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Os Pintarroxos e o Abeto – Parte II – Palavra-chave: Compartilhar

Os Pintarroxos e o Abeto
Parte II
Palavra-chave: Compartilhar

Todos os dias, João sentava sob o abeto e ficava vendo os pintarroxos fazerem seu ninho. Quando ficou pronto, a noivinha instalou-se lá e seu marido trouxe-lhe minhocas e outros bichinhos e colocou-os em sua boca.

O Espírito do Ar estava longe fazendo tudo que podia para que as Ondinas e as Sílfides fizessem chover, para que seu amigo abeto não morresse de sede. O abeto já tinha desistido de avisar o jovem casal para não fazer a casa em seus galhos; eles não lhe deram ouvidos.

Passado algum tempo, apareceram nos galhos do abeto alguns amigos dos pintarroxos. Vieram festejar o nascimento dos filhotinhos que logo iriam sair dos ovinhos e isso seria comemorado com muita alegria. Finalmente, os bebês chegaram, mas o papai passarinho não deixou ninguém se aproximar deles; ele ficou muito importante. Naturalmente tinha de arrumar comida para as quatro boquinhas e também para mamãe, pois ele não queria que ela saísse de perto dos filhotes. Quando finalmente ele permitiu que ela saísse do abeto, por pouco tempo que fosse ele a chamava o tempo todo, “piu, piu, piu”, até que voltasse.

Eles estavam todos tão felizes, que João pensou que o Espírito da Árvore talvez houvesse se enganado. Mas continuou indo lá todos os dias. Até que, um dia, o Espírito do Ar chegou apressado, a uma velocidade de 80 quilômetros por hora, dizendo para o Espírito da Árvore que a comissão de Ondinas e Sílfides tinham decidido mandar uma boa chuva, e que os Gnomos também estavam se preparando para recebê-la. E acrescentou:

– Se as salamandras puderem juntar-se a nós, será ótimo.

– Quando virá à chuva? – perguntou o abeto.

– Oh – respondeu a líder das Sílfides – quando a Lua estiver no Signo aquoso de Câncer. Ela durará alguns dias e você terá água suficiente para viver por muito tempo ainda.

E foi embora.

João ouviu o Espírito da Árvore perguntar aos pintarroxos sobre seus filhotes e dizer-lhes que haveria uma grande tempestade e que ela não queria que eles ficassem molhados. Mas o papai Pintarroxo apenas riu do Espírito do abeto; ele estava muito feliz e ocupado para prestar atenção.

Quando João chegou em casa, naquela noite, pediu à sua mãe que visse quando a Lua estaria no Signo de Câncer e contou a ela o que o Espírito do Ar havia dito. A mãe viu que a Lua estaria no Signo de Câncer dentro de dois dias. João estava muito agitado, principalmente na manhã do segundo dia, pois o Sol não brilhou e o céu estava nublado. Escurecia cada vez mais. Algumas gotas enormes caíram para avisar que muito mais ainda viria e viam-se relâmpagos ao longe; as salamandras estavam entrando em ação. O vento estava cada vez mais forte, o céu cada vez mais escuro, com horríveis nuvens pretas e todos os pássaros tentavam chegar a seus ninhos antes da tempestade.

João viu que os pintarroxos e seus filhotes estavam encolhidos nos galhos do abeto e todos os pássaros estavam amontoados quando, de repente, se ouviu um forte trovão. Então, começou a chover e as árvores arqueavam-se quase até o chão. João não ousou esperar mais, pois prometera a sua mãe não ficar fora de casa durante a tempestade. Ele mal pode dormir naquela noite pensando nos pintarroxos. A tempestade continuou até a manhã do dia seguinte.

A primeira coisa que João fez, quando pôde sair de casa, foi correr ao parque. O chão estava coberto de galhos quebrados, os bueiros entupidos e as ruas inundadas. Adivinhem o que João viu? O grande abeto estava completamente desraizado e caído no chão. Empoleirados em um galho da árvore estavam os pais pintarroxos, agarrados um ao outro, procurando por entre os galhos. Chamavam seus filhotes, “piu, piu, piu”, mas eles estavam afogados. Eram muito pequenos para voar, exatamente como supusera a bondosa árvore.

João ficou atento, mas não pôde ouvir nada, e deduziu que o Espírito do Abeto já tinha ido juntar-se ao Espírito-Grupo. Andou por entre os galhos caídos para ver se encontrava os filhotinhos. Eles estavam no chão, sob a árvore e João não podia alcançá-los. Ele correu para casa, contou para sua mãe tudo que tinha visto e chorou de pena dos passarinhos, da mãe e do pai pintarroxos que ficaram sós.

Vocês podem ver que é muito melhor ouvir os mais velhos, que são mais sábios, do que ouvir a nós mesmos, não acham? Se os pintarroxos recém-casados não tivessem sido tão insensatos, hoje estariam felizes com sua pequena família.

Em nossa próxima história, contaremos mais sobre João e o Espírito do Ar.

(do Livro Histórias da Era Aquariana para Crianças – Vol. V – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz)

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RECEITA – Forminhas de Abóbora

FORMINHAS DE ABÓBORA

 

Ingredientes:

  • 1 quilo de abóbora
  • 1 colher (sopa) de manteiga
  • farinha de trigo integral
  • 2 ovos
  • queijo ralado
  • sal dissolvido em leite

 

Modo de Preparo:

  • Descasque e rale a abóbora em ralador bem grosso
  • acrescente a manteiga, as gemas, o queijo, o sal dissolvido em 1 xícara de leite
  • vá juntando a farinha de trigo até a consistência de massa de bolo
  • Bata as claras em neve e misture-as à massa
  • Unte as forminhas com manteiga e asse em forno brando
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RECEITA – Torta Rápida de Liquidificador

TORTA RÁPIDA DE LIQUIDIFICADOR

 

Ingredientes:

  • 1 xícara (chá) de brócolis cozido e picado
  • 1 xícara (chá de cenoura crua ralada
  • 1 xícara (chá) de abobrinha cruz ralada
  • 2 xícaras (chá) de farinha integral
  • 2 ovos
  • 1 xícara de leite
  • 1/2 xícara (chá) de óleo
  • sal
  • temperos
  • 1 colher (sopa) de fermento
  • 1/2 xícara (chá) de amido de milho (opcional)
  • Modo de preparo:
  • Unte uma forma e enfarinhe
  • Acenda o forno
  • Bata no liquidificador:
  • Ovos / leite/ óleo
  • Transfira para uma tigela
  • Acrescente a farinha, o sal e os temperos,
  • Se ficar muito mole, acrescente o amido de milho.
  • Acrescente o fermento e mexa.
  • Acrescente o brócolis, a cenoura e a abobrinha.
  • Mexa tudo delicadamente e coloque na forma.
  • Leve a assar e quando enfiar um palito e não estiver grudando, estará pronta.
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Noções básicas de Alimentação Vegetariana para crianças depois dos quatro meses

Noções básicas de Alimentação Vegetariana para crianças depois dos quatro meses

1. Havendo leite materno, deve dar-se o máximo de tempo possível. A couve-flor, cominho (kümmel) ativam a formação de leite. A mãe deve tomar leite de vaca e bastante água, antes e depois das mamadas. Evitar salsa, que inibe a lactação.

2. Se a criança continuar mamando, as sopas podem começar aos seis meses.

3. Recomenda-se esta sequência de alimentos:

1º laranja lima;

2º banana maçã (observar – pode soltar o intestino)

3º maçã doce, cenoura. Depois: limão, mamão, abacate (todos soltam o intestino). Fubá (prende o intestino), fazer mingau de leite e água em partes iguais. Sucos de frutas: mamão, pera, maçã doce, uva doce, laranja lima ou bem doce, banana maçã e cenoura. Banana maçã, amassada com flocos finos de aveia e uma colher das de chá de mel puro.

4º A criança que tome leite em pó, já aos 4 meses pode ir recebendo leite natural diluído com água, observando-se a reação, para ir diminuindo a água de 2 em 2 ou de 3 em 3 dias. Já pode ir recebendo mel ou rapadura ralada, em vez de adoçantes preparados. Conveniente o uso de açúcar mascavo, por ser menos industrializado, inclusive para toda a família.

5º Usar farinhas integrais de trigo, de arroz, de cevada, de soja, de centeio, mista, flocos finos de aveia, “maisena”, etc. Começar com mingau, uma vez ao dia – almoço – e depois de 20 a 30 dias, também ao jantar.

6º Se a criança estiver sendo alimentada com leites de farinhas, observar:
Cada dia uma farinha diferente, para usar os vários tipos;
Adoçar pouco, para a criança não adquirir o hábito a coisas muito doces;
Manter certas reservas, quanto a produtos cujas plantações são saturadas de inseticidas e herbicidas.

7º Ao passar para sopas, procurar sempre seguir a combinação de:
1 raiz
1 fruto
1 folha ou flor
1 cereal integral.

8º Raízes – Inhame, cara, cenoura, beterraba (observe que as beterrabas, às vezes, assam as crianças), batata doce e mandioquinha. Evitar a batata comum no primeiro ano de vida, inclusive cebola e alho.

9º Frutos – Abobrinha, abóbora, vagem, chuchu e tudo o que está dependurado na planta. Evitar o tomate, até que a criança passe a comer a alimentação dos adultos. Os médicos convencionais recomendam por causa da vitamina “C”, mas usando laranja e limão, a criança estará recebendo o suficiente dessa vitamina. O tomate é outro legume saturado de inseticida.

10º Folhas e Flores – Alface, couve, salsa, espinafre, coentro, cebolinha, brócolis, couve-flor e a flor de abóbora. Evitar repolho, por gerar gazes e observar a couve-flor e salsão.

11º Cereais integrais – arroz, trigo, cevada, etc. em forma natural. Observe que os produtos integrais não podem ser guardados por muito tempo, por criarem bichinhos facilmente.

4. Fazer coalhadas em casa ou usar iogurte natural (branco) e adoçá-lo em casa. Se quiser aromatizá-lo, faça-o com compotas, também feitas em casa. Pode-se começar a dar à criança, assim que ela comece a usar maior variedade de alimentos, mas não é fácil determinar um início exato, pois depende de que a mesma os aceite. É necessário ter-se bom senso e observar e, dar alguma novidade, quando os alimentos anteriores, estiverem sendo bem recebidos e digeridos pela criança. No 1º filho a mãe ainda é insegura, mas não precisa ter receio e sim fé e confiança na pureza alimentar.

5. Cuidado para não exagerar nas frutas. Dar chás de ervas, não só sucos (erva doce, hortelã, maçã, etc.).

6. Se acontecer desarranjo muito grande disenteria que não para, cessar com toda a alimentação normal e dar água de arroz (aí pode ser o arroz branco que é de mais fácil digestão), misturado ao leite, podendo ser em partes iguais, ou até quase só água de arroz – a proporção depende do estado. Em casos extremos, consulte o pediatra.

7. Dar 2 a 3 vezes ao dia a seguinte sopa:
Descascar e picar 1/2 kg de cenouras e cozinhar durante uma hora em bastante água. Passar por peneira, salgar levemente e dar bem rala. Quando a criança melhorar, passar para uma sopa feita de cenouras, arroz, um dente de alho, um raminho de salsa, água, um pouco de azeite de oliva e pouco sal. Tudo deve ser passado pela peneira. É desoxidante.

8. Aveia solta o intestino – o fubá prende.

9. Após 1 a 2 meses de sopas, conforme o 7º item acima, passar a usar:
2 raizes
2 frutos
2 folhas ou flores
2 cereais.
Não cozinhar as verduras e legumes por mais de 15 minutos, para manter vivas todas as propriedades nutritivas. Sempre usar a panela tampada e, quando for necessário destampá-la para ver o andamento do cozimento, faça-o rapidamente para não deixar escapar o vapor, pois este está repleto de sais minerais e vitaminas. Quando a sopa estiver pronta, desligar o fogo e deixar a panela tampada até amornar. Então passar pela peneira.
Outro ponto importante, válido para toda a cozinha (não só a sopa da criança): uma vez fervendo o alimento, baixar a chama para o mínimo.
Também válido para toda a cozinha:
Nunca usar uma quantidade grande de água para cozinhar legumes e verduras;
Pôr só a água necessária para os 15 minutos de cozimento. Quando se usa muita água, no fim ela é despejada no ralo e com ela, vão os ricos sais minerais e vitaminas;
Se empregar cereal em grão, que naturalmente leva mais tempo para cozinhar – pôr este primeiro no fogo – para depois acrescentar as verduras e legumes;
No caso de trigo cortado, cevada, etc., convém deixar previamente de molho em água. Pode-se também usar aveia em flocos finos para as sopas.

10. Evitar dar, com frequência, bolos, pudins e doces como sobremesas. Engordam desnecessariamente e, uma gordura duvidosa e flácida não é saudável.

