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Autoconhecimento: a única maneira de compreendemos o mundo que nos rodeia

Autoconhecimento: a única maneira de compreendemos o mundo que nos rodeia

 

O princípio do autoconhecimento anuncia a chegada do princípio do auto despertar. Místicos como Meister Eckart (N.R.: frade dominicano, reconhecido por sua obra como teólogo e filósofo e por seu misticismo. Ele é considerado como um dos grandes símbolos do espírito intelectual da idade média) e Angelus Silesius (N.R.: Pseudônimo de Johannes Scheffler (1624-1667), poeta, Místico cristão, filósofo, médico, poeta, jurista Germânico) e filósofos como Platão e Goethe examinaram com todo o cuidado o problema do autoconhecimento. De forma geral concluíram que um aumento de cuidados e autoconhecimento é paralelo com um aumento da compreensão da unicidade da vida e da unidade de tudo. Quanto mais claramente nos conhecemos a nos próprios, mais claramente compreendemos o mundo que nos rodeia e vice- versa.

 

O mundo exterior existe para nós, na medida em que se comunica com a nossa consciência ou, mais exatamente, na medida em que nossa consciência esteja preparada para compreendê-lo. Exatamente como o acesso a todos os livros do mundo, não será de nenhuma valia, se não soubermos lê-los, assim, também, não poderemos compreender a mensagem de algo externo a nós, a menos que tenhamos desenvolvido dentro de nós a habilidade para compreender a sua “linguagem”.

 

Uma vez que tenhamos aprendido a “linguagem” de qualquer coisa ou faceta externa que desejamos compreender, estaremos aptos a recebê-la e absorvê-la dentro de nós. Então, se realmente estamos “vigilantes e sensíveis”, ela pode tornar-se, literalmente, uma parte de nós. O conhecimento, então, não provém tanto das coisas observadas, como do observador. As cores existem em tudo que vemos, mas não podem transmitir ao olho nada que nele não exista. Ao contrário, o olho é que deve reconhecer qual a cor observada.

 

(Revista Serviço Rosacruz 05/80 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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Compreensão Interior: não se feche à verdadeira natureza das coisas

Compreensão Interior: não se feche à verdadeira natureza das coisas

As coisas externas “falam-nos”, por assim dizer, somente quando sua “fala” possa ser compreendida por nossas naturezas internas. Se o ser humano quiser obter conhecimento não pode conservar-se passivo no seu meio-ambiente. Ele deve, ativamente, produzir reações naquele meio-ambiente, proveniente de dentro de si próprio. Portanto, não existe tal coisa como revelação externa, mas, somente, um despertar interior.

Cada pessoa tem o que pode ser chamado de sua própria verdade, porque cada pessoa é um indivíduo, um ser separado. Do ponto de vista particular com o qual, do seu lugar na escada da evolução, ele está sintonizado, e de acordo com o contexto no qual os seus poderes de percepção operam, ele estabelece um relacionamento com aquilo que parece ser externo a ele e assim, adquire a sua própria “verdade”, para si próprio. A exatidão desta “verdade” depende do grau de seu autoconhecimento. Como Goethe disse: “Se eu conheço a minha relação comigo mesmo e com o mundo exterior, eu a chamo verdade. E assim cada um pode ter sua própria verdade e, apesar de tudo ela é sempre uma e a mesma”.

Já foi dito que há dois tipos de conhecimento: um que compõe o nosso relacionamento com os objetos externos e o outro é aquele que é ele próprio, o objeto do qual obtemos conhecimento: as coisas como as vemos e as coisas como, na verdade, são. A primeira espécie é dominante na ciência material que tenta explicar as coisas e os acontecimentos do mundo exterior. A segunda espécie está em nós quando vivemos dentro do conhecimento que obtivemos. A segunda espécie de conhecimento, então, origina-se da primeira.

