Arquivo de categoria Treinamento Esotérico

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

RECEITA – Bolinhos de Grão de Bico

BOLINHOS DE GRÃO DE BICO

 

Ingredientes:

  • 1 xicara (chá) de grão de bico cozido (1/3 xíc. (chá) de grão de bico)
  • 1 xícara de abobrinha ralada
  • 1 cebola pequena
  • 1 dente de alho
  • 1 colher (sopa) de azeite de oliva
  • 8 colheres (sopa) de quinoa em flocos
  • 2 colheres (sopa) de biomassa de banana  verde ou farinha de trigo integral
  • ¼ de xícara (chá) de gergelim
  • Sal a gosto

Modo de fazer:

 

Bata o grão de bico no liquidificador ou processador e reserve.

Pique a cebola e o alho e refogue-os.

Com azeite e adicione a abobrinha, mexendo por 2 minutos.

Desligue o fogo e acrescente o grão de bico e os demais ingredientes.

Deixe esfriar.

Faça bolinhas e achate-as, passe no gergelim e leve ao forno pré aquecido  por mais ou menos 30 minutos.

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Libra – Participação

Libra: Participação

Mike acendeu o bico de gás de Bunsen, estudou a experiência um momento e se afastou um pouco com um suspiro de satisfação. Estava trabalhando com perfeição e, se ele conseguisse ir assim até o fim, poderia escrever um trabalho de química que iria agradar até ao Sr. Turner.

Seu entusiasmo diminuiu ao pensar em escrever. Ele era bom em química e os rapazes o consideravam um “bambam” em matemática. Mas, para escrever Mike não era lá grande coisa. Ele sabia o que estava fazendo, mas parece que nunca conseguia achar as palavras certas para pôr no papel e explicar os “por que”, os “por que não”, os “portantos” e os “comos” de suas experiências. O Sr. Turner era tão insistente em ter cada passo do processo explicado, cuidadosamente, em um relatório escrito que, por melhor que fosse a experiência, ele teria uma nota baixa se o relatório não estivesse à altura.

Um barulho estranho no outro lado do laboratório interrompeu os pensamentos de Mike.

– Oh, não, de novo! – gemeu Jan, que estudava química só porque precisava dela para poder entrar na faculdade, e só fazia desastres.

Mike abaixou a chama do bico de gás de Bunsen e foi para perto de Jan sorrindo.

– O que aconteceu desta vez?

– Eu estava tentando colocar o líquido neste tubo de ensaio e escapou tudo da minha mão.

Jan contemplava desoladamente a bagunça no chão.

– Eu nunca vou acabar esta experiência e eu nunca vou entrar no curso se eu não conseguir. O melhor é esquecer a faculdade agora mesmo.

– Ei, ânimo. Não pode ser assim tão ruim – Mike começou a limpar o chão com um pano – Venha, vamos limpar isto.

Enquanto trabalhavam, Mike começou a pensar em uma coisa, e quando acabou ele pediu a Jan que desse uma olhada na sua experiência. Ela olhou meio desanimada, sem nem mesmo ver e disse:

– Parece ótimo. As suas coisas sempre estão ótimas. Você podia tirar um dez neste curso de olhos fechados.

– Ora, não é isso que eu quero dizer – disse Mike impaciente – O que você acha disto? O Sr. Turner disse que nós poderíamos fazer nossas experiências em parceria, não é? Então, suponha que eu faça e depois explique para você e você faça o relatório por escrito. Que tal?

O rosto de Jan começou a se alegrar ao considerar a ideia. Se havia uma coisa que ela sabia fazer era escrever. Ela vinha escrevendo histórias há anos, escrevia para o jornal da escola e quase sempre o professor de inglês lia o seu trabalho para a classe.

– Que legal! – exclamou ela, depois olhou desconfiada para Mike – Você tem certeza que quer me explicar tudo isso? Provavelmente eu não vou entender nem o começo.

– Não se preocupedisse Mike – Se você não entender, eu explico outra vez; e mais outra. Você vai entender e eu vou ficar muito contente por não precisar escrever o relatório.

Assim, eles concordaram. Jan sentou-se e ficou observando com atenção, enquanto Mike explicava cuidadosamente, ponto por ponto, à medida que prosseguia. Como ela temia, não entendeu nada, mas Mike, que de qualquer modo queria melhorar a experiência, concordou em voltar no dia seguinte depois da aula e repassar tudo de novo desde o começo.

No dia seguinte, Jan, que tinha parado de se preocupar com suas próprias derrotas e, portanto, em condições de poder se concentrar melhor, teve muito menos dificuldade em entender as explicações de Mike e até descobriu que as respostas a algumas questões simples que ela sempre teve vergonha de perguntar em classe, pareciam se encaixar em seus lugares com o resultado do que Mike estava fazendo.

No terceiro dia, tentaram de novo e, desta vez, Jan conseguiu dizer a Mike, ponto por ponto, como fazer e sentiu que estava preparada para fazer o relatório da experiência.

Ela fez isto durante o fim de semana e quando Mike o leu na segunda-feira, olhou para ela admirado e disse:

É um belo trabalho. Eu nunca poderia tê-lo feito.

– Ora, claro que podia. Você explicou tudo pra mim, não foi? E você sabe que eu não consigo entender uma explicação de química a não ser que seja muito simples e clara. Eu entendi a sua experiência e estou entendendo mais sobre química só por causa de sua explanação.

– Está certoriu Mike – você me convenceu. Outro trabalho que eu fizer, vou tentar escrevei-o e você vai ver se consegue entender.

– Ótimo – disse Jan – E também aposto como vou.

Alguns dias mais tarde, o Sr. Turner estava discutindo os trabalhos na classe.

– Jan e Mikedisseo de vocês é uma das melhores colaborações que já vi. Essa experiência é muito sofisticada – algo que sabia poder esperar de Mike – mas ele nunca me apresentou um relatório tão conciso e completo. E você, Jan, eu sei que você não poderia escrever o relatório tão bem se você não tivesse realmente entendido a experiência. E, se você conseguiu entender, você aprendeu muito.

– Eu entendi de verdade, Sr. Turner, sorriu Jan, e a química já está até começando a ter sentido para mim. Contudo, há outra coisa que entendo agora e é o valor de trabalhar juntos. Acho que todos têm que aprender a fazer tudo por nós mesmos, mas, às vezes, podemos aprender muito quando alguém, que sabe fazer uma coisa, e alguém que quer fazer outra coisa se unem, e se ajudam, mutuamente.

(Do Livro Histórias da Era Aquariana para Adolescentes – Vol. VI – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz)

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Libra – Equilíbrio

Libra: Equilíbrio

 

Sandy estava abatida quando desligou o telefone.

– Linda está doente – anunciou.

– Oh, isso é mau – disse a mãe. Espero que não seja nada sério.

– Não é, mas ela não pode fazer aquela palestra no Clube Cívico esta noite, e a Sra. Greer quer que eu faça.

Sandy e Linda tinham passado o verão trabalhando em um acampamento para crianças desprotegidas. Elas tinham sido convidadas pelo Clube Cívico para falar sobre suas experiências, e Linda, sempre espontânea e comunicativa, ficou encantada em fazer uma palestra. Sandy, que ficava gelada só de pensar em se apresentar a um grupo de pessoas, disse que iria com ela só para dar apoio moral e mostrar alguns slides das atividades no acampamento. Agora, a presidente do Clube Cívico queria que Sandy fizesse a palestra.

– Eu não posso fazer uma palestra, mãe – lamentou-se Sandy – toda aquelas pessoas olhando para mim eu morreria.

A mãe sabia o quanta Sandy era acanhada, mas estava contente porque ela finalmente ia ser obrigada a sair de sua concha e enfrentar um auditório.

– Você não vai morrer meu bem, e você pode falar sobre as experiências do acampamento do mesmo jeito que Linda ia fazer.

– Eu não sei falar como Linda, mãe – protestou Sandy – Ela sabe tudo na ponta da língua, e diz tudo como uma história, e qualquer coisa que perguntarem ela arranja um jeito de responder.

– Por que você teria que falar como Linda? – Perguntou a mãe – Fale do jeito que Sandy fala. Você gostou do seu trabalho no acampamento, não é?

Claro que sim! – exclamou Sandy – Foi maravilhoso ver aquelas crianças carentes começarem a se mostrar felizes e saudáveis. Imagine que algumas daquelas crianças nunca tinham visto um coelho antes.

Sandy falou com entusiasmo por mais algum tempo, enquanto o sorriso da mãe aumentava.

– Está vendo – interrompeu, por fim – você está falando sobre o acampamento sem nenhum problema, fazendo tudo parecer maravilhoso. Do que você tem medo?

– Oh, mamãe! – Sandy ficou desanimada outra vez. Eu estou falando para você. Você compreende. Esta noite terei que falar para todos aqueles desconhecidos.

– Você não acha que eles vão entender? Eles são pessoas, não monstros. E não pense neles. Pense em todas as coisas maravilhosas que aconteceram no acampamento e a palestra sairá naturalmente.

Depois que a mãe saiu, Sandy ficou arrasada por um tempo, depois foi para seu quarto e começou a fazer anotações. Pelo menos, raciocinou se tivesse algumas anotações poderia consultá-las e não teria um branco total em sua mente; conseguiria dizer alguma coisa, embora parecesse sem graça. Passou quase toda a tarde ensaiando o queria dizer e ficava cada vez mais e mais nervosa, e na hora do jantar mal conseguiu comer.

Seu pai brincou com ela esperando fazei-a sorrir, mas parou quando percebeu que ela estava quase chorando. Foram de carro até o Centro Cívico, em silêncio, e quando desceu, o pai abraçou-a e a mãe segurou sua mão, desejando-lhe boa sorte.

– Obrigadamurmurou Sandy, muito pálida, com as mãos tremendo tanto, que mal podia segurar suas anotações.

Tomou seu lugar no palco, ficou sentada, totalmente alheia enquanto se processavam os preliminares do programa. Por fim, a presidente disse:

– Agora, senhoras e senhores, a Srta. Sandra Davis vai nos falar sobre seu trabalho no acampamento Cascade.

Entre aplausos, Sandy caminhou até ao centro do palco. Com voz fraca e trêmula ela começou a falar. Ouviu-se um arrastar de pés no auditório e ela viu seu pai; sentado nas primeiras filas, formar com os lábios as palavras “mais altoe sorriu encorajadoramente.

– Oh, meu Deus – pensou Sandy – eles já estão impacientes e não conseguem me ouvir.

Então, de repente, ela endireitou os ombros e ergueu o queixo.

– Muito bem. Eu vou fazê-los me ouvir.

Largou os papéis, e disse:

– A minha amiga Linda Johnson deveria estar fazendo esta palestra. Eu não sou capaz de fazer como ela teria feito, mas eu gostaria de lhes falar sobre o acampamento à minha maneira, se vocês tiverem paciência de me ouvir.

Houve um começo de aplauso encorajador e Sandy sorriu e ficou um pouco mais à vontade.

– Vocês sabiam que há crianças na nossa cidade que estão no 3º ano primário e nunca viram um coelho? No meu primeiro dia no acampamento… e ela continuou com tanto entusiasmo como havia feito com sua mãe de manhã.

Falou, sem consultar os apontamentos, por quase meia hora, ficando tão absorvida pelo assunto que quase não percebia as pessoas que por sua vez, ouviam encantadas. Por fim, Sandy disse:

– Eu tinha planejado mostrar alguns slides depois da palestra de Linda. Vocês ainda querem vê-los?

Mais aplausos. Sandy projetou os slides e depois respondeu às perguntas.

Depois do programa, enquanto era servido um lanche, muitos membros do cube rodearam Sandy fazendo mais perguntas. Sandy, sorridente e à vontade, deu as respostas adequadas, e estava visivelmente muito satisfeita.

Uma amiga íntima da família aproximou da mãe de Sandy e sussurrou:

– Eu sempre achei Sandy uma menina acanhada, o que aconteceu com ela?

– Ela está adquirindo equilíbrio hoje, sorriu a mãe. Não está ainda totalmente à vontade, mas está aprendendo a se controlar diante de um público. Agora que ela teve a sensação de segurança, estou certa que vai se esforçar para tornar isso uma parte natural do seu caráter.

(Do Livro Histórias da Era Aquariana para Adolescentes – Vol. VI – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz).

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RECEITA – Hamburguer de Grão de Bico

HAMBURGUER DE GRÃO DE BICO

 

Ingredientes:

 

2 xícaras  (chá) de grão de bico cozido e amassado

¼ xícara (chá) de farinha de trigo integral

2 colheres (sopa) de óleo

1 cebola média ralada

2 colheres (sopa) de salsinha

Orégano e manjericão picadinhos a gosto

Sal a gosto

Modo de preparo:

A receita deve começar com o grão de bico ligeiramente úmido, para que os demais ingredientes sejam incorporados.

Misture o grão de bico  com os temperos e vá adicionando a farinha aos poucos, até dar liga e a massa desgrudar das mãos.

Faça os hambúrgueres e grelhe em panela de teflon ou asse em forno médio até dourarem.

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RECEITA – Bolo de Fubá com Goiabada na Caneca

BOLO DE FUBÁ COM GOIABADA NA CANECA

 

Ingredientes:

 

1 ovo pequeno

3 colheres (sopa) de óleo

4 colheres (sopa)  rasas  de açúcar mascavo fino

4 colheres (sopa) de leite

2 colheres (sopa) rasas de fubá

4 colheres (sopa) rasas de farinha de trigo

1 colher (café) de fermento em pó

Cobertura:

2 colheres (sopa) de goiabada sem açúcar ou adoçada com açúcar mascavo

1 colher (sopa) de água

Modo de fazer:

Derrame o ovo na caneca e bata com um garfo. Ponha o óleo, o açúcar, o leite, o fubá e misture. Coloque a farinha e o fermento e mexa até dar ponto.

Leve por 3 minutos ao micro-ondas em potência máxima (alta).

Faça a cobertura picando a goiabada, juntando a água e levando ao micro-ondas por 1 minuto, até derreter.

Jogue sobre o bolo.

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RECEITA – Gelatina vegetal: ágar-ágar

Gelatina de ágar-ágar sem açúcar

 

Ingredientes

◾1 litro de água ou de suco de fruta natural

◾ 2 colheres de sopa de ágar-ágar em pó

◾ frutas variadas

Modo de fazer

É super simples preparar gelatinas de ágar-ágar, basta sempre usar a mesma medida de água ou suco de fruta.

Coloque a água ou o suco de fruta natural numa panela e leve ao fogo.

Quando estiver fervendo, acrescente a ágar-ágar.

Deixe cozinhar por 10 minutos.

Depois da fervura, acrescente as frutas e deixe no fogo por mais 3 minutos.

Se você for escolher maça e banana, coloque algumas gotas de limão para não escurecer.

Esta receita rende 5  potes de 250 ml mais ou menos, dependendo da quantidade de frutas que você vai usar.

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RECEITA – Bolo de Laranja sem Glutén

Bolo de laranja sem glúten

Ingredientes

◾2 xícaras de farinha de arroz orgânico

◾ 1 xícara de fécula de batata

◾ 1 xícara e 1/4 de açúcar mascavo orgânico

◾1/2 xícara de óleo orgânico de sua preferência

◾ 2 xícaras de suco de laranja

◾ 1 colher de chá de bicabornato de sódio

◾ 1 colher de sopa de vinagre de maçã

 

Modo de fazer:

Coloque todos os ingredientes secos e misture.

Acrescente o suco e o óleo e mexa bem (ou bata na batedeira) e, por fim, coloque o bicarbonato e o vinagre, misturando cuidadosamente.

Coloque em uma fôrma untada e leve ao forno pré-aquecido por 30 minutos.

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RECEITA – Salada de Lentilha com Cebola Dourada

SALADA DE LENTILHA COM CEBOLA DOURADA

 

Ingredientes:

 

02 xícaras (chá) de lentilha

04  xícaras (chá de água

04 colheres (sopa) de azeite

02 cebolas cortadas em rodelas finas

02 dentes de alho picados

300 gr de tomates cereja

200 gr. De tofu em quadradinhos

Sal / pimenta a gosto

Vinagre de maçã – opcional –

Salsinha

Modo de preparo:

 

Cozinhe a lentilha na água com sal, até ficar macia, tomando o cuidado para que não desmanche.

Numa frigideira, aqueça o azeite e doure as rodelas de cebola.

Em uma saladeira, misture a lentilha já escorrida, a cebola, o alho, os tomatinhos e o tofu.

Tempere com sal, pimenta e salsa.

Se gostar, regue com um pouquinho de vinagre de maçã.

Se quiser, sirva quente em pão italiano. Fica muito bonito.

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RECEITA – Caldinho de Abóbora

Ingredientes:

 

2 colheres (sopa) de óleo

1 cebola média picada

2 dentes de alho picados

1 Kg de abóbora madura sem casca e picada

3 xícara (chá) de água

2 colheres (sopa) de farinha de trigo integral

Cheiro verde picado a gosto

Sal a gosto

 

 

Modo de preparo:

 

Aqueça o óleo e doure a cebola e o alho.

Junte a abóbora e refogue.

Adicione a água e cozinhe na pressão, em fogo baixo, por cinco minutos.

Transfira para o liquidificador e bata.

Leve ao fogo novamente e deixe ferver.

Desligue po fogo.

Sirva em canequinhas ou potinhos, polvilhados com cheiro verde.

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Deus está Segurando a sua Mão

Deus está Segurando sua Mão

O Sol da manhã mostrou o horário da escola, no céu. Ele enviou seus mensageiros às crianças da Terra. Um raio brilhante entrou no quarto de Margy Lou, Iluminando sua face e a acordou. Quando ela vagarosamente abriu seus olhos, notou um raio de Sol vindo através de uma fresta da janela, como se fosse uma escada dourada para o céu.

– Margy Lou, Margy Lou! É hora de levantar.

Era sua mãe chamando. Margy não respondeu. Ela estava absorvida olhando as partículas que dançavam no raio de luz.

Poucos minutos depois, sua mãe tornou a chamar:

– Margy Lou, Margy Lou! É melhor levantar ou chegará atrasada na escola.

Quando ouviu a palavra escola o coração de Margy bateu apressadamente. Ela lembrouse que era o dia em que recitariam o poema, A Hora da Criança. Ela gostava de poesia e especialmente dos poemas de Longfellow, mas tinha medo de recitar em frente de meninos e meninas.

Sua garganta apertou quando pensou nisso. Começou a doer. Diria à sua mãe que não estava sentindo-se bem. Talvez ela a deixasse ficar em casa. Aí não teria que recitar o poema.

A Sra. Bond entrou no quarto. Margy não se moveu. Sua mãe aproximou-se da cama.

O que houve Margy? Por que você não se levanta?

– Oh, Mamãe, estou com dor de garganta.

Margy segurou com sua mão a garganta. A Sra. Bond examinou-a e encontrou volumosos caroços de cada lado. Embora sendo uma mãe cuidadosa, ela decidiu que era melhor ignorar os sintomas dessa vez. Ela disse:

– Não acho que seja algo sério. Estará tudo bem quando chegar à escola. Levante-se e prepare-se. Aprontarei o seu café em poucos minutos.

Então, saiu do quarto.

Margy levantou-se; ela sabia que sua mãe não deixaria que o problema da garganta fosse desculpa para ela ficar em casa. Logo se vestiu e estava pronta para tomar o café. Mas, o chocolate quente com torradas de que tanto gostava não tinha sabor quando pensava no que a aguardava. Comeu um pouco para deixar sua mãe despreocupada, mas não tocou no cereal.

Depois, pegou seus livros e foi para a escola. Normalmente gostava de andar, mas hoje, cada passo a trazia para mais perto da hora da recitação. Por fim, inclinou sua cabeça e orou, enquanto andava.

– Querido Deus, ajude-me a dizer o poema. Ajude-me a não ter medo.

Pedindo a Deus que a ajudasse sentiu-se melhor e, quando levantou a cabeça, viu algo redondo, escuro e brilhante no chão, em sua frente. Parou e pegou-o. Era um fruto da castanheira. Margy sabia o que o fazia tão brilhante. Alguém a carregou em seu bolso por um bom tempo provavelmente para evitar reumatismo, como ouvira o Tio Jim dizer.

Ela segurou-a em sua mão e olhou-a. Como poderia isso evitar reumatismo? Devia ser pela crença da pessoa. Viu Thelma e Lucille fazendo sinal para que ela se apressasse, então, colocou a castanha no bolso de seu vestido e correu para alcançá-las. Finalmente, chegou a hora da poesia. Thelma foi a primeira a recitar. Ela declamou sem o menor sinal de medo. Margy sabia o poema tão bem quanto Thelma. Dois garotos foram os seguintes, depois de Thelma. Margy começou a ficar apavorada, pois sua vez estava próxima. Finalmente a professora sorriu e disse:

– Você é a próxima, Margy Lou.

Margy andou hesitante para frente da sala. Ela não ousava olhar para as crianças, assim, mantinha seu alhar fixo no chão. Tentou falar. Seus lábios se moveram, mas nenhum som saiu. Sua garganta doía. Seus joelhos tremiam. Inconscientemente pôs a mão no bolso. O que era aquela coisa dura que seus dedos tocavam? Ah, sim, a castanha que apanhou no chão. Ela apertou-a fortemente em sua mão, e tentou falar novamente. Para sua surpresa, as palavras ·saíram com clareza. Ela levantou sua cabeça e olhou para as crianças. Recitou a poema sem erro.

Margy voltou para sua carteira muito feliz, mas, a causa de sua felicidade não era pelo elogio da professora. Algo tinha acontecido com ela. Ela não sentira medo de recitar, enquanto segurava a castanha em sua mão. Talvez, realmente, ela afastasse reumatismo, pensou. De qualquer forma conservaria a castanha com ela e da próxima vez que tivesse que recitarveria se ela a ajudaria.

Assim, por muitos meses, Margy não teve mais dor de garganta. Toda vez que tinha uma lição difícil, segurava o magico objeto em sua mão e recitava bem. Mas, nunca disse nada a ninguém sobre a castanha. Sempre tomava o cuidado de escondê-la quando voltava da escola.

Então, veio o teste de história. Margy nunca aprendera história com facilidade. Ela deveria ter certeza de carregar consigo a castanha para ajudá-la durante o teste. Um pouco antes de ir para a aula, procurou-a na gaveta, no seu esconderijo habitual. Não estava lá. Procurou pelo quarto, mas não a encontrou. Devia tê-la esquecido no bolso de seu vestido azul, no último sábado.

Perguntaria à sua mãe se a tinha visto.

A Sra. Bond estava passando roupa.

– Mamãe, você viu minha castanha? perguntou a garotinha.

– Sim, encontrei-a ontem, quando lavava roupa.

– Oh, que bom! o que você fez com ela?

A voz de Margy tomava-se mais alta.

– Joguei-a fora, querida, respondeu sua mãe.

Então, Margy gritou.

– Você jogou fora minha castanha! O que farei? O que farei agora?

– Bem, você pode conseguir outra quando for visitar o tio Jim, querido. Você não está ficando supersticiosa, está?

– Mas eu não quero outra. Eu quero aquela.

Margy começou a chorar.

A Sra. Bond desligou o ferro, abraçou Margy e a levou para o sofá. Então, disse:

– Agora conte à mamãe, qual é problema. Alguém que você gosta muito lhe deu a castanha?

– Não, eu a achei, soluçou Margy.

– Você pode me dizer por que ela significa tanto para você? perguntou a Sra. Bond. Eu a teria guardado se soubesse que você a queria, continuou ela consolando-a. Pouco a pouco, Margy contou a história de como ela sabia recitar bem sem ficar com medo e fazia suas lições com facilidade quando segurava em suas mãos a castanha.

Então, a Sra. Bond, disse-lhe:

Margy Lou, escute-me. Aquela pequena castanha estava cheia de Vida; sabemos que a Vida estava nela porque se nós a plantássemos, ela cresceria. Não é verdade? Portanto, a Vida naquela castanha era Deus. Quando você a segurava em sua mão, você estava realmente segurando a mão de Deus, pois, a mão de Deus está em toda a parte. Ele segura nossa mão o
tempo todo, logo não devíamos sentir medo, mas, às vezes, não sabemos que Ele o faz. Agora é sua oportunidade para aprender que Deus está segurando sua mão. Toda vez que você estiver com medo ou pensar que não pode fazer suas lições ou recitá-las, lembre-se que pode segurar mentalmente a mão de Deus. Então, você estará livre para usar ambas as suas mãos no que for preciso fazer. Você não acha que melhor do que ficar sempre procurando e tomando conta de uma castanha?

– Sim, disse Margy pensativamente. Eu acho. Mas, Mamãe, eu não posso sentir Deus segurando minha mão como posso sentir a castanha, posso?

– Não, querida, respondeu sua mãe, mas você pode saber que Deus está sempre com você – que você está segurando Sua mão, mentalmente. Você não acha que pode fazer isso?

Margy olhou para sua mãe um momento e, então, disse:

– Sim, eu creio que posso. Acho que Deus está segurando minha mão, agora, e tenho certeza que passarei no teste de história, hoje.

Então, Margy pegou seus livros e foi para a escola.

Ela parou na porta o tempo suficiente para dizer a sua mãe:

– Estou feliz que você jogou fora minha castanha, mas também estou feliz por tê-la encontrado – pois se não a encontrasse, eu levaria um longo tempo aprendendo que Deus está segurando minha mão.

(do Livro Histórias da Era Aquariana para Crianças – Vol. I – por Clara E. Hulfman – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz).

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