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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Se, segundo os Ensinamentos Rosacruzes, o Corpo de Jesus dispersou-se aos quatro ventos depois do sepultamento, como pôde Tomé tocar em Jesus após a morte? Pois Ele disse: “Apalpai-me e vede, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vós percebeis que eu tenho.” (Lc 24:39). Mais adiante, é dito que Ele comeu peixe e mel. Será possível a um Espírito, sem um Corpo Denso, comer, beber e ser tocado?

Resposta: Esta pergunta ocorre com muita frequência. Já foi respondida anteriormente, mas como tantas pessoas repetem-na sempre, será melhor elucidá-la novamente. Ao referirmo-nos a assuntos já respondidos, procuramos focalizá-los de um ângulo diferente mostrando novos aspectos e peculiaridade mesmo para os que já obtiveram uma resposta antes, o que acrescentará a todos algum benefício.

Nossas últimas investigações indicam que quando um ser humano espiritualiza os seus veículos, a constituição do Corpo Vital, composto de Éter, muda bastante do ponto de vista material. No ser humano comum, há sempre uma preponderância dos dois Éteres inferiores – o Éter Químico e Vida – que se relacionam com o desenvolvimento e a reprodução do corpo físico, e uma quantidade mínima dos Éteres Superiores – o Éter Luminoso e Refletor – que se relacionam com a percepção sensorial e as qualidades espirituais mais elevadas. Após a morte, o corpo do ser humano comum é sepultado e o Corpo Vital paira no ar a poucos metros acima do túmulo, desintegrando-se gradualmente. O Corpo Denso desintegra-se simultaneamente. No entanto, quando dizemos que ele se decompõe, o que realmente queremos explicar é que ele se torna muito mais vivo do que quando o ser humano o habitava, pois cada pequena molécula toma, agora, o encargo de uma vida separada e individual. Ela começa a associar-se com as suas vizinhas; a unidade de uma vida individual é substituída por uma comunidade de muitas vidas. Portanto, dizemos que esses cadáveres em decomposição estão vivos, cheios de vermes. Quanto mais denso e cristalizado for este veículo, maior será o tempo de desintegração, porque o Corpo Vital, pairando acima do túmulo, tem uma força magnética persistente que mantém as moléculas densas sob controle. Os dois Éteres superiores vibram a uma frequência muito mais rápida que os inferiores, e quando um indivíduo através de pensamentos espirituais, acumula em volta de si grande quantidade desse Éter, que então passa a compor o seu Corpo Vital, as vibrações do Corpo Denso tornam-se também mais intensas.

Consequentemente, quando esse indivíduo abandona o seu corpo na hora da morte, há muito pouco ou quase nada do Corpo Vital deixado atrás para manter os componentes do corpo físico sob controle. A desintegração é, portanto, muito rápida. Isto não podemos provar facilmente, pois há pouquíssimas pessoas suficientemente espiritualizadas para tornar a diferença perceptível, mas sabemos pela Bíblia sobre certos personagens que foram transladados. Também sabemos que o corpo de Moisés vibrava tanto que resplandecia, e que seu corpo nunca foi encontrado, etc.

Estes foram casos em que o corpo retornou rapidamente aos elementos, e quando o Corpo de Cristo foi colocado na sepultura, a sua desintegração ocorreu quase instantaneamente.

