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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Sala Leste do Templo do Tabernáculo no Deserto

Para entrar no Templo propriamente dito há um véu que pende diante do Templo Místico. Após ter subido os primeiros degraus do caminho, o Aspirante encontra-se bem frente ao véu. Ele entra na Sala Leste do Santuário, chamado Lugar Santo (ou Sanctum).

Não havia janelas ou quaisquer aberturas no Tabernáculo para deixar penetrar a luz do dia, porém, essa sala nunca ficava escura. Noite e dia era brilhantemente iluminada por lamparinas. O mobiliário simbolizava o método pelo qual o Aspirante podia adquirir o crescimento da alma pelo serviço.

Esse mobiliário era composto de três objetos principais: o Altar do Incenso, a Mesa dos Pães da Proposição e o Candelabro de Ouro,do qual procediam as luzes.

Não era permitido ao israelita comum entrar nesse lugar sagrado e nem contemplar os objetos. Ninguém, a não ser um sacerdote, podia passar pelo véu externo e entrar nessa primeira sala.

(…) Fora do <segundo> véu, no lado norte, coloque a mesa <dos pães da proposição>; e, no lado sul, diante da mesa, coloque o candelabro. (…) Faça também um altar de madeira de acácia para queimar incenso. (…)  Faça um candelabro de ouro puro; ele será todo cinzelado: pedestal, haste, cálices, botões e flores formarão com ele uma só peça. Dos seus lados sairão seis braços, três de cada lado.(Ex 26:35; 30:1-6 e 37:25-29;25:31-40 e 37:17-24).

O Candelabro de Ouro ou Candelabro de Sete Braços estava colocado na parte sul do Lugar Santo, de modo que se encontrava do lado esquerdo de qualquer pessoa que estivesse no meio da sala. Era inteiramente de ouro puro e constituído de uma base vertical, haste central que se elevava, juntamente com seis braços. Esses braços começavam em três pontos diferentes da haste central e arqueavam-se em três semicírculos de diâmetros diferentes, simbolizando os três Períodos de desenvolvimento (Períodos de Saturno, Solar e Lunar) pelos quais o ser humano passou antes do Período Terrestre, que estava, então, a menos da metade. Esse último Período era representado pela sétima luminária do Candelabro. Cada um dos sete braços terminava num candeeiro, e esse candeeiro era suprido com o mais puro azeite de oliva, o qual foi elaborado por um processo especial. Ao sacerdote foi exigido o devido cuidado para que no Candelabro nunca faltasse luz. Todos os dias as lamparinas eram examinadas, limpas e abastecidas com azeite, e assim podiam manter-se acesas perpetuamente.

A Mesa dos Pães da Proposição estava colocada ao lado norte da sala, de modo a estar à mão direita do sacerdote quando este se encaminhasse ao segundo véu. Doze pães sem fermento eram continuamente mantidos sobre a mesa. Eram colocados em duas pilhas, um pão sobre o outro, e em cima de cada pilha havia uma pequena quantidade de incenso. Esses pães eram chamados os Pães da Proposição ou pão da face, porque foram colocados solenemente diante da presença do Senhor que habitava a Glória de Shekinah, atrás do segundo véu. Todos os sábados, os pães eram substituídos pelo sacerdote, sendo os velhos retirados e os novos colocados no mesmo lugar. Os pães retirados eram entregues aos sacerdotes para comer e ninguém mais tinha permissão de prová-los; também não era permitido comê-los em qualquer lugar fora do Santuário porque era santíssimo e, portanto, só poderia ser consumido por pessoas consagradas e em solo sagrado. O incenso que ficava sobre as duas pilhas dos Pães da Preposição era queimado, quando havia a troca dos pães como uma oferta queimada ao Senhor por um memorial em lugar do pão.

O Altar do Incenso ou Altar de Ouