O Discípulo Tiago, irmão de João, se correlaciona com o Signo de Áries
O Discípulo correlacionado com Áries é Tiago, irmão de João Evangelista. Este foi o primeiro em responder o chamado do discipulado e o primeiro em ir ao martírio; foi um verdadeiro pioneiro espiritual.
Durante o mês de Áries o aspirante deveria estudar a vida de Tiago e esforçar-se em emular suas virtudes.
A cabeça é o centro do corpo relacionado com Áries e a Hierarquia projeta o arquétipo da cabeça com todo o seu esplendor. O estudante pode visualizar a cabeça com seus órgãos espirituais despertos e iluminados, funcionando plenamente.
Tiago, irmão de João, foi o primeiro dos Discípulos. Estava entre os primeiros a seguir o Mestre e foi que sofreu o martírio.
Em Mateus IV: 21; 22 lemos:
“Continuando a caminhar viu os dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, no barco com o pai Zebedeu, a consertar as redes. E os chamou. Eles, deixando imediatamente o barco e o pai, o seguiram”.
A rede do pescador, na simbologia esotérica, se refere à sabedoria extraída das experiências do cotidiano. O pescador é aquele que se despertou espiritualmente para o significado e propósito da existência física. O Novo Testamento contém muitas referências do trabalho dos Discípulos com redes. Por vezes, estas são quebradas e novamente, são emendadas. Elas representam à substância extraída que é o Corpo-alma, o etérico Corpo da Nova Era que é necessário para todo ser humano.
Tiago representa a suprema qualidade da esperança que “nasce eternamente no peito do ser humano”. Foi pelo poder da esperança que Tiago foi capaz de deixar seu pai, apesar dos protestos do mesmo, dizendo: “Eu devo ir, pois Cristo Jesus chegou”.
Banhado nesta luz branca da esperança que vem do Altar mais elevado da Alma, Tiago foi capaz de passar calmamente pela amarga experiência de perseguição e martírio.
Antes do poder de Herodes o ter alcançado, para “matar Tiago pela espada”, os Discípulos plantaram na terra a semente da nova fé Cristã. Lendas Místicas declaram que após o martírio de Tiago, os Discípulos colocaram seu corpo em um barco que foi impulsionado por Anjos até alcançar à costa da Espanha, e ali, uma enorme pedra se abriu, por si mesma, para recebê-lo – uma referência das verdades da Iniciação e da nova pedra branca que ele ensinou. Nesta lenda, temos outra faceta do Mistério do Graal, em que o castelo, construído por homens e anjos, permaneceu em algum lugar e por muito tempo nas montanhas da Espanha, antes que fosse agraciado pelos altares de Glastonbury no tempo do Rei Arthur e seus cavaleiros; mas alguns dizem que esse castelo ficou primeiro na Grã-Bretanha.
(Do Livreto: Corinne Heline – Os 12 Dias Santos; A Bíblia: o Maravilhoso Livro das Épocas)
O Discípulo Pedro se correlaciona com o Signo de Peixes
Pedro é o Discípulo correlacionado com Peixes – Pedro, o instável, o homem “onda” quem, depois de haver despertado o Cristo interno por meio da fé, se converteu na Pedra da Iniciação sobre a qual se fundamenta a igreja.
Pedro, o hesitante, o vacilante, “o homem onda que mais tarde tornou-se o homem pedra”, é um exemplo daquele que alcançou o domínio sobre as fraquezas pessoais e a indecisão. Sua história revela que teve mais falha e limitações do que qualquer outro Apóstolo. Ainda assim, finalmente conseguiu desenvolver os atributos espirituais transcendentais que cada verdadeiro discípulo aspira.
Pedro, primeiramente, recebeu ensinamentos na escola esotérica de João Batista. Quando Cristo o encontrou, estava voltado, totalmente, em emendar redes. Ele tipifica a ação e serviço, e, finalmente, o alcançar o lugar elevado onde ele simboliza a fé – fé como um poder, não apenas uma abstração. É sobre esse poder recém-descoberto da fé, que a Igreja da Nova Era, ou corpo do Iniciado, é construído.
Quando o amor, a fé e a esperança se tornam manifestadas como trabalhos realizados dentro da consciência do aspirante moderno, então, eles, também se tornarão capazes de acompanhar Cristo nas Suas obras mais elevadas e maravilhosas, como Pedro, Tiago e João, os discípulos que simbolizam essas qualidades. Nossas maiores falhas se tornarão nossos passos que nos guiará a um maior desenvolvimento, como ocorreu com Pedro. Ele não pode jamais esquecer sua negação a Cristo, e em sua própria crucificação ele pediu para que fosse crucificado de cabeça para baixo, como não merecedor de morrer do mesmo modo que seu Senhor.
