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Aspirante à Vida Superior: pessoa que se aplica a eliminar todos os defeitos do Corpo de Desejos e assumir seu próprio domínio, vivendo uma vida dedicada a servir, amorosa e desinteressadamente, o irmão que sofre, que chora e que ri

Aspirante à Vida Superiorpessoa que se aplica a eliminar todos os defeitos do Corpo de Desejos e assumir seu próprio domínio, vivendo uma vida dedicada a servir, amorosa e desinteressadamente, o irmão que sofre, que chora e que ri.

A maioria dos seres humanhos deixam a vida física com o mesmo temperamento com que vieram a ela, porém o Aspirante deve eliminar, sistematicamente, todos os defeitos do Corpo de Desejos e assumir seu próprio domínio.

Isto pode efetuar-se pela Concentração sobre elevados ideais, o que fortalece o Corpo Vital e é muito mais eficaz que as Orações da igreja. O “ocultista científico” emprega a Concentração com preferência à Oração, porque a primeira se realiza com ajuda da Mente, que é fria e insensível, pois a Oração, geralmente, está ditada pela emoção. Quando a Oração é ditada pela devoção pura e impessoal, face elevados ideais, a Oração é muito superior a fria Concentração. A Oração nunca poderá ser fria porque voa sobre as asas do amor. O aspirante a vida superior realiza a união entre a natureza superior e inferior por meio da meditação sobre assuntos elevados. Essa união torna mais cimentada depois com a Contemplação e ambos estados são transcendidos pela Adoração, que guia o espírito até o Trono do Pai. O aspirante a vida superior pode triunfar somente em proporção direta a subjugação de sua natureza inferior.

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Signo Ascendente – A Missão de cada Signo: Gêmeos

“A ti, Gêmeos. Eu dou as perguntas sem respostas, para que possas levar a
todos um entendimento daquilo que o homem vê ao seu redor.

Tu nunca saberás
por que os homens falam ou escutam, mas em tua busca pela resposta
encontrarás o Meu Dom reservado a ti: o Conhecimento”. 

E Gêmeos voltou ao seu lugar.
Principal Característica: movimento
Qualidade: adaptabilidade, versatilidade
Defeito: racionalidade excessiva, falta de comprometimento

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Pergunta: Como podemos saber que o renascimento é realmente um fato? Não será possível que aqueles que afirmam isso estejam sofrendo de alucinações?

Pergunta: Como podemos saber que o renascimento é realmente um fato? Não será possível que aqueles que afirmam isso estejam sofrendo de alucinações?

Resposta: O clarividente treinado, que é capaz de ler na Memória da Natureza, pode acompanhar a vida de uma pessoa, desde o seu presente estado até retroceder aos anos de sua infância. Poderá vê-la durante o período da infância, seguindo-a através do período de gestação até o momento em que o espírito entrou no útero materno. Poderá retroceder através de sua vida no Céu, no Purgatório, na ocasião da morte na vida anterior, acompanhando-a para trás, observando sua vida inteira. No caso de um adulto, o tempo envolvido geralmente é de mil anos ou mais, e é possível, quando não há outros meios de verificação, que isso possa ser uma alucinação. Porém, no caso de crianças que não atingiram a época da puberdade, há um intervalo comparativamente menor entre as encarnações. Em tal caso é fácil verificar um renascimento entre alguém dos nossos próprios familiares. Isso, realmente, constitui uma parte da educação de um discípulo dos Irmãos Maiores. É-lhe mostrada uma criança prestes a morrer e pede-se- lhe que observe essa criança no mundo invisível, talvez por um ano ou dois, seguindo-a passo a passo até que renasça, – talvez com os mesmos pais ou com outros. Quando o discípulo tiver assim acompanhado um Ego através dos mundos invisíveis, desde a morte ao nascimento próximo, saberá, com certeza, que a Lei do Renascimento é um fato na Natureza. Frequentemente tem a oportunidade de prosseguir com tais estudos investigando vidas de muitos indivíduos. Podemos afirmar que a clarividência, que alega ser um meio de investigação, seja em si mesma, uma alucinação? Não poderá ser o clarividente, embora perfeitamente honesto, vítima de uma visão quimérica? Podemos responder a essas perguntas, dizendo que o clarividente tem todos os dias à sua disposição os meios para verificar suas observações. Se um homem visitou Nova York e viu a cidade, nunca será tentado a dizer: “Será que eu me iludi?”. Ele esteve lá e sabe disso. O mesmo acontece com o clarividente, às vezes, ao deixar o seu corpo, encontra-se e trabalha com pessoas que não conhece na sua vida diária, mais tarde, poderá ser convidado a visitar esses amigos do mundo invisível. Poderá viajar, orientado pela clarividência deles, para uma cidade na qual é um estranho. Poderá encontrá-los na rua, visitar suas casas percebidas através da clarividência, reconhecê-los e ser reconhecido por eles. Poderá conversar com estes amigos sobre as coisas que fizeram e os lugares que visitaram em seus corpos invisíveis. E se ele já teve alguma dúvida quanto à realidade da sua vida fora do denso Mundo Físico, irá convencer-se, de uma vez por todas, da realidade de suas experiências quando fora do corpo. Sabe que seus amigos não são desconhecidos, sabe que não foi iludido, mas que sua vida, seu trabalho e suas experiências lá, são tão reais como sua vida, seu trabalho e suas experiências aqui.

