Tomás Prestativo
Palavra-chave: Atração
Nossa história de hoje é sobre um menininho chamado Tomás Prestativo. Era apenas um rapazinho, mas já tinha um nome especial, pois tinha um coração muito, muito nobre. Seu nome verdadeiro era Thomas, mas todos o chamavam Tomás e seu pai acrescentou o Prestativo.
Naturalmente havia uma razão para isso. Sabe qual era? Sim, vocês estão certos!
Era porque Tomás Prestativo estava sempre tentando ajudar alguém. Não importava se fosse à mãe; no preparo do jantar, a irmã; arrumando a mesa, o pai; no conserto da cerca, o irmãozinho; aprendendo a andar; o que quer que fosse, se ele estivesse por perto, estaria ajudando.
Um dia, chegou um homem a casa de Tomás Prestativo com um caminhão muito grande, carregado de pedras; despejou-as ao lado do jardim e foi embora. Logo em seguida, voltou com uma carga de areia, deixando-a em outro monte junto com alguns sacos de cal.
Tomás ficou imaginando o que seria aquilo e quando seu pai voltou, perguntou-lhe. Ficou sabendo que era para construir um muro de pedras ao redor do jardim. Isso agradou muito Tomás Prestativo, pois sabia que iria gostar muito de auxiliar o pai a construí-lo, e quanto mais pensava nisto, mais excitado ficava. Seu pai disse que se ele se levantasse bem cedo no dia seguinte, poderia ajuda-lo a colocar uma linha onde seria construído o muro. Assim, Tomás acordou cedo, vestiu-se rapidamente, amarrou seus sapatos e fez tudo tão depressa que sua mãe comentou que ele era um despertador para já estar de pé tão cedo.
O pai recomendou-lhe que tomasse um bom café da manhã, porque haveria muito trabalho a fazer. Obediente, Tomás comeu muito bem, frutas, leite e cereais, pois, queria estar preparado quando tanta coisa dependia dele. Estava pondo o boné para sair, quando chegou um mensageiro dizendo que o Vovô estava ferido e que Papai deveria ir vê-lo imediatamente.
Pobre Tomás Prestativo! Como ficou desapontado! Também ficou triste porque seu bondoso vovô, a quem tanto amava, estava sofrendo. Teve vontade de chorar, mas queria ser forte como seu pai e resolveu, em vez de criar um problema, ir para o jardim sozinho.
Ali viu as pedras, todas numa grande pilha, parecendo que estavam esperando para serem utilizadas em um muro. Eram pedras redondas e tão redondamente simpáticas, que Tomás Prestativo achou melhor ficar por ali e brincar com elas por algum tempo. Então, ele pensou que talvez pudesse construir o muro de pedra. De repente, ouviu um sussurro:
– Você não pode construí-lo sozinho, Tomás. Não tente.
Parecia que o sussurro vinha de dentro dele mesmo.
Porém, outra voz sussurrou:
– Você pode construí-lo Tomás. Vamos, comece.
Tomás deu ouvidos à segunda voz e começou a empilhar as pedras para fazer o muro.
Esqueceu-se de que lhe haviam ensinado a não se intrometer nas coisas de seu pai quando ele estivesse ausente; esqueceu-se de que não sabia como construir o muro; tudo o que pensou naquele momento foi que queria fazê-lo.
Vocês acham que ele foi capaz de construir o muro? Lógico que não! Trabalhou bastante, até aonde pode, mas tão logo empilhava as pedras, elas caiam. Sentia-se infeliz, mas continuou empilhando-as, empilhando-as e as pedras sempre caindo, caindo. Por fim, ficou com tanto calor, cansado e aborrecido, que pôs a culpa nas pedras e decidiu parar.
Mas, que confusão ele havia feito no jardim! As pedras espalhadas por todos os lados e as flores quebradas e amassadas.
Quando o pai voltou para casa, ficou tão aborrecido, que Tomás sentiu-se envergonhado.
Quando o pai lhe disse que não poderia chamá-lo mais de Tomás Prestativo se fizesse coisas desse tipo, sentiu-se ainda mais envergonhado e arrependido. Decidiu que, no futuro, só ouviria a voz do bem.
Como vocês veem, ele conhecia tudo sobre as duas vozes que falam com os meninos e meninas e também com os papais e mamães. Uma era do Senhor Amor, que torna todo o mundo feliz; a outra era do Senhor Egoísmo, que traz problemas para as pessoas. Aprendeu que era muito bom ser prestativo para os outros, mas aprendeu também que deveria obedecer os pais e não ultrapassar os limites estabelecidos por eles.
No dia seguinte, ficou olhando o pai fazer uma mistura de areia, cal e água chamada argamassa. Esta mistura seu pai espalhava entre as pedras, à medida em que ele as empilhava, fixando-as, o que as impedia de cair do muro. E assim foi construindo o muro.
– A argamassa é como o amor, disse o pai de Tomás Prestativo. Ela une as coisas.
(do Livro Histórias da Era Aquariana para Crianças – Vol. V – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz)
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