É, talvez, simplesmente natural que dois tipos de conhecimento devam existir desta maneira. A percepção sensorial do ser humano diz-lhe que é um indivíduo entre outros indivíduos e separado das outras coisas. Porém, quando ele aprende a compreender que é um Deus em formação, feito a imagem de nosso Deus solar – quando, em outras palavras, ele se abre ao conhecimento superior, compreendendo a sua natureza divina – o conhecimento que ele tem das coisas começa a transformar-se numa compreensão da verdadeira existência e significado das coisas. Esta transformação, todavia, só pode ser realizada pelo esforço próprio. O ser humano só começa a ser verdadeiramente ele próprio, quando obtém este elevado conhecimento.

Muitas pessoas parecem vacilar para frente e para trás, entre os dois tipos de conhecimento – olhando e verdadeiramente sabendo. Quando alguém se recusa a olhar, fecha-se às coisas cuja natureza ele deve aprender a conhecer. Quando se recusa a trabalhar para a obtenção da sabedoria, ele fecha-se à verdadeira natureza das coisas.

(Revista Serviço Rosacruz – 05/80 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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Alimento: o alimento de um ser humano é veneno para outro

Alimento – Todos os bois pastam erva e todos os leões comem carne, mas “aquilo que é alimento para um ser humano pode ser veneno para outro”. Isto é mais uma ilustração da absoluta influência do Espírito-Grupo. Tal influência contrasta com a do Ego, que faz cada ser humano necessitar de uma porção de alimento diferente da que precisa outro. Os mais puros e melhores alimentos têm suas partículas envolvidas por Éter planetário e matéria de desejos mais pura. Se eles forem empregados na construção do Corpo Denso, purificam e melhoram todos aqueles Corpos.

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Alento: “nephesh” em hebraico

Alento: “nephesh” em hebraico, é o mesmo no ser humano e no animal. Isto se pode demonstrar mesmo àqueles que se baseiam firmemente na autoridade da Bíblia. Segundo Capítulo do Gênesis: “Então, Jeová formou o ser humano do barro da Terra e soprou suas narinas o alento (nephesh) e o ser humano converteu-se em uma criatura que respirava (nephesh chayim)”.

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Água: o elemento Água só foi acrescentada nesse Esquema de Evolução no Período Lunar

Água – Até a Época Atlante só a água fora usada como bebida nas cerimônias e serviços do Templo. O elemento Água só foi acrescentada nesse Esquema de Evolução no Período Lunar. A antiga Atlântida diferia do mundo atual em muitas coisas; a maior diferença estava na constituição da atmosfera e da água daquela época. A água não era tão densa como agora, continha maior proporção de ar. A atmosfera da Atlântida, nebulosa e pesada, tinha muita água em suspensão.

Lembremos que a Água é o grande dissolvente.

 

 

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Pergunta: A Alma de uma mulher é masculina e a Alma de um homem feminina?

Pergunta: A Alma de uma mulher é masculina e a Alma de um homem feminina?

Resposta: Falando em termos gerais, podemos responder afirmativamente. O Corpo Vital, que é eventualmente transformado, transmutado e espiritualizado em alma, é do sexo oposto.

É formado, órgão por órgão, exatamente como o Corpo Denso, mas com essa única exceção, e isto esclarecem muitos fatos que seriam, de outras maneiras, inexplicáveis. As faculdades inerentes do Corpo Vital são o crescimento, a propagação, a assimilação e a memória. A mulher, por ter um Corpo Vital positivo, amadurece mais cedo que o homem, e as partes que permaneceram semelhantes às plantas, como o cabelo, crescem mais e são mais viçosas e, naturalmente, um Corpo Vital positivo gerará mais sangue do que o Corpo Vital negativo possuído pelo homem. Por isso, temos na mulher uma pressão sanguínea maior, que é necessariamente aliviada pelo fluxo periódico que cessa na menopausa, provocando nela um segundo crescimento, ao qual já aludimos quando a qualificamos de “madura”.

Os impulsos do Corpo de Desejos projetam o sangue através do sistema numa velocidade oscilante, de acordo com a intensidade das emoções. A mulher, tendo sangue em excesso, trabalha sob uma pressão bem mais elevada do que o homem e, embora esta pressão seja aliviada pelo fluxo periódico, muitas vezes é necessário recorrer a um meio que permita maior vazão: suas lágrimas, que são um sangramento branco, uma válvula de segurança que remove o excesso do fluido. Os homens, embora experimentem emoções tão intensas quanto às das mulheres, não são propensos a chorar porque não têm sangue além do necessário.

