotar.
  • Cozinhe em fogo baixo, mexendo sempre até formar um creme.
  • Desligue o fogo, acrescente a gelatina e mexa mais um pouco.
  • Coloque em copos grandes (bonitos) ou num pirex transparente.
  • Deixe esfriar e leve à geladeira.

 

Fica bonito e  delicioso !!! Além de saudável !!!

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Leão: Liderança

LEÃO: LIDERANÇA

 A classe estava uma loucura quando Jeff entrou e olhou em volta, com surpresa. Por causa de sua função de monitor, ele chegava alguns minutos atrasado as manhãs e a classe, geralmente, já estava trabalhando. Hoje, contudo, havia grupos espalhados falando e rindo, alguns rapazes estavam com os pés em cima das carteiras, fingindo que estavam dormindo, uma bola de papel jogada da outra ponta da sala atingiu uma garota que gritou, e o barulho era ensurdecedor.

Obviamente a Sra. Trask ainda não havia chegado e não tinha substituta. A rapaziada também estava aproveitando o máximo. Alguns, tampando os ouvidos, tentavam ler, mas a maioria parecia estar adorando o feriado.

– Hei Jeff, junte-se a nós – gritou um deles, e ele se dirigiu para um grupo que fazia planos para o fim de semana.

– Não é o máximo? – dizia um garoto corpulento que estava com problemas para continuar no time de futebol por causa de suas notas – Eu não fiz a lição de história e se ela não vier hoje, eu estarei salvo!

– Eu te pego amanhã – falou Jeff franzindo a testa.

Pensei que você fosse fazer um esforço; você sabe que faz falta no time.

– Está certo, Capitão, está certo – o rapaz se inclinou ironicamente fazendo uma careta – mas eu ainda estou contente que ela não esteja aqui.

Outro rapaz passou correndo, perseguido por uma garota que gritava:

– Marty, me dá minha bolsa!

Jeff esticou o braço e com mão forte agarrou o ombro de Marty.

– Devolve a bolsa. Você não está mais no primeiro ano, está? – disse severamente.

– Traidor! – resmungou Marty, mas devolveu a bolsa.

Jeff, com as mãos nos bolsos, ficou observando mais um pouco, franzindo a testa.  O barulho estava aumentando, os dois agitadores da classe estavam planejando algo ruim, e as coisas ameaçavam chegar a ficar incontroláveis.

Jeff pensou um pouco e endireitou os ombros.

Depois, andou a passos largos para frente da sala, bateu na mesa com uma régua.

– Muito bem, turma, relaxem – berrou.

Alguns olharam, mas levou alguns minutos para obter silencio.

– Não admito que nos chamem de irresponsáveis, se nos comportamos desta maneira quando nos deixam sozinhos – disse Jeff, firmemente.

– Vejam quem está querendo bancar o professor – gritou um dos bagunceiros zombeteiramente – Está procurando emprego, Fessô?

– Basta!

Jeff se voltou para seu contestador com tal autoridade na voz e no rosto, que a zombaria cessou.

– Bem – ele prosseguiu – não há ninguém aqui que não tenha o que fazer. Lembrem-se do exame de geometria amanhã.

Gemidos de todos os lados fizeram-no sorrir.

– Está vendo? que tal agir como adultos, sentar e tentar fazer alguma coisa. Eu, por exemplo, posso aproveitar o tempo.

Ouviram-se poucas objeções em voz baixa, mas a maioria voltou para seus lugares.

– O Jeff tem razão – disse um deles – acho que nós parecíamos um bando de gralhas.

– Pior que isso! – riu Jeff.

Levou algum tempo mais e com palavras encorajadoras e também ameaçadoras de Jeff, poucoa pouco, todos estavam sentados – se não exatamente estudando, mas pelo menos quietos. Jeff também foi para seu lugar e abriu um livro, mas mantinha seu olhar atento nos dois bagunceiros que continuavam a cochichar e olhar significativamente para Jeff.

Em breve, todos na classe estavam entregues ao trabalho e tudo estava quieto. De repente, a porta se abriu e o diretor entrou e estacou espantado. Olhou a classe e abriu um sorriso.

– Ora – ele disse – isto é uma surpresa. Por um instante pensei que a Sra. Trask tivesse vindo. Ela teve um problema com o carro e estará aqui em meia hora. Eu ia ficar aqui com vocês, mas vejo que não é preciso. Até Marty e Jock estão em seus lugares!

Marty e Jock sorriram angelicalmente.

– Quem conseguiu este milagre? – perguntou o diretor.

Jeff não disse nada, mas uma das meninas respondeu:

– Jeff pôs a gente na linha, Sr. Hoover. No começou nós não estávamos assim quietos.

Todos riram e o Sr. Hoover também.

– Não, imagino que não estavam – mas tudo está bem agora. Bom trabalho, Jeff. É preciso ser um bom Líder para conseguir uma organização assim, e você fez um bom trabalho.

O St. Hoover saiu, os alunos continuaram aplicados em seus trabalhose, quando a Sra. Trask chegou esbaforida, meia horadepois, todos estavam felizes com o trabalho que tinham conseguido acabar.

– Graças a Jeff eu não vou ter lição de casa para fazer hoje à noite – disse alguém e todos aplaudiram.

– O Sr. Hoover me disse o que Jeff fez – disse a Sra. Trask – e eu queria cumprimentá-lo. Não é fácil manter na linha uma classe de ginásio – eu sei disso muito bem – e estou contente que ele tenha sido capaz de fazer vocês se conscientizarem de como é importante aproveitar o tempo e, principalmente, lembrá-los porque vocês estão aqui. Frequentemente ouvimos dizer que o mundo precisa de bons líderes, e a melhor época para começar é quando vocês são jovens.

– Há mais alguma coisa, Sra. Trask – disse Jeff. Um líder não conseguirá muito se as pessoas que ele tentar dirigir não cooperarem. A turma cooperou muito.

– Sim, é verdade – disse a Sra. Trask sorrindo – e acho que hoje aqui nós todos aprendemos uma boa lição.

 

(Do Livro Histórias da Era Aquariana para Adolescentes – Vol. VI – Compilado por um Estudante Fraternidade Rosacruz).

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Leão: Lealdade

LEÃO: LEALDADE

 – Sinto muito fazer isto com você, Ted. Você sempre foi um bom funcionário e eu gostaria de mantê-lo, mas eu não tenho mais condições para isso.

O velho. Sr. Gallagher estava abatido quando entregou aTed seu pagamento.

– Eu entendo Sr. G – disse Ted. Eu também sinto muito, mas eu sei que o senhor não está fazendo negócios agora. Bem – ahn – a gente se vê.

Ted foi para casa devagar. Foi um choque, mas ele conseguiria outro trabalho. OSr. Gallagher é que realmente tinha problemas. Por muitos anos, o “Sr. G.” tinha sido o único empório da sua cidadezinha. Depois abriu aquele enorme supermercado a 1 kmde distância e parece que todos os fregueses do Sr. G. começaram a comprar lá. Ted, que trabalhava já há dois anos com o Sr. G., depois das aulas, tinha acompanhado a sua transformação nestes últimos meses. De um indivíduo alegre, ele tornou-se um velho triste, tenso, nervoso, que parecia liquidado.

– Derrotado! – pensou Ted – Éassim que ele parece estar. Antes ele nunca pareceu um velho, mas agora sim. Quem vai empilhar as caixas para ele e entregar os pedidos? Ele está muito velho para fazer esse tipo de coisa.

Ted não falou a ninguém sobre o que tinha acontecido, mas esteve muito quieto o resto do dia.

No dia seguinte, na escola, sua cabeça parecia estar longe das lições. Depois das aulas, ele foi para o Sr. G. como de costume e estava varrendo o depósito quando o Sr. G. o descobriu.

– Ted! – disse surpreendido – Ué, pensei que tinha dito a você que não podia continuara lhe pagar.

– Sim, o senhor disse Sr. G., mas não tem importância. Eu ainda não estouquebrado – na realidade Ted não sabia de onde ia tirar o dinheiro para o cinema de sábado – e gostaria de ficar mais algum tempo para ajudar. Além do mais – Ted sorriu – o senhor não quer me ver andando pelas ruas arranjando encrenca, não é? Olá, tem uma freguesa. Não deixe ela ir embora!

O Sr. G. ficou estranhamente engasgado quando quis falar com Ted, por isso, pouco mais foi dito, e Ted acabou seu trabalho e foi para casa. Entretanto, nessa noite seu pai recebeu um telefonema sobre o qual não disse nada, mas pôssua mão carinhosa no ombro de Ted, longamente, quando voltou à mesa do jantar. Quando Ted foi para a cama, seus pais ficaram conversando até muito tarde.

Na noite seguinte, os pais de Ted foram a uma reunião especial no clube cívico da cidade, e quando eles voltaram, ele estava muito ocupado com suas lições de casa para perguntar o que tinha acontecido. Depois, veio o fim de semana e Ted só voltou para oSr. G.” na segunda-feira. Ele entrou e encontrou quatro freguesas na loja, uma senhora estava saindo com um pacote grande nos braços. Ted ficou olhando para ela por alguns segundos até que se lembrou e disse:

– Eu levo o pacote para a senhora, Sra. Ames.

Quando chegaram ao carro, ela disse:

– Você e um bom menino, Ted. Nós estamos muito orgulhosos de você.

Ted não entendeu muito bem aquela história, assim, depois de fechar a porta do carro, encolheu os ombros e voltou para a loja. Outra freguesa entrou e o Sr. G. parecia quase tão ocupado como nos velhos tempos. Não teve tempo de conversar com Ted, que também estava tão ocupado que quase chegou atrasado para o jantar.

Desta vez,ele não ficou calado.

– Vocês deviam ver quantas freguesas o Sr. G. teve hoje – quase gritou – Aposto que ele fez mais dinheiro do que em toda a semana passada. Acho que o supermercado devia estar fechado.

Os pais se entreolharam e o pai disse:

– Não, o supermercado não estava fechado. Eles estão fazendo bastante negócio com as pessoas que moram ao redor. Mas, foi preciso que um excelente ginasiano nos fizesse ver que algumas coisas – ou algumas pessoas – em nossa cidade, são mais importantes do que um moderno supermercado.

De repente, Ted percebeu o que seu pai estava querendo dizer, ficou vermelho e começou a comer depressa.

Seu pai sorriu.

– Não fique sem jeito, Ted. Sua lealdade para com o Sr. G. nos ensinou uma lição. OSr. G. serviu muito bem esta cidade todos esses anos e seu serviço e seusprodutos são tão bons agora como sempre o foram. Não há nada de errado em comprar no supermercado e as pessoasnovasda cidade com certeza só vai comprar lá, mas os velhos fregueses do Sr. G., garanto que vão querer que ele continue no comércio!

O rosto de Ted se iluminou.

– Que ótimo! Então, foi esse o assunto da reunião especial que vocês tiveram.

– Sim, disse o pai. Depois, que o Sr. G. me contou o que você fez, eu achei que toda a cidade poderia aproveitar essa ação de lealdade.

(Do Livro Histórias da Era Aquariana para Adolescentes – Vol. VI – Compilado por um Estudante Fraternidade Rosacruz).

 

 

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Buquê das Fadas

O Buquê da Fadas

Era uma vez, no tempo em que os reis governavam as nações, vivia numa cabana velha, mas, muito limpa, bem no meio da floresta, um pobre cortador de lenha junto com sua filhinha Alice.

Todos os dias esse bom homem saía com sua enxada, logo que os primeiros raios de sol apareciam através das altas árvores, para tirar da madeira o seu sustento e o de sua filhinha. Alice também fazia sua parte, pois, enquanto seu pai se afastava para trabalhar, ela cuidava da casa e das flores de seu pequeno jardim. Ela nunca estava sozinha porque era muito afeiçoada as flores e sempre conversava com elas em termos amorosos. Parecia-lhe que quando a brisa as tocava, elas inclinavam suas cabeças em resposta.

Frequentemente, enquanto fazia o serviço da casa, corria a uma pequena janela para olhar um magnifico palácio que ficava imponente e majestoso, no topo de uma alta colina, a poucas milhas de distância. Muitas vezes sonhava estar nele, mas o que mais desejava era poder ver uma princesinha de verdade.

– Como ficaria feliz se pudesse ver uma princesinha, ela costumava dizer.

Ao pensar em poder ver uma princesinha, ela suspirava, pois sabia que o seu sonho era em vão. Nenhuma princesinha morava no palácio.

Um dia, entretanto, quando a tarde terminava e ela estava ocupada demais para poder passar algum tempo a janela, deu só uma rápida olhada ao palácio. Umaestranha cena chegou ao seu olhar. Estava flutuando de cada torre e de cada janela uma linda bandeira de seda.

– Deve ser algo muito bonito. O palácio está em gala, exclamou Alice excitada. Oh, o que poderá ser? Devo descobrir.

Ela olhou para o Sol. De onde ele brilhava nos céus, sabia que tinha tempo para correr ao pequeno vilarejo que ficava entre sua casa e o palácio, antes de preparar o jantar para seu pai.

Rapidamente, seus pés impacientes correram na trilha da floresta e, em pouco tempo, encontrava-se na estrada principal que levava ao vilarejo. Quando se juntou a multidão, nas ruas movimentadas, outras cenas maravilhosas a surpreenderam. Do topo de cada casa flutuava uma bandeira. O doce e melodioso som de instrumentos de corda, em alegres canções, fazia-se ouvir na delicada brisa de muitos jardins, enquanto as crianças nas ruas riam e brincavam. As ruas calçadas de pedras arredondadas estavam apinhadas de pessoas alegremente vestidas, indo em direção ao palácio. Em seus braços levavam pacotes misteriosos e os animais de carga estavam carregados com arcas e caixas de joias que Alice sabia deviam conter ouro, ricos perfumes e sedas de terras distantes, enquanto o soar dos sinos, colocados ao redor do pescoço dos animais, misturava-se com o riso de seus donos.

Puxando gentilmente a manga de um dos transeuntes, ela perguntou, timidamente:

– Por favor, bondoso amigo, diga-me o que significa tudo isto?

– O que significa? – respondeu o homem, atônito.

Então, gentilmente, ele perguntou:

– Menina, você não sabe que uma princesinha nasceu para o rei e para a rainha no palácio?

Não vendo presente algum, ele acrescentou:

– Você deve trazer a ela um presente. Deve ser o mais precioso que puder encontrar.

Assim dizendo, ele seguiu seu caminho.

Por um momento, Alice ficou atordoada.

– Uma princesinha! Uma princesinha, ela exclamou alegremente. Então existe uma princesinha!

Seu coração pulou de alegria, mas instantaneamente entristeceu-se ante a lembrança de que não tinha qualquer riqueza, como as outras pessoas, para ofertar a sua princesa e nem tinha dinheiro para comprar um presente. Triste, de cabeça baixa, ela virou-se e voltou vagarosamente para casa. Seu coração pesado doía em contraste com os alegres corações que acabara de deixar.

A estrada parecia longa e deserta. Ela ficou muito cansada antes de chegar a seu pequeno jardim. Quando passou através do portão, levantou os seus olhos em direção ao Palácio onde os últimos raios do sol faziam reluzir suas muitas janelas coloridas, com suas bandeiras alegres.

Ela imaginava, mentalmente, a pequenina princesa aninhada em suas roupas de seda e, de seu berço real, admirando os que se ajoelhavam diante dela e depositavam a seus pés seus preciosos presentes. Um soluço sufocou-a. Deprimida, ela prostrou-se num pequeno banco de madeira e recostou sua cabeça próximo aos galhos de jasmim que ficavam atrás do banco, até que o seu perfume acalmou seus pensamentos inquietos.  Ela não estava lá há muito tempo, quando uma rosa vermelha, que estava perto de uma pequena lagoa, mexeu-se e abriu suas pétalas. Ou não?

Alice não estava muito segura, pois poderia ter sido somente a brisa movendo as folhas. Mas, outra vez ela fez o mesmo. Desta vez Alice não se confundiu. Ela olhou ao seu redor. Para sua surpresa, alguma coisa tinha mudado no jardim. A noite tinha caído e através das enormes árvores, a Lua prateada espalhava uma luz tremula sobre o local. Lá estavam os heliotrópios, rosas, margaridas e todas as flores que ela conhecia tão bem, mas: oh! Como estavam diferentes! Oheliotrópio espalhava suas verdes folhas e soltava miríades de minúsculas ametistas.E, de seu leito, as margaridas brancas como a neve, levantavam suas delicadas pétalas, uma abundancia de diamantes em miniatura. Perto da violeta de raios púrpuros, o jacinto amarelo espalhava uma luz dourada nas vestes cor-de-pérola dos Sírios do vale, enquanto as ricas vestes vermelhas que preenchiam o coração da rosa vermelha aumentavam cada vez mais, até que cada pétala refletisse o brilho ígneo do rubi. A grama abaixo dela irradiava estranhas luzes verdes, cada esmeralda inclinando-se gentilmente como se estivesse acompanhando uma música.

De repente, como se tivesse vindo despercebida enquanto as flores estavam se transformando em joias, apareceu a mais encantadora criatura tipo flor, uma pequena Fada Rainha. Ela estava sentada no mais delicado trono das fadas. Suas longas tranças douradas, combinando com seu vestido delicado eram uma visão tão linda que Alice tinha certeza que nunca mais esqueceria.

