Necessidade de uma constante Higiene Mental

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Necessidade de uma constante Higiene Mental

A vida super-agitada das grandes metrópoles cria a necessidade de uma constante higiene mental, único meio de que dispomos para escapar ao depauperamento nervoso. Embora admitindo esta necessidade, devemos nos acautelar a fim de que higiene mental não se transforme numa poluição mental. Isto significa que devemos estabelecer criteriosamente uma programação de atividades extraprofissionais e extra rotineiras, suficientemente capaz de manter nosso equilíbrio nervoso e nossa tranquilidade interna. Para tanto o bom senso recomenda recreações ao ar livre, convescotes, esportes, leituras instrutivas e espirituais, passeios a lugares interessantes, músicas elevadas, entre outras.

Infelizmente poucas são as pessoas que realmente selecionam suas leituras e passatempos. Há seres humanos que após uma semana cansativa e neurotizante dedicam o sábado e o domingo a assistir televisão. Permanecem enclausurados horas a fio em uma sala escura, mal arejada, recebendo os impactos negativos de programas destituídos de qualquer sentido edificante. Às músicas enervantes, sucedem-se cenas degradantes, anedotas pornográficas e outros.

A avidez de notícias na maior parte das vezes banais e sem interesse no que concerne afirmação moral, leva muitas pessoas a entregarem-se a leitura de jornais e revistas sem conteúdo espiritual ou cultural. Acaso relatos sobre homicídios, tragédias, sensualismo, adultério e estelionato constituem bom alimento para a alma? A assimilação destes impactos negativos só pode resultar em distorções dos nossos sentimentos, num atendimento às reivindicações da natureza inferior. A boa ou má formação de nossos veículos depende das impressões recebidas do exterior. Nosso Corpo Vital grava todas as imagens recebidas do ambiente em que vivemos. Esta impressão de imagens, se realizada com muita frequência, tende a formar hábitos, bons ou maus, dependendo do que os originarem. Os hábitos formam o caráter. E caráter é destino!

Se almejarmos de fato aprimorar nossas qualidades para convertermo-nos em mais eficientes servidores na “Vinha do Cristo”, cuidemos para que nossos passatempos e diversões sejam sadios, constituindo-se em higiene mental na mais fiel expressão da palavra.

(Gilberto A. V. Silos – Editorial da Revista Rosacruz – novembro/1972 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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