11. Quando a criança já mastigar as frutas secas: uvas-passas, damasco doce, tâmaras, ameixas pretas, nozes e amêndoas, dar 1 a 2 vezes por semana no máximo. Dar pedaços de coco e cenoura inteira, para mastigar. É importante dar coisas para a criança usar os dentes.
Se usar tudo triturado e líquido, acarreta uma defeituosa formação das arcadas dentárias, pela falta. Do uso dos dentes em mastigação.

12. A inclusão de ovo é recomendável após o 3º ano de vida, desde que, durante esse tempo, tenha recebido uma alimentação natural e planejada, então o desenvolvimento da criança já permitirá uma digestão sem problemas. Os ovos devem ser dados apenas no almoço e, no início só meio ovo por semana, depois meio cada 3 dias, aumentando gradativamente, sem usar todos os dias.

13. O germe de trigo é muito nutritivo, podendo usar uma colher das de chá dentro da sopa, sem cozinhá-lo. Os adultos também deveriam usar uma colher das de sopa.

14. Usar bastante mel e menos açúcar, inclusive os adultos. O importante é conseguir mel puro.

15. Crianças e adolescentes devem tomar bastante leite.

16. As folhas de beterraba e de cenoura são muito nutritivas, mas não sendo muito gostosas, podem ser usadas nas sopas, aproveitando apenas o caldo.

17. Quem puder ter um canteiro em casa, pode plantar alguns vegetais, como cenoura, salsa, alface, cebolinha, rabanete etc. Manter a terra fofa e com umidade adequada e sem uso de adubos químicos.

(Cozinha Vegetariana – Fraternidade Rosacruz)

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RECEITA – Abóbora ao Forno com Leite

ABÓBORA AO FORNO COM LEITE

  • 1/2 quilo de abóbora madura
  • 1 xícara de leite
  • 1 colherinha de sal
  • 1 colherinha de manteiga

 

  • Descasque e pique a abóbora em fatias finas e arrume em forma refratária, untada com manteiga
  • Derrame sobre elas o leite no qual dissolveu o sal e leve para assar em forno quente
  • Quando a abóbora estiver assada, espalhe sobre a mesma pelotinhas de manteiga e sirva quente.
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Os Pintarroxos e o Abeto – Parte I – Palavra-chave: Parceria

Os Pintarroxos e o Abeto

Parte I

Palavra-chave: Parceria

Esta é a história de um menino chamado João, que era sempre tão bom e generoso para os animais, flores e plantas que os Espíritos da Natureza gostavam de conversar com ele.

Um dia, João estava deitado em um parque, sobre a sombra de um grande abeto (N.T.: Nome comum às árvores do gênero Abies, de folhagem perene, de porte alto e aparência típica e atraente; apreciadas por sua madeira e resina), ouvindo o vento que sussurrava e que balançava os galhos de lá para cá. De repente, oh! Ouviu vozes muito doces falando. Olhando para a árvore de onde as vozes vinham, ele viu duas lindas criaturas. Uma era mais esguia e maior que a outra. A maior tinha a cabeça e os ombros como a de um ser humano. Raios dourados saíam de seus ombros e tinham a forma de asas. Seu rosto era bonito e tinha um doce sorriso. Ela também tinha cabelos longos e ondulados que a cobriam como um manto. Era jovem e muito bonita. João sabia que ela era o Espírito do Abeto.

A outra era um Espírito do Ar. Era de pequena estatura, mas também muito bonita. Raios dourados e rosados saiam de todo o seu corpo. Ela levantou sua varinha de condão, quase do tamanho de seu antebraço, e acenou-a para João. Então, inclinou-se, graciosamente, para ele e continuou falando com o Espírito da Árvore.

O menino ouviu o Espírito da Árvore dizer:

– Tenho feito o melhor que posso para servir com amor desde que comecei a crescer aqui. Espalhei bastante meus galhos para que as crianças e os adultos, que vêm descansar em baixo deles, possam ter uma boa sombra. E os fiz tão densos que muitos passarinhos fazem seus ninhos neles todos os anos, o que os protege do vento e da chuva.

– Oh, sim, respondeu o Espírito do Ar, eu sei disso, pois quando nós, Sílfides, sopramos os ventos do norte, sul, leste e oeste, os pássaros estavam tão abrigados que nunca caíram de seus ninhos. Mas, amiga, fiquei sabendo que você vai embora. Não se sente mais feliz?

