Mês de Janeiro: Senhor Cristo Inunda a Terra com o Prodigioso Poder Espiritual
Quando o Sol entra em Capricórnio (Signo regido por Saturno, daí os Saturnalia) em 21 de dezembro, os poderes das trevas, de certo modo, tomam conta do “Dador da Vida”, mas dá-se o renascimento após os três dias de “paragem” (sol-stitium = sol + sistere, suster, parar), ou seja, o dia 25 marca o termo do “ciclo solsticial”. A partir do dia 26 de dezembro inicia-se um segundo ciclo de especial significado Iniciático: entre o dia 26 de dezembro (1.º Dia Sagrado) e o dia 6 de janeiro (12.º Dia Sagrado) ocorria a preparação ritual dos catecúmenos que eram batizados no Dia de Reis (Primeira Iniciação). Estes “Doze Dias Sagrados”, que acompanham a fase inicial do renascimento do “Sol Invencível”, eram como que um resumo do ano zodiacal seguinte, e, tal como já se referiu, estavam sob a proteção das Hierarquias Celestes que tradicionalmente regem os 12 Signos do Zodíaco.
A observância para janeiro começa, justamente, quando o Sol passa pelo Signo de Capricórnio na noite do Solstício de Dezembro. Como já foram observadas, as energias liberadas a cada Cerimonial continuam inundando nossa Terra durante a época em que o Sol transita em cada Signo, em particular no caso de Capricórnio. O Cerimonial acha-se relacionado com esse sagrado acontecimento: a Natividade.
Jesus nasceu numa manjedoura onde os animais se alimentavam. Da mesma maneira, o nascimento do Cristo no ser humano tem que acontecer numa manjedoura – isto é, em sua natureza inferior. Ainda não há lugar na hospedaria para Ele nascer, pois a hospedaria está na cabeça.
O primeiro trabalho de um Aspirante no Caminho é a purificação e espiritualização de sua natureza inferior. Por isso, o próprio Cristo sempre nasce numa manjedoura.
Durante o mês de Capricórnio, hostes de Anjos mandam poderosas correntes de purificação e cura, aproximam-se e cantam sem parar, “Que o Cristo nasça em você!” Isso gera e irradia um imenso poder. Quão pouca percepção nós temos das benéficas emanações que são continuamente irradiadas para nós vindas dos planos internos!
Exatamente oitocentos anos após a Natividade, os orgulhosos romanos que crucificaram Cristo ajoelharam-se perante Ele em homenagem – pois quando o soberano Carlos Magno foi coroado Imperador do Oeste no Dia de Natal em 800 D.C., abriu-se o caminho para o estabelecimento da Cristandade na Europa. Duzentos anos depois, numa Noite de Natal, Guilherme, o Conquistador, foi coroado e as Ilhas Britânicas ficaram sob a influência dos ensinamentos Cristãos. Um ano após, novamente no Natal, foi inaugurado o primeiro parlamento de “homens livres” que o mundo jamais havia visto.
Poucas pessoas percebem o prodigioso poder espiritual que inunda a Terra na época do Santo Natal. Os Sábios usam todas as oportunidades e canais para fazer frutificar o Plano Divino na Terra.
A observância do Solstício de Dezembro vai continuar nos mais profundos planos até que Cristo nasça no coração de cada um.
(Você pode ter mais material para estudos em: Cap. XII – Ensinamentos de um Iniciado; O Cristo Cósmico – Interpretação Mística da Páscoa; Cap. I – Interpretação Mística do Natal; A Estrela de Belém – Conceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel; A Escala Musical e o Esquema de Evolução – compilado por um Estudante da Fraternidade Rosacruz; A Festa da Natividade – Ao Longo do Ano com Maria; O Maravilhoso Livro das Épocas – Vol. VI – Vol. VII – Vol. X – Corinne Heline; António de Macedo – Os Solstícios e os Equinócios – Fraternidade Rosacruz de Portugal)