Arcanjo Cassiel – Pertence à Onda de Vida Arcangélica. O justo e paciente gênio, embaixador de Saturno na Terra, representante da justiça, do Direito e a Suprema Ordem de Deus.
Arcanjos – Nas regiões superiores do Mundo do Desejo existem entidades conhecidas com o nome de Arcanjos. Estes seres excelsos foram humanos naquele tempo da história da Terra em que nós éramos de constituição semelhante às plantas. Desde então avançamos dois passos através dos estudos de desenvolvimento animal e humano. Os atuais Arcanjos também fizeram dois avanços em seu progresso: no primeiro deles foram semelhantes àquilo que são os Anjos atualmente. Seu corpo mais denso, embora difira do nosso em forma e seja feito de matéria de desejos, é usado por eles como um veículo de consciência do mesmo modo pelo qual usamos nosso corpo. São operadores experimentados das forças do Mundo do Desejo e estas forças é que movem toda a sua ação. Portanto, os Arcanjos trabalham com a humanidade industrial e politicamente, como árbitros do destino dos povos e nações. Os Arcanjos podem ser chamados de Espíritos raciais e nacionais, porque unem as nações por meio de patriotismo e do amor ao lar e ao país. São responsáveis pela elevação e queda dos povos; dão a paz ou a guerra, vitórias ou derrotas, isto é, aquilo que serve melhor aos interesses do povo a que regem. Assim como há diversos graus de inteligência entre os seres humanos, também os há entre os seres superiores. Nem todos os Arcanjos estão preparados para poder guiar aos seres humanos, mas visto os animais também terem uma natureza de desejos estes graus inferiores de Arcanjos governam os animais como Espírito-Grupo, desenvolvendo assim, para alcançar maior capacidade.
Alma Tríplice – A Alma é a quinta essência dos três Corpos (Corpo Denso, Corpo Vital e Corpo de Desejos) e da experiência adquirida por estes veículos que implica em retidão de pensamento e de ações. Esta essência é extraída pelo Espírito ou Ego que a utiliza como alimento. A Alma é o produto das experiências acumuladas pelo Ego durante suas encarnações. A Tríplice Alma é a parte correspondente do Tríplice Espírito. A Alma Emocional aumenta a eficiência do Espírito Humano. A Alma intelectual aumenta o poder do Espírito do Vida. A Alma Consciente aumenta a consciência do Espírito Humano. A Alma Consciente cresce por meio da ação, os impactos externos e a experiência. A Alma Emocional cresce por meio dos sentimentos e emoções gerados pelas ações e pela experiência. A Alma Intelectual serve de medianeira entre as outras duas, e cresce por meio do exercício da memória, através da qual liga as experiências passadas às presentes e os sentimentos gerados por elas.
Adonai – Significa: Senhor. Antigo nome caldeu-hebreu dos Elohim.
Adão e Eva – Em nossa Bíblia há uma descrição dos primeiros habitantes da Terra. São chamados de Adão e Eva, mas se o interpretarmos corretamente veremos que eles representam a raça humana, a qual, gradualmente se arrogou o poder da procriação e, em consequência, converteram-se os espíritos humanos em agentes livres. Deste modo a humanidade recebeu uma liberdade e se tornou responsável perante a Lei de Consequência, porque se havia arrogado o poder de criar novos corpos ficando então separada a Árvore da Vida e do estado que hoje conhecemos como etéreo. O ser humano foi primeiramente semelhante aos Deuses, “feito à sua imagem e semelhança”, macho-fêmea, um hermafrodita e mais tarde se lhe tirou uma parte, ficando assim dividido em dois sexos. Na Época Polar, a matéria pura mente mineral foi um constitutivo do ser humano; dessa maneira Adão foi feito de terra, isto é, se corpo.
Absoluto – O Princípio Universal, incognoscível essência de tudo quanto existe no Cosmos. O Absoluto está mais além de toda a compreensão. Nenhuma expressão ou similaridade dos que somos capazes de conceber, pode expressar a verdadeira ideia. A manifestação implica em limitação. Portanto, podemos caracterizar melhor o Absoluto dizendo que é um Ser Ilimitado: a Raiz de toda existência, o Pai.
