PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Dedicação ao Ideal

Dedicação ao Ideal

Temos contribuído dentro de nossas possibilidades, para o engrandecimento da obra iniciada por Max Heindel? Cremos nós, seja esta uma boa pergunta.

Em verdade, somente a nossa consciência pode alertar-nos para o papel que nos cumpre desempenhar dentro da Fraternidade, avaliando nossos talentos e, concomitantemente, indicando qual sua aplicação dentro do programa de expansão Rosacruz. É um campo carente de obreiros. Depende muito de nossa dedicação para consolidar-se como precursora da Era de Aquário.

A Fraternidade Rosacruz é um ideal muito mais grandioso do que possamos imaginar. Ela não é como alguns pensam, apenas uma comunidade filosófico-espiritualista, como outras existentes por aí, orientando e instruindo os interessados através de livros, folhetos e conferências.

A missão, o programa e a estrutura da Fraternidade formam um conjunto cuja profundidade encontra-se além da compreensão comum.

Os Irmãos Maiores, através de Max Heindel, outorgaram ao mundo algo extraordinário: uma filosofia elucidativa dos mais intrincados problemas que afligem a humanidade. Lógica em sua linha de pensamento, guardando irrepreensível coerência em sua temática, a Filosofia Rosacruz resiste a todo e qualquer argumento em contrário.

Max Heindel colocou ao nosso alcance um cabedal de conhecimentos, cuja beleza mal pode ser expressa em palavras. Tais princípios atendem perfeitamente as exigências de uma época, onde o racionalismo e o espírito inquiridor ante empírico repelem tudo o que não se enquadra em seus domínios. São atualíssimos, abrindo, ao mesmo tempo, perspectivas maravilhosas para o nosso futuro progresso. Eis então as possibilidades dessa filosofia.

Se verdadeiramente sentimos que ela veio preencher algo em nossas vidas, propiciando uma visão mais ampla do mundo, por que não trabalhamos em prol de sua divulgação?

Sozinhos, pouco ou nada poderemos fazer. Mas, havendo união de esforços, as possibilidades de êxito serão bem maiores. Mesmo num grupo pequeno; a harmoniosa concatenação de talentos gera prodígios.

Nunca será demasiado repetir: o ser humano isolado é uma impossibilidade. Reiteramos sempre nosso Ofício Devocional: “um só carvão não produz fogo. Mas quando se juntam vários carvões, o calor latente em cada um deles pode produzir chama, irradiando luz e calor”. Somos apologistas do trabalho de equipe, através do qual se alcança um máximo rendimento em tempo mínimo, mediante o aproveitamento racional das qualidades e aptidões de cada um em função do todo. Além disso, sua ação faz-se sentir individualmente, revertendo em benefício de cada um, em forma de disciplina, solidariedade, companheirismo e expansão natural das próprias qualidades. Contudo, o trabalho em equipe requer também uma boa dose de entendimento, de sentimento altruísta e ausência de personalismo. Estes requisitos possibilitam a um grupo relativamente heterogêneo empreender e concretizar obras de vulto, num sentido comum.

Essencialmente cristão, o método Rosacruz de desenvolvimento prevê estes dois aspectos: individual e coletivo. O trabalho coletivo se realiza por meio de Núcleos Rosacruzes ou de esforços empreendidos por irmãos nossos, não importando sob o título. Doutro lado, o método Rosacruz indica meios de realização estritamente individuais, objetivando aprimorar o Aspirante, de modo a lhe permitir transcender os entraves internos, integrando-o cada vez mais perfeitamente no puro sentido de equipe.

Em decorrência, todo e qualquer trabalho levado a efeito pela Fraternidade Rosacruz deve inspirar-se no princípio do SERVIÇO AMOROSO E DESINTERESSADO AOS DEMAIS. Toda realização amorosa tende a ser duradoura, ao contrário do empreendimento marcado pelo egoísmo que, a exemplo do castelo edificado na areia, acabará, fatalmente, em ruínas.

Nosso labor não deve esperar recompensa. Nosso prêmio é a consciência do dever cumprido. E basta…. O simples pensamento de receber já revela indícios de egoísmo.

Já o desejo de dar sem a expectativa de retribuição é propriedade característica da alma amadurecida.

O estudante devotado e sincero não procura saber quais benefícios poderá a Fraternidade lhe proporcionar, mas sim como contribuir para a disseminação de seus ensinamentos neste período tão crítico para a humanidade.

(Revista ‘Serviço Rosacruz – 02/83 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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Companheiros de Brincadeiras – Palavra-chave: Lealdade

Companheiros de Brincadeiras

Palavra-chave: Lealdade

 

Bento e seu cachorro Cuffee divertiam-se muito brincando juntos! Cuffee era um bom companheiro de brincadeiras, pois estava sempre pronto para divertir-se. Aprendia muito depressa. Interessava-se por tudo que Bento lhe ensinava e aprendia sem perceber como o fazia; levantava a cabeça e virava as orelhas para o lado, ouvindo com atenção o que Bento dizia. Vocês não acham que ele fazia tudo isso porque gostava de Bento?

Deixou de brincar de caçar o próprio rabo, porque havia outras coisas melhores para ele fazer, por exemplo, jogar bola com Bento. Ficou tão bom nisso, que não só corria para pegar a bola, mas apanhava-a no salto, errando apenas uma em cada seis vezes. Era um cachorrinho muito inteligente, não acham? Mas, como odiava ter que entregar a bola! Segurava-a com a boca, com tanta força, que era de se admirar como seus dentes não faziam buracos nela. Depois, olhava para Bento, com aqueles seus grandes olhos marrons, como dizendo: “Por favor, Bento, não quer me deixar ficar com ela? É minha agora, eu a peguei”. Mas, quando Bento lhe tirava a bola não perdia o bom humor, latia como se estivesse conformado e falasse: “Está bem Bento. Não me importo nem um pouquinho”. Não era uma atitude bem mais simpática do que ficar zangado ou emburrado?

Naturalmente Cuffee caiu em muitas enrascadas. Um dia, ganhou um belo osso e, depois de procurar um pouco, encontrou um bom lugar para enterrá-lo. Vocês já viram um cachorro enterrar um osso? Ele cava um buraco com as patas e deixa cair o osso dentro. Em seguida, usa o nariz como pá e cobre todo o osso com a terra. Quando Papai foi ao jardim para ver como estavam crescendo seus feijões, encontrou várias plantinhas arrancadas, quebradas ou cobertas com terra. Mas, ele não ralhou com Cuffee, pois evidentemente ele não sabia o que estava fazendo.

Com o passar dos meses, Cuffee tornou-se maior e mais forte e, na verdade, tão bonito que todos o admiravam. Tornou-se cada vez menos travesso e até o gato Mickey ficou amigo dele, perdoando-lhe as maldades do passado.

Bento e seu pai fizeram um arreio para Cuffee aprender a puxar um carrinho. Cuffee não gostou muito da ideia, a princípio, porque se enroscava todo nos arreios quando se sentava e, quando corria, era muito desagradável ter algo rodando atrás e fazendo tanto barulho. Mas, logo se acostumou e Bento e Elena deram ótimos passeios com ele.

Quando a mãe viu como Cuffee estava forte e como tinha boa vontade em puxar o carrinho perguntou ao pai se Cuffee poderia ajudá-la a bater creme para fazer manteiga. Papai arranjou uma roda movida a passos, de modo que, à medida que Cuffee andava na correia ligada à roda, fazia girar a batedeira. Cuffee não se opôs a ser atrelado à batedeira, mas quando descobriu que não podia correr com ela, não gostou nem um pouco, pois o trabalho era muito cansativo e não tinha graça nenhuma. Mas, como havia aprendido a ser obediente, mesmo que não fosse agradável, fazia sua obrigação, batendo manteiga todas as semanas.

Não é de se admirar que Bento amasse Cuffee, não era? Todos amariam um cachorro assim. Devemos nos lembrar de que a generosidade e o amor ajudam tanto os cachorros como as pessoas a se tornarem nobres, leais e boas.

