Pergunta: Como devemos concentrar-nos para ajudar os que estão no outro mundo? Será permanecendo em silêncio e enviando-lhes pensamentos amorosos e de ajuda?
Resposta: A faculdade de emitir um pensamento e o poder que esse pensamento tem para cumprir o propósito pelo qual foi enviado, dependo da nitidez do pensador no visualizar aquilo que deseja realizar. As escolas comuns de ocultismo, particularmente as que seguem as linhas do pensamento oriental, aconselham o método de concentração em que os pensamentos se localizam num único ponto, da mesma forma que os raios do sol são concentrados numa lente de aumento. Assim, suas ações concentram-se da mesma forma que os raios do sol queimam quando enfocados. O pensamento também cumprirá invariavelmente o seu objetivo quando concentrado numa intensidade suficiente.
No entanto, precisa-se de um longo treinamento para aprender a proceder assim. Há pouquíssimas pessoas no ocidente capazes de dirigir os seus pensamentos para um determinado propósito. A Religião ocidental, reconhecendo essa inaptidão, ensina outro método muito mais eficiente que a concentração, ou seja, a oração.
Se desejarmos ajudar aqueles que se retiram do seu corpo, podemos orar sinceramente pela sua felicidade e para que possam aprender inteiramente as lições desta vida por meio das suas experiências no Purgatório e no Primeiro Céu. Dessa forma, teremos feito muito mais por eles do que tentarmos o método frio e intelectual da concentração. A postura do corpo tem muito a ver com a intensidade da prece. Se a posição ajoelhada facilitar o ato, tal posição poderá ser adotada. Por outro lado, segundo Emerson:
“Embora teus joelhos nunca se dobrem,
De hora em hora ao céu tuas preces sobem,
E sejam elas para o bem ou para o mal formuladas,
Ainda assim são respondidas e gravadas”.
Assim, a postura do corpo durante o ato da prece é secundária, exceto quando se pretenda dar maior intensidade às nossas súplicas. É esse fervor que torna a oração eficaz.
(Pergunta nº 63 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas” – Vol. I – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)
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