Vigilância e Oração

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Vigilância e Oração

Vigilância e Oração

Não se pode deixar as coisas acontecerem à vontade em nossas vidas. Temos que ter o controle de nossas vidas nas mãos. Mesmo aquilo que não se pode mudar, pode pelo menos ser atenuado, pela atenção e o cuidado que dermos ao fato. Isso faz com que nos tornemos mais atentos de nossas coisas, mentalmente mais ativos. Mesmo as pessoas com quem convivemos diariamente ou mesmo acidentalmente, podem ter suas atitudes para conosco controladas, se soubermos tomar as rédeas das situações.

Já explicaremos isto: quando se diz que devemos amar a nossos irmãos, não significa que nos tornemos tolerantes em relação a todas as pessoas que nos cercam. Amar não é aceitar a um e outro com seus erros, suas implicâncias, com todos os seus desafios. Amar é saber controlar a situação, de tal modo, que nós não ajamos errado em relação aos outros, mas também, da mesma forma, não permitamos que eles procedam errado conosco.

Porque só assim estaremos cumprindo o mandamento de amar-nos uns aos outros, e, principalmente, de amar ao próximo como a nós mesmos, e não MAIS do que a nós mesmos. É acertando estas disparidades que equilibramos a nossa vida.

Quando, por exemplo, sentimos que amanhecemos contrariados, com ou sem razão aparente, e reconhecemos que nossos Astros devem estar adversos, atentemos para a renovação de nossos valores, procurando nos fixar no BEM e no CERTO. Não se deve deixar a situação piorar em torno de nós ou em nós mesmos, ao ponto de não ter mais forças para orar, como muitas pessoas, às vezes, ficam. Deixam então que o nervosismo tome conta e não encontram refúgio nem mais em Deus.

Só chegaremos a este ponto crucial, se nos faltar a vigilância, a permanente atenção ao que se passa conosco, com o que sentimos, às vezes, já no início do dia. Temos que evitar, se possível, sair à rua quando estivermos negativos, porque este descuido poderá facilitar e até atrair algum acontecimento desagradável e até prejudicial.

Reajustemos primeiro nosso estado de espírito no Bem, através da oração, de um pequeno relaxamento, de uma curta meditação, antes de qualquer iniciativa, quando isto acontecer.

Melhor é orar diariamente, entregando-nos a Deus, e pedir-Lhe que tome conta de nós, sem esperarmos pelos maus momentos para só então rogar proteção. Porque se facilitarmos, afrouxando o cuidado com nosso equilíbrio interno, acabaremos agravando a situação de abandono a Deus e vamos aos poucos nos separando de Sua Presença. Ele está sempre em nós, mas nós devemos estar sempre n’Ele. E é este cuidar-se permanente para estarmos com o pé na linha reta, que nos aproxima de Deus e nos coloca permanentemente a Seu lado. Estar em Deus é isso mesmo: vigilância e oração.

Quanto às causas de nossos desajustes que julgamos, às vezes, imprevistos, bem podem ter origem em coisas simples e malfeitas, até numa raivinha de véspera, alguma crítica mental menos bondosa, enfim, qualquer coisa que se possa ter feito contra a ordem natural das coisas, contra as leis da natureza que são Deus. Porque viver certo é um modo-contínuo que não pode ser quebrado a fim de conservar a harmonia, o que se consegue pela vontade atuante e permanente no Certo que é Deus.

Por isso, o que tanto se fala e se aconselha sobre o Amor ao semelhante, não deve ser encarado como algo longínquo e transcendental.

O amor é algo bem próximo de nós, efetivo e constante, e depende da nossa própria atividade, até na defesa dos nossos interesses. Porque, procurando estar equilibrado, atentos para não errar, por nossa segurança e pela dos outros, certamente esta preocupação nos levará a bem viver com o próximo. E este bem viver, essa tentativa de acertar permanentemente, é Amor.

(Revista ‘Serviço Rosacruz’ – 08/79 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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