(Do Livro Histórias da Era Aquariana para Crianças – Vol. V – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz)

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Pergunta: O que forma o Espirito é o Tríplice Espírito (Espírito Divino, Espírito de Vida e Espírito Humano); este é o Ego?

Pergunta: O que forma o Espirito é o Tríplice Espírito (Espírito Divino, Espírito de Vida e Espírito Humano); este é o Ego?

Resposta: Na realidade somos todos Espíritos Virginais da onda de vida humana. Quando nos manifestamos, como agora nesse Grande Dia de Manifestação (composto desse Esquema de Evolução, pelo qual estamos caminhando), o fazemos de maneira Tríplice – exatamente como o nosso criador, Deus, o faz (Pai, Filho e Espírito Santo): então somos um Espírito Tríplice (Espírito Divino, Espírito de Vida e Espírito Humano). O objetivo desse Esquema de Evolução, na parte que conhecemos como Involução, é conquistar e aprender a trabalhar nos Mundos: Físico, do Desejo e do Pensamento. Para isso precisamos aprender a aprimorar os Veículos desses três Mundos, a partir de átomos-sementes (nos dados como germe). Três desses Veículos são os que alcançaram o estágio de Corpos: Denso, Vital (para o Mundo Físico) e de Desejos (para o Mundo do Desejo) e um ainda está no seu estado de Veículo (Mente), para o Mundo do Pensamento. Por isso é que dizemos que de cada aspecto do Tríplice Espírito emanamos os três corpos (o Tríplice Corpo). O conjunto do Espírito Virginal manifestado (Tríplice Espírito) é chamado de Ego (da onda de vida humana).

Atualmente, como Espírito Virginal manifestado, funcionamos na Região Abstrata do Mundo do Pensamento.

Utilizando o veículo Mente, trabalhamos na Região Concreta do Mundo do Pensamento. E assim consequentemente com os Corpos: Físico, Vital e de Desejos nos Mundos: Físico e do Desejo, respectivamente. A Mente é a ponte que liga o Ego aos seus veículos (os Corpos e a Mente, citados acima).

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Pergunta: A minha dúvida basicamente é como acontece estas evoluções no tempo e no espaço?

Pergunta: A minha dúvida basicamente é como acontece estas evoluções no tempo e no espaço? Como era bem no comecinho ser possível a pessoa decidir “evoluir ou se atrasar” se não era imperativo o elemento vontade?

Resposta: Fomos criados com o livre arbítrio desde o início. Ou seja: desde o início temos a prerrogativa de querer ou não querer. E isso é respeitado por todos os seres (e deveria ser também por nós!). É esse mesmo direito que resulta em querer ou não evoluir. O fato de, no comecinho – Período de Saturno –, estarmos em um estado de consciência conhecida como transe profundo, não nos impede de termos o livre arbítrio, pois, como Espíritos Virginais, estamos sempre conscientes! Todos nós, como Espíritos Virginais, desde o Período de Saturno quando éramos guiados pelos Senhores da Mente, já havia seres mais evoluídos que a Humanidade comum hoje que são os Irmãos Maiores e os seres de outros Períodos como: Júpiter, Vênus e Vulcano.

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Espírito: parte real, vida e permanente do ser humano

Espírito – o Espírito Humano é uma parcela individualizada do Espírito Universal. É a parte real, viva e permanente do ser humano. Ele dirige os veículos (personalidade) a partir do interior. Veja Ego

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Paciência – um Agente Terapêutico

Paciência – um Agente Terapêutico

Em nosso atual mundo doente de tensão, onde a velocidade, o barulho e as diversas pressões são aceitos como a norma quase por todos, a paciência tornou-se mais que uma virtude. Agora, mais do que nunca, é componente vital de saúde.
Muito pode fazer para controlar a tensão, que leva muitos aos sedativos. A tensão nervosa é comumente considerada uma forma de pressão emocional, manifestando-se por dores de cabeça, indigestão, insônia, dores na coluna vertebral, e vertigens e caracterizada por preocupação e irritabilidade. Amiúde torna irascíveis, briguentos, irrequietos, podendo mudar um ser jovial e amigável numa criatura irritada. Produz desarmonia familiar e mau relacionamento. É, por vezes, caracterizada por desabafos emotivos, e permitindo-se que continue pode chegar a provocar a doença. Esta condição parece afligir muitos, pelo menos ocasional e parcialmente tornando-se frequente demais, séria e crônica.