Na sua cabeça radiante estava uma coroa de flores que brilhava com as luzes das opalas. Em sua mão, uma varinha prateada atraia e refletia os raios da Lua.

Com a chegada de sua Rainha, as flores inclinavam suas cabeças e enchiam a noite com seu perfume. Ao mesmo tempo, de cada botão saíam criaturas minúsculas com asas transparentes e cabelos dourados. Suas roupas, àmedida que elas dançavam, cintilavam como pedras preciosas, enquanto a música de suas vozes era como o tinir de sinos prateados. Rodando e rodando, elas dançavam num círculo mágico até que a Rainha levantou sua varinha e todas se inclinaram obedientes, em silêncio.

– Vinde, minhas filhas – ela disse com sua voz musical clara e doce -Vinde até mim, para que eu possa confiar-vos os vossos admiráveis encargos.

A fada dos jacintos deu um passo à frente. A Rainha tocou gentilmente na sua cabeça e disse:

– Oh, filha da doçura e de encanto, eu te encarrego de guardar sempre o espírito doce de encanto.

A seguir, uma fada do amor-perfeito, vestida em suaves safiras e topázios, inclinou sua cabeça perante a Rainha.

– Lembra-te, querida filha, a solicitude é uma virtude sagrada – a Rainha disse sorrindo para ela.

Então, a pequena margarida levantou seus olhos confiantes.

– Bebê das flores – cantarolou suavemente a Rainha – retém sempre tua inocência.

Seguindo, a rosa esplendorosa abaixou sua gloriosa cabeça. .

– Formosa flor – a exaltou – conserva tuas pétalas sempre novas na beleza.

Timidamente, a violeta saiu debaixo de seu manto verde-esmeralda e vagarosamente inclinou sua cabeça.

Com gravidade, a Fada lhe deu este encargo:

– A modéstia éo teu encanto. Conserva-a bem,pois, uma vez perdida, ela o é para sempre.

Depois a violeta, a orquídea e a flor da paixão, de mãos dadas, ajoelharam-se diante da sua Rainha.

– Ah – suspirou ela – constância e fé, dois presentes apreciados são confiados àvossa guarda.

Em seguida, o lírio branco como a neve, inclinou-se com graça e simplicidade e a rosa vermelha ruborizou-se ao seu lado. A Rainha beijou-os gentilmente enquanto se levantava e dizia:

-Pureza de pensamento é o presente de Deus e o amor é seu atributo perfeito. Possas tu, casto lírio, manter tua alma muito pura, e tu, querida rosa, manter o teu coração apaixonado sempre resplandecente, a fim de que o mundo possa ver que a pureza e o amor são supremos sobre todas as coisas.

Tão lindos eles estavam quandoinclinaram suas cabeças que a menina, sentada no banco, levantou-se para tocá-los. Instantaneamente desapareceram as flores joias, a Rainha e sua corte – Alice ficou sozinha à luz da tarde que desvanecia. Ela esfregou seus olhos, mas, já se fora o mágico encanto. Lá estavam as flores, como antes, quando ela se reclinou no banco, suas cores se diluindo no crepúsculo da tarde.

Por um momento, ela as observou balançando na brisa, depois, batendo palmas, feliz ela exclamou:

– Já sei o que vou fazer. Encontrei o meu presente para a princesinha.

Assim dizendo, foi de flor em flor e pensou.

– Qual delas devia ser?

Cheirando o jacinto, ela murmurou: Sublime amor. Oamor-perfeito pensativamente retribuiu sua admiração. A inocente margarida e a modesta violeta se inclinaram timidamente. Um traço de rara beleza a aguardava quando a rosa-damasco abriu suas lindas pétalas rosadas e graciosamente balançou na brisa.

A flor da paixão e a orquídea entrelaçaram seus longos caules e vendo-os assim, ela disse:

– Estou lembrada: Constância e ; dois presentes apreciados.

Continuando, ela chegou a uma minúscula lagoa e lá, num branco como a neve, estava o maravilhoso lírio.

Reclinando-se sobre ele, à beira d’agua, a rosa avermelhada acenou sua cabeça.

Juntando sua mão em delicada reverência, ela disse suavemente:

– Pureza e amor. Em todo o mundo, não conheço melhor presente. Levarei essas flores.