– Oh! Estou muito feliz, disse o Espírito da Árvore, mas acho que não sirvo para mais nada, assim, para que continuar a viver? Vou morrer, mas acho que isto está chegando mais cedo do que esperava. Você vê, já faz muito tempo que não chove e as pessoas aqui ficam esperando pela chuva em vez de regar o chão e nos dar de beber. Elas deixam nossas raízes tão secas, que ficamos ressecadas e eu ficarei contente em voltar para casa, para o nosso Espírito-Grupo, e descansar. Algum dia eu voltarei e trabalharei um pouco mais.

– Bem, disse o Espírito do Ar, anime-se! Vou ver se posso marcar uma reunião com as Ondinas e as Sílfides e conseguir uma chuva para aliviá-las. Darei uma atenção especial a seu caso e para as outras árvores do parque, junto à comissão e estou certo que logo vocês terão uma boa chuva.

– É tarde demais, suspirou o Espírito da Árvore, sei que vou morrer, sinto que algo está para acontecer.
– Tolice, disse o Espírito do Ar, você está é deprimida.

Enquanto discutiam sobre isso chegavam voando dois pequenos pintarroxos. Eram recém-casados e estavam em lua de mel. Enquanto todos os passarinhos convidados para o casamento se divertiam, brincando na fonte e comendo deliciosas e gordas minhocas que a mãe da noiva tinha preparado, os noivos saíram em silêncio para a lua de mel e estavam, agora, procurando uma boa árvore para fazer o seu ninho e um lugar para sua prole. Vendo nosso Abeto, logo pousaram nele. Estavam tão ocupados arrulhando e se acariciando que não ouviram a conversa do Espírito do Ar e do Espírito da Árvore.

O Espírito da Árvore os viu e teve pena deles e disse:

– Passarinhos, não façam seu ninho em meus galhos, pois não vou viver muito tempo; todo o seu trabalho será perdido e seus filhotes não serão suficientemente grandes para voarem quando chegar a hora de minha morte.

– Ora! Exclamou o noivo, que tolice. Seus galhos são belos, verdes e tão unidos, que este é o lugar ideal para construirmos um lar para nossos filhos. Estou disposto e posso pagar aluguel para minha esposa e minha futura família. Quanto é?

– Eu não quero nenhum aluguel, só estou avisando, disse o Espírito da Árvore. Se não querem aceitar o conselho de alguém muito mais velho, não posso fazer nada. Podem decidir sozinhos, mas não me culpem quando surgirem problemas.

– Muito obrigado pelo conselho, disse o noivo com petulância. Somos perfeitamente capazes de tomar conta de nós mesmos. E assim começaram a construir seu ninho no Abeto.

João viu e ouviu tudo. Correu para casa e contou para sua mãe. Ela, que sabia que ele via e conversava com os Espíritos da Natureza, disse:

– Você acha que os pintarroxos estão certos em construir um ninho no abeto depois de serem avisados do perigo pelo Espírito da Árvore?

– Não, mamãe, acho que estão errados, não estão usando o bom senso, disse João.

– Bem, querido, vamos esperar para ver o que acontece.

Em nossa próxima história contaremos o que aconteceu ao abeto e aos pintarroxos.

(do Livro Histórias da Era Aquariana para Crianças – Vol. V – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz)

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Gerda e Derbi – Palavra-chave: Serviço

Gerda e Derbi
Palavra-chave: Serviço

Duas sementinhas estavam, lado a lado, no chão de um pequeno jardim entre as montanhas. Uma delas tinha a pele enrugada e tão esquisita. Seu nome era Gerda; ela era uma sementinha de chagas (N.R.: Planta da família das Tropeoláceas, também conhecida como agrião-do-méxico, agrião-grande-do-peru, agrião-maior-da-índia, capuchinha-de-flores-grandes, capuchinha-grande, chagas, flor-de-chagas, capucina, capuchinho, chagas-de-flores-grandes, chagas-da miúda, cinco-chagas, cochlearia-dos-jardins, coleária-dos-jardins, curculiare, flor-de-sangue, mastruço, mastruço-do-peru, nastúrcio, nastúrio, sapatinho-do-diabo). A outra se chamava Derbi e parecia uma bolinha redonda; ela era uma semente de ervilha de cheiro.
As duas pequeninas sementes olhavam para cima, querendo saber o que o céu azul sobre suas cabeças deveria ser. Ouviam os pássaros cantando suas canções na grande árvore do bordo (N.R.: tipo de árvore em climas frios que armazenam o açúcar em suas raízes antes do inverno, e a seiva, que se eleva no começo da primavera; no Canadá a extração da seiva do bordo canadense, gera o famoso xarope – maple syrup, um dos produtos mais conhecidos do país; a bandeira canadense tem uma folha dessa árvore) e sentiam-se tão sonolentas que se aconchegavam uma na outra no seio da Mãe Terra e adormeciam profundamente. Elas não tinham nada com que se cobrir, mas não se importavam, pois os dias eram quentes e, de qualquer modo, eram muito pequenas para pensarem nessas coisas. Mas, pouco a pouco, as noites tornavam-se cada vez mais frias, mais frias e as coitadinhas sementinhas, Gerda e Derbi, começaram a tremer e tremer. A Mãe Terra ficou com tanta pena delas, que perguntou à árvore de bordo se poderia dar a elas algumas de suas folhas para fazer um lençol para cobri-las.

