Arquivo de categoria Método e Leis cósmicas que regem a evolução

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Os Conceitos do Direito onde Estamos Inseridos

Os Conceitos do Direito onde Estamos Inseridos

Grande é o número de significações do vocábulo Direito, tanto no sentido etimológico, quanto no figurado. Em ambos, de maneira sintética, podemos dizer que Direito significa o que é certo.

Na concepção dos romanos, mesmo antes da era atual, o Direito representava “a arte das coisas divinas e humanas”. Aliás, tinham as razões suficientes para tanto, pois, numa primeira grande divisão, temos o Direito Divino, o Direito Natural e o Direito Positivo. Adotamos aqui, na discriminação dos grandes ramos da árvore do Direito, a ordem descendente.

O Direito Divino, criado por Deus, tomado o vocábulo Deus em seu sentido absoluto, consiste nas Leis Cósmicas que regem o Universo, não apenas o planeta Terra, o qual habitamos, ou o sistema Solar, a que pertencemos.

Como exemplo típico desse Direito, temos o livre arbítrio que recebemos de Deus. Por intermédio do germe mental. Antes de recebermos esse germe, éramos guiados em tudo, portanto, não havia o que falar em livre arbítrio.

Consistindo este, na liberdade de praticar atos, e, ao mesmo tempo, de se responder por eles, surgiu então, na mesma ocasião, o que se chama destino, que pode ser bom ou mau, segundo nossas obras. Por isso mesmo, todo cuidado que se tiver, ainda é pouco.

Ora, seja que pessoa ou grupo for, não importa se filosófico, religioso ou não, que deixar de respeitar o livre arbítrio, usando espírito autoritário ou quaisquer outros meios, está violando lei, cuja matéria é de Direito Divino. Os Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz têm, por exemplo, um profundo respeito ao referido livre arbítrio de cada um. Mostram os caminhos e a escolha fica a cargo dos Estudantes. Assim, a boa vontade e a espontaneidade que cada Estudante dispensar, ao agir, é que tem importância maior. Como dissera Cristo-Jesus: “O maior no Reino dos Céus é o que for o servo de todos”.

O Direito Natural vem a ser as mencionadas Leis Cósmicas, inscritas na Natureza, seja qual for seu aspecto. Em consonância, o apóstolo São Paulo dissera bem, quando afirmara que a Lei Divina está inscrita no coração do ser humano. Por sinal qualquer pessoa do povo tem uma noção interna do que seja o Direito. Percebe o que não está certo, e, embora, não saiba explicar o que ocorre, sente o problema.

O Direito Positivo, inspirado no Direito Natural, é constituído pelos Códigos Civil, Comercial, Penal, etc., existentes nos diversos países do globo terrestre. Esse Direito regula as relações jurídicas que se estabelecem entre os homens, não só, no campo privado, como também no público, bem ainda no cível e no militar. Regula, finalmente, as relações jurídicas entre as nações, no âmbito internacional, através de um Direito chamado Internacional Público.

Desse ligeiro bosquejo, percebe-se que estamos, em quaisquer mundos ou regiões, sempre sujeitos a Leis regulando todas as nossas atividades. Portanto, quando sofremos alguma coisa, embora não saibamos, a maioria das vezes, somos, indiscutivelmente, os únicos culpados. Por outro lado, há um grande conforto, tudo depende de nos engendrarmos bom ou mau destino. E, agora que conhecemos as coisas, é, claro, tomaremos os necessários cuidados.

(Hélio de Paula Coimbra; publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz’ – 09/66 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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As Eras Cristãs

As Eras Cristãs

Os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental nos ensinam que a “Mensagem Mística da evolução do ser humano está marcada com caracteres de fogo nos céus, onde todos àqueles que podem lê-la os terão”.

Para nos familiarizarmos com o tópico que diz respeito à religião cristã, essa mensagem nos informa que a religião cristã assinala o seu desenvolvimento em três Eras.

A primeira abarca o tempo em que o Sol, em seu Movimento de Precessão, transitou através do Signo de Áries, o Cordeiro. Jesus nasceu quando o Equinócio de Março estava ao redor dos sete graus de Áries. Os 24 graus precedentes são dos períodos relatados no Antigo Testamento, tempo em que o povo escolhido estava no cativeiro e perdido no deserto da materialidade, e a nova religião ainda não tinha sido revelada.

Então, o Cristo emprestou os Corpos Denso e Vital de Jesus quando esse estava com cerca dos 30 anos de idade.

No Gólgota, através do sangue derramado, inaugurou definitivamente um novo ensinamento, dando à humanidade algo mais elevado, já que as antigas profecias e a lei tinham sido cumpridas.

Considerando que o Signo oposto a Áries é Libra, a Balança da Justiça, a nova religião fala de um futuro dia do juízo, quando Cristo recompensará a todo ser humano de acordo com os atos praticados com o corpo.