Ela parou para colhê-las. Nesse momento, o perfume de todas as outras flores parecia alcançá-la, como se os botões a chamassem. Foi, então, que percebeu que todas as flores eram necessárias para tornar um presente perfeito.

Cuidadosamente, foi de flor em florcolhendo, de cada uma, seu botão mais delicado.

Na manhã seguinte, no meio a alegre massa que se apinhava nos corredores do palácio, ninguém tinha o coração mais feliz nem mais humilde do que essa menina que habitava a cabana na floresta. Ajoelhando-se ante o delicado berço real, ela timidamente, ofereceu seu presente:

Uma onda de risadas percorreu a multidão ricamente trajada, mas o sábio e bom Rei silenciou-os.

Pegando o buque variado, ele o contemplou demorada e pensativamente. Havia jacintos, violetas, margaridas e todas suas irmãs adoráveis, mas coroando tudo, bem no meio, estava o símbolo do amor e pureza. Nenhum botão com seu precioso significado passou despercebido para ele. Sorrindo, ele olhou para Alice.

– Querida menininha – ele disse – você superou todos os demais presentes dando àprincesinha o presente mais precioso, porque todo o ouro de meu reino não poderia comprá-lo. É um buquê das fadas. E, como o mais feliz dos reis, eu beijo a mão de quem o trouxe.

Assim dizendo, ele inclinou sua cabeça real e trazendo a mão de Alice aos seus lábios, beijou-a. Isso não foi tudo, pois para o espanto de todos, ele levantou o Bebê Real, a princesinha, e colocou-a cuidadosamente nos braços de Alice. Alice, que viu seu sonho finalmente realizado, admirou com felicidade a pequena Princesa Real, enquanto as flores colocadas na coberta de seda acenavam suas cabeças e enchiam a sala com a fragrância delas.

 (do Livro Histórias da Era Aquariana para Crianças – Vol. I – por Rowena Greenwood Noyes – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz).

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A Pequena Trabalhadora Cansada

A Pequena Trabalhadora Cansada

  Estou cansada de trabalhar, – disse a Abelhinha de Mel – Vou sair por aí e ver o que posso encontrar.

Assim, com essas palavras, a Abelhinha, que estivera ocupada fabricando mel como as outras abelhas, deixou o agradável trabalho de tirar o doce líquido das flores que a atraíram com perfumes deliciosos e com lindas cores e mergulhou na escuridão do bosque. Debaixo de uma grande folha verde estava um pequeno Botão de Ouro, então, a Abelha parou e bateu um papinho com ele. Com seu rosto redondo e feliz, ele deu as boas vindas a Abelha e perguntou porque ela não estava trabalhando nesse dia tão bonito.

– Oh, estou exausta. Acho que preciso de um descanso – ela respondeu.

– Isto é mau; você deve descansar quando estiver cansada, tudo bem. Mas, não se aventure para muito longe porque há muitas plantas estranhas nesses bosques. Eu ouço, muitas vezes, os insetos falarem sobre seus entes queridos que se perderam. Há uma planta muito grande que parece bela, mas é muito má.

– Como é ela? – perguntou a Abelha.

– É uma espécie de verde amarronzada e tem muitos dentes grandes, afiados, e uma boca e um nariz terrivelmente grande. Parece que nunca, nunca está satisfeita, está sempre com fome. Não tem perfume como as outras plantas, logo se você não perceber nenhum perfume suave, tenha cuidado; pode ser a flor má – avisou o Botão de Ouro.

– Terei cuidado e não irei longe demais. Vou só dar uma volta por aí – disse a Abelha e foi voando.

Primeiro, ela desceu por entre frescas samambaias. Suas folhas frágeis fizeram com que ela pensasse em balançar-se. Sentou-se sobre a samambaia e balançou-se para frente e para trás como fazem as crianças num balanço. A brisa suave tornou-se agradável e fresca, fez com que a planta se movesse de tal maneira que a cansada Abelhinha não precisou fazer esforço algum para balançar-se. Ela sentiu-se tão descansada e feliz que adormeceu noseu balanço.

Dormiu por algum tempo e, quando acordou, a chuva tinha começado a cair e ela procurou, em vão, por suas irmãs abelhas, todas tinham ido embora. Ela sentiu medo, voou para lá e para cá e quando já estava muito cansada de voar, pousou na mais bela e mais suave folha que lhe deu proteção da chuva. Suas asas estavam um pouco úmidas, por isso ela ficou parada ali por um minuto e abanou-as até que ficassem secas.

