A Dádiva da Paz: quando começa a se manifestar na sua vida
A realização de uma paz interna que NUNCA falha, mesmo no meio de um ambiente caótico, é um sinal de uma permanente atitude de oração. Fenelon, o grande autor francês já dissera: “Fale, ande e aja em completa paz, como se estivesse orando. Em verdade, tal atitude é uma oração”.
Parece-nos difícil alcançar, às vezes, a meta proposta por São Paulo, quando nos exorta a orar sem cessar. Porém, nossas ações e reações de cada momento – se estendemos a mão para ajudar, ou voltamos tranquilamente nossas costas recusando a tomar conhecimento do problema do semelhante, em suma, cada pensamento, palavra e ato são INDICAÇÕES CERTAS DE NOSSA CONDIÇÃO INTERNA.
Durante a nossa caminhada para maiores vitórias espirituais, percebemos nitidamente que o exterior não é nada mais do que um reflexo do INTERNO. Se aprendêssemos a expressar paz em nossas palavras e ações, aprenderíamos a desenvolver a paz interna. Devemos aprender a construir em nosso interior uma cidadela de paz, na qual estaríamos abrigados das batalhas da vida agitada que o nosso dia-a-dia impõe. O Cristo conhecia tal paz quando disse pouco antes da crucificação “A Minha paz vos dou”.
E, então, como fazer? Como nos sentir tranquilos em face do estado caótico de nosso Planeta? A resposta está contida, por mais estranho que pareça, no Sermão da Montanha. Devemos ler esse Sermão, estudá-lo, absorvê-lo e então praticá-lo. Foi elaborado para nós, um método claro, para ser usado na vida diária.
Diz São Paulo: “PORQUE A INCLINAÇÃO DA CARNE É MORTE, MAS A INCLINAÇÃO DO ESPÍRITO É VIDA E PAZ.” (Rom 8:6). Porque então escolhemos em vez da paz, a morte e a desarmonia?
Diz-nos Max Heindel: “A paz é uma questão de EDUCAÇÃO sendo impossível uma vivência pacífica até que aprendamos a agir caridosa, justa e abertamente uns com os outros, tanto como indivíduos, quanto como NAÇÕES. Enquanto fabricarmos armas, não poderá haver paz. Deveria ser a nossa meta e nosso primeiro objetivo o fazer tudo que está em nosso poder para a abolição das guerras em todos os países e o estabelecimento de um sistema para a arbitragem dos desentendimentos (Cartas aos Estudantes nº 92 do Livro do mesmo nome, Max Heindel, Fraternidade Rosacruz).
Quando poderemos dizer juntamente com o salmista: “Como o cervo procura o riacho d’água, assim minha alma Te procura, Senhor” ou aprenderemos a “Praticar a Presença” como o irmão Lawrence nos diz?
Quando REALMENTE começarmos a viver a vida, conforme os ensinamentos de Cristo, então as dádivas do espírito começarão a se manifestar em nossas vidas. E uma dessas dádivas é a PAZ.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de fevereiro de 1976)
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