Sendo positivamente polarizada na Região Etérica do Mundo Físico, a esfera da mulher situa-se mais no lar e na igreja, onde ela sempre foi circundada por amor e paz, enquanto o homem trava, sem tréguas, a batalha do forte para a sobrevivência do mais apto no denso Mundo Físico, onde ele é positivo.

(Livro: Perguntas e Respostas – Vol. I – pergunta 08 – Max Heindel)

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Autopercepção e os Princípios Herméticos

No Templo de Apollo em Delfos estão gravadas as seguintes palavras: “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo e os Deuses”.

“Homem, conhece-te a ti mesmo” é um conselho transmitido através das idades para todos os que procuram, seriamente, a iluminação espiritual.

As verdades mais elevadas da iluminação espiritual só serão nossa posse quando nos conhecermos a nos próprios, muito mais profundamente do que possamos imaginar agora. Tal como lemos no Conceito: “Quando o ser humano na sua involução progrediu até ao ponto de precisar dum parceiro para propósitos de geração, ele perdeu o conhecimento de si próprio; por conseguinte a sua consciência tornou-se cada vez mais voltada para as coisas exteriores e ele perdeu sua percepção interna. Isto não poderá ser completamente recuperado até que ele tenha passado ao estágio onde não haverá mais necessidade de um parceiro para propósito de geração e tenha atingido um grau de desenvolvimento em que possa, novamente, utilizar toda a sua força criadora à vontade. Então, ele novamente conhecer-se-á a si próprio como quando estava no estágio idêntico ao reino vegetal que conhecemos, mas com a importante diferença de que usará sua faculdade criadora conscientemente e não será restringido a usá-la para fins de procriação, mas poderá criar tudo que quiser”.

Conhece-te a ti mesmo, então, significa muito mais do que meramente conhecermo-nos em termos de Mundo Físico. Na verdade, até mesmo esta forma de autoconhecimento não é fácil de obter. Quando iniciamos a prática do exercício de Retrospecção e, frequentemente, mesmo depois de estar executando-o por algum tempo, é dolorosamente óbvio quão pouco realmente nos conhecemos, mesmo em termos puramente materiais.

O autoconhecimento completo significa algo mais do que conhecer como vivemos nossa vida terrena e do que mostrar-nos nossas reações no contato com as outras pessoas e no cumprimento de nossos deveres. Significa, também, compreender nossas naturezas espirituais, nossas origens, nosso destino e as potencialidades divinas que a maioria da humanidade nem sonha que estejam latentes dentro de nós.

A familiaridade com os sete princípios herméticos que constituem a base dos ensinamentos da ciência oculta, desde o antigo Egito até aos nossos dias, é uma ajuda inestimável na obtenção do autoconhecimento.

O primeiro princípio hermético define a natureza própria do Universo, assim como de todas as coisas nele contidas; é o princípio do mentalismo: “O Todo (o Absoluto) é Espírito; o Universo é mental”. O Todo pode ser considerado como uma Mente vivente, infinita e universal, e nós, assim como os outros fenômenos do Universo, somos criações mentais do Todo. Assim é verdadeiro que no Todo “nós vivemos e nos movemos e temos o nosso ser”.

O segundo princípio é o da correspondência: “Assim como é em cima é em baixo; assim como é em baixo é em cima”. Sabendo isto, o ser humano pode raciocinar inteligentemente do conhecido para o desconhecido, incluindo, particularmente, as profundidades desconhecidas de si próprio.

O terceiro princípio há o princípio de vibração: “Nada repousa; tudo se move; tudo vibra”. Este princípio pode ser aplicado na obtenção do domínio dos fenômenos naturais de várias maneiras, nas palavras de um antigo escritor: “Aquele que entende o princípio da vibração, empunhou o cetro do poder”.