– Preciso dar uma olhada por aí, até que pare de chover – ela disseOra, ora, esta é uma flor divertida. E também não tem um perfume agradável.

Naturalmente, ela havia passado por muitas flores que não tinham um perfume agradável, de maneira que isso não a preocupou. Há muito ela já havia esquecido o conselho do pequeno Botão de Ouro.

– Que dentes longos, afiados ela tem e, meu Deus, como éprofundo sua garganta. Gostaria de saber o que há lá no fundo e acho que vou até lá para ver – disse a Abelha.

Vagarosamente, ela caminhou até a borda da flor onde estavam os longos dentes e novamente deu uma olhada bem no fundo. Viu alguma coisa pequenina se movimentando lá e como estava um pouco escuro no bosque, não pode ver, de início, o que era. Ela olhou durante um longo tempo e distinguiu uma Formiga Vermelha que estava tentando dizer alguma coisa, mas ela não a podia ouvir, poissua voz era muito fraca.

– O que você disse? – ela perguntou.

Mmmm mmmm – era tudo que podia entender.

– Fale mais alto, não ouço você – ela gritou mais uma vez.

Muito debilmente, a voz saiu lá de dentro, por entre os dentes longos e afiados.

– Vá embora. Não chegue mais perto ou você não conseguirá mais sair. Nunca mais estarei ao Sol nem andarei mais com meus irmãos e irmãs. Eu estava cansada de trabalhar, então fugi ontem e vim até aqui para ver o que poderia achar. Agora, não posso mais sair.

– Oh, pobrezinha – disse a Abelha.

Então, de repente, ela percebeu – era a flor grande e má que ia pegá-la e nunca mais a soltaria se ela ultrapassasse os seus dentes. Com um pequeno pulo ela conseguiu alcançar a borda externa, mas estava ainda com muito medo e começou a chorar.

– Por que fui embora? Nunca mais abandonarei minhas irmãs. Preferia estar ocupada. Quando fico preguiçosa, arranjo problemas. Oh! Deus, como gostaria de encontrar a Abelha Rainha – ela lamentou.

Sentou-se lá por um longo tempo até que oSol nasceu novamente e a claridade tomou-se maior. Logo ouviu o zumbido das abelhas enquanto elas carregavam o doce líquido das flores para fazer mel. Ela chamou mais uma vez a pobrezinha Formiga Vermelha, mas ela estava muito quieta e já não podia falar. Então, com uma lágrima de piedade pela formiguinha que, como ela, não quis trabalhar, voltou para sua colmeia. Sentiu-se feliz por poder trabalhar, até que oSol desapareceu por trás das árvores e as flores sussurraram “Boa Noite”.

Naquela noite, em suas preces, ela lembrou-se da Formiguinha Vermelha que não trabalharia nunca mais e disse que voltaria para agradecer ao pequeno Botão de Ouro por tê-la avisado sobre a flor grande e má que prendia abelhas e formigas que não queriam trabalhar ou ajudar seus irmãos e irmãs.

 

(do Livro Histórias da Era Aquariana para Crianças – Vol. I – por Dorothy V. Baird – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz).

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Câncer: Tenacidade

CANCER: TENACIDADE

Marsha recuou, sufocou um gemido em sua garganta e sentou-se novamente na cama.

– Dói – disse com uma careta.

– Sim, dói, mas quanto mais você demorar em usar a sua perna, mais difícil será para andar de novodisse o Dr. Miller, que se mostrou inflexível.

Marsha achou que ele era desumano. Ela tinha sofrido um acidente algumas semanas antes, mas agora estava melhorando rapidamente, menos a perna. Ainda estava inchada, e os ligamentos e músculos afetados protestavam cada vez que ela se mexia. O doutor quis que ela ficasse em sobre essa perna nos últimos dias, mas a dor era insuportável e ela continuava se recusando a tentar.

– Não posso Doutor – choramingou Marsha – Dói!

– Muito bem, você é quem sabe – disse o médico – mas você vai ter alta dentro de alguns dias. Nós precisamos desta cama para pacientes que estão realmente doentes. Você acha que sua mãe vai carregar você para lá e para cá quando você voltar para casa?

E com isso ele saiu do quarto .

