O Cristo Cósmico, o Redentor, começou Seu trabalho benéfico, e eventualmente obteve acesso à Terra através do “sangue purificador de Jesus”, quando esse fluiu no Gólgota. Agora, o Espírito de Cristo está trabalhando, desde o interior de nosso globo, para atenuar seus componentes químicos e suprafísicos. Uma enorme invasão espiritual foi experimentada quando Ele entrou na completa posse da Terra no Gólgota; tão grande e verdadeira, que a intensa luz deslumbrava as pessoas.
Desde aquele momento o princípio de altruísmo começou a tomar um maior realce na nossa onda de vida. Estamos, gradualmente, desistindo de cuidar somente dos nossos próprios interesses e a nos ocupar pelo bem-estar dos nossos semelhantes. Se o Cristo não tivesse vindo, outra Lua seria expelida para nos livrar dos males; mas, estamos sendo salvos por meio do sacrifício do Espírito do Cristo Cósmico (um sacrifício que não implica Sua morte, como normalmente se entende; é uma infusão na Terra por uma vida elevada que nos permite viver mais abundantemente em espírito).
Nessa vinda do Cristo à Terra vemos uma analogia entre ela e a administração da Panaceia Espiritual de acordo com a lei: “como em cima, é embaixo”.
Há em cada pequena célula do corpo humano uma célula de vida; é o Ego que dirige e controla todas as células; assim elas atuam em harmonia.
Durante certas enfermidades que se arrastam por mais tempo, o Ego está tão voltado ao sofrimento que deixa, completamente, de revitalizar as células; assim, as doenças do corpo produzem inação mental e é impossível afastá-la sem um impulso especial para dissipar a confusão mental e recomeçar as atividades da célula. Isso é o que a Panaceia Espiritual faz.
A vida de Cristo inundando o Gólgota começou a dissipar o temor produzido pela lei inexorável que prevalecia e cobria, como um véu, toda a Terra; assim como isso fez com que os milhões de seres humanos começassem a andar sobre o caminho estreito da paz e da boa vontade, assim, também, quando a Panaceia é utilizada, a vida de Cristo concentrada nela penetra no corpo do paciente e infunde, em cada célula, um ritmo que tira o Ego aprisionado em sua letargia e lhe devolve a vida e a saúde.
A fim de explicar o que é a Panaceia teremos que descrever uma experiência pessoal relatada pelo próprio Max Heindel.
Foi-lhe mostrada, no Templo da Ordem Rosacruz, em certa noite, uma substância com a qual o Espírito Universal podia combinar-se instantaneamente, da mesma maneira que grandes quantidades de amoníaco se combinam com a água. Havia três esferas suspensas uma acima da outra, no centro do Templo, encontrando-se a esfera do meio à metade da altura entre o solo e teto. Era maior que as outras duas, que estavam suspensas por cima e outra por baixo. Dentro da esfera central, havia um pequeno recipiente com alguns pacotes que continham certa substância. Depois que os Irmãos se colocaram em determinada posição e quando a harmonia de certa música havia preparado o caminho, subitamente os três globos começaram a brilhar com as três cores primárias: azul, amarelo e vermelho. Para a visão do autor é evidente que durante a transmutação da fórmula, o recipiente que continha os mencionados pacotes se tornou incandescente com uma essência espiritual que antes não estava lá. Alguns desses pacotes foram utilizados mais tarde pelos Irmãos com êxito instantâneo na Cura Rosacruz. Com o seu uso as partículas cristalizantes que envolviam os centros espirituais do Corpo enfermo foram dissipadas como por arte mágica e o paciente despertava pela manhã seguinte gozando plena saúde e bem-estar.
(Traduzido da Revista: Artículos de Rayos de la Rosa Cruz – Dezembro/1984 – Fraternidad Rosacruz Max Heindel – Córdoba – Argentina pela Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)
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