O quarto princípio, da polaridade, mantém que “Tudo é dual; tudo tem polos; em tudo existe o par de opostos que são idênticos em sua natureza, mas diferentes em grau; nos extremos encontram-se, portanto, todos os paradoxos podem ser reconciliados”. Neste princípio é baseada a faculdade da transmutação; e, o que é mais importante, a transmutação do mal em bem. A compreensão deste princípio tornará, também, a pessoa apta a mudar sua própria polaridade, se para isso quiser devotar tempo e esforço.

O quinto princípio, do ritmo, enuncia que “Tudo flui para fora e para dentro; o movimento pendular manifesta-se em todas as coisas; a medida da oscilação para a direita e a medida da oscilação para a esquerda”.

Todas as pessoas que se elevam a qualquer grau de domínio de si mesmo estão, pelo menos intuitivamente, a par deste princípio. Usando sua força de vontade para, em todas as coisas, ficarem em equilíbrio são capazes de neutralizar os efeitos do princípio do ritmo dentro deles próprios e, desse modo, desenvolver um grau de equilíbrio, essencial para o autocontrole.

O sexto princípio, o de Causa e Efeito, é um com o qual se tornam familiares todos os que fazem o retrospecto de suas atividades diárias.

“Toda a causa tem o seu efeito; todo o efeito tem a sua causa; há muitos planos de causação; nada escapa à Lei”.

A maioria das pessoas são arrastadas de dia para dia, obedecendo aos caprichos das circunstâncias, meio ambiente, desejos, lassidão ou as vontades mais fortes dos outros. Porém, à medida que nós vamos nos conhecendo melhor aprendemos até que grau nos deixamos manobrar por fatores externos. Então, podemos tomar providências para usar os princípios de Causa e Efeito, em nosso benefício, em vez de sermos simples joguetes ou peões no xadrez dos afazeres mundanos.

Finalmente o princípio do gênero enuncia que “Tudo tem seu princípio masculino e princípio feminino; o gênero manifesta-se em todos os níveis de desenvolvimento”. Nenhuma criação física, mental ou espiritual é possível sem este princípio. O princípio feminino encarrega-se do trabalho de gerar novos pensamentos, imaginação e conceitos. O principio masculino faz o trabalho da vontade, que ativa os pensamentos e imaginação. Idealmente, os princípios masculino e feminino agem de forma coordenada e harmoniosa um com o outro. Em muitas pessoas, todavia, a força de vontade é muito débil – ou, pelo contrário, age irrefletidamente, sem a preparação de pensamento apropriado – e a completa cooperação e coordenação entre os dois elementos é ainda uma coisa do futuro. Novamente, devemos recordar-nos que o autoconhecimento total e completo poderá ser atingido somente quando o Ego se desenvolver ao ponto de não mais precisar de parceiro para a geração e possa utilizar a totalidade de suas forças criadoras harmoniosamente coordenadas, segundo sua vontade.

(Revista Serviço Rosacruz – 05/80 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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Rosália e o Raio de Sol – Palavra-chave: Sensibilidade

Rosália e o Raio de Sol

Palavra-chave: Sensibilidade

Em um lindo jardim, num luminoso dia de verão, o riso feliz das crianças podia ser claramente ouvido. A alegria estava presente e o ar vibrava de felicidade. Uma garotinha estava no meio das crianças, mas era muito nova para brincar os jogos que os outros brincavam. No seu vaporoso vestido branco, olhos espertos, linda face rosada, emoldurada por suaves cachos dourados, ela parecia mais uma flor do que uma criança.

Sorrindo feliz, olhava um raio de sol que parecia estar brincando ao seu redor. O raio de Sol era tão brilhante e bonito que ela teve vontade de brincar com ele. Tentou apanhá-lo e, como não conseguiu, perseguiu-o de um lado para outro, afastando-se das outras crianças. Quando quase conseguiu pegar o raio dançante, ele iluminou uma flor. A flor era linda, assim ela chegou perto para admirá-la e cheirar o seu perfume, quando pareceu ouvir de dentro uma voz fraquinha falando com ela. Quando ouviu isso, a garotinha perguntou:

– Qual o seu nome, linda flor?