(Livro: Perguntas e Respostas – Vol. I – pergunta 67 – Max Heindel)

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Mensagem Otimista: Lembre disso todos os dias e melhore seus valores na vida

Mensagem Otimista: Lembre disso todos os dias e melhore seus valores na vida

Sê otimista! Não te deixes perturbar pelos obstáculos quotidianos. Encara-os com coragem e contorna-os serenamente. A calma e o bom senso são meios eficientes para afastar as nuvens negras que toldam seu semblante. Se algo te atormenta, procura averiguar de onde provém. Por certo será criação tua através do uso negativo que fizeste da palavra ou do pensamento. Procura a causa de teus males e tenta eliminá-los racionalmente.

Ninguém pode viver bem sem equilíbrio, portanto, se caíres ante as provas, não te desespere. Tu és parcela de Deus e forças novas te reerguerão novamente. Enquanto permaneceres convicto de que és espírito, nada poderá derrubar-te, porém se te limitares ao sentido efêmero desta vida material serás sempre presa fácil da tristeza, do desânimo, do ódio e de uma infinidade de sentimentos mesquinhos.

Não maldigas as duras lutas que a vida te impõe. Elas constituem meios de tua elevação espiritual, sacudindo o pó de tua consciência embotada, arrancando-te da inércia que te acorrenta, despertando-te para a vida espiritual, criando dentro de ti novos anseios, ideais elevados, culminando pelo desabrochar do Cristo Interno. Assim, procura enxergar a vida através de um prisma diferente, que imprima em teu ser a coragem de lutar e a esperança, sempre a esperança, mesmo ante os maiores revezes.

Os problemas que surgem diariamente não devem ser encarados como dificuldades a superar, mas sim como oportunidade de agir. A ação bem dirigida, o trabalho executado com finalidade construtiva e o labor altruísta formam um poderoso dínamo que, inevitavelmente, preserva o equilíbrio em tua vida. Nunca estejas ocioso, pois assim permanecendo, as preocupações logo te assaltaria advindo o pessimismo, o medo, a angústia; estas tenebrosas paixões que te intoxicam espiritual e fisicamente. Não te deixes dominar por elas, mas subjuga-as. Os seres humanos dividem-se em duas grandes classes: as dos ocupados e a dos extremamente preocupados. Enquadra-te na primeira.

Não te esqueças que cada momento é precioso no sentido de criares novas causas que determinem um porvir mais elevado. Por conseguinte, semeia o bem a cada instante, através do serviço amoroso e desinteressado para com o próximo. Esta é a magna chave do crescimento anímico. Utilize-a sempre.
Não desperdices teu tempo com futilidades. Emprega-o inteligente e altruisticamente em benefício daqueles que carecem de ajuda. Cada minuto aproveitado em obra de tal envergadura representa um grande passo na senda evolutiva. Já imaginaste o que poderia ser realizado em apenas um minuto? Num ínfimo espaço de tempo como este, poder-se-ia realizar algo cuja grandiosidade estender-se-ia até por muito tempo. Uma simples, porém sincera e calorosa palavra de estímulo pronunciada em alguns poucos segundos, pode até evitar uma tragédia. São múltiplas as maneiras de servir, importando apenas o sentimento que dinamiza tal ação.