A tensão nervosa, obviamente, pode gerar-se de qualquer coisa desde problemas pessoais e profissionais a vibrações sonoras audíveis ou não.

Com frequência começa na antecipação de alguma calamidade futura – algo que não acontecerá ou provará ser menos grave do que imaginado. Tensões podem surgir de personalidades conflitantes ou do dilema de ter muito a fazer em pouco tempo. Podem originar-se de uma atitude em relação ao trabalho; em vez de uma atitude confiante, o estudante teme pelo exame; em vez de dedicar-se a tornar o lar feliz, a dona de casa revolta-se contra a prosaica rotina; em vez de aceitar a profissão como um desafio e um serviço para a comunidade, o ganha-pão da casa, só anseia pelas férias e os fins de semana.

A tensão, então, parece ser um estado negativo de ser, derivando de reações negativas a situações da vida. Se as reações emocionais se tornassem positivas, assim também se tornaria o estado de ser, por lógica. A paciência é um dos fatores que tem mais probabilidade de realizar isto.

A palavra “paciência” é definida em diversas maneiras. Duas delas são apropriadas para esta nossa discussão:
1º) O ato ou poder de aguardar calmamente por algo.
2º) Indulgência com as faltas dos outros; supostas preocupações; tolerar.

A palavra chave na primeira definição é “calmamente”. Denota serenidade e falta de agitação. Se algo que nos desgasta “for” nos acontecer, acontecerá tanto se esperamos por isto num estado mental excitado ou serenamente. Muito melhor, então, ficarmos calmos. Assim podemos pensar claramente e fazer o que couber; caso contrário, nossas ideias ficarão distorcidas e ficaremos sujeitos ao insucesso perante o problema, antes mesmo de enfrentá-lo. Se estivermos calmos – pacientes – poderemos evitar as tensões que nada fazem, senão intensificar o problema e tornar-nos incapazes fisicamente, mental e emocionalmente de enfrentá-lo.

Também, como dissemos, muitas de nossas tensões nascem simplesmente da antevisão expectativa de que algum mal venha a ocorrer. Preocupamo-nos por doenças em potencial, crises financeiras, dificuldades domésticas e desentendimentos em nossas relações, bem antes que aconteçam. Frequentemente, a própria preocupação nossa atrai o problema. Se pudermos nos concentrar no presente, fazendo de nosso melhor dia a dia e deixando calmamente o futuro acontecer, muitas destas “tensões das possibilidades” desapareceriam. Há trabalho suficiente no mundo para dar-nos, em especial aos aspirantes espirituais, “ao luxo” de preocupar-nos principalmente pelo que é absolutamente incerto que aconteça.

Muitas de nossas tensões originam-se do dar e receber com os demais. Quando suas maneiras, solicitações, ideias, atitudes e comportamento diferem do nosso aparecem diferenças que irritam nossos nervos. Isto é, se nos permitirmos que nos irritem; irritam se ficarmos impacientes.

A segunda definição de paciência indica uma disposição em aceitar os outros como são, tolerando suas idiossincrasias e erros. Implica isto em nossa disposição em trabalhar com eles pela causa comum, ouvir e levar em conta seus pontos de vista, e encará-los com o mesmo respeito e consideração que cremos nos sejam devidos. Particularmente para o estudante espiritual a segunda definição de paciência implica em aceitar a “divina essência interna” de cada ser que ressalta e transcende quaisquer aspectos que nos sejam de objeção.

(Revista ‘Serviço Rosacruz’ – 02/83 – Fraternidade Rosacruz)

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O Irmão do Filho Pródigo

O Irmão do Filho Pródigo

Quando escutamos a parábola do filho pródigo, alegramo-nos com o “final feliz”. O filho pródigo exercitou erradamente seu livre arbítrio e sofreu as consequências, como acontece com todos nós. Quando já tinha, porém, sofrido bastante, arrependeu-se, e voltando ao lar encontrou o perdão e uma acolhida bem mais amorosa da que esperava. E ficamos contentes, pois ele aprendeu suas lições e entrou em sua herança espiritual de direito, e sabemos que o mesmo nos espera.

