PERGUNTA: Vocês disseram numa outra oportunidade que a Terra era o corpo de um espírito que dava a sua vida aos seus habitantes. E porque então dá flores e frutos a uns e fome e terremotos a outros?
RESPOSTA: Durante o intervalo entre a morte e o novo nascimento os espíritos desencarnados chegados ao Segundo Céu – onde se encontram os arquétipos de tudo o quanto existe – constroem o seu futuro habitat ambiental, no qual colherão o que semearam. Se fizeram crescer dois fios de erva onde antes só crescia um, formarão para si mesmos, uma terra ainda mais fértil, na qual poderão obter maiores frutos com menos esforço.
Se perderam tempo útil pensando no “Nirvana”, um lugar celestial de repouso e indolência, gostando mais de entrar em discussões metafísicas, do que cuidar das coisas materiais necessárias, continuarão fazendo a mesma coisa no Segundo Céu, e, assim sendo, sua terra será árida e estéril quando regressarem à vida terrestre. Terão de experimentar, então a fome, a seca, inundações e terremotos, até compreenderem a necessidade de cumprir seus deveres materiais. Dessa forma e em seu tempo, aprenderão a lição e lutarão para conquistar o mundo, como nós do Ocidente, porque supomos que o consulente se refere aos povos do Oriente que sofrem inundações e fome. Esses povos são os nossos irmãos menores. Estão ainda atrasados em sua evolução e devem seguir os nossos passos. Devem aprender a esquecer, por certo tempo, os mundos espirituais, com o objetivo de alcançar o desenvolvimento ensejado unicamente pelo mundo material. Existe um transcendental propósito nos fenômenos naturais que agora os afligem, não menos profundo do que a aparente prosperidade do mundo ocidental. Carências de toda natureza dirigi-los-ão inevitavelmente para condições mais materialistas, porém, nós do Ocidente, com as terras repletas de todas as coisas desejáveis do mundo, providas de mecanismos que tornam a vida mais atraente e divertida, inevitavelmente diremos a nós mesmos, quando saturados das “bênçãos materiais”: “e agora, qual a vantagem de possuir isso tudo? Será que os valores espirituais não tem muito mais importância?”. Então partiremos para um desenvolvimento espiritual muito mais elevado do que o do Oriente.
(Revista Serviço Rosacruz – 08/75 – Fraternidade Rosacruz – SP)
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