A mais preciosa história de Pedro foi seu encontro com o Mestre naquela alvorada luminosa, após a Ressurreição, quando lhe foi permitido renovar e re-dedicar sua vida, como uma resposta mais profunda ao Mestre que lhe perguntou: “Amas me?”. Magnificamente, Pedro cumpriu o mandamento do Mestre de apascentar suas ovelhas. Reza a lenda sagrada que até mesmo sua sombra tinha o poder de curar; mas sabemos que não era sua sombra, mas as maravilhosas emanações anímicas de seu Amor a Cristo que curava. Estas emanações caíam sobre todo aquele que chegava perto dele.
A vida de Pedro se desenvolvia entre a luz e a sombra, isto é, a escuridão do conflito e erro, entre provas e debilidades, produzindo arranques intermitentes de glória até que finalmente ele se rendeu a morte em um radiante branco resplendor de fé que foi verdadeiramente divino.
Tudo que era fraco e humano, finalmente, foi erradicado em uma grande explosão de fogo espiritual que consumiu a carne. Sua vida ilustra, talvez como em nenhuma outra, a verdade da afirmação de um vidente moderno: “o único e verdadeiro fracasso é deixar de tentar”. Mais do que qualquer dos discípulos, Pedro é o Apostolo do esforço incessante. Devido suas muitas e variadas experiências, da sabedoria e da compreensão que elas produziram que Pedro é conhecido como o guardador das chaves do paraíso e do inferno. O estudante de ocultismo sabe que o real propósito da vida não é felicidade, mas adquirir experiência.
(Corinne Heline – Os 12 Dias Santos; A Bíblia: o Maravilhoso Livro das Épocas)
O Discípulo Mateus se correlaciona com o Signo de Aquário
O Discípulo associado com Aquário é Mateus, o publicano rico e pecador que, ao escutar o chamado de Cristo deixou tudo e O seguiu prazerosamente. Renunciou a todas as suas possessões materiais e mais tarde recebeu como recompensa uma compreensão espiritual que encontrou expressão em seu imortal Evangelho que leva seu nome – uma preciosa herança para toda a humanidade.
A história da vida de Mateus revela que era um publicano pecador, e por meio do encontro com Cristo, se tornou um dos maiores e gloriosos Santos e Apóstolos que escreveu o Evangelho que carrega seu nome. Mateus, o cobrador de impostos, simboliza aquisição e posse. Essa qualidade manifestava-se primeiramente no plano físico, mas em sua equivalência transmutada, passou a manifestar uma virtude correspondente na alquimia da iluminação espiritual. Por meio de tristeza e sofrimento, a qualidade de aquisição e posse foi elevada de um nível para outro, até se tornar o poder pelo qual ele era um coletor, pela experiência, de sabedoria, em essência.
Em sua luxuosa vila, ao lado das águas azuis do lago da Galileia, Mateus celebrou sua renúncia da vida antiga e sua dedicação para a nova vida, servindo um grande banquete. Este banquete foi frequentado por muitos publicanos e pecadores, amigos e companheiros da vida antiga, e também agraciada e abençoada pela presença do gracioso Senhor. Por isso, o banquete constitui um verdadeiro evento espiritual em que os atributos da vida antiga não regenerada foram elevados e transformados pela presença e poder de Cristo.
A transformação de Mateus ocorreu pela experiência gloriosa de participar do Sermão da Montanha do Senhor. Desde então, seus olhos foram elevados com um mistério especial e de seus lábios ecoaram a nova palavra do Espírito de Vida. Em contraste com sua luxuosa vida que viveu, antes de encontrar o Mestre, Mateus se tornou uma pessoa absolutamente sóbria e ascética que, de seus lábios e corpo, gradualmente iniciou a emanar uma luz transcendente que eram como uma irradiação divina do Mestre. Sua grande obra foi concentrada amplamente na Etiópia, onde trabalhou por aproximadamente 23 anos. Mateus significa o grande propósito e poder de transmutação da vida humana.
(Do Livreto: Corinne Heline – Os 12 Dias Santos; A Bíblia: o Maravilhoso Livro das Épocas)
O Discípulo Simão se correlaciona com o Signo de Capricórnio
O Discípulo associado a Capricórnio é Simão, irmão de Tiago e de Tadeu. Ainda que Simão fosse próximo ao Senhor por laços familiares, foi relutante em aceitar a divindade do Mestre. Mas quando finalmente foi despertado por Cristo, sua dedicação foi total. Seu único desejo era servir-lhe e nem a vida nem a morte podiam separar-lhe desse ideal.
Os Zelotes eram uma seita da Galileia, patriota por natureza, que numa intensidade terrível, odiava tudo que era romano. Reuniam-se com a sombria determinação de libertar sua amada terra da tirania Romana, sendo o fogo e a espada o meio que acreditavam poder alcançar tal propósito. Simão era um zelote. Ele tinha disposição intensa e dedicava seu corpo e alma para realizar as tarefas dos Zelotes. Ele se tornou um dos guias da seita. Como a maior parte dos patriotas e bandos revolucionários, tal seita se degenerou na multidão e atraiu para si, ladrões e foras da lei, que agiam nem sempre por patriotismo. Mesmo assim, os Zelotes mantinham o comum objetivo de libertar sua nação dos romanos.
Então, chegou até Simão a influência do gentil Nazareno. A partir daí, tudo mudou. Ao encontrar Cristo Jesus, Simão, que havia alimentado amarguras animalescas e ódio racial, não mais alimentou tais sentimentos e captou os mais nobres impulsos que despertaram em seu ser. Ele agora incorporou em seu coração a lei do Novo Regime: amor aos inimigos, resistir ao mal e sobrepujar o mal com o bem.
Tal é a lei que governará a Nova Era e sua nota-chave é o Amor. Este é o nível em que seu Amor é aplicado aos problemas cotidianos que irão determinar a adequação do discípulo para entrar na fase Aquariana da Dispensação de Cristo que está sendo introduzida agora.
O Mestre, como todos os grandes professores espirituais, ensina a necessidade de transmutar o mal em bem, e dá instruções de como realizar tal façanha. Agindo sob sua instrução, cada Escola de Mistérios, celebra um ritual à meia noite em que o miasma do mal do globo é aglomerado e transmutado em bondade. Isso não é figurativo, mas algo que ocorre literalmente. O trabalho é feito todas as noites, a meia noite, em todos os lugares, por todo o globo, através das vinte e quatro horas do dia. É um trabalho contínuo, incessante, como é sugerido no mosaico característico do piso do Templo Maçônico.
O Discípulo Simão, o grandioso Zelote, presenciou a obra da renovação realizada por Cristo e seu círculo de Iniciados e, desta maneira, mudou de ressentido patriota para amoroso e terno Discípulo, desejoso de receber e suportar o ridículo, a mortificação e a perseguição de seus antigos amigos e associados com o único fim de poder dar sua vida a seus amigos semelhantes.
(do Livreto: Corinne Heline – Os 12 Dias Santos; A Bíblia: o Maravilhoso Livro das Épocas)
O Discípulo Felipe se correlaciona com Signo de Sagitário
O Discípulo Felipe se correlaciona com Sagitário. Antes de encontrar ao Senhor, não tinha ideia do que significaria em sua vida a mente espiritualizada ou Cristificada. Era essencialmente mentalista antes, mas uma vez que a luz de Cristo se derramou sobre ele, teve o mérito de ser contado entre os Doze Imortais.
Filipe era o Discípulo de Betsaida, que em Hebreu, significa a casa das redes. Esotericamente, isso significa o despertar ou infundir-se com espiritualidade. A história de vida de Filipe contém o processo ou fórmula para espiritualização da Mente. Este é um longo e árduo processo de aceitação da divindade do Senhor. Muitas vezes, durante este processo de despertar espiritual, a Mente grita e protesta: “Mostra-nos o Pai e isso bastará”. Difícil é o ensinamento que nos faz compreender a resposta do Mestre: “Não crês que eu estou no Pai e o Pai em Mim?”.
Filipe era filho de um pai Hebreu e uma mãe Grega. Tornou-se o primeiro evangelista para o mundo Grego. Ele foi a mão que abriu a porta para o Cristianismo na Europa; e foi nomeado o Hermes de Cristo.
A maior influência em sua vida, com exceção do Mestre, foi a amizade de Natanael. Eles constituem um inseparável dois – o Davi e o Jônatas (1Sam 20; 16) do Novo Testamento. Eram inseparáveis na vida e juntos, enfrentaram o martírio. Filipe trouxe Natanael para Cristo e Natanael viu a passagem do espírito luminoso de Filipe, em seu martírio, ao encontro do Mestre. Filipe viajou pela terra, compartilhando a luz dos novos ensinamentos do Messias que ele tão ardentemente defendia, e por causa da multidão de seus seguidores e das muitas curas maravilhosas que realizava, ele foi crucificado em frente ao Templo. Fortalecido por uma visão do Cristo glorioso e pela presença terrena de seu amado Natanael, o espírito radiante de Filipe deixou seu corpo na terra, voando a caminho ascendente da alegria daqueles que permaneceram fiéis até a morte.
(Do Livreto: Corinne Heline – Os 12 Dias Santos; A Bíblia: o Maravilhoso Livro das Épocas)