Um Ciclo Vicioso ou Virtuoso

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Um Ciclo Vicioso ou Virtuoso

Um Ciclo Vicioso ou Virtuoso

Quanto maior é a candeia, maior também será a quantidade de fluido para abastecê-la. Quanto mais fraca é a terra, maior será a quantidade de fertilizante necessário para que se produza uma boa safra. Quanto melhor é um instrumento, melhor é o som que ele emitirá. Portanto, quanto mais amor tiver um indivíduo, melhores também serão as suas obras, e assim por diante. Essa regra se aplica em tudo.

A responsabilidade de um ser humano está em um determinado nível; vem então o desejo de aprender algo, de ter experiências afins. Alimentando o desejo, o ser humano passa a saber mais, colocando-se um pouco acima daquele que sabe menos. Aumentando o saber, aumenta também sua capacidade assimilativa, e assim por diante, em um ciclo vicioso onde ele tem cada vez mais as suas qualidades aumentadas, e cada vez maior número de oportunidades de aprender mais.

No entanto, o egoísmo leva o ser humano por caminhos tortuosos, longe da sua origem, porque à medida que vai aprendendo erroneamente, vai utilizando a sua inteligência para “acumular tesouros”, quando não, na maioria das vezes, para prejudicar seus semelhantes. Realmente, talvez ele tivesse razão se a vida fosse tão somente um lapso existencial entre o berço e o túmulo. Mas assim não acontece. A vida não para aí; existe muito mais ainda. Ou melhor, nós estamos sempre no meio, pelo menos enquanto não soubermos quando começa ou acaba a aventura do ser humano na matéria. Por isto, à medida que vai aprendendo, mais e mais, libertando-se das condições atuais de sobrevivência e livrando-se dos laços que o prendem à matéria, aumenta também, com isso, sua responsabilidade em relação aos menos favorecidos.

Assim como nos exemplos acima, aquele que se tornou em uma candeia precisa, igualmente, do azeite das obras, que irá alimentar essa candeia (que é o ser humano) e que vai, por outro lado, aumentar ainda mais a sua capacidade e o desejo de aprender, conduzindo-o sempre a uma responsabilidade ainda maior; também em um círculo vicioso onde, quanto mais o ser é livre, mais livre desejará ficar, até um ponto que culminará com o desprendimento total da matéria, tamanha é a força vibratória produzida pelo seu desenvolvimento.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de 11/1976)

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