Carta de Max Heindel: Construindo para a Vida Futura

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Carta de Max Heindel: Construindo para a Vida Futura

CONSTRUINDO PARA UMA VIDA FUTURA

Sabemos que a Fraternidade ensina o renascimento como sendo um fato na natureza. Cremos nesta doutrina porque explica tantos fatos na vida que, de outra forma, não poderiam ser compreendidas. Contudo, eu me pergunto: quantos estudantes têm utilizado realmente desta verdade, fixando sua atenção sobre ela, modelando consciente e sistematicamente a construção do seu ambiente para vidas futuras?

É verdade que, no Segundo Céu, dedicamos todo o nosso tempo formando o meio ambiente para nossa vida futura, moldando a terra e o mar, provendo as condições da flora e da fauna, geralmente dando forma as coisas que nos darão um campo propício para nossa próxima vida. Mas, faremos tudo isso de acordo com a maneira como tenhamos vivido nesta existência. Se formos preguiçosos e negligentes, vivendo de uma maneira descuidada e fútil, é certo que, ao entrarmos no Segundo Céu, não estaremos preparados para formar um terreno fértil que mais tarde possamos cultivar. Assim, na nossa próxima existência nos encontraremos, provavelmente, com precários meios de existência e, sob o açoite da necessidade, aprenderemos a agir melhor.

Da mesma forma acontece com a nossas qualidades morais. Quando estamos preparando um novo renascimento, só podemos introduzir em nossos novos veículos o que temos no atual. Por conseguinte, é sensato que comecemos agora essa tarefa, enquanto nossa próxima vida está, ainda, no estágio de moldagem. Devemos formar os nossos ideais como gostaríamos que eles fossem elaborando o ambiente no qual almejaremos ser colocados.

Em primeiro lugar e sem dúvida alguma, estamos de acordo que os nossos corpos atuais não são como desejaríamos que fossem. Doenças de todos os tipos atormentam muitas pessoas; algumas estão sujeitas a dor durante toda sua existência. Ninguém consegue atravessar a vida, desde o berço até o túmulo, sem ter experimentado algum sofrimento. Por isso, cada um de nós pode imaginar-se numa existência futura, provido de um Corpo pleno de saúde, livre das doenças que constituem agora a nossa pior herança.

Em relação às nossas faculdades morais e mentais, estamos longe de ser perfeitos, portanto, cada um de nós deve procurar o aperfeiçoamento dessas faculdades. Percebemos que temos um espírito crítico, uma língua mordaz, um temperamento irritável ou outras falhas que nos indispõem com os outros e tornam a vida ao nosso redor pouco agradável? Pois bem, visualizando o nosso desejo e fixando na Mente o nosso próprio ideal para o futuro – conservar o equilíbrio em todas as circunstâncias, ser dóceis e comedidos no falar, atentos e afetuosos, etc. – construiremos esses ideais como pensamentos-forma que levaremos, já formados dentro de nós para a próxima vida. O resultado estará de acordo com a intensidade de concentração aplicada nessas metas. Na medida em que nos esforçamos, agora, para cultivar e aspirar tais virtudes, nós a possuiremos, e isto se aplicará igualmente às faculdades. Se agora somos desmazelados, o desejo de manter ordem em nossa vida dará corpo a essa virtude. Carecemos do sentido de ritmo? Podemos obtê-lo no futuro se o pedirmos agora? Habilidade mecânica ou outra aptidão que seja necessária para uma experiência de vida pode ser adquirida da mesma forma.

Devemos reservar certo tempo nos intervalos dos nossos deveres para refletir e planejar para o próximo renascimento, que tipo de corpo, faculdades, virtudes e ambientes desejamos ter.

Quando estivermos aptos para fazer, inteligentemente, a nossa escolha teremos dado um significativo passo e amplidão às nossas vidas futuras. Isto se realmente não olvidarmos o assunto.

Compreendemos que a mais elevada forma de aspirar à virtude é constante esforço em praticá-la em nossas vidas diárias. Enquanto nos esforçamos para cultivar as virtudes pela prática é científico planejar sobre a nossa vida futura, exatamente como fazemos hoje em relação ao dia seguinte. Confio que esta ideia se enraíze em cada estudante e seja consistentemente levada a uma legítima consumação. Desse modo, redundará num resultado maravilhoso sobre nosso próprio futuro e o mundo.

(Por Max Heindel – livro: Cartas aos Estudantes – nr. 70)

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