Marsha começou a chorar baixinho. Aquele médico era tão mau. Era muito fácil ele falar – não doía neIe. E porque ele tinha que falar aquilo sobre a mamãe? Ela também estava no acidente e embora não tivesse ficado ferida, eIaestava muito abalada e preocupada com Marsha, e estas semanas não tinham sido fáceis para ela. E é claro que ela não podia carregar Marsha pra lá e pra cá na casa!

Marshaparou de chorar e ficou deitada, quietinha algum tempo, olhando para o teto e pensando. Depois se sentou.

– Muito bem – disse em voz alta – eu vou mostrar para esse médico!

Cautelosamente, ela deslizou da cama, e gemeu quando se apoiou na perna doente. Doía mesmo, e, por um momento, tudo pareceu escurecer ao seu redor. Ela se agarrou na mesa de cabeceira e esperou passar a tontura. Deu um passo, depois outro, e ainda que a dor não diminuísse, havia um alívio quando levantava a perna ferida e se apoiava na outra.

– Bem – pensou – tudo que preciso fazer é pensar como vai ser bom apoiar no pé esquerdo, depois de levantar o pé direito. De qualquer maneira, já é alguma coisa.

Marsha manquitolou ao redor do quarto por várias vezes e finalmente caiu na cama, extenuada pela dor. Adormeceu quase que imediatamente e só acordou na hora do almoço. À tarde, tentou de novo e, embora a dor não tivesse diminuído ela achou um pouco mais fácil andar. Não falou a ninguém sobre a sua façanha. A mãe não desconfiou que Marsha já pudesse estar andando, e o Dr. Miller, que a examinava por um minuto, não falou mais no assunto.

No dia seguinte, depois do café da manhã, quando a enfermeira tinha saído, Marsha saiu da cama outra vez. A dor era ainda bem forte, mas Marsha raciocinou que era por não ter se apoiado naquela perna durante toda a noite e, então, ela se apoiou nela firmemente. Novamente teve a sensação de “escurecimento”, e novamente Marsha suou frio e aguentou e depois começou o seu passeio ao redor do quarto. Gradualmente a dor pareceu diminuir e ela não ficou tão exausta como no dia anterior. Quando à tarde tornou a experimentar, a dor foi menor e, na manhã seguinte, embora ainda desagradável, Marsha percebeu que andar já era bem mais suportável.

Ela se levantou muitas vezes durante o dia, mas só quando estava sozinha, e achava que ninguém sabia o que ela estava fazendo. Nessa tarde, durante a visita de sua mãe o Dr. Miller chegou.

– Sra. Fulton, vamos dar alta para Marsha amanhã; acho que a senhora vai querer alugar uma cadeira de rodas.

– Sim – suspirou a mãe de Marsha – e também vou ter que transformar o sofá em cama. Vai ser difícil até que Marsha possa andar.

Marsha calmamente levantou o cobertor e ficou de pé.

– Para que você quer uma cadeira de rodas, e por que eu não posso dormir lá em cima na minha cama? – perguntou ela, atravessando o quarto e olhando casualmente pela janela.

– Ela está andando – ela disse ao doutor, sem poder acreditar.

– Sim, está. Ela vem fazendo isso nestes últimos dias e eu sei o quanto doeu no começo.

Marsha voltou-se.

– Como é que soube? – perguntou.

– Minha querida – disse Dr. Miller bondosamente – nós temos que averiguar o que nossos pacientes estão fazendo. Teria sido prejudicial a você andar quando você não deveria fazê-lo. Mas, em determinado momento, você precisava começar, e nós estamos orgulhosos de sua força de vontade. Valeu a pena, não acha?

Marsha sorriu.

– Sim, valeu. Acho que se alguma coisa vale a pena mesmo, é importante começar e seguir em frente, por mais difícil que seja. Obrigada por ter-me incentivado a fazê-lo, doutor.

A mãe de Marsha, surpresa, perguntou:

– O senhor estava usando uma terapia que eu não conheço, Dr. Miller?

– Sim, estava, e suponho que por um tempo Marsha achou que eu era um bruto insensível e sem coração. Mas, como vocês veem, obtivemos ótimos resultados.

No dia seguinte, devagar, mas sem desanimar, Marsha subiu as escadas até o seu quarto. Ela sabia que maisuma semana, já estaria correndo para cima e para baixo como antes do acidente. Que horror, pensou, se ainda tivesse que dar aqueles primeiros passos dolorosos.

(Do Livro Histórias da Era Aquariana para Adolescentes – Vol. VI – Compilado por um Estudante Fraternidade Rosacruz).

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