A segunda Era abrange o tempo em que o Sol em precessão transitou pelo Signo de Peixes. Como o Sol é mais forte no signo seguinte, por estar na cúspide, tal como estava naquele tempo, Cristo chamou a Seus Discípulos de “pescadores de homens”, como está relatado no Novo Testamento, onde se lê que Ele alimentou a multidão com pescado (Peixes) e com pão (Virgem), daí então a religião do Cordeiro continuou tendo proeminência através dessa Era, de Peixes, cujos ideais ensinados e fundamentos são os seguintes: um sacerdote celibatário que adora uma Virgem Imaculada (Virgem), e a abstenção da carne em certos dias. Ambos os ideais são proveitosos para o crescimento anímico da atualidade. Entretanto, o altruísmo vem sendo fomentado.

A terceira Era nos deparará no futuro. Diz respeito ao período precessional, em que o Sol transitará através de Aquário. Teremos então uma nova fase da religião Cristã, exotericamente. O ideal então que deverá ser alcançado está simbolizado pelo Signo oposto a Aquário, Leão.

Todas as Religiões de Raça exigem uma vítima sacrificial pela transgressão da Lei, porém, ao vir, Cristo revogou o sacrifício de OUTROS, oferecendo-se a SI MESMO COMO UM SACRIFÍCIO PERPÉTUO para remissão dos pecados.

Contemplando o Ideal materno da Virgem durante a Era de Peixes, e o exemplo de Cristo através da ação de sacrificar-se para servir, a Imaculada Concepção converte-se em uma experiência real para cada um propiciando que o Cristo, Filho do Homem (Aquário), nasça dentro de nós.

Dessa forma, gradualmente, a terceira fase da religião Ariana será manifestada – o novo ideal está simbolizado pelo Leão de Judá. A coragem oriunda da convicção, a força do caráter e das virtudes afins, tornarão o ser humano digno da confiança das ordens inferiores de vida, bem como do amor dos Hierarcas Divinos que estão acima de nós.

Os precursores da raça já estão sentindo o impulso a esses ideais. Meditemos sobre a Fortaleza de Caráter.

(Revista ‘Serviço Rosacruz’ – 05/83 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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Idealismo: corajosa e sincera disposição para trilhar o caminho do Serviço

Idealismo: corajosa e sincera disposição para trilhar o caminho do Serviço

Vez por outra dirigimos, através desta revista, apelos aos estudantes, exortando-os a cooperar com o Movimento Rosacruz. Não o fazemos unicamente pela necessidade de ajudar em nossa tarefa de disseminar os ensinamentos da Fraternidade. Não. É verdade que a Obra carece de um número maior de trabalhadores. Muita coisa ainda deve ser feita. Há um imenso campo de ação pela frente exigindo maiores recursos materiais e humanos. Não podemos, contudo, deixar de enfatizar com a mais elevada motivação, o inigualável privilégio de servir à humanidade.

Não importa o grau de cultura: toda pessoa de boa vontade encontra, dentro da Fraternidade Rosacruz, setores onde pode empregar suas aptidões. Todos podem dar alguma coisa ou um pouco de si.

No transcurso de diversos renascimentos vimos aumentando nosso cabedal de conhecimentos, a par do desenvolvimento de qualidades. Temos acumulado, por meio de experiências, as mais variadas, uma dose considerável de energia. Cabe-nos, agindo de conformidade com as leis cósmicas, canalizá-la em finalidades construtivas, por meio do uso adequado de nossos talentos.

Somos inerentemente seres ativos, face ao princípio divino de MOÇÃO-ATIVIDADE – característica do Espírito Santo – palpitando em cada espírito. A inércia e inutilidade não existem na Natureza. Ao órgão que não se emprega só resta o caminho da atrofia. Diariamente nossa capacidade de ação é testada pelos mais variados desafios. São estímulos necessários. Quanto a isso, não pode haver omissão: ou agimos construtivamente e progredimos ou paramos e retrocedemos. Eis aí o verdadeiro conceito de mocidade e velhice; no sentido interno, quem desiste e para, morre para a existência, cuja finalidade é o desenvolvimento, a graus ainda inconcebíveis para o entendimento humano, das faculdades que herdamos do Criador.

O indivíduo consciente e sincero esforça-se ao máximo para harmonizar e aperfeiçoar tudo o que esteja ao seu alcance; no lar, na sociedade, em sua lida diária, etc. Sabe muito bem que ao retardar o cumprimento de seu dever ou negligenciar suas tarefas, a si mesmo negligencia. Isto é válido para os indivíduos, para as empresas e para os agrupamentos sociais. Quanto mais produzem, construtiva e legitimamente, tanto mais crescem em todos os sentidos.