Não olvide este velho adágio: “Quem enxuga lágrimas alheias, não tem tempo para chorar”. Assim, alimentando ideais elevados, dedicando-te ao sublime mister de servir a humanidade, indicando-lhes um meio de elevação espiritual, colocar-te-ás numa posição em que as coisas passageiras deste mundo não mais te afetarão, pois estarás harmonizando com as Leis Divinas. Então, poderás afirmar como o apóstolo Paulo: “Não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim”.

(Revista Serviço Rosacruz – 03/67 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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RECEITA – Muffins Salgados

MUFFINS SALGADOS (com apenas 3 ingredientes)

 

Ingredientes:

 

  • 4 ovos
  • 1 xícara (chá) de brócolis cozidos levemente
  • 1/ xícara (chá) de queijo cheddar ou outro de sua preferência ralado

 

Modo de fazer:

 

  • Pré aqueça o forno.
  • Misture os 03 ingredientes levemente.
  • Tempere com sal a gosto.
  • Coloque em forminhas para muffins e leve ao forno por 12 a 15 minutos ou até que o ovo esteja “cozido”.
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RECEITA – Sal Disfarçado

SAL DISFARÇADO

 

INGREDIENTES:

 

  • 1/2 xícara de chá de Manjericão
  • 1/2 xícara de chá de Orégano
  • 1/2 xícara de chá de raspas de limão ralada

 

MODO DE FAZER;

Bata tudo no liquidificador e use em qualquer prato, substituindo o sal.

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Gêmeos – Palavra Chave: Razão

Os Gêmeos

PALAVHA CHAVE: Razão

Bernardo e Bartolomeu eram irmãozinhos gêmeos. Moravam no bonito estado da Califórnia, onde o Sol brilha quase todos os dias e as crianças podem sair de casa para brincar ao Sol.
Eles tinham feito cinco anos na véspera e tinham ido pela primeira vez à escola. Todas as noites, mamãe permitia que brincassem meia hora com seus brinquedos, antes de irem para a cama. Esta noite eles estavam brincando de escola, contando os pequenos blocos de madeira com figuras de animais e com letras de A, B, C, etc. Talvez vocês também tenham alguns brinquedos iguais a estes.

De repente, mamãe, que conversava na cozinha com Janaína, sua filha mais velha, de dez anos, ouviu as vozes alteradas dos dois meninos.

– Está certo – dizia Bartolomeu.

– Não está – dizia Bernardo.

– Está.

– Não está.

– Pelo amor de Deus – disse a mãe à Janaína – que será que está acontecendo com esses meninos!

Querendo saber o que estava acontecendo, ela foi à sala de jantar, onde eles brincavam. Viu dois rostinhos perturbados e Bartolomeu segurando um bloco em cada mão.

– Mamãe – disse Bernardo – Bartolomeu quer fazer três blocos de dois; veja o que ele está querendo fazer.

Segurando os blocos no alto, um em cada mão, Bartolomeu exclamou:

– Olhe mamãe, este bloco é um, não é?

– Sim – respondeu a mãe.

– E este outro bloco é dois, não é?

– Sim – Bartolomeu – é claro – concordou.

Então, disse Bartolomeu: – um e dois fazem três, não é, mamãe?

– Mas você só tem um bloco em cada mão, Bartolomeu – argumentou a mãe – e um mais um são dois, porém, se você tivesse dois blocos em uma das mãos e um na outra, aí então seriam três.

– Mas, mamãe – insistiu Bartolomeu – um e dois fazem três, não é?

– Bem; Bartolomeu, vejamos – disse Mamãe. Suponha que você dá um bloco para Bernardo, um para a mamãe e você fica com o terceiro.

Bartolomeu deu um bloco para Bernardo e um para a mãe e, como era de se esperar, não restou nenhum para ele, o que o deixou muito embaraçado. Esta foi à maneira como aprendeu a pensar por si mesmo e usar a sua Mente. Mamãe ficou contente porque mostrou que os gêmeos tinham começado a usar os olhos, os ouvidos e a Mente, e isto eles estavam começando a aprender na escola.

– Agora, crianças – disse Mamãe – como estamos novamente felizes, guardem os brinquedos direitinhos e vamos para a nossa história de hoje.

