Discernimento: é a exercício que nos permite distinguir entre o essencial e o supérfluo, separando a realidade da ilusão e o permanente transitório

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Discernimento: é a exercício que nos permite distinguir entre o essencial e o supérfluo, separando a realidade da ilusão e o permanente transitório

Discernimento – é o exercício que nos permite distinguir entre o essencial e o supérfluo, separando a realidade da ilusão e o permanente transitório.

O discernimento é a chave particular de desenvolvimento do Éter Refletor, através do qual o espírito colhe as experiências que nutrem e formam a Alma Intelectual, para enriquecimento do segundo aspecto de nossa interna divindade: o Espírito de Vida.

Quando o Aspirante tiver cuidado de sua visão, deve observar sistematicamente todas as coisas e todas as pessoas, e tirar conclusões dos fatos a elas relacionadas, a fim de cultivar a faculdade do raciocínio lógico. A lógica é o melhor instrutor no Mundo Físico, assim como é o guia mais seguro em qualquer mundo.

Quando se pratica este método de observação, é necessário ter bem presente que deve ser empregado exclusivamente para agrupar fatos, não com o propósito de criticar, nem que seja por brincadeira. A crítica construtiva, que assinala os defeitos e o modo de remediá-los, é à base do progresso. Mas a crítica destrutiva, sem nenhuma finalidade superior, que destrói de modo vandálico tudo quanto toca de bom ou de mau, é uma úlcera do caráter que deve ser extirpada. As conversações frívolas e os mexericos são estorvos, obstáculos. Se bem que não é necessário dizer que o branco é negro, e dissimular que não se vê a má conduta alheia. A crítica sempre deve ser feita com propósitos de ajudar, não com o de manchar, irresponsavelmente, o caráter do nosso próximo quando nele encontramos alguma pequena nódoa. Relembrando a parábola do argueiro e da trave, voltemos nossa impiedosa crítica contra nós mesmos. Ninguém é tão perfeito que não necessite melhorar. Quanto mais impecável é o ser humano menos se inclina a encontrar faltas nos demais e atirar a primeira pedra nos outros. Ao assinalarmos alguma falta e indicarmos o meio de corrigi-la, devemos fazer isso impessoalmente. Procuremos sempre o bem que se acha oculto em tudo. O cultivo desta atitude de discernimento é especialmente importante.

O ocultista desenvolve-se assim, por linhas intelectuais, buscando a verdade, pela observação e discernimento.

Observa e raciocina sobre o que vê, obtendo, deste modo, o conhecimento, mas São Paulo advertiu que o conhecimento ensoberbece, enquanto o amor constrói e edifica e, antes que o conhecimento seja utilizado no desenvolvimento espiritual é necessário aprendermos a senti-lo. Caso contrário, não poderíamos vivê-lo. Portanto, o caminho completo é o ensinado pelos Rosacruzes pelos símbolos da lanterna da mente e do coração do sentimento, do misticismo e do ocultismo, juntos, paralelamente. Assim, enquanto o discernimento nos mostra os pontos falhos, a devoção à vida superior nos ajuda a ser humildes, a reconhecer as próprias faltas e eliminar os hábitos errôneos e indesejáveis traços de caráter, sobrepondo-nos aos desejos inferiores e impulsos instintivos.
Nessa questão de ver, de discernir, há um ponto importantíssimo: os pensamentos de crítica devem ser evitados. É um péssimo hábito, muito prejudicial ao Aspirante. Devemos abster-nos das críticas, tanto quanto nos seja possível. O verdadeiro discernimento nos ensinará a ver, impessoalmente, de modo genérico, o que é bom e o que é mau. Mas não nos produzirá nenhum sentimento em relação à causa, acontecimento ou pessoa observada. Este é o ponto importante. O exame de um fato, de uma idéia, de um objeto, é necessário para que saibamos seu valor. Olhar e discernir são fatos legítimos e importantes, para que não nos suceda como aquele homem que, levando ao extremo a recomendação bíblica de “não julgar para não ser julgado”, acabou se tornando um idiota, incapaz de saber o que era conveniente ou não. O que se deve evitar são os pensamentos agressivos, que ferem, que degradam, pois sabemos como se geram pensamentos-forma e sua ação fora de nós contra as pessoas a quem os dirigimos. Que eles voltam e depois agem sobre nós próprios. Por outro lado, o estado de crítica de contínua insatisfação obstrui a aura e impede o fluxo de pensamentos nobres e incentivadores que os Irmãos Maiores dirigem a todos.

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