Sempre é tempo de edificar alguma coisa. E a Fraternidade Rosacruz constitui uma excelente oportunidade de formar um mundo melhor. Se crescermos em harmonia, o nosso cresce conosco.

A tônica do Movimento Rosacruz é SERVIR. Mas, é preciso uma corajosa e sincera disposição para trilhar o caminho do Serviço. Os desafios surgem em momentos inesperados, caso o estudante não esteja atento, poderá sentir abalado seu idealismo. É uma vereda árdua, às vezes espinhosa, mas espiritualmente gratificante. Alguém pode perguntar se vale a pena lutar por um ideal como este. Encontramos a resposta nas palavras do grande poeta luso, Fernando Pessoa:

“Valeu a pena?
Vale sempre a pena,
Se a alma não for pequena”.

 

(Revista ‘Serviço Rosacruz’ – 07/83 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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Não há respostas técnicas para questões éticas

Não há respostas técnicas para questões éticas

O desenvolvimento econômico e social é indispensável para assegurar ao ser humano ambiente e trabalho favorável e criar, na Terra, as condições necessárias à melhoria da qualidade de vida.

Mas, se ao dito desenvolvimento faltar inspiração de ordem moral e espiritual, sobrevirão distorções e males sem conta. Isso nos é dado perceber quando analisamos as causas da presente crise mundial. Os últimos surtos desenvolvimentistas beneficiaram apenas uma parte da humanidade. Predadores, unilaterais, egoístas, divorciados de fundamentos morais, só fizeram crescer a tensão e o medo entre os povos.

A crise econômica mundial e os conflitos que pode provocar, demonstram como se tornou insustentável, mesmo a curto prazo, nosso modelo de civilização industrial. Essa situação pode e deve ser modificada. Para tanto, é necessárias alternativas de vida, tanto individual como coletiva. A essa alternativa se impõe uma base eminentemente espiritual, caso contrário voltaremos à estaca zero, continuaremos andando sem sair do mesmo lugar.

A chamada crise econômica, cujos efeitos preocupam sobremaneira os líderes mundiais, na realidade não passa de uma crise moral. Se nos aprofundarmos em suas raízes, encontraremos a ambição desmedida, pretensões de hegemonia, etc.

A crise econômica em si mesma não existe, ou melhor, ela subsiste apenas como efeito de uma causa muito mais profunda do que se possa imaginar. O Planeta ainda conta com recursos consideráveis a serem aproveitados. Pesquisas sobre formas alternativas de energia indicam a possibilidade de utilização de recursos inesgotáveis. Isso só não acontece porque o interesse de uma minoria tem prevalecido sobre o da maior parte da humanidade. Milhões são vítimas da ambição e ânsia de poder de uns poucos.

Muitos países possuem, em seu território, matérias primas essenciais à economia mundial. Todavia, suas populações levam uma vida miserável. Algumas poucas nações, altamente industrializadas, dispõem de tecnologia necessária à exploração e transformação daqueles produtos. Obtém-nos a preços aviltantes, devolvendo-os em forma de produtos manufaturados a preços proibitivos. Ainda dão em troca maquinário obsoleto a preços superestimados. É uma forma de dominação e privação.

Esse quadro constitui uma séria ameaça à paz mundial. Portanto, é incompatível com a ideia de uma Fraternidade Universal propugnada pelo Cristianismo Esotérico. É bem verdade que essa união mundial só se converterá em realidade na Sexta Época, com o regresso do Cristo, “dependendo do tempo em que um número suficiente de seres humanos tenha começado a viver uma vida de Fraternidade e Amor” (Conceito Rosacruz do Cosmos). Mas, isso não invalida os esforços atuais. Pelo contrário, agora mais do que nunca, mister se faz os seres humanos de boa vontade não desanimarem no altruísmo. É necessário divulgar os ensinamentos da Sabedoria Ocidental, mormente nesta época quando as tensões entre os povos crescem de forma alarmante.

São muitos os problemas a exigir soluções. Porém, qualquer discussão a respeito deles, que não envolva uma proposta de mudança radical em nossos hábitos e valores, será no mínimo hipócrita.

A crise mundial reflete o estado interior do ser humano: egoísta, ambicioso e angustiado. Na verdade quem está em crise é o ser humano. Em vão os estadistas e os economistas procurarão uma saída para o impasse, pois não há respostas técnicas para questões éticas.