Rosa – sussurrou – E como deve ser o seu nome, linda criança?

– Rosália – respondeu a menininha.

– Que doçura – disse a vozinha – Rosália significa uma rosa pequena.

– Oh! fale-me mais, linda flor, por favor! – Disse Rosália.

– Bem, já que você também é uma rosinha, se você prometer ficar bem quietinha e obediente, vou levá-la comigo para um passeio no raio do sol.

Rosália prometeu e elas foram fazer um passeio num distante jardim onde lindas flores estavam crescendo.

As flores seguravam suas cabecinhas pequenas bem erguidas e ficavam felizes em alegrar todos os que passavam por ali, pois para isso existem as flores. Elas nos foram dadas por Deus para serem apreciadas, porque em suas lindas cores azuis, douradas, vermelhas e violetas, vivem bonitos pensamentos que devemos construir dentro de nossas vidas. Amor, paciência e obediência, todos vivem e respiram na fragrância das flores.

Rosália viu algo mais; tão surpreendente que ela até perdeu o fôlego e quase chorou de emoção. Era um pequeno duende, atento no seu trabalho de colorir as flores. Seu nome era Elf-kin e tinha um pequeno auxiliar muito hábil, chamado Do-kin. E ali havia uma encantadora duende donzela, com um vestido lindo que parecia um arco-íris. Ela estava parada onde o Sol brilhava, sobre ela e Elf-kin estava pintando uma flor para ser exatamente igual a ela. Ele pôs um pouco do azul do céu, do dourado do sol, do vermelho do pôr-do-sol, do verde da grama e um pouquinho do marrom da terra naquela flor. Oh! como ficou maravilhosa!

– Você sabe algo dos duendes, não é? – Continuou a rosa. Eles são minúsculos Espíritos que trabalham com as flores. São criaturinhas sempre ocupadas, trabalhando arduamente para fazer flores, arbustos e árvores.

Trabalham em pequenos grupos, aprendendo lições dos sábios Espíritos-Grupo que sabem tudo sobre essas coisas. Os Espíritos-Grupo são Anjos que guiam as flores e os duendes. Todos trabalham juntos em amor no bonito mundo das plantas de Deus.

– Oh, eu quero fazer flores bonitas, também -Disse Rosália -Por favor, mostre-me como se faz!

Silêncio, querida menina! – Disse a vozinha da rosa.

Elf-kin poderá ouvi-la e ficar com medo de ver uma garotinha no seu jardim. Pode pensar talvez que você seja um gnomo escuro esperando para pregar-lhe uma peça, enquanto ele está pintando essa linda e nova flor. Há duas espécies de duendes: os claros, que trabalham com as flores, moldando-as e pintando-as, e os duendes escuros ou gnomos, que trabalham na terra. Esses duendes escuros são muito travessos e adoram pregar peças nos duendes claros. São só brincadeiras, mas isso faz Elf-kin ficar sempre alerta, conservando-o cuidadoso o tempo todo, pois não quer ver suas lindas flores assustadas. Você pode ver que ele é muito atencioso com as suas flores e essa foi uma das lições que aprendeu. Obediência é outra lição, pois ele trabalha muito, dia após dia, cumprindo a vontade de Deus; fazer flores é trabalho para os Espíritos da Natureza fazerem, não para meninas pequeninas. Mas há trabalho para você também no Mundo de Deus.

Você pode ser doce e bonita como uma flor, porque você tem o nome de uma flor. Você também pode dar alegria e felicidade para todos que a veem durante o dia, principalmente à sua mãe, sendo obediente quando ela lhe pede para fazer alguma coisa.

Então Rosália percebeu que o raio de sol ainda brilhava ao seu redor. As pequenas crianças continuavam a brincar alegremente e faziam jogos no jardim. Rosália apressou-se para encontrá-las, segurando cuidadosamente a linda rosa, e contou-lhes o seu passeio no raio de sol. As crianças colocaram-na no meio da roda e brincaram de “Roda ao redor de Rosália”, acreditando mais do que nunca, nos pequenos duendes e nos Espíritos da Natureza.