O Discípulo Tiago, irmão de João, se correlaciona com o Signo de Áries
O Discípulo correlacionado com Áries é Tiago, irmão de João Evangelista. Este foi o primeiro em responder o chamado do discipulado e o primeiro em ir ao martírio; foi um verdadeiro pioneiro espiritual.
Durante o mês de Áries o aspirante deveria estudar a vida de Tiago e esforçar-se em emular suas virtudes.
A cabeça é o centro do corpo relacionado com Áries e a Hierarquia projeta o arquétipo da cabeça com todo o seu esplendor. O estudante pode visualizar a cabeça com seus órgãos espirituais despertos e iluminados, funcionando plenamente.
Tiago, irmão de João, foi o primeiro dos Discípulos. Estava entre os primeiros a seguir o Mestre e foi que sofreu o martírio.
Em Mateus IV: 21; 22 lemos:
“Continuando a caminhar viu os dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, no barco com o pai Zebedeu, a consertar as redes. E os chamou. Eles, deixando imediatamente o barco e o pai, o seguiram”.
A rede do pescador, na simbologia esotérica, se refere à sabedoria extraída das experiências do cotidiano. O pescador é aquele que se despertou espiritualmente para o significado e propósito da existência física. O Novo Testamento contém muitas referências do trabalho dos Discípulos com redes. Por vezes, estas são quebradas e novamente, são emendadas. Elas representam à substância extraída que é o Corpo-alma, o etérico Corpo da Nova Era que é necessário para todo ser humano.
Tiago representa a suprema qualidade da esperança que “nasce eternamente no peito do ser humano”. Foi pelo poder da esperança que Tiago foi capaz de deixar seu pai, apesar dos protestos do mesmo, dizendo: “Eu devo ir, pois Cristo Jesus chegou”.
Banhado nesta luz branca da esperança que vem do Altar mais elevado da Alma, Tiago foi capaz de passar calmamente pela amarga experiência de perseguição e martírio.
Antes do poder de Herodes o ter alcançado, para “matar Tiago pela espada”, os Discípulos plantaram na terra a semente da nova fé Cristã. Lendas Místicas declaram que após o martírio de Tiago, os Discípulos colocaram seu corpo em um barco que foi impulsionado por Anjos até alcançar à costa da Espanha, e ali, uma enorme pedra se abriu, por si mesma, para recebê-lo – uma referência das verdades da Iniciação e da nova pedra branca que ele ensinou. Nesta lenda, temos outra faceta do Mistério do Graal, em que o castelo, construído por homens e anjos, permaneceu em algum lugar e por muito tempo nas montanhas da Espanha, antes que fosse agraciado pelos altares de Glastonbury no tempo do Rei Arthur e seus cavaleiros; mas alguns dizem que esse castelo ficou primeiro na Grã-Bretanha.
(Do Livreto: Corinne Heline – Os 12 Dias Santos; A Bíblia: o Maravilhoso Livro das Épocas)
Pergunta: o que é a Memória? Tem alguma relação com a imaginação?
Resposta: A Memória tem, na sua essência, três aspectos: Consciente, Subconsciente e Supra-Consciente.
A Memória Consciente consiste das impressões de nossos sentidos que são inscritas no Éter Refletor do Corpo Vital através da atividade da Mente e da criação das formas de pensamento. Estas se refluem para dentro da Mente sempre que o registro etérico é vitalizado por alguma associação de ideias, causando, por esse meio, o fenômeno conhecido como Memória Consciente.
A Memória Subconsciente tem a sua existência duma forma completamente diferente e está fora de nosso controle, presentemente.
O Éter contido no ar que respiramos leva consigo imagens detalhadas e precisas de tudo que nos rodeia, não só das coisas materiais, mas também das condições existentes em cada momento dentro de nossa aura. Estas imagens são gravadas nos átomos negativos do Corpo Vital e constituem o que se chama a Memória Subconsciente.
A Memória Supra-Consciente é o depósito de todas as faculdades adquiridas e de todo o conhecimento obtido nas vidas anteriores e na vida presente. A gravação da memória Supra-Consciente está indelevelmente inscrita no Espírito de Vida. Manifesta-se normalmente, embora não em toda a sua amplitude, como consciência e caráter.
A imaginação é a força criativa mental-formativa que cria imagens. É o poder de visualização que cria as formas-pensamento de acordo com as ideias projetadas na Mente Consciente pelo Espírito. É de natureza feminina e unida as forças da Lua, que são ativas na construção das formas.
(P&R da Revista Serviço Rosacruz mar/78 – Fraternidade Rosacruz SP)
Pergunta: Por que as crianças morrem?
Resposta: Há várias causas para a morte de crianças. Apresentaremos as principais.
Quando um Ego volta à vida terrena, dirige-se a uma determinada família porque aí poderá obter o ambiente previsto para o seu desenvolvimento, podendo liquidar parte do destino gerado em existências anteriores. Mas, quando os pais fazem alterações radicais em suas vidas e o Ego não mais consegue adquirir aí essa experiência, ou liquidar esse destino, é retirado e enviado para outro lugar onde possa conseguir as condições propícias para o seu crescimento nesse determinado momento. Ou, poderá ser afastado por pouco tempo e renascer na mesma família, quando essas condições forem mais adequadas para esse progresso. Porém, existe outra causa responsável pela mortalidade infantil. Situa-se numa época bem mais remota, isto é, em vidas anteriores. Para podermos entender essa causa, é necessário saber algo a respeito do que ocorre no momento e imediatamente após a morte.
Quando um Ego abandona seu veículo denso, leva consigo o Corpo de Desejos, o Corpo Vital e a Mente. No Corpo Vital, naquele momento, contém as imagens da vida passada, que foram gravadas no Corpo de Desejos, e que lhe são mostradas durante os três dias e meio que se seguem imediatamente à morte. O Corpo de Desejos torna-se, então, o árbitro do destino do Ego no Purgatório e no Primeiro Céu. Os sofrimentos causados pelo expurgo do mal e a alegria sentida pela contemplação do bem praticado durante a vida são transferidos para a próxima vida como consciência. Ela impedirá o Ego de repetir os erros de vidas passadas e o estimulará a praticar o bem que lhe proporcionou imensa alegria na vida anterior.
Quando os parentes mais próximos da pessoa agonizante (N.R.: ou mesmo quaisquer pessoas), presentes em no ambiente onde está o Corpo do Ego, irrompem em lamentações histéricas no momento do desenlace, e continuam assim por alguns dias mais, perturbam o Ego, em um momento que está ainda em contato muito íntimo com o Mundo Físico. O sofrimento dos entes queridos prejudica sensivelmente esse momento, fazendo com que ele não seja capaz de concentrar firmemente sua atenção na contemplação da vida passada.
A gravação impressa no Corpo de Desejos não será tão profunda quanto deveria ser, se o Ego, ao passar por tal processo, fosse deixado em paz sem ser perturbado. Consequentemente, os sofrimentos no Purgatório não serão tão intensos, nem as alegrias no Primeiro Céu seriam tão confortantes como deveriam ser. Por isso, ao retornar à vida terrena, o Ego terá perdido certa parte da experiência da vida anterior. A voz da consciência não se fará ouvir com a intensidade necessária, quando o Ego é perturbado pelas lamentações dos familiares e amigos. Para compensar essa falta, o Ego é, geralmente, levado a renascer entre os mesmos amigos que o prantearam, e deles é retirado quando na infância. E levado para o Mundo do Desejo. Naturalmente, uma criancinha não terá cometido quaisquer pecados que necessitem ser expurgados, e, desta forma, o seu Corpo de Desejos e a sua Mente permanecem intactos. Vai diretamente para o Primeiro Céu, esperando a oportunidade de um novo renascimento. Esse tempo de espera serve para instruir o Ego diretamente sobre o efeito das diferentes emoções, tanto as boas como as más. Frequentemente, um parente o encontra e toma conta dele, tendo a incumbência de ensinar-lhe aquilo que perdeu devido às lamentações ocorridas. Também pode ser instruído por outros. Em todo caso, a perda é mais do que compensada, pois quando a criança retorna a um segundo nascimento, terá alcançado um crescimento moral tão pleno quanto o teria sob circunstâncias normais, se não tivesse havido lamentações no momento de sua passagem.
(Livro: Perguntas e Respostas – Vol. I – pergunta 51 – Max Heindel)
A Pequena “Eu também”
Palavra-chave: Iniciativa
Num chalezinho branco, a beira mar, morava a mãe e suas duas filhas pequenas, formando, realmente, uma família feliz. Não tinham pai, pois Deus já o havia levado para o Mundo Celeste, além do céu azul.
Essas duas meninas, além de serem pequenos e lindos tesouros, eram também ajudantezinhas maravilhosas. A mais velha chamava-se Margarida e a mais nova Janete. Mas ninguém chamava Janete por seu nome e sim pelo apelido “Eu também”. Era assim que todos a chamavam. Por que?
Bem, todas as vezes que a mãe ou Margarida precisavam de alguma coisa Janete dizia “eu também”; ou se Margarida ia a algum lugar, Janete acrescentava “eu também”; de modo que a família e os amigos apelidaram-na assim.
Na bonita casinha branca havia muitas coisas a serem feitas e as irmãs estavam felizes com as pequenas tarefas que podiam fazer para a mãe. Tudo o que Margarida fazia, a pequenina “Eu Também” sempre a ajudava. A mãe das meninas era uma mãe maravilhosa, que lhes contava muitas coisas interessantes, inclusive sobre os pequenos Espíritos da Natureza que vivem na água e no ar.
Um dia, alguns primos da cidade vieram ao chalé para uma visita à família. Passaram muitas horas agradáveis no pequeno jardim e na areia. Divertiram-se muito no mar, saltando sobre as ondas e deitando-se na areia sob o sol brilhante, enquanto ouviam o barulho das ondas.
Como os priminhos da cidade não sabiam quase nada sobre o oceano e a praia, Margarida contou-lhes tudo o que sabia sobre essas coisas. Eles não sabiam que 3/4 partes da superfície da Terra é água e que o belo Oceano Pacífico é metade disse. Eles pensavam que água era apenas água e não sabiam que nela existiam ilhas grandes e pequenas, e até continentes perdidos e sepultados sob o mar agitado.
Margarida era quem mais falava. Contou a seus priminhos sobre os mares e as tempestades do mar, e mostrou o farol que ficava perto dali e cuja luz brilhante piscava sem parar para conduzir os navios com segurança. Falou-lhes sobre os jardins que existiam sob o mar, dos recifes de coral e de muito mais coisas até que os primos da cidade pensaram que ela era uma menininha muito, mas muito inteligente.
Eles sabiam muito a respeito da cidade grande onde moravam, sobre os rios, o lago onde patinavam no inverno e muitas outras coisas; mas o oceano era tão novo e interessante para eles que queriam saber mais.
Por fim, Margarida concluiu:
– Bem, realmente, eu não sei mais nada para lhes contar.
Todos ficaram muito quietos por alguns instantes, até que a pequena “Eu Também” os surpreendeu dizendo:
– Margarida, querida, você se esqueceu de contar a eles como se formam as tempestades no mar, como Mamãe nos contou.
E isso já era muito para “Eu Também” dizer, pois era uma criaturinha muito tímida. Os primos logo pediram:
– Oh, “Eu Também”, conte-nos!
Então, ela contou:
– Bem, as sílfides que vivem nas nuvens fofinhas recolhem a água que as ondinas derramam e a levam em seguida para as nuvens. Lá, seguram a água até que as Ondinas as obrigam a soltar. As tempestades são realmente batalhas entre as Sílfides e as Ondinas, travadas no mar e no ar. Por fim, as sílfides tem que entregar à água as Ondinas, que apanham as gotas de chuva, jogando-as sobre a Terra. Às vezes, as Salamandras tomam parte no combate e aí tem raios e trovões. Algumas gotas de chuva caem no solo dando de beber a grama e as flores; outras caem nos rios e lagos e outras ainda voltam diretamente para o mar azul e profundo.
Como eles ficaram encantados com a pequena “Eu Também”! Ela se fez notada naquele dia, e deixou de ser tímida. Sua mãe ficou muito feliz quando soube disso, dizendo que Janete havia demonstrado iniciativa. Depois daquele dia, a menina nunca mais ficou contente por seguir somente os outros, como fazia antes, e ninguém mais a chamou de “Eu Também”. Ela passou a ser chamada, novamente, pelo seu verdadeiro nome: Janete.
(do Livro Histórias da Era Aquariana para Crianças – Vol. V – Compiladas por um Estudante – Fraternidade Rosacruz)