(Revista ‘Serviço Rosacruz’ – 02/83 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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Paciência – um Agente Terapêutico

Paciência – um Agente Terapêutico

Em nosso atual mundo doente de tensão, onde a velocidade, o barulho e as diversas pressões são aceitos como a norma quase por todos, a paciência tornou-se mais que uma virtude. Agora, mais do que nunca, é componente vital de saúde.
Muito pode fazer para controlar a tensão, que leva muitos aos sedativos. A tensão nervosa é comumente considerada uma forma de pressão emocional, manifestando-se por dores de cabeça, indigestão, insônia, dores na coluna vertebral, e vertigens e caracterizada por preocupação e irritabilidade. Amiúde torna irascíveis, briguentos, irrequietos, podendo mudar um ser jovial e amigável numa criatura irritada. Produz desarmonia familiar e mau relacionamento. É, por vezes, caracterizada por desabafos emotivos, e permitindo-se que continue pode chegar a provocar a doença. Esta condição parece afligir muitos, pelo menos ocasional e parcialmente tornando-se frequente demais, séria e crônica.

A tensão nervosa, obviamente, pode gerar-se de qualquer coisa desde problemas pessoais e profissionais a vibrações sonoras audíveis ou não.

Com frequência começa na antecipação de alguma calamidade futura – algo que não acontecerá ou provará ser menos grave do que imaginado. Tensões podem surgir de personalidades conflitantes ou do dilema de ter muito a fazer em pouco tempo. Podem originar-se de uma atitude em relação ao trabalho; em vez de uma atitude confiante, o estudante teme pelo exame; em vez de dedicar-se a tornar o lar feliz, a dona de casa revolta-se contra a prosaica rotina; em vez de aceitar a profissão como um desafio e um serviço para a comunidade, o ganha-pão da casa, só anseia pelas férias e os fins de semana.

A tensão, então, parece ser um estado negativo de ser, derivando de reações negativas a situações da vida. Se as reações emocionais se tornassem positivas, assim também se tornaria o estado de ser, por lógica. A paciência é um dos fatores que tem mais probabilidade de realizar isto.

A palavra “paciência” é definida em diversas maneiras. Duas delas são apropriadas para esta nossa discussão:
1º) O ato ou poder de aguardar calmamente por algo.
2º) Indulgência com as faltas dos outros; supostas preocupações; tolerar.

A palavra chave na primeira definição é “calmamente”. Denota serenidade e falta de agitação. Se algo que nos desgasta “for” nos acontecer, acontecerá tanto se esperamos por isto num estado mental excitado ou serenamente. Muito melhor, então, ficarmos calmos. Assim podemos pensar claramente e fazer o que couber; caso contrário, nossas ideias ficarão distorcidas e ficaremos sujeitos ao insucesso perante o problema, antes mesmo de enfrentá-lo. Se estivermos calmos – pacientes – poderemos evitar as tensões que nada fazem, senão intensificar o problema e tornar-nos incapazes fisicamente, mental e emocionalmente de enfrentá-lo.

Também, como dissemos, muitas de nossas tensões nascem simplesmente da antevisão expectativa de que algum mal venha a ocorrer. Preocupamo-nos por doenças em potencial, crises financeiras, dificuldades domésticas e desentendimentos em nossas relações, bem antes que aconteçam. Frequentemente, a própria preocupação nossa atrai o problema. Se pudermos nos concentrar no presente, fazendo de nosso melhor dia a dia e deixando calmamente o futuro acontecer, muitas destas “tensões das possibilidades” desapareceriam. Há trabalho suficiente no mundo para dar-nos, em especial aos aspirantes espirituais, “ao luxo” de preocupar-nos principalmente pelo que é absolutamente incerto que aconteça.

Muitas de nossas tensões originam-se do dar e receber com os demais. Quando suas maneiras, solicitações, ideias, atitudes e comportamento diferem do nosso aparecem diferenças que irritam nossos nervos. Isto é, se nos permitirmos que nos irritem; irritam se ficarmos impacientes.

A segunda definição de paciência indica uma disposição em aceitar os outros como são, tolerando suas idiossincrasias e erros. Implica isto em nossa disposição em trabalhar com eles pela causa comum, ouvir e levar em conta seus pontos de vista, e encará-los com o mesmo respeito e consideração que cremos nos sejam devidos. Particularmente para o estudante espiritual a segunda definição de paciência implica em aceitar a “divina essência interna” de cada ser que ressalta e transcende quaisquer aspectos que nos sejam de objeção.

(Revista ‘Serviço Rosacruz’ – 02/83 – Fraternidade Rosacruz)

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O Irmão do Filho Pródigo

O Irmão do Filho Pródigo

Quando escutamos a parábola do filho pródigo, alegramo-nos com o “final feliz”. O filho pródigo exercitou erradamente seu livre arbítrio e sofreu as consequências, como acontece com todos nós. Quando já tinha, porém, sofrido bastante, arrependeu-se, e voltando ao lar encontrou o perdão e uma acolhida bem mais amorosa da que esperava. E ficamos contentes, pois ele aprendeu suas lições e entrou em sua herança espiritual de direito, e sabemos que o mesmo nos espera.

Mas, e quanto ao irmão dele?

Pouco se diz dele; contudo está entre os indivíduos mais infelizes e sem sorte. Trabalhou duramente e obedeceu a lei, enquanto o irmão se esbaldava. Tomou conta da propriedade, fez seu dever escrupulosamente, e considerou-se digno de louvor por seu trabalho. Quando, pois, o filho pródigo voltou acolhido como um herói, o ressentimento do irmão não teve limites.

Não é isto natural? Todos nós, alguma vez, ressentimo-nos do fato de alguém, aparentemente não merecedor, ter recebido recompensas e favores que não julgamos adequados a seu comportamento. Certamente, dado o presente estado da natureza humana, o comportamento do irmão é suficientemente “natural”, mas longe de ser certo. Sua conduta funda-se na própria retidão e num coração que não perdoa, e com estes impedimentos não poderá nunca chegar a entender ou sentir a chegada triunfal ao lar do pródigo, sobre a qual ele tanto se ressentiu.

O irmão trabalhara e vivera de acordo com a lei do pai, não porque amava ou porque achava esta vida correta, mas porque pensava que teria vantagens. Seus atos basearam-se apenas sobre práticas objetivas: ser bom e ver que a propriedade rendesse lucros. Todo crédito a ele, então, seria devido ou assim ele pensava. Com este fim deixara de ser o filho do próprio pai até mais que o pródigo, tornando-se escravo da propriedade e de seu próprio conceito de retidão.

O amor filial e paternal que deveria ter brotado dentro dele, portanto, não tivera chance. Morrera – se é que já tinha vivido – e com a morte do amor o individuo está perdido. Assim, com a volta do pródigo, o irmão não viu mais lugar para ele. O coração do pai e, naturalmente, suficientemente grande para todas as criaturas, mas o irmão envolvido em seu sentimento egoísta não poderia dar-se conta disto.

O pródigo tornou-se o bem amado, e o irmão, apenas aos seus próprios olhos, tornou-se o repelido. Todo seu trabalho sem recompensa – como é todo trabalho quando feito por motivos errados. Se as motivações para seu trabalho tivessem sido altruístas, teria se alegrado com a volta em segurança do filho pródigo e teria compartilhado na alegria da família reunida. Como estavam, porém, as coisas, ele só sentiu ressentimento e raiva.

A volta do irmão para o pai poderá ser uma jornada mais sofrida e mais demorada do que aquela do pródigo. O pródigo voltou para casa em humildade e amor, ansioso para servir humildemente ao pai. Assim sendo, ganhou o lugar de honra. O irmão precisa, e o será, ser removido de sua posição de superioridade no autoconceito de retidão e começar então, a longa e tortuosa escalada na qual tanto a humildade quanto o amor terão de ser aprendidos com dor.

 

(Traduzido de Rays from the Rose Cross e publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz – 02/83 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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As Chaves do Desenvolvimento Espiritual

As Chaves do Desenvolvimento Espiritual

Certa vez um estudante enviou uma missiva a Max Heindel criticando as cartas expedidas mensalmente aos membros de THE ROSICRUCIAN FELLOWSHIP, cujo teor, segundo suas palavras, “não passavam de um pequeno agradável sermão”.

Max Heindel, então, abordou o assunto na carta do mês subsequente. Presumindo não ser aquela uma opinião isolada, procurou esclarecer a questão, pois outros estudantes talvez alimentassem idêntico pensamento. Realçou a importância daqueles “pequenos agradáveis sermões” em cujas entrelinhas encontravam-se pérolas do conhecimento oculto. Tornou claro o objetivo daquelas mensagens, cujo valor moral mesclado com os ensinamentos esotéricos indicava um método de desenvolvimento espiritual.

Tal fato ocorreu há uns setenta anos, aproximadamente. Durante todos esses anos a Fraternidade cresceu e cresceu muito. Nossos ensinamentos foram divulgados em grande escala e nessa tarefa se utilizou dos modernos meios de comunicação. No entanto, ainda hoje encontramos estudantes incapazes de perceber o sentido das cartas e lições mensais, pois, as acham por demais repetitivas. Vivem clamando por novos conhecimentos.

Novos conhecimentos? Mas como? Sequer aplica na vida prática aquilo que aprenderam. Não se dão ao trabalho de garimpar as lições, de pesquisar, de meditar. Querem tudo pronto e acabado. Tem a pretensão de evoluir através de esquemas pré estabalecidos ou fórmulas rígidas, como se o desenvolvimento oculto fosse mera equação.

O conhecimento e a experiência são meios de realização espiritual. Mas apenas meios. O conhecimento por si só confere apenas erudição. É apenas verniz, casca. A experiência, por outro lado, sem o conhecimento que a explique, torna-se difícil de ser aproveitada. Embora ambos sejam importantes, se faltar-lhes o calor da devoção não ensejará oportunidade do aspirante realizar-se. A essa tríade cabe o papel de manter equilibrado o desenvolvimento espiritual.

Max Heindel divulgou os ensinamentos rosacruzes sob a orientação dos Irmãos Maiores. E o fez valendo-se de princípios didáticos, compatíveis com as tendências naturais do ser humano ocidental. Em seus livros, cartas e lições empregou uma linguagem simples e definições claras. Porém, determinadas “chaves” só podem ser encontradas mediante certo esforço.

Alguns afirmam, equivocadamente, não passar o Conceito Rosacruz do Cosmos de uma coletânea de temas sem uma interligação mais definida. Ledo engano. Ao observador mais atento e sensível os tópicos da obra básica formam um todo harmonioso e coerente. Aliás, estude-se toda a obra de Max Heindel com interesse superior, e verão todos os assuntos se completando maravilhosamente.

Além disso, esses conhecimentos proporcionam uma visão mais ampla da vida e do mundo, projetando uma nova luz sobre todos os fatos do cotidiano. Os Ensinamentos Rosacruzes descem às raízes do sofrimento humano, explicam a razão última de todas as coisas e indicam perspectivas do nosso futuro desenvolvimento. Enfatizam o aprimoramento do caráter como nosso trabalho mais importante, pois sem ele as “chaves” permanecem inacessíveis e qualquer lição parecerá um “pequeno e agradável sermão”.

(Revista ‘Serviço Rosacruz’ – 03/83 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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A Importância da Oração

A Importância da Oração

Seria importante que o ser humano, nas suas inúmeras atividades e ocupações, reservassem um lugar de destaque à oração, ao impulso interior que o anima a invocar a ajuda e o olhar luminoso de Deus. Um esforço sincero por caminharmos com retidão e confiança, por nos tornarmos melhores, pode considerar-se uma forma de oração – uma prática espiritual constante. No entanto, quando penetramos profundamente no conceito espiritual por detrás da oração e das palavras expressas, iluminamos o nosso ser de um significado mais pleno e mais vasto. A oração transporta o ser humano aos mais altos pináculos de harmonia divina; o consciencializa para a presença Divina que o habita, e torna-o capaz de responder profundamente a esse Amor que em nós vibra e nos dá vida. Torna-nos sensíveis à necessidade de “orar constantemente”, com um reconhecimento imenso pela luz com que a Sua Presença e proteção nos envolve.

Os Discípulos de Cristo sentiram também a necessidade desta vivência espiritual, e pediram-Lhe que lhes ensinassem a orar, ávidos por uma forma de expressão que manifestasse o seu sentir. O Pai Nosso, a Prece do Senhor a Deus, liga-nos à Obra do Espírito; o ser humano é invadido por uma corrente de poder Divino que o renova. Cada uma das sete partes em que se divide esta oração tem a sua função, e deverá um dia manifestar-se através do nosso ser. Quando a oração “é ditada por uma devoção pura e não egoísta, contendo em si ideais elevados, é muito mais sublime que a Concentração. A oração nunca pode ser fria; ela transporta o místico à Divindade, nas asas do Amor”.

A obra purificadora e regeneradora do Ego, começa quando o AMOR penetra o coração, e o ser se torna consciente do seu desejo de servir a presença interna de Deus, em si, em todos os seres humanos e em todas as coisas. O poder deste amor Divino nos traz arrependimento, e o nosso coração lança, então, os alicerces para uma vida purificada. A oração é o poder, a energia que afasta os obstáculos que se interpõem à espiritualização da vida.

O pecado e a desarmonia que existe nas nossas vidas, não é mais do que a cadeia de pensamentos e atos em que persistimos, e que nos afastam da harmônia e equilíbrio natural do Universo, obstruindo a presença e o amor de Deus nos nossos corações. Este flui livremente quando o invocamos numa prece sentida, pois encontramo-nos, então, libertos dos problemas não resolvidos, que constantemente dificultam a passagem desse amor purificador que se derrama sobre nós. A oração que emana de um espírito e de uma atitude de perfeito amor, atrai para si uma perfeita saúde física, mental e espiritual; vivemos segundo a maneira como oramos e vice-versa. Nem toda a oração surge do arrependimento que nos consciencializa do pecado e da vida desarmoniosa. Existe a prece que brota da alegria, da inspiração e do bem-estar que atrai e conserva a vida moldada no amor Divino. Neste construímos os templos da nossa alma, e encontramos o impulso que nos encaminha para a perfeição “à Sua semelhança”. O fogo do amor que tudo consome em si, a beleza e a Verdade inspiradas por Deus estão eternamente presentes na oração e fluem através dos nossos atos e das nossas realizações, engrandecendo e tornando presente e pleno o Seu Divino Plano no mundo.

(THE ROSICRUCIAN FELLOWSHIP – Departamento Cura – publicado na Revista “Serviço Rosacruz” – 06/82 – Fraternidade Rosacruz)

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O Caminho para a Verdadeira Felicidade

O Caminho para a Verdadeira Felicidade

Embora a maior parte da humanidade não pense assim, reiteramos sempre que o propósito da vida é a aquisição de experiências e não a busca da felicidade. O viver em função de algo geralmente circunscrito a posses materiais, status, sensações fugazes, indica com clareza qual o conceito humano de felicidade. Em vão o ser humano almeja ser feliz, desconhecendo a verdadeira e essencial natureza da felicidade. Balzac a define como “um misto de coragem e de trabalho”. Não é o objetivo atingido através da coragem e do trabalho, mas a condição interna realizada quando se labuta corajosamente em prol de uma causa nobre. É, antes de tudo, um estado de alma.

Ser feliz, segundo o pensamento espiritual, é atingir uma condição transcendental a tudo aquilo que se restringe a concepções puramente materiais, decorrentes de impressões captadas pelos nossos sentidos físicos. A felicidade situa-se no campo das conquistas do Espírito. É a consequência natural do aprimoramento interno, do contato com a eterna Fonte da Vida, o “Princípio do Amor Universal”.

Não podemos dissociar felicidade de amor. Nossa plenitude interna depende de nossa capacidade de amar. Esse sentimento, entretanto, na sua mais elevada expressão nada tem a ver com o amor “egoísta” manifesto no quotidiano das pessoas. Irrestrito e universal foi a grande verdade que o Cristo nos legou. A cristificação realiza-se por meio dele.

O amor assim compreendido manifesta-se de diversas formas, e uma delas é o “serviço amoroso e desinteressado” para com os demais. O servir desinteressadamente, o labor canalizado para fins altruístas, é a máxima expressão do ideal cristão. É a realização da verdadeira felicidade. O trabalho assim dirigido aumenta o fulgor da Divina Essência inerente a todas as pessoas, ao passo que a ação egoísta a ofusca. Ser altruísta é conservar-se fiel e alimentar-se da Divina Fonte do Amor.

Num mundo onde o utilitarismo prevalece como denominador comum das atividades humanas, agir com isenção de interesses é contrastar com o “status quo” vigente. É desajustar-se ante a sociedade dos “seres humanos práticos”.
Preceitos éticos são “adaptados” às exigências da sociedade competitiva, liberando e justificando aqueles que anseiam atingir seus objetivos por meio de manobras escusas. Muitos anestesiam a própria consciência para sobreviverem nessa comunidade de “feras”.

O ser humano verdadeiramente cristificado procura romper todas essas barreiras, agindo coerentemente com suas convicções. Talvez nem todos o compreendam, se bem que isso não o desestimule na prática do bem. Reconhece-se como um Espírito, parte integrante da Divindade, imunizado e ileso à toda crítica ferina. Sabe que estas distorções dos sentimentos humanos não podem atingir sua essência.

O ser humano cristificado crê firmemente no valor da virtude, e no poder que o coloca acima dos limitados conceitos humanos. Vivendo em sociedade, não compete. Coopera, discerne e cede quando seu íntimo consente. Conhece-se e trata de gradativamente aprimorar-se. Não procura evidenciar as falhas do próximo, mas salientam as qualidades deles para se fortalecerem. Vislumbra a harmonia na bondade, a perfeição no amor, a beleza na simplicidade. Sua humildade, longe de confundir-se com subserviência, é uma mescla de ternura, energia e justiça.

Pensa sempre no melhor. Almeja sempre o melhor. Procura tornar-se melhor. Dá, aos outros, sempre o melhor. Seu amor não encontra limites, espargindo-se em todas as direções e a todos os seres da Criação. Sabe perfeitamente que nem um só ser poderá ser excluído de seu amor.

A vida torna-se uma sublime e ardente oração quando alguém vive dessa maneira. Não há outro caminho para a verdadeira felicidade.

(Revista ‘Serviço Rosacruz’ – 10/82 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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O Caminho mais Curto

O CAMINHO MAIS CURTO

Em nosso formoso “Serviço do Templo” Max Heindel incluiu a alegação muito definida: “O serviço amoroso e desinteressado para com os outros é o caminho mais curto, mais seguro e mais agradável que conduz a Deus”.
Sim, ouvimos este ensinamento todas as noites no Templo, semanalmente na Capela, frequentemente em nossos lares, gostando de pensar em nós como quem serve todos os dias.

Contudo, quantas vezes paramos para considerar o que Max Heindel esclareceu: que não é somente o serviço que é necessitado? Asseverou em palavras que não deixam dúvida, a qualidade especial do serviço que nos conduz adiante nesse caminho a Deus.

Consideremos os meios variáveis de serviço. Há o que poderíamos chamar de serviço comercial ou trabalho prestado com o propósito de colher uma vantagem correspondente. Tudo muito bem e valioso na sua maneira, mas, lamentavelmente, insuficiente na exigência espiritual.

Depois, há o serviço prestado não tanto para obter recompensa, porém, como um senso de dever ou necessidade, o cumprimento de uma obrigação àqueles que servíamos talvez. Ainda que isto seja muito estimável, não significando que diminui o mérito, contudo, ainda não preenche totalmente o requisito.

E, depois, aí há o mais elevado espécie de serviço, o “amoroso, desinteressado” exemplar, além do qual possivelmente ninguém pode chegar a nossa presente condição de desenvolvimento.

Repara, pois, o significado dos dois adjetivos. Primeiro, o mais elevado serviço, o “amoroso”. Na nossa ansiedade de servir, e talvez na nossa ansiedade de alcançar o nosso próprio desenvolvimento, tantas vezes passamos por cima do “amoroso” e, contudo, isso é a nota chave do nosso “Serviço do Templo”.

Temos, às vezes, curiosidade, o que significa a palavra exatamente? A palavra “amor” é tão abusada que é difícil impedir que se torne confuso. O conceito comum, como tendo algo que ver somente com o sexo, naturalmente não necessita consideração. Outra opinião errada do amor, como algo impotente, débil e efeminado aproxima-se do inexato. Infelizmente está nesta conexão que tantas imagens tentando retratar o Mestre, Cristo Jesus, mostram-No como débil e ineficaz, ao passo que exatamente o contrário é o caso. Ele era forte e vigoroso (poderoso), sensível e benévolo, sim, mas estas últimas características são realmente sinônimos de poder e coragem. O poeta Tennyson, no “In Memoriam” demonstra isso claramente na seguinte parte:

“Poderoso Filho de Deus,
Amor imortal
A quem nós, que não cheguemos a ver Sua Face
Pela fé e unicamente pela fé, concebemos.
Crendo aonde não podemos provar”.

Sim, amor é o cume de poder benévolo. Se nos detemos a considerar, acharemos que mesmo nos mecanismos: brandura segue de mãos dadas com força. Pensa na onda de poder num motor de alta potência, tão macio, tão silencioso, todavia, tão irresistível. Nós, que desejamos expressar-nos apropriadamente, esquecemos às vezes isto, dando assim, a impressão de afirmação própria, quando estamos meramente tentando expressar o poder do amor? Talvez a palavra melhor que podemos usar é “compaixão” nas ocasiões quando Cristo-Jesus se dedicou para curar os enfermos e os sofredores, quando Ele derramou o poder do Seu amor, Ele “tinha compaixão deles”.

E depois esta outra palavra: auto esquecimento. Não, não é fácil esquecer-se completamente de si mesmo.

Gostamo-nos de se sentir virtuosos, tirar pouco mérito pelo que fazemos. Bem, podemos de bom grado entendê-lo, desde que nós somos ainda humanos. Mas, precisamos eventualmente elevar-nos acima mesmo disso até o ponto aonde o nosso serviço é prestado, sem pensarmos conscientemente em nós, sem mesmo o sentimento que estamos fazendo “algo bom”. Quando vimos que tem que ser feito, fazemo-lo. É quase uma tragédia que o esquecimento próprio é confundível tão frequentemente com “desinteresse”. Desinteresse é bom, muito bom – mas tantas vezes participa do sentimento de sacrifício próprio ou glorificação de si mesmo – não é mesmo?

Nós todos já sofremos nas mãos de pessoas realmente boas que se tornaram tão agressivamente desinteressadas ou considerarmo-las tão “interessadamente desinteressadas”, boas pessoas que talvez ainda não se elevaram até o ponto onde possa esquecer-se de si mesmo nas suas boas ações. Sejamos pacientes com elas; elas têm as melhores intenções e, não há dúvida, elas fazem um total considerável de benefícios. Todavia, se nós colocarmos os nossos pés no “mais curto, mais seguro e mais agradável caminho que nos conduz a Deus” precisamos caminhar mais um pouco, mais alto e nos esforçar para se esquecer de nós mesmo totalmente no nosso servir.

Reconhecemos que a concentração, prece e exercícios são todos extremamente valiosos, mas também reconhecemos que por si mesmos não são suficientes sem o “serviço amoroso esquecendo-se de si próprio”. E nunca esquecemos que por ser o “amoroso (desinteressado)” serviço, o caminho mais curto e mais seguro que nos conduz a Deus, contudo, ao mesmo tempo seja lembrado a nosso encorajamento também, que é o caminho “mais agradável” que leva diretamente ao Trono de Deus.

Oxalá aprendamos segui-lo mais amorosamente, mais desinteressadamente e, sobretudo, mais alegremente.

(Traduzido “Rays from the Rose Cross” – publicado na revista ‘Serviço Rosacruz’ – 05/82 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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