Semeando e Colhendo

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Semeando e Colhendo

Semeando e Colhendo

Os ponteiros do relógio assinalam a hora dos acontecimentos diários, mas permaneceriam imóveis se não fossem movidos pela força de um mecanismo oculto. Sua paralização nos causaria a perda de oportunidades na vida. À semelhança dos ponteiros do relógio, os Astros visíveis marcam os acontecimentos de nossa vida. A diferença é que os Grandes Espíritos cujos corpos são os planetas jamais se detém. O Grande Relógio do Destino não nos deixa perder oportunidades, se bem possamos invalidá-las sob determinadas circunstâncias.

Conta-se que Thomaz Edson, em determinada fase de sua vida, trabalhava como telegrafista noturno de uma estação ferroviária. E, para poder dormir nos intervalos possíveis, sem faltar a seu importante dever, imaginou um recurso: colocava um recipiente na beira de uma mesa e da torneira fazia verter água, em volume calculado, para enchê-lo em determinado tempo. Deitava-se em baixo do recipiente e quando este se enchia, transbordava e a água caía-lhe no rosto, acordando-o em tempo de atender ao primeiro trem. Semelhantemente, estamos girando numa corrente contínua de ações, para o bem ou para o mal, rumo ao depósito do tempo. O que dele transborda volta sobre nós, impelindo-nos a novas ações. Não importa que adormeçamos, como Edison, pois o sono da morte não pode invalidar as ações do espírito imortal. Uma reencarnação ocorrerá exatamente quando o depósito do tempo estiver cheio, para que o espírito recolha o que semeou e aprenda suas lições de vida. Somos impulsionados a renascer no instante em que os raios estelares prevalecentes correspondem às inclinações de caráter formadas por nós mesmos.

Edson ficaria aborrecido se alguém o despertasse atirando-lhe água na cabeça. No entanto, ficava satisfeito com o que lhe acontecia porque ele mesmo o preparara sabendo da necessidade de acordar na hora certa. Igualmente, ficaremos satisfeitos se estivermos conscientes de que as lições atuais são consequências de vidas passadas, são meios de superarmos nossas deficiências físicas, morais e intelectuais.

(Revista ‘Serviço Rosacruz’ – 02/85 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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