Mas, e quanto ao irmão dele?

Pouco se diz dele; contudo está entre os indivíduos mais infelizes e sem sorte. Trabalhou duramente e obedeceu a lei, enquanto o irmão se esbaldava. Tomou conta da propriedade, fez seu dever escrupulosamente, e considerou-se digno de louvor por seu trabalho. Quando, pois, o filho pródigo voltou acolhido como um herói, o ressentimento do irmão não teve limites.

Não é isto natural? Todos nós, alguma vez, ressentimo-nos do fato de alguém, aparentemente não merecedor, ter recebido recompensas e favores que não julgamos adequados a seu comportamento. Certamente, dado o presente estado da natureza humana, o comportamento do irmão é suficientemente “natural”, mas longe de ser certo. Sua conduta funda-se na própria retidão e num coração que não perdoa, e com estes impedimentos não poderá nunca chegar a entender ou sentir a chegada triunfal ao lar do pródigo, sobre a qual ele tanto se ressentiu.

O irmão trabalhara e vivera de acordo com a lei do pai, não porque amava ou porque achava esta vida correta, mas porque pensava que teria vantagens. Seus atos basearam-se apenas sobre práticas objetivas: ser bom e ver que a propriedade rendesse lucros. Todo crédito a ele, então, seria devido ou assim ele pensava. Com este fim deixara de ser o filho do próprio pai até mais que o pródigo, tornando-se escravo da propriedade e de seu próprio conceito de retidão.

O amor filial e paternal que deveria ter brotado dentro dele, portanto, não tivera chance. Morrera – se é que já tinha vivido – e com a morte do amor o individuo está perdido. Assim, com a volta do pródigo, o irmão não viu mais lugar para ele. O coração do pai e, naturalmente, suficientemente grande para todas as criaturas, mas o irmão envolvido em seu sentimento egoísta não poderia dar-se conta disto.

O pródigo tornou-se o bem amado, e o irmão, apenas aos seus próprios olhos, tornou-se o repelido. Todo seu trabalho sem recompensa – como é todo trabalho quando feito por motivos errados. Se as motivações para seu trabalho tivessem sido altruístas, teria se alegrado com a volta em segurança do filho pródigo e teria compartilhado na alegria da família reunida. Como estavam, porém, as coisas, ele só sentiu ressentimento e raiva.

A volta do irmão para o pai poderá ser uma jornada mais sofrida e mais demorada do que aquela do pródigo. O pródigo voltou para casa em humildade e amor, ansioso para servir humildemente ao pai. Assim sendo, ganhou o lugar de honra. O irmão precisa, e o será, ser removido de sua posição de superioridade no autoconceito de retidão e começar então, a longa e tortuosa escalada na qual tanto a humildade quanto o amor terão de ser aprendidos com dor.

 

(Traduzido de Rays from the Rose Cross e publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz – 02/83 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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Progredindo com o Zodíaco – O que os Nativos de Sagitário precisam saber sobre os Outros Signos

PROGREDINDO COM O ZODÍACO – O QUE OS NATIVOS DE SAGITÁRIO PRECISAM SABER SOBRE OS OUTROS SIGNOS

Como regra, o SAGITARIANO não tem muitos problemas para se dar com os outros, porque ele não faz muitas exigências. Realmente, o Sagitariano é inclinado a “viver e deixar viver” e foi, sem dúvida alguma, um estadista Sagitariano que deu origem a política do deixar fazer – “laissez-faire”. No entanto, muitas vezes parece que outras pessoas não entendem o Sagitariano tão bem como ele gostaria e você precisa saber alguma coisa sobre as características psicológicas de outras pessoas, a fim de entender o que os faz agir assim.

CAPRICÓRNIO (Cardeal-Terra) é propenso a ser um pouco duro com os Sagitarianos. Os nativos de Capricórnio são Martas preocupadas a respeito de coisas terrenas num trabalho contínuo e a atitude despreocupada dos nativos de Sagitário sobre muitos dos problemas da vida, irrita-os. Eles pensam que vocês são inconsequentes, a menos que vocês lhes apresentem um objetivo definido, portanto, quando associado a essas pessoas, lembrem-se que para os Capricornianos a vida é um negócio sério, com responsabilidades.