(do Livro Histórias da Era Aquariana para Crianças – Vol. V – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz)

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Carta de Max Heindel: Domando os Membros Insubordinados

Domando os Membros Insubordinados

Os nossos estudantes devem saber que temos em Mt. Ecclesia um pequeno serviço pela manhã e a tarde, no qual incluímos uma leitura da Bíblia. Mrs. Heindel e eu gostamos de ler, de tempos em tempos, o terceiro capítulo de São Tiago, porque nele encontramos uma lição muito importante. Pensei que não seria mal submetê-lo a atenção de todos, especialmente por causa de um incidente que aqui ocorreu há pouco tempo e que teve a virtude de gravar, fortemente, aquela passagem bíblica em minha consciência. Creio que todos podem tirar proveito se a infiltrarmos em nossos corações. Permitam-me que cite alguns versículos do capítulo mencionado, e contarei depois o incidente a que me referi.

“Aquele que não peca no falar é realmente um homem perfeito, capaz de refrear todo o seu corpo. Quando pomos freio na boca dos cavalos, a fim de que nos obedeçam, conseguimos dirigir todo o seu corpo. Notai que também os navios, por maiores que sejam, e impelidos por ventos impetuosos, são, entretanto, conduzidos por um pequeno leme para onde quer que a vontade do timoneiro os dirija. Assim também a língua, embora seja um pequeno membro do corpo, se jacta de grandes feitos! Notai como um pequeno fogo incendeia uma floresta imensa. Ora, também a língua é um fogo. Como o mundo do mal, a língua está posta entre os nossos membros maculando o corpo inteiro e pondo em chamas o ciclo da criação, inflamada como está pela geena. Com efeito, toda espécie de feras, de aves, de répteis e de animais marinhos é domada e tem sido domada pela espécie humana. Mas a língua, ninguém consegue domá-la: ela é um mal irrequieto e está cheia de veneno mortífero. Com ela bendizemos ao Senhor, nosso Pai, e com ela maldizemos os homens feitos à semelhança de Deus” (Tg 3; 3-9). “Com efeito, onde há inveja e preocupação egoística, aí estão as desordens e toda sorte de más ações. Por outra parte, a sabedoria que vem do alto é, antes de tudo, pura, depois pacífica, indulgente, conciliadora, cheia de misericórdia e de bons frutos, isenta de parcialidade e de hipocrisia. Um fruto de justiça é semeado pacificamente para aqueles que promovem a paz” (Tg 3; 16-18).

Em Mt. Ecclesia temos vários enxames de abelhas. Há algum tempo os jardineiros mudaram o sítio de um deles. As abelhas irritaram-se, por aquela intromissão na sua vida e no seu trabalho, e picaram os seus agressores, dolorosa e severamente, em inúmeras partes do corpo. Quando soube do sucedido e refletindo sobre ele veio-me o pensamento de que havia ali uma lição muito importante. A abelha perde o seu ferrão ao picar alguém e morre em seguida. Reflita bem nisto! Como se aplica rigorosamente a lei da justiça!

Automaticamente ela própria se mata ao ferir alguém. Não é obra de um Deus vingativo, mas a sua própria ação que lhe dá o retorno. Reflitamos bem nisto!

Se morrêssemos imediatamente depois de picar um semelhante com palavras mordazes, quantos de nós existiríamos? Por outro lado, se soubéssemos que morreríamos depois de termos dado a ferroada, não dominaríamos as nossas línguas para nosso próprio benefício e para de todos os outros envolvidos? Este é, por certo, um exemplo que deveríamos ter sempre presente, e considerá-lo repetidamente até aprendermos a cerrar os dentes, mantendo a boca fechada cada vez que somos tentados a empregar palavras maldosas.

Chegará o tempo em que deixaremos de ter o sentimento maldoso para o próximo, não importando o que nos possam ter feito.

Posso assegurar que, desde a nossa chegada a Sede Central, este capítulo da Bíblia tem sido para Mrs. Heindel e para mim de um proveito espiritual extraordinário. Ajudou-nos muito mais do que todos os outros juntos, ainda que estejamos longe, muito longe da perfeição. Mas, a forma como temos agido e os outros em relação a nós é a garantia plena para chamarmos a atenção especial de todos para esse capítulo, juntamente com a pequena história das abelhas.

Que essa leitura, feita uma ou duas vezes por semana, seja profundamente gravada em seus corações e lhes traga consideráveis benefícios.

(Por Max Heindel – livro: Cartas aos Estudantes – nr. 82)

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Não Julgueis: necessário, mas não suficiente para você que quer ser Aspirante Cristão

Não Julgueis: necessário, mas não suficiente para você que quer ser Aspirante Cristão

“Irmão, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão; olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado. Levai as cargas uns dos outros e assim cumprireis a Lei de Cristo” – Gl 6; 1-2.

Este pedido simples, mas grandemente significativo, cheio do fervor de um coração completamente dedicado à Causa do Cristo, apresenta uma verdade muitíssima importante para todo Aspirante espiritual, cuja verdade é tão vital hoje como o foi quando foi escrita há cerca de dois mil anos. Aqueles que a seguem, seguramente são sábios, pois ela constitui uma pedra fundamental para o edifício espiritual. É um ideal entesourado por aqueles que seguem o Caminho de Cristo.

É prática comum, mesmo entre os que se dizem cristãos, criticar e julgar, quando não condenar, quando um irmão ou irmã é “surpreendido em falta”, esquecido do fato de que todos nós somos um no grande Corpo de Deus, e que cada um de nós é responsável, em certa medida, pelas “faltas” dos nossos irmãos e irmãs, os quais estão indissoluvelmente ligados a nós pelos laços do espírito. E quem de nós está sem faltas, para se julgar com o direito de julgar ou condenar outro?

Se ainda não desenvolvemos o ”Cristo Interno”, ao ponto de podermos seguir o conselho de São Paulo no verdadeiro “espírito de humildade”, faríamos bem em seguir o conselho de Cristo Jesus: “Não julgueis para não serdes julgados, pois com a mesma medida com que medirdes, sereis medidos” (Mt 7; 1-2).

Todavia, não é suficiente que apenas deixemos de julgar e de condenar. Devemos tomar a iniciativa e esforçar-nos no serviço aos nossos semelhantes. Devemos desenvolver a humildade e a compaixão que nos habilitará a tomarmos carinhosamente a carga dos outros, e assim cumprir a Lei de Cristo.

Cumprir a Lei de Cristo! Sim, esta é a tarefa com a qual se defronta a humanidade de hoje. A época dos Espíritos de Raça, durante a qual a separatividade e o egoísmo foram cultivados, deve ceder lugar à Época do Cristo, durante a qual deverá prevalecer a unidade e a fraternidade.

Passamos agora por um período de transição entre uma e outra época. Podemos dizer que uma última oportunidade está sendo oferecida àqueles que queiram subir ao próximo degrau da escada da evolução. Este é o tempo em que uma decisão deve ser tomada: seguir sob a bandeira de Cristo do desprendimento e do serviço, ou então, ficarmos para trás no nosso progresso. Não existe uma terceira escolha.

Os estudantes da Filosofia oculta têm maior responsabilidade do que os outros no esforço de cumprir a Lei de Cristo, pois, já possuem o conhecimento que lhes foi dado para satisfazer a Mente, no que concerne aos Mistérios da vida. Eles compreendem o grande Mistério C ósmico do Cristo, isto é, que Ele, o mais elevado de todos os Arcanjos, veio à terra por Sua livre e espontânea vontade, para tornar – se seu Espírito Planetário, a fim de que a humanidade pudesse ser libertada de seu egoísmo e materialismo.

E assim Ele continuará sofrendo os grilhões de sua confinação à Terra, enquanto fornece a Sua poderosa Força de Amor para remir a humanidade.

E somente vivendo de acordo com os preceitos que Ele nos ensinou é que poderemos libertá-Lo desta Sua prisão.

(Revista Serviço Rosacruz – 01/80 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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