 

A árvore de bordo olhou para baixo e viu as duas sementinhas tremendo enquanto dormiam e respondeu:

– Claro que sim!

Ela se sacudiu o quanto pôde, mas nenhuma folha caiu, porque todas estavam bem presas.

– Vou chamar o vento para me ajudar, adiantou ela.

Assim o fez, e o vento veio voando rápido. Então, a árvore de bordo pediu-lhe para soprar o mais forte que pudesse para derrubar suas folhas sobre as duas sementinhas.

O vento olhou para baixo e viu as duas sementinhas tremendo enquanto dormiam e disse que ficaria feliz em poder ajudá-las. E o vento soprou, soprou tanto que suas bochechas ficaram estufadas, mas não conseguiu mesmo derrubar as folhas para fazer a coberta.

– Vou lhe dizer o que farei, disse o vento. Pedirei ao Jack Gelado para vir e ajudar-nos.

Então, ele voou até o Polo Norte, onde encontrou Jack Gelado cortando flocos de neve.

– Venha comigo, pediu. Há duas sementinhas que precisam de um cobertor para cobri-las ou morrerão de frio.

Quando Jack Gelado ouviu isso, pediu ao vento para apressar-se e lhe mostrasse onde estavam as sementinhas. Assim, eles voaram para o pequeno jardim no alto das montanhas, onde as sementinhas dormiam tremendo. Quando Jack Gelado viu-as ali deitadas, tão pequenas e desprotegidas, tocou as folhas das árvores com seus dedos para soltá-las. Quando as folhas sentiram seu toque suave, algumas delas tornaram-se avermelhadas e outras em um bonito amarelo dourado. A árvore ficou muito bonita com aquelas amorosas cores. Mas o mais importante é que ela estava desejando dar suas folhas para esquentar as pequenas Gerda e Derbi.

O vento brincou entre os galhos e derrubou as folhas, que pareciam formar um lindo tapete. Elas caíram suavemente sobre as duas sementinhas, deixando-as bem agasalhadas e quentinhas. Ali, elas dormiram durante todos os dias frios do inverno, enquanto do lado de fora chovia e nevava. Que longo e longo sono elas tiveram! Aos poucos, quando a primavera chegou e os pássaros voltaram a cantar, as sementinhas mexeram-se um pouco em seu sono. Elas sorriram também porque estavam sonhando com coisas bonitas que as fadas tinham sussurrado em seus ouvidos.

Um dia, Gerda acordou com uma voz que a chamava:

– Acorde, Gerda, acorde!

Ela esfregou os olhos; espiou através das folhas e viu o Sol sorrindo para ela. Esticou a cabeça e começou a espreguiçar-se.

Então, o Sol chamou Derbi:

– Acorde, doçura!

Quando Derbi ouviu a voz do Sol chamando-o e sentiu seus beijos quentes no rosto, começou a cantar.

Gerda e Derbi sabiam tudo sobre exercício de respiração e como vocês acham que elas o fizeram? Como vocês respiram? Com seus pulmões! Quem sabe onde Gerda e Derbi tinham seus pulmões? É realmente muito curioso, mas seus pulmões estavam nas suas folhas; portanto, elas respiravam pelas folhas, como fazem todas as plantas. É por isso que as plantas não crescem bem em lugar com muito pó. O pó as sufoca e elas não conseguem respirar bem, tornando-se fracas e doentes, como muitas pessoas que deixam de respirar bastante ar puro.

Gerda e Derbi cresceram viçosas e ambas deram muitas flores. As de Gerda eram vermelhas e brilhantes.

As de Derbi eram cor-de-rosa e violetas e tinham um doce perfume.

 

Quando alguma flor murchava, em seu lugar nascia uma minúscula semente bebê. Havia milhares de sementinhas em cada planta e cada uma delas precisava de bastante alimento. A pobre Gerda começou a murchar e ficar pálida, porque tinha de alimentar muitas sementinhas e não lhe sobrava tempo para si mesma. Derbi também estava cansada. Ela carregava seus bebês em graciosas vagens e, quando estas se retornaram duras e secas, abriam-se libertando as sementinhas.

Finalmente, lado a lado, Gerda e Derbi tornaram-se velhas e fracas. Tiveram, ambas, vida maravilhosa, alegrando com suas flores todos os que por elas passavam. Cuidaram muito bem de seus bebês sementes. Mas, estavam agora tão fracas, que quase não podiam aderir-se à cerca, agarrando alegremente como faziam quando eram jovens e fortes. Com surpresa, ouviram uma voz suave dirigindo-lhes a palavra. Era a Mãe Terra chamando-as para o lar:

– Vocês foram boas e leais, minhas filhas. Voltem para o lar para descansar.

Gerda e Derbi afundaram-se felizes, lado a lado, no colo da Mãe Terra, que lhes cantou uma suave canção de ninar.

(do Livro Histórias da Era Aquariana para Crianças – Vol. V – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz)

 

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RECEITA – Purê de Inhame com Beterraba

PURÊ DE INHAME COM BETERRABA

 

Ingredientes:

 

  • 3 xícaras (chá) de inhame cozido e espremido
  • 2 colheres (sopa) de manteiga
  • 2 dentes de alho amassados
  • 1/2 xícara (chá) de cebola picadinha
  • 1 xícara (chá) de beterraba ralada
  • sal e pimenta a gosto

 

Modo de fazer:

 

  • Numa panela, coloque a manteiga, o alho e a cebola.
  • Leve ao fogo mexendo até dourar.
  • Adicione o inhame e misture bem.
  • Acrescente a beterraba, tempere a gosto.

 

Rápido e rende 4 porções

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RECEITA – Legumes ao Forno

LEGUMES AO FORNO

 

Ingredientes:

 

  • quantidades a gosto de legumes:
  • abobrinha
  • batatas
  • tomates
  • berinjela
  • cenoura
  • ou os legumes de sua preferência
  • Queijo parmesão
  • Farinha de rosca

 

Modo de preparo:

 

  • Corte em rodelas os legumes
  • Tempere com sal, azeite e manjericão
  • Distribua tudo num refratário untado com azeite
  • Regue com um pouco de azeite
  • Faça uma mistura de queijo parmesão e farinha de rosca e salpique sobre os legumes
  • Leve ao forno moderado por mais ou menos 20 minutos
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Leão: A Luz Brilhante – Palavra Chave: Lealdade

A LUZ BRILHANTE

PALAVRA CHAVE: Lealdade

As suaves brisas de verão acariciavam docemente as folhas das árvores e o brilho do luar tornava tudo atraente e fascinante. Décio e Rosália tiveram um dia tão feliz com o avô, no bosque que ficava na encosta da montanha, que voltaram para casa um pouco relutantes, pois queriam ficar ao ar livre, que era tão gostoso. Desejaram boa noite ao vovô e partiram. Quando Décio deitou-se na sua cama confortável, pareceu-lhe estar ainda ao ar livre, o que era muito agradável. Estava cansado e com sono, mas cheio de lembranças de um dia feliz. O avô era tão sábio – um homem maravilhoso! Ele parecia que sabia tudo. Tinha contado às crianças histórias muito bonitas sobre valentes cavaleiros, príncipes leais, princesas bondosas e nobres rainhas.

Décio, imerso nessas histórias fascinantes, pareceu ouvir de repente uma voz. Que era aquilo? Tinha a certeza que ouvira seu nome ser chamado: “Décio! Oh, Décio!”.

Levantou-se rapidamente e seguiu a voz através de um caminho acidentado na montanha, curvando-se por entre árvores lindas e enormes, o chão estava coberto por vegetação delicada, onde duendes e gnomos podiam brincar. Oh, como tudo aquilo era lindo à luz do luar! Ouviu novamente a voz e assim ele andou mais depressa.

A montanha parecia mais bonita à noite do que durante o dia. Ele parou para olhar a lua e as estrelas. Ia justamente sentar-se no toco de uma árvore, quando pensou ter visto um gnomo entrando nesse mesmo toco. Então, ouviu seu nome ser chamado outra vez. Olhou tudo ao seu redor e não viu ninguém. No entanto, para sua surpresa, viu uma cabaninha bem no topo da montanha. Deve haver lá alguém chamando por mim, ele pensou. Mas ele nunca vira aquela cabana antes, embora muitas vezes já a tivesse escalado com seu pai.

– Há uma brilhante luz na cabana, então alguém deve morar lá, ele pensou consigo mesmo. Deve ser o Homem da Montanha sobre o qual Elf-kin me falou. Ele é amigo das árvores, das samambaias, dos pássaros e de todas as coisas e pessoas dos bosques. Talvez ele queira que uma tarefa seja feita. Acho melhor ir até lá ver.

Aí a voz suave disse:

– É um longo caminho para cima, para um garoto ir sozinho.

Outra vozinha perguntou:

– Você está com medo de ir sozinho pelos bosques escuros?

E outra voz acrescentou:

– É melhor voltar agora.

Mas Décio tinha aprendido a ser corajoso, a não ter medo, a ser persistente e a acabar sempre tudo o que começava. Então, endireitou-se e apressou o passo para ver quem morava na cabana. Foi uma subida dura e longa. Ele sentiu-se realmente sozinho, mas continuou. Lembrou-se muito dos Pensamentos Secretos e isso o ajudou bastante a seguir. Seus pensamentos secretos eram bons: queria ser corajoso e ajudar o Homem da Montanha, se ele precisasse de ajuda.

Exatamente naquele instante ouviu o que parecia ser um grito de dor, bem próximo dele. Olhou para baixo e viu um menino, quase do seu tamanho, deitado no chão, gemendo.

– Por favor, ajude-me, exclamou o pequeno desconhecido.

Décio curvou-se, pôs os braços ao redor do menino tentando fazê-lo ficar de pé, mas nada conseguiu, pois o garoto havia torcido o tornozelo. Dick pensou na cabana. Podia levar o rapaz até lá, pois ele era forte, embora o caminho fosse íngreme e já estivesse escuro. Parou por um minuto e determinou:

– Tenho que ajudar este menino e serei corajoso.

Olhou novamente em direção à cabana para medir a distância. Por estranho que pareça, não achou tão escuro assim e, enquanto olhava justamente à sua frente, estava a mais bela luz imaginável. A Luz era como uma Presença Luminosa. Realmente não era ninguém – apenas uma Luz maravilhosa. Então, uma voz profunda e rica disse:

– Vou ajudá-lo. Você pode carregar facilmente seu irmãozinho nas costas. Assim está ótimo e eu vou guiá-lo.

Então, a Luz seguiu à frente de Décio e de seu novo amigo e logo estavam dentro da cabana.

– Coloque-o com cuidado na cama e vejamos o que podemos fazer por ele.

A voz era muito bondosa e disse a Décio o que fazer para ajudar seu amiguinho.

Como Décio trabalhou! Estava tão feliz por fazer algo de bom pelo outro menino. Então, a Presença Luminosa disse:

– Você tem sido um rapaz corajoso, Décio, e um amigo leal na necessidade. A lealdade é uma grande qualidade e seu caráter será nobre, honesto e verdadeiro, se você continuar a ser leal!

– Décio! Ah, Décio! chamou outra voz.

– Sim, mamãe, respondeu Décio.

E, enquanto ele abria bem seus olhos, o Sol brilhou direto dentro deles. Não podia acreditar que estava na cama, e não à milhas de distância no topo da montanha. Meu Deus! Como ele vestiu-se rapidamente e correu escada abaixo para contar seu maravilhoso sonho ao avô!

O avô sorriu docemente e olhou-o satisfeito.

– Décio, meu rapaz, foi um sonho extraordinário e, sem dúvida alguma, uma experiência real. Por você ter sido constante no estudo de suas lições, honesto e leal em suas amizades, cuidadoso no seu cuidado com o corpo e fiel nos seus pequenos deveres, sua lealdade foi recompensada. Foi-lhe permitido ser, na noite passada, um pequeno Auxiliar Invisível para a Presença Luminosa e servir com amor um amigo necessitado. Talvez, algum dia, você possa ver novamente a Luz da Presença Luminosa.

(do Livro Histórias da Era Aquariana para Crianças – Vol. V – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz)

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