AQUÁRIO (Fixo-Ar) apreciará sua atitude delicada e não se aborrecerá com sua aparência um pouco descuidada. Se você usar sua melhor atitude social vocês se tornarão muito bons amigos porque essas pessoas são as mais civilizadas de todas e não verão razão para um comportamento menos polido. Sarcasmo e respostas duras os deixam aborrecidos e essas são, muitas vezes, as maiores falhas do seu Signo, particularmente no sexo masculino.

PEIXES (Comum-Água) pertence a quadruplicidade comum e os nativos deste Signo não terão sossego com a sua falta de direção. Eles são sentimentais e emotivos e você não é nem uma coisa, nem outra. Se você tentar queimar aquela emoção desnecessária com uma chama pequena, amorosa e agradável estará dando a eles maior equilíbrio e energia, mas é preciso que eles concordem com isso.

Você não tem muitos problemas com ARIANOS (Cardeal-Fogo). Áries lidera com força e gelam sua triplicidade ardente – os nativos deste Signo têm mais força e agressividade que você, mas você tem melhores canais de expressão e vocês dois fazem um grande par. Uma esposa de Sagitário é ideal para um ser humano de Áries, mas em caso contrário, você achará a mulher de Áries aborrecida – ela vai dar ordens e com isso você não se sentirá tão feliz a menos que encare isso jovialmente.

TOURO (Fixo-Terra) é um Signo que tem pouco em comum com o seu, é um Signo propenso a assuntos mundanos. Seus parentes de Touro tentarão dirigir seus negócios, porque eles se julgam mais práticos que você e até sabem que o são. Os amigos de Touro darão conselhos que não serão aceitos, mas tente ouvi-los polidamente porque são motivados pelas melhores intenções. Você é um tanto intelectual como também muito inclinado aos esportes e em ambos os casos, o sólido Taurino está inclinado a considerá-lo um visionário.

GÊMEOS (Comum-Ar) é o Signo oposto ao seu e exerce um forte e considerável poder magnético. Afortunadamente não há contrastes de temperamento que causam tantas disputas entre alguns dos pares em oposição. Geminiano é um tipo mental com um temperamento volúvel e na aparência superficial muito parecido com você. Eles são fáceis de convivência e seus ideais não são tão humanitários como os seus. Estão pouco preocupados com altas dimensões e se aborrecerão se você trouxer a eles assuntos abstratos. Não espere muito calor deles.

CÂNCER (Cardeal-Água) é um Signo emocional, ativo e executivo. Seu amigo ou parente de Câncer esperará dirigir suas atividades e dominar toda sua vida. Eles são exatos nas suas vidas, isto é, são exatos nas suas ordens, tanto no trabalho, como no relacionamento pessoal. Quando você encontrar tal influência na sua vida, dando-lhe desgosto, adote uma atitude passiva e tente escapar da situação. Não tente ser brusco, porque em conflito, Signos da água e fogo criam os maiores distúrbios de todos. Mostre ao nativo de Câncer os mais nobres atributos jupterianos de sua natureza porque ele, embora muito prático, respeitá-lo-á mais quando perceber que o seu alvo vai em direção ao céu.

LEÃO (Fixo-Fogo) é seu aliado natural. Regido pelo Sol, Leão está essencialmente em harmonia com Sagitário. Vocês normalmente combinam bem como amigos, parentes ou trabalhando como sócios. O nativo de Leão é muito seguro dele próprio e, portanto, muito positivo em suas atitudes. Você é inclinado a questionar-se enquanto ele não. Como amigo ou sócio num negócio, ele provavelmente espera alcançar um lugar mais alto, o que não acontece com você. Como cônjuge, lembre-se que o nativo de Leão gosta que lhe diga que você a ama. Você tem uma tendência a achar que isso é óbvio, mas todos os dias ela lhe cobrará essa declaração.