Todos os dias, a mãe contava uma história sobre alguém que havia feito alguma coisa de valor para ajudar o mundo. Antes já falara sobre um homem chamado Graham Bell, que havia inventado o telefone, e sobre Edison, que havia feito coisas maravilhosas com a eletricidade.

Nesta noite, contou-lhes a história de Henry Ford, que fabricara muitos automóveis e tornara muitas pessoas felizes, porque os preços dos carros não eram muito altos e, assim, podiam chegar mais rápido e facilmente ao trabalho durante a semana. Aos domingos, após a Escola Dominical, eles podiam passear e mostrar as suas famílias as belas paisagens do campo.

Esta história fez com que os gêmeos desejassem crescer e se tornarem homens, para que também pudessem fazer coisas úteis nesse belo mundo de Deus. A mãe disse-lhes que para isso deveriam ir à escola, aonde poderiam aprender muitas coisas úteis. Recomendou-lhes também que não deveriam brigar mais um com o outro; quando discordassem sobre alguma coisa pedissem ajuda de alguém mais velho para resolver o problema. Desse modo, estariam usando a razão e crescendo tanto em bondade como em sabedoria.

(do Livro Histórias da Era Aquariana para Crianças – Vol. V – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz)

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A Dura Revelação: o que os Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz têm a dizer

A Dura Revelação: o que os Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz têm a dizer

 

Muitas pessoas costumam queixar-se de que a espiritualização dá muito trabalho e muita preocupação. E elas estão certas. A incorreção está em que encaram esse trabalho como um obstáculo à realização do que se propõe, e não como um meio para despertar as próprias potencialidades, latentes em cada indivíduo.

Nada se adquire sem trabalho e sem esforço próprio. É necessário, especialmente no princípio, quando estivermos dando os nossos primeiros passos no caminho da realização, certo esforço para aprender a progredir, um esforço que implica em muita renúncia a defeitos e imperfeições. E é extraordinário notar como achamos, no início, que temos só este ou aquele defeito, que, se corrigirmos determinadas tendências estaremos já realizados em uma boa extensão; e é extraordinário, também, percebermos, quando chegamos a certa etapa do caminho, já tendo percorrido um longo trecho da nossa peregrinação, que todos aqueles defeitos já corrigidos, e outros, e mais outros com os quais não contávamos e que foram aparecendo no nosso trabalho, nada mais foram do que um princípio de correção apenas, que o nosso trabalho exige uma reforma completa.

Que no início estávamos completamente errados; que pensávamos errado; sentíamos errado; vivíamos errado; servíamos errado; que tudo aquilo que nos parecia certo, de repente nos aparece com a surpreendente necessidade de uma reforma total, e, o que ainda existe em nós como remanescente das imperfeições de todo aquele trabalho, deve também ser transmutado em algo melhor. Nesse momento, olhando para frente, pode acontecer que fraquejemos, desesperando ante tão esmagadora revelação de nosso espírito. Mas isso não acontecerá se já tivermos como escape aquelas reformas iniciais realizadas anteriormente.

Daí pode-se observar, mais uma vez, a imensa bondade e a sabedoria de Deus, e como é feito o Seu maravilhoso trabalho de equilíbrio e de auxílio ao aperfeiçoamento da humanidade. Ele vai mostrando aos poucos os nossos defeitos, e, só quando já tivermos certo lastro de realizações que possa sustentar-nos diante de uma revelação mais profunda, só então, Ele nos permite encararmos a verdade de nossas próprias insignificâncias, para que, só então, amadurecidos em certo sentido, possamos prosseguir na parte mais dura da escalada, que será, ou pelo menos deverá ser, o total, completo, amplo conhecimento de nós mesmos, através de um perfeito despertar de nossa própria consciência. E é neste momento, quando são mostrados ao espiritualista o que foi o seu passado e o que deverá ser o presente, que ele compreende, não só à necessidade de ser modesto, como se deixa integrar no sentimento de humildade, não pensando em ser humilde, mas atingindo esse estado de humildade dentro de si mesmo. E então o mundo passa a adquirir nova feição, certas coisas a que dava valor, modificam sua aparência a seus olhos. Outras coisas que o irritavam antes, passam a se apresentar sob um novo aspecto, e ele pode sentir, então, o que é o amor, que é esse sentimento imenso que deve ser realizado, despertando a nossa própria divindade. Atingiu, assim, a própria inteligência e o próprio coração na eternidade das coisas, embora esse estado possa ser, no seu primeiro encontro com a verdade, apenas um vislumbre, para com o tempo, reaparecer nos momentos esparsos, que vão se aproximando mais e mais, até se tornarem num bloco único de realização interna.