Não obstante, enquanto o arquétipo do Corpo Denso persistir, ele empenha-se em atrair para si matéria física que molda de acordo com a forma do Corpo Vital. Por esse motivo, é muito difícil para o Auxiliar Invisível que sai do seu corpo deixar de materializar-se. A partir do momento em que diminui sua vontade de conservar-se livre de todos os empecilhos físicos, matérias da atmosfera circundante aderem a ele tal como limalhas de ferro e são atraídas por um magneto, e ele torna-se tão visível e tangível quanto o desejar. Deste modo, ele é capaz de realizar um trabalho físico efetivo onde for necessário, mesmo que se encontre a milhares de milhas distante de seu corpo. Por outro lado, o que realmente causa a morte é o colapso do arquétipo do Corpo Denso. Portanto, os Espíritos que deixam esta vida terrena são incapazes de materializar-se, a menos que o façam através de um médium de onde extraem o Corpo Vital vivo com o qual se revestirão, atraindo assim substâncias físicas necessárias para torná-los visíveis aos assistentes. Há uma terceira classe, a dos Auxiliares Invisíveis Iniciados que saíram desta vida. Eles aprenderam a atrair ou repelir a matéria física através da sua vontade, como já foi mencionado, portanto, são capazes de materializar-se apesar de seu arquétipo já ter entrado em colapso.

O Cristo, naturalmente, liderava esta classe. Em consequência, era capaz de passar através de uma parede em Seu Corpo Vital, pois, da mesma forma que o Éter interpenetra cada molécula física, também o Corpo Vital, feito de Éter, pode passar através de obstáculos físicos. Uma vez dentro da sala com Seus Discípulos, Ele atraiu para Si, pelo poder da vontade, matéria física suficiente para revestir-Se em um Corpo Denso. Por essa razão, foi possível a Seus Discípulos tocá-Lo e apalpá-Lo, como é declarado nos Evangelhos. Quanto à ingestão de peixe e mel, há nisso um significado místico que será explicado mais tarde, quando tratarmos de Astrologia. Notemos que o peixe tem um lugar de destaque em todos os Evangelhos. Os Discípulos eram pescadores e efetuavam pescas milagrosas. Há várias parábolas a esse respeito, onde as pessoas eram alimentadas com o pão e peixe. A história de Jonas e da baleia, e tantas outras narrações semelhantes, tem um significado esotérico e astrológico que será apresentado nos artigos referentes ao assunto. Quanto à última parte da pergunta: “Será possível a um Espírito, sem um Corpo Vital, comer, beber e ser tocado?”

Nas regiões inferiores do Mundo do Desejo, que interpenetra a Região Etérica do Mundo Físico, há classes de Espíritos dos quais muito se fala na literatura espiritualista. Eles vivem em casas, comem e bebem. Eles têm, de fato, um modo de vida semelhante ao nosso, e continuam a viver, até certo ponto, como quando estavam entre nós no mundo visível. Também é possível para um Espírito materializado ou para um iniciado que se materialize, comer e beber, mas, nesse caso, é necessário dispor dos materiais introduzidos no corpo segundo um método diferente do processo comum de assimilação.

(Pergunta nº 105 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II” – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

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Pergunta: Podem provar por meio da Bíblia que o Ego nasce e renasce até estar apto a apresentar-se diante de Deus?

Pergunta: Podem provar por meio da Bíblia que o Ego nasce e renasce até estar apto a apresentar-se diante de Deus?

Resposta: Há algumas pessoas que acreditam que a Bíblia é totalmente exata, palavra por palavra, do começo ao fim. Além disso, se houver controvérsia, elas argumentam como se a Bíblia tivesse sido originalmente escrita em inglês e como se cada palavra significasse justamente o que expressa, e nada mais.

Na realidade, a Bíblia foi traduzida, transcrita, editada e reeditada tantas vezes que, naturalmente, houve interpolações. Algumas foram inseridas involuntariamente devido a algum lapso ocasional por parte do copista. Contudo, há casos em que as interpolações foram colocadas intencionalmente, a fim de apoiar uma determinada doutrina na qual o copista acreditava e que não estava claramente enunciada. As pessoas versadas nessa área reconhecem que, atualmente, apenas um esboço geral dos ensinamentos originais permanece conosco. Em todas as religiões, um aspecto exotérico sempre foi dado às multidões.

Essa continha os ensinamentos mais elementares, mas permitia-se um aprofundamento maior do assunto àqueles que se tornavam aptos no decorrer de suas vidas a entender os mistérios mais profundos. Podemos lembrar o conselho de Cristo aos Seus discípulos: “A Vós é concedido saber o mistério do Reino de Deus, mas aos de fora tudo se lhes diz por parábolas” (Mc 4;11), como uma indicação que há um procedimento semelhante na religião Cristã.

Entre esses mistérios estava a Doutrina do Renascimento, como percebemos que Ele deve tê-la ensinado através do seguinte diálogo. Ele perguntou-lhes: “Quem dizem os homens que Eu o filho do homem sou?” E eles responderam: “Uns dizem que és João, o Batista, outros que Elias, e outros que é Jeremias ou algum dos profetas” (Mt 16; 13-14). Todos esses personagens já haviam morrido e seus corpos e já deviam estar decompostos no túmulo.

Ainda assim, encontramos pessoas que creem ser Jesus um deles, renascido. Se o princípio do renascimento estivesse errado, teria sido Seu dever, como Mestre, esclarecer a Seus discípulos e, provavelmente, Ele diria: “Que tolice! Como posso Eu ser um deles? Eles já partiram há séculos”. No entanto, Ele pergunta: “E vós, quem dizeis que Eu sou?” No caso de Elias, Ele ensinou esta doutrina abertamente, pois Ele disse aos Seus discípulos referindo-se a João Batista: “E se quereis dar crédito, é este o Elias que havia de vir”. (Mt 11; 14).

Não há ambiguidade, mas uma declaração clara e franca: “Este é Elias!” Esta declaração foi reiterada mais tarde quando deixavam o Monte da Transfiguração, pois, nessa ocasião, Cristo disse aos Seus discípulos: “Digo-vos, porém, que Elias já veio, e não o reconheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram” (Mt 17; 12). Eles perceberam, então, que Ele falava de João Batista.

(Livro: Perguntas e Respostas – Vol. II – pergunta 104 – Max Heindel)

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O Discípulo Natanael se correlaciona com o Signo de Câncer

O Discípulo Natanael se correlaciona com o Signo de Câncer

 

Natanael é o Discípulo correlacionado com Câncer. É um místico em quem não existe engano.

Dentre os doze, Natanael foi um sonhador e místico, “um israelita em que não há dolo” (Joa 1:47) foram as palavras que o Mestre utilizou para descrevê-lo. Era Natanael, filho de Tolomé, e por isso chamado Bar-Tolomé ou Bartolomeu, sendo seu nome Natanael Bar-Tolomé. Seu pai era um encarregado dos parreirais e foi em meio a sombras frescas e fragrâncias de sua casa, num morro, que Natanael sonhou seus sonhos, até que, para ele, o canto dos pássaros foi misturado com ao dos coros dos anjos e os brilhos das estrelas, que, para ele, pareciam tochas de fogo apontando as escadas do céu. Assim, filosofando e vivendo seus sonhos que foram menos reais para ele do que o mundo precioso que o rodeava, este jovem Galaad1 de espírito se preparou para a eterna busca. Filipe, seu amigo, sabedor da profunda ansiedade de Natanael para a vinda de um iluminado para iluminá-lo em sua busca, um dia o chamou com entusiasmo apaixonado e fervor ao anunciar que havia “encontrado o Messias” (Joa 1:45).

Natanael significa pureza. Ele havia conseguido dominar o eu inferior, em preparação para a chegada do Grande Mestre. Por toda a Bíblia, o figo simboliza a geração. “Enquanto estava debaixo da figueira, eu te vi” (Joa 1:48), disse o Mestre no primeiro momento da saudação; e previu: “verás as portas do céu e os anjos do Senhor subindo e descendo” (Joa 1:51), referindo-se aos poderes da Iniciação que ele viria desenvolver. Pureza é o requisito supremo da Iniciação e nenhum verdadeiro poder espiritual pode ser alcançado sem ela. Natanael se tornou um dos curadores mais maravilhosos entre os discípulos, e foi por esta razão que foi apedrejado até a morte pelos sacerdotes da antiga religião, pois temiam o seu poder.

As forças de cura são forças de vida e pureza, tal como a de Natanael, que é o fruto da vida regenerada e que aumenta a força de cura mil vezes. Devido a ele ter alcançado este estado de pureza, os poderes pessoais são elevados pelas forças cósmicas que se alinham com as próprias potencialidades universais do discípulo.

(Livreto: Corinne Heline – Os 12 Dias Santos; A Bíblia: o Maravilhoso Livro das Épocas)

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1 Um dos Cavaleiros do Rei Arthur, buscador do Santo Graal, reconhecido por sua pureza e coragem.

 

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O Discípulo Tomé se correlaciona com o Signo de Gêmeos

O Discípulo Tomé se correlaciona com o Signo de Gêmeos

 

O discípulo correlacionado com gêmeos é Tomás (ou Tomé) quem se identificou tão intimamente com cristo que suas dúvidas, próprias da mente morta, foram transcendidas por uma compreensão dinâmica dos poderes de cristo anteriormente latentes dentro dele. Realizou muitos e maravilhosos milagres logo que esta transformação teve lugar.

Tomé representa a dúvida e o ceticismo que necessariamente nasce durante o treinamento intelectual. Dúvida e ceticismo são dois dos maiores impedimentos enfrentados pelo moderno aspirante, na aquisição direta do conhecimento. As palavras do mestre para Tomé: “não sejas incrédulo, mas crê”, ainda estão ecoando através dos éteres. Não podemos esperar progressos longos no caminho, enquanto o estágio de Tomé de desenvolvimento não passe.

Tomé estava no limiar da compreensão, como por exemplo, quando testemunhou a ressurreição de Lázaro, mas na ocasião em que o mestre foi preso em Getsemani, ele foi dominado pela dúvida e conflito, e no momento da crucificação, ele fugiu. Na sua mente tortuosa, ele carregou a memória do corpo quebrado e do lado ferido, mas em seu coração, ele reteve como uma música escondida, as cadências divinas: “pai, perdoa-os, pois não sabem o que fazem”.

No final da triste semana da paixão do mestre, ele retornou a Jerusalém, onde os éteres já eram vibrantes com os ritmos dos hinos iniciáticos alegres da ressureição: “eu sou a ressureição e a vida”. Aqui, sua dedicação foi completa. Com as palavras, “meu senhor e meu deus,” um novo Tomé surgiu ao mundo, e seu coração incendiou e seus lábios se tocaram com aquela luz que nasceu da sintonia do amor que é eterno.

Na Índia, existe uma seita numerosa, com milhares de membros que se intitulam: “os cristãos São Tomé”, testemunhando os dias em que grandes trabalhos e milagres foram realizados pelo iluminado santo discípulo que fundou esta ordem.

(do Livreto: Corinne Heline – os 12 dias santos; a bíblia: o maravilhoso livro das épocas)

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O Discípulo André se correlaciona com o Signo de Touro

O Discípulo André se correlaciona com o Signo de Touro

O Discípulo associado com Touro é André, cuja nota distintiva é a humildade. Este é um dos atributos mais importantes que deveria cultivar cada aspirante. Desenvolvida a certo grau se converte em um tremendo poder anímico.

O centro associado no corpo é a garganta. Nos corpos da Nova Era, a garganta será um centro luminoso do qual emanará a Palavra Criadora.

André é o Discípulo que representa a humildade e a auto abnegação. Foi o primeiro a ser escolhido e mesmo assim, jamais se tornou um dos mais íntimos do círculo espiritual dos Apóstolos. Contentou-se sempre em brilhar a Glória refletida de seu irmão mais novo, Pedro. Sonhos e anseios pelas coisas do espírito o elevaram, cedo, a ser um dos seguidores de João Batista. Deste modo, ele se preparou para um serviço mais elevado e profundo que era servir ao Mestre Supremo. A Bíblia misticamente descreve sua preparação quando cita que ele estava lançando redes quando Cristo Jesus chegou.

André foi um dos escolhidos por um Grande Iniciador para servir no milagre dos peixes e pães. O propósito deste milagre era ensinar aos Discípulos como manifestar a substância física de um dado núcleo, bem como demonstrar a fraternidade de compartilhar. Após receber os grandiosos poderes conferidos aos Discípulos no Pentecostes, saíram pelo mundo para promoverem a Grande Obra. André cruzou os sete mares e as lendas místicas relatam que ele foi o primeiro a dar, para a Escócia, a nova e bendita Palavra de Vida. A cruz de Santo André é um “X”, desenhado em vermelho fogo, é o símbolo do sangue sacrificado: no lugar onde se é torturado e martirizado, grandes árvores floridas surgem adornadas com flores oriundas do sangue derramado. Pela simbologia Maçônica e Cristã esotérica, podemos encontrar repetidamente o ensinamento que onde sangue de sacrifício foi derramado, uma recordação viva cresce em forma de uma árvore florida.

O caminho sangrento desenhado pelas pegadas impressionantes de Hiram Abiff, de acordo com os escritores maçônicos, descreve este “X” da Cruz de Santo André, e a árvore de florescência sagrada em sua memória é a Acácia. A simbologia ilustra o processo de Iniciação.

(Corinne Heline – Os 12 Dias Santos; A Bíblia: o Maravilhoso Livro das Épocas)

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O Discípulo Tiago, irmão de João, se correlaciona com o Signo de Áries

O Discípulo Tiago, irmão de João, se correlaciona com o Signo de Áries

 

O Discípulo correlacionado com Áries é Tiago, irmão de João Evangelista. Este foi o primeiro em responder o chamado do discipulado e o primeiro em ir ao martírio; foi um verdadeiro pioneiro espiritual.

Durante o mês de Áries o aspirante deveria estudar a vida de Tiago e esforçar-se em emular suas virtudes.

A cabeça é o centro do corpo relacionado com Áries e a Hierarquia projeta o arquétipo da cabeça com todo o seu esplendor. O estudante pode visualizar a cabeça com seus órgãos espirituais despertos e iluminados, funcionando plenamente.

Tiago, irmão de João, foi o primeiro dos Discípulos. Estava entre os primeiros a seguir o Mestre e foi que sofreu o martírio.

Em Mateus IV: 21; 22 lemos:
“Continuando a caminhar viu os dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, no barco com o pai Zebedeu, a consertar as redes. E os chamou. Eles, deixando imediatamente o barco e o pai, o seguiram”.

A rede do pescador, na simbologia esotérica, se refere à sabedoria extraída das experiências do cotidiano. O pescador é aquele que se despertou espiritualmente para o significado e propósito da existência física. O Novo Testamento contém muitas referências do trabalho dos Discípulos com redes. Por vezes, estas são quebradas e novamente, são emendadas. Elas representam à substância extraída que é o Corpo-alma, o etérico Corpo da Nova Era que é necessário para todo ser humano.

Tiago representa a suprema qualidade da esperança que “nasce eternamente no peito do ser humano”. Foi pelo poder da esperança que Tiago foi capaz de deixar seu pai, apesar dos protestos do mesmo, dizendo: “Eu devo ir, pois Cristo Jesus chegou”.

Banhado nesta luz branca da esperança que vem do Altar mais elevado da Alma, Tiago foi capaz de passar calmamente pela amarga experiência de perseguição e martírio.

Antes do poder de Herodes o ter alcançado, para “matar Tiago pela espada”, os Discípulos plantaram na terra a semente da nova fé Cristã. Lendas Místicas declaram que após o martírio de Tiago, os Discípulos colocaram seu corpo em um barco que foi impulsionado por Anjos até alcançar à costa da Espanha, e ali, uma enorme pedra se abriu, por si mesma, para recebê-lo – uma referência das verdades da Iniciação e da nova pedra branca que ele ensinou. Nesta lenda, temos outra faceta do Mistério do Graal, em que o castelo, construído por homens e anjos, permaneceu em algum lugar e por muito tempo nas montanhas da Espanha, antes que fosse agraciado pelos altares de Glastonbury no tempo do Rei Arthur e seus cavaleiros; mas alguns dizem que esse castelo ficou primeiro na Grã-Bretanha.

 

(Do Livreto: Corinne Heline – Os 12 Dias Santos; A Bíblia: o Maravilhoso Livro das Épocas)

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O Discípulo Pedro se correlaciona com o Signo de Peixes

O Discípulo Pedro se correlaciona com o Signo de Peixes


Pedro é o Discípulo correlacionado com Peixes – Pedro, o instável, o homem “onda” quem, depois de haver despertado o Cristo interno por meio da fé, se converteu na Pedra da Iniciação sobre a qual se fundamenta a igreja.

Pedro, o hesitante, o vacilante, “o homem onda que mais tarde tornou-se o homem pedra”, é um exemplo daquele que alcançou o domínio sobre as fraquezas pessoais e a indecisão. Sua história revela que teve mais falha e limitações do que qualquer outro Apóstolo. Ainda assim, finalmente conseguiu desenvolver os atributos espirituais transcendentais que cada verdadeiro discípulo aspira.

Pedro, primeiramente, recebeu ensinamentos na escola esotérica de João Batista. Quando Cristo o encontrou, estava voltado, totalmente, em emendar redes. Ele tipifica a ação e serviço, e, finalmente, o alcançar o lugar elevado onde ele simboliza a fé – fé como um poder, não apenas uma abstração. É sobre esse poder recém-descoberto da fé, que a Igreja da Nova Era, ou corpo do Iniciado, é construído.

Quando o amor, a fé e a esperança se tornam manifestadas como trabalhos realizados dentro da consciência do aspirante moderno, então, eles, também se tornarão capazes de acompanhar Cristo nas Suas obras mais elevadas e maravilhosas, como Pedro, Tiago e João, os discípulos que simbolizam essas qualidades. Nossas maiores falhas se tornarão nossos passos que nos guiará a um maior desenvolvimento, como ocorreu com Pedro. Ele não pode jamais esquecer sua negação a Cristo, e em sua própria crucificação ele pediu para que fosse crucificado de cabeça para baixo, como não merecedor de morrer do mesmo modo que seu Senhor.

A mais preciosa história de Pedro foi seu encontro com o Mestre naquela alvorada luminosa, após a Ressurreição, quando lhe foi permitido renovar e re-dedicar sua vida, como uma resposta mais profunda ao Mestre que lhe perguntou: “Amas me?”. Magnificamente, Pedro cumpriu o mandamento do Mestre de apascentar suas ovelhas. Reza a lenda sagrada que até mesmo sua sombra tinha o poder de curar; mas sabemos que não era sua sombra, mas as maravilhosas emanações anímicas de seu Amor a Cristo que curava. Estas emanações caíam sobre todo aquele que chegava perto dele.

A vida de Pedro se desenvolvia entre a luz e a sombra, isto é, a escuridão do conflito e erro, entre provas e debilidades, produzindo arranques intermitentes de glória até que finalmente ele se rendeu a morte em um radiante branco resplendor de fé que foi verdadeiramente divino.

Tudo que era fraco e humano, finalmente, foi erradicado em uma grande explosão de fogo espiritual que consumiu a carne. Sua vida ilustra, talvez como em nenhuma outra, a verdade da afirmação de um vidente moderno: “o único e verdadeiro fracasso é deixar de tentar”. Mais do que qualquer dos discípulos, Pedro é o Apostolo do esforço incessante. Devido suas muitas e variadas experiências, da sabedoria e da compreensão que elas produziram que Pedro é conhecido como o guardador das chaves do paraíso e do inferno. O estudante de ocultismo sabe que o real propósito da vida não é felicidade, mas adquirir experiência.

 

(Corinne Heline – Os 12 Dias Santos; A Bíblia: o Maravilhoso Livro das Épocas)

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O Discípulo Mateus se correlaciona com o Signo de Aquário

O Discípulo Mateus se correlaciona com o Signo de Aquário

O Discípulo associado com Aquário é Mateus, o publicano rico e pecador que, ao escutar o chamado de Cristo deixou tudo e O seguiu prazerosamente. Renunciou a todas as suas possessões materiais e mais tarde recebeu como recompensa uma compreensão espiritual que encontrou expressão em seu imortal Evangelho que leva seu nome – uma preciosa herança para toda a humanidade.

A história da vida de Mateus revela que era um publicano pecador, e por meio do encontro com Cristo, se tornou um dos maiores e gloriosos Santos e Apóstolos que escreveu o Evangelho que carrega seu nome. Mateus, o cobrador de impostos, simboliza aquisição e posse. Essa qualidade manifestava-se primeiramente no plano físico, mas em sua equivalência transmutada, passou a manifestar uma virtude correspondente na alquimia da iluminação espiritual. Por meio de tristeza e sofrimento, a qualidade de aquisição e posse foi elevada de um nível para outro, até se tornar o poder pelo qual ele era um coletor, pela experiência, de sabedoria, em essência.
Em sua luxuosa vila, ao lado das águas azuis do lago da Galileia, Mateus celebrou sua renúncia da vida antiga e sua dedicação para a nova vida, servindo um grande banquete. Este banquete foi frequentado por muitos publicanos e pecadores, amigos e companheiros da vida antiga, e também agraciada e abençoada pela presença do gracioso Senhor. Por isso, o banquete constitui um verdadeiro evento espiritual em que os atributos da vida antiga não regenerada foram elevados e transformados pela presença e poder de Cristo.
A transformação de Mateus ocorreu pela experiência gloriosa de participar do Sermão da Montanha do Senhor. Desde então, seus olhos foram elevados com um mistério especial e de seus lábios ecoaram a nova palavra do Espírito de Vida. Em contraste com sua luxuosa vida que viveu, antes de encontrar o Mestre, Mateus se tornou uma pessoa absolutamente sóbria e ascética que, de seus lábios e corpo, gradualmente iniciou a emanar uma luz transcendente que eram como uma irradiação divina do Mestre. Sua grande obra foi concentrada amplamente na Etiópia, onde trabalhou por aproximadamente 23 anos. Mateus significa o grande propósito e poder de transmutação da vida humana.

(Do Livreto: Corinne Heline – Os 12 Dias Santos; A Bíblia: o Maravilhoso Livro das Épocas)

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O Discípulo Simão se correlaciona com o Signo de Capricórnio

O Discípulo Simão se correlaciona com o Signo de Capricórnio

O Discípulo associado a Capricórnio é Simão, irmão de Tiago e de Tadeu. Ainda que Simão fosse próximo ao Senhor por laços familiares, foi relutante em aceitar a divindade do Mestre. Mas quando finalmente foi despertado por Cristo, sua dedicação foi total. Seu único desejo era servir-lhe e nem a vida nem a morte podiam separar-lhe desse ideal.

Os Zelotes eram uma seita da Galileia, patriota por natureza, que numa intensidade terrível, odiava tudo que era romano. Reuniam-se com a sombria determinação de libertar sua amada terra da tirania Romana, sendo o fogo e a espada o meio que acreditavam poder alcançar tal propósito. Simão era um zelote. Ele tinha disposição intensa e dedicava seu corpo e alma para realizar as tarefas dos Zelotes. Ele se tornou um dos guias da seita. Como a maior parte dos patriotas e bandos revolucionários, tal seita se degenerou na multidão e atraiu para si, ladrões e foras da lei, que agiam nem sempre por patriotismo. Mesmo assim, os Zelotes mantinham o comum objetivo de libertar sua nação dos romanos.

Então, chegou até Simão a influência do gentil Nazareno. A partir daí, tudo mudou. Ao encontrar Cristo Jesus, Simão, que havia alimentado amarguras animalescas e ódio racial, não mais alimentou tais sentimentos e captou os mais nobres impulsos que despertaram em seu ser. Ele agora incorporou em seu coração a lei do Novo Regime: amor aos inimigos, resistir ao mal e sobrepujar o mal com o bem.

Tal é a lei que governará a Nova Era e sua nota-chave é o Amor. Este é o nível em que seu Amor é aplicado aos problemas cotidianos que irão determinar a adequação do discípulo para entrar na fase Aquariana da Dispensação de Cristo que está sendo introduzida agora.

O Mestre, como todos os grandes professores espirituais, ensina a necessidade de transmutar o mal em bem, e dá instruções de como realizar tal façanha. Agindo sob sua instrução, cada Escola de Mistérios, celebra um ritual à meia noite em que o miasma do mal do globo é aglomerado e transmutado em bondade. Isso não é figurativo, mas algo que ocorre literalmente. O trabalho é feito todas as noites, a meia noite, em todos os lugares, por todo o globo, através das vinte e quatro horas do dia. É um trabalho contínuo, incessante, como é sugerido no mosaico característico do piso do Templo Maçônico.

O Discípulo Simão, o grandioso Zelote, presenciou a obra da renovação realizada por Cristo e seu círculo de Iniciados e, desta maneira, mudou de ressentido patriota para amoroso e terno Discípulo, desejoso de receber e suportar o ridículo, a mortificação e a perseguição de seus antigos amigos e associados com o único fim de poder dar sua vida a seus amigos semelhantes.

(do Livreto: Corinne Heline – Os 12 Dias Santos; A Bíblia: o Maravilhoso Livro das Épocas)

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O Discípulo Felipe se correlaciona com Signo de Sagitário

O Discípulo Felipe se correlaciona com Signo de Sagitário

O Discípulo Felipe se correlaciona com Sagitário. Antes de encontrar ao Senhor, não tinha ideia do que significaria em sua vida a mente espiritualizada ou Cristificada. Era essencialmente mentalista antes, mas uma vez que a luz de Cristo se derramou sobre ele, teve o mérito de ser contado entre os Doze Imortais.

Filipe era o Discípulo de Betsaida, que em Hebreu, significa a casa das redes. Esotericamente, isso significa o despertar ou infundir-se com espiritualidade. A história de vida de Filipe contém o processo ou fórmula para espiritualização da Mente. Este é um longo e árduo processo de aceitação da divindade do Senhor. Muitas vezes, durante este processo de despertar espiritual, a Mente grita e protesta: “Mostra-nos o Pai e isso bastará”. Difícil é o ensinamento que nos faz compreender a resposta do Mestre: “Não crês que eu estou no Pai e o Pai em Mim?”.

Filipe era filho de um pai Hebreu e uma mãe Grega. Tornou-se o primeiro evangelista para o mundo Grego. Ele foi a mão que abriu a porta para o Cristianismo na Europa; e foi nomeado o Hermes de Cristo.

A maior influência em sua vida, com exceção do Mestre, foi a amizade de Natanael. Eles constituem um inseparável dois – o Davi e o Jônatas (1Sam 20; 16) do Novo Testamento. Eram inseparáveis na vida e juntos, enfrentaram o martírio. Filipe trouxe Natanael para Cristo e Natanael viu a passagem do espírito luminoso de Filipe, em seu martírio, ao encontro do Mestre. Filipe viajou pela terra, compartilhando a luz dos novos ensinamentos do Messias que ele tão ardentemente defendia, e por causa da multidão de seus seguidores e das muitas curas maravilhosas que realizava, ele foi crucificado em frente ao Templo. Fortalecido por uma visão do Cristo glorioso e pela presença terrena de seu amado Natanael, o espírito radiante de Filipe deixou seu corpo na terra, voando a caminho ascendente da alegria daqueles que permaneceram fiéis até a morte.

(Do Livreto: Corinne Heline – Os 12 Dias Santos; A Bíblia: o Maravilhoso Livro das Épocas)

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