VIRGEM (Comum-Terra) e Sagitário não são muito compatíveis. O nativo de Virgem é um perfeccionista em todos os campos e enquanto seu Signo produz mais do que é comum aos gênios, eles têm a tendência, os Sagitarianos, de pouco se barbearem e esquecem de lustrar os sapatos. Uma aparência descuidada pode tornar o Virginiano fisicamente doente e você poderá ser repelido daí por diante. O ser humano de Virgem é bastante intelectual, normalmente bem informado e tem pelo menos um assunto no qual é uma autoridade. Sua informação é sempre mais precisa e acurada que a sua, portanto não discuta com ele.

LIBRA (Cardeal-Ar) e Sagitário se dão bem. O nativo de Libra é a pessoa mais temperamental dos Signos cardeais e o mais inseguro de todos. Essas pessoas são sujeitas a altos e baixos emocionais e têm períodos indecisos durante os quais eles podem tornar-se irritáveis. Esteja de sobreaviso e não se sinta muito desanimado quando o pequeno raio de sol se comportar como um gato raivoso. Uma esposa de Libra provavelmente o fascinará mais que qualquer outra e um marido de Libra lhe dará uma vida variada, o que agradará muito ao nativo de Sagitário, que não é muito amigo de uma vida seguida em rotina.

Podem Sagitarianos e ESCORPIÕES (Fixo-Água) combinarem? – Sim, eles podem. Vocês são provavelmente as únicas pessoas que podem aguentar os nativos de Escorpião e responder-lhes na mesma moeda. Isto é bom para os dois se não levarem o caso muito longe. O nativo de Escorpião é uma pessoa emocional que esconde sua emoção. Lembre-se sempre que ele ou ela é uma fonte pronta para jorrar se forem provocados e não os provoque a menos que você queira ou esteja bem preparado para uma briga. Lembre-se sempre que o nativo de Escorpião tem desejos mais fortes e uma força maior para obter o que deseja. Nunca cometa o erro de subestimá-lo, como competidor ou opositor. Como você se dá com você mesmo? Procure outros nativos de seu Signo e estude suas características e defeitos. Um entre dez desses defeitos será seu e isso é uma boa maneira de ver como os outros o veem. O nativo de Sagitário pode se tornar àquilo que escolher, mas frequentemente ele não escolhe, anda a deriva, perambula de um lado para o outro e faz só o que lhe aparece. Enquanto isto o previdente Capricorniano, o agressivo Ariano, o prático Touro ou o intenso Escorpião estão à procura de suas metas, o que para eles é algo muito valioso.

(Publicada na Revista: Serviço Rosacruz – janeiro/81)

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Pergunta: Foi-nos mandado nos preparar para as futuras condições de nossas vidas, mas como tornar-nos privilegiados em saber como são estas condições? Poderei eu como Estudante Rosacruz qualificar-me a aprender tais coisas?

Pergunta: Foi-nos mandado nos preparar para as futuras condições de nossas vidas, mas como tornar-nos privilegiados em saber como são estas condições? Poderei eu como Estudante Rosacruz qualificar-me a aprender tais coisas?

Resposta: Todos nós temos, ou deveríamos ter alguma orientação sobre tendências e situações do futuro de nossas vidas – pelo menos se formos compenetrados e nos dermos ao trabalho de séria autoanálise da retrospecção. Isto nada tem a ver com profecia ou tirar sorte. Intuição, introspecção e o uso apropriado da Astrologia espiritual são úteis sob este aspecto. A intuição e a introspecção podem ser desenvolvidas com a prática. Um conhecimento substancial de Astrologia ajuda-nos a determinar as possibilidades de desenvolvimento do caráter e a força e as fraquezas reveladas em nossos horóscopos. “Conheça a si mesmo” é um dos conselhos mais antigos e importantes dados aos aspirantes espirituais, e quanto mais nos chegamos a conhecer, tanto mais podemos discernir a direção geral que os eventos em nossas vidas são inclinados a tomar.

Isto não significa localizar os mínimos detalhes. Pouco nos beneficia ponderarmos se este ou aquele particular indivíduo irá fazer-nos tal ou qual coisa, ou se, indo nós a tal lugar num certo dia, possamos ter um acidente de carro. Podemos, contudo, beneficiar-nos conhecendo nossas inclinações emocionais ou temperamentais de forma a, se alguém nos hostilizar estarmos preparados a não perder o controle reagindo, isto sim, de maneira construtiva e bondosa. Ajuda-nos saber que certos aspectos, em efeito num determinado dia, tornam imperativo que observemos particularmente nossos hábitos em guiar, naquele dia, para que o que quer que possa acontecer na estrada nos encontre como motoristas seguros.

(Revista ‘Serviço Rosacruz’ – 03/83 – Fraternidade Rosacruz –SP)

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As Chaves do Desenvolvimento Espiritual

As Chaves do Desenvolvimento Espiritual

Certa vez um estudante enviou uma missiva a Max Heindel criticando as cartas expedidas mensalmente aos membros de THE ROSICRUCIAN FELLOWSHIP, cujo teor, segundo suas palavras, “não passavam de um pequeno agradável sermão”.

Max Heindel, então, abordou o assunto na carta do mês subsequente. Presumindo não ser aquela uma opinião isolada, procurou esclarecer a questão, pois outros estudantes talvez alimentassem idêntico pensamento. Realçou a importância daqueles “pequenos agradáveis sermões” em cujas entrelinhas encontravam-se pérolas do conhecimento oculto. Tornou claro o objetivo daquelas mensagens, cujo valor moral mesclado com os ensinamentos esotéricos indicava um método de desenvolvimento espiritual.

Tal fato ocorreu há uns setenta anos, aproximadamente. Durante todos esses anos a Fraternidade cresceu e cresceu muito. Nossos ensinamentos foram divulgados em grande escala e nessa tarefa se utilizou dos modernos meios de comunicação. No entanto, ainda hoje encontramos estudantes incapazes de perceber o sentido das cartas e lições mensais, pois, as acham por demais repetitivas. Vivem clamando por novos conhecimentos.

Novos conhecimentos? Mas como? Sequer aplica na vida prática aquilo que aprenderam. Não se dão ao trabalho de garimpar as lições, de pesquisar, de meditar. Querem tudo pronto e acabado. Tem a pretensão de evoluir através de esquemas pré estabalecidos ou fórmulas rígidas, como se o desenvolvimento oculto fosse mera equação.

O conhecimento e a experiência são meios de realização espiritual. Mas apenas meios. O conhecimento por si só confere apenas erudição. É apenas verniz, casca. A experiência, por outro lado, sem o conhecimento que a explique, torna-se difícil de ser aproveitada. Embora ambos sejam importantes, se faltar-lhes o calor da devoção não ensejará oportunidade do aspirante realizar-se. A essa tríade cabe o papel de manter equilibrado o desenvolvimento espiritual.

Max Heindel divulgou os ensinamentos rosacruzes sob a orientação dos Irmãos Maiores. E o fez valendo-se de princípios didáticos, compatíveis com as tendências naturais do ser humano ocidental. Em seus livros, cartas e lições empregou uma linguagem simples e definições claras. Porém, determinadas “chaves” só podem ser encontradas mediante certo esforço.

Alguns afirmam, equivocadamente, não passar o Conceito Rosacruz do Cosmos de uma coletânea de temas sem uma interligação mais definida. Ledo engano. Ao observador mais atento e sensível os tópicos da obra básica formam um todo harmonioso e coerente. Aliás, estude-se toda a obra de Max Heindel com interesse superior, e verão todos os assuntos se completando maravilhosamente.

Além disso, esses conhecimentos proporcionam uma visão mais ampla da vida e do mundo, projetando uma nova luz sobre todos os fatos do cotidiano. Os Ensinamentos Rosacruzes descem às raízes do sofrimento humano, explicam a razão última de todas as coisas e indicam perspectivas do nosso futuro desenvolvimento. Enfatizam o aprimoramento do caráter como nosso trabalho mais importante, pois sem ele as “chaves” permanecem inacessíveis e qualquer lição parecerá um “pequeno e agradável sermão”.

(Revista ‘Serviço Rosacruz’ – 03/83 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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