Eis por que, quando alguém desiste já de início, é que não possui ainda a fibra necessária para poder enfrentar mais tarde, a dura revelação do seu próprio nada; tampouco poderá compreender a necessidade real de vir a ser uma criatura nova, completa e radicalmente modificada. Perde-se, assim a oportunidade de reconhecer, nesse trabalho que tanto o assustou, um empreendimento maravilhoso, o único empreendimento realmente digno de ser realizado, e para o qual o ser humano veio ao mundo.

Por isso, todos nós, que participamos e que temos a felicidade de participar dessa grandiosa obra que nos foi legada pelos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz por intermédio de Max Heindel a todos nós, só temos que congratular-nos com esses elevados Seres que nos guiam pedindo a Deus para que possamos a cada dia enobrecer mais e mais a Fraternidade Rosacruz, com nossos bons exemplos e com nosso trabalho, tanto individual, como coletivo, a serviço de toda a humanidade.

(Revista Serviço Rosacruz – 01/67 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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A Sombra da Cruz: recebemos nossa cruz em proporção as nossas forças

A Sombra da Cruz: recebemos nossa cruz em proporção as nossas forças

A cruz é o símbolo oculto da vida humana em sua relação com as correntes vitais. O madeiro vertical superior representa o ser humano, que recebe a energia solar verticalmente e a força Crística do interior da Terra. O madeiro horizontal configura o corpo animal, por cuja espinha dorsal perpassa as correntes circulantes pelo nosso Planeta. O madeiro vertical inferior simboliza o reino vegetal.

A cruz representa o conflito entre as duas naturezas aludidas por São Pedro quando disse (I Pedro 2:1): “Eu vos rogo que vos abstenhais dos desejos carnais que lutam contra a alma”. Sob tal ponto de vista são muito significativas as palavras de Cristo: “Se alguém quiser vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me” (Lc 9; 23).

É comum ouvir falar de sofrimentos, de alguma limitação física ou alguma dura experiência como uma “cruz” que se carrega. Em certo sentido a comparação é exata, se a aflição é causada por outrem. Como exemplo podemos citar o sofrimento do Cristo pela humanidade, seu confinamento a um mundo de baixa vibração, como o nosso.

Que comparação podemos estabelecer entre essa limitação do Mestre e os nossos pesares, por grandes que sejam? No entanto, recebemos nossa cruz em proporção as nossas forças. Mas, a cruz que tomamos após Cristo, é a mesma vida terrestre que lhe dedicamos no serviço desinteressado aos nossos semelhantes.

A enfermidade pode nos deixar preocupados, porém, se constitui uma parte de nossa cruz, chega a converter-se em benção, até a saúde da alma refletir-se no corpo.

Nestes conturbados dias, quem serão aqueles que tomarão a sua cruz e seguirão o Mestre amado?

(Revista Serviço Rosacruz – 07/76 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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Carta de Max Heindel: Sacrifício e o Progresso Espiritual

Junho de 1917

Muitas vezes recebemos cartas de estudantes que, embora formulem a pergunta de maneiras diferentes, referem-se ao mesmo assunto: “De que maneira posso conseguir maior progresso espiritual?” Portanto, creio conveniente dedicar esta carta a esse assunto.
É uma lei da natureza que “do nada, nada vem”. Mas são muitos que acreditam que a verdade espiritual e o progresso podem ser adquiridos sem ônus e sem o respectivo preço. Em certo sentido, isso é verdade, porque é vil e errado barganhar com os poderes espirituais para obter-se um lucro desonesto, como ficou firmemente demonstrado por São Pedro na sua conversa com Simão, o feiticeiro, que lhe pedia os poderes espirituais de que dispunha, oferecendo-lhe dinheiro em troca. Ao mesmo tempo, há um preço determinado para o desenvolvimento espiritual que deve ser pago por todo aquele que o queira conseguir. Em primeiro lugar, os interesses antigos devem ser sacrificados. Todos nos lembramos da parábola sobre aqueles que tinham sido convidados para a festa do rei e que se abstiveram de aceitar o convite por várias razões. Um acabava de se casar e queria gozar a lua de mel; outro tinha comprado uns bois e também queria inspecionar suas novas propriedades; e, por outras desculpas, todos perderam aquela oportunidade e a ocasião de progredir.

O mesmo acontece em nossos dias, embora de forma diferente. Desejamos estar sentados em casa lendo um livro sobre assuntos espirituais nos nossos momentos de lazer, quando nada de maior interesse tenhamos pela frente, mas, quando a Grande Obra requer mais do nosso tempo, podemos apresentar várias desculpas. “Tenho uma filha que quero enviar para a Faculdade”, diz um. “Quando tudo for feito e eu tiver cumprido minhas obrigações ocupar-me-ei disso”. Outra diz: “Os meus negócios requerem a minha presença todos os dias e, à noite, estou fatigado. Não posso trabalhar a noite para a Fraternidade, nem assistir as suas reuniões porque, no dia seguinte, não poderia dedicar todas as minhas energias ao trabalho. Mas ocupar-me-ei disso assim que abandone as meus negócios”. Um terceiro dirá: “Tenho muitos filhos que exigem a minha atenção e cuidado em diversos setores sociais. Não posso ir às reuniões da Fraternidade sem descuidá-los. Mas assim que eles casarem trabalharei para a causa”.

É perfeitamente certo que ao assumir obrigações devemos cumpri-las da melhor forma que pudermos. Ao mesmo tempo, e refletindo profundamente sobre o assunto, há sempre uma possibilidade de encontrarmos alguns momentos fora dos nossos deveres que poderiam ser dedicados à Grande Obra. A este respeito seria bom lembrar o incidente ocorrido quando alguns se dirigiram a Cristo e lhe disseram: “Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e desejam falar Contigo”. Ele respondeu: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos? Todo aquele que cumpre a vontade de meu Pai, que está no Céu, é meu irmão, minha irmã e minha mãe”. E acrescentou: “Se qualquer pessoa se chega a Mim e não renega seu pai, sua mãe, sua esposa, seus filhos, seus Irmãos, suas irmãs e, certamente, até a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E todo aquele que tenha abandonado casas, irmãs, irmãos, pai e mãe, esposa, filhos ou terras, por Meu Nome, recebê-lo-á centuplicada e herdará a vida eterna” (Mt 12; 47-50).
No processo da regeneração há e deverá haver sempre um sacrifício envolvido. Tanto pela minha experiência pessoal como pelo que tenho observado em milhares de outras pessoas, o benefício espiritual que se colherá está na proporção direta da forma como cada um emprega o seu pensamento, seu tempo e dinheiro para a causa que tenha abraçado. Quando alguém se consagra totalmente à vida da regeneração e segue o ditame do espírito, logo verá que a mesma intensidade de propósito na nova direção fará desaparecer as coisas antigas. Não terá mais tempo para elas. Desaparecem de seus pensamentos e desvanecem-se. De uma forma ou outra, a filha irá para a Faculdade ou encontrará um emprego adequado. Os negócios prosperarão até melhor do que quando o proprietário devotava todo o seu tempo e suas energias na preocupação para obter dinheiro. Os filhos encontrarão outra acompanhante tão capaz como sua mãe nas ocasiões em que ela estiver trabalhando para a causa espiritual. Em todos os casos em que tenhamos renunciado a alguma coisa pelo bem da obra, o tempo que empregamos na causa de Cristo e o dinheiro que distribuímos numa lúcida caridade, será provido e compensado sob a lei que trabalha para o bem.

Como disse o Salmista: “Fui jovem e agora sou velho e ainda não vi o justo abandonado, nem a sua semente mendigando” (Sl 37; 25). A lei pregada por Cristo: “Buscai primeiro o Reino de Deus e Sua justiça, e todas as outras coisas vos virão por acréscimo” (Mt 6; 33), é tão verdadeira atualmente como o foi quando proferida. Posso assegurar isto por experiência própria: todo aquele que viva a vida e cumpra o seu trabalho verá que esta lei é verdadeira. Somente o serviço desinteressado proporciona crescimento.

(Carta nº 79 do Livro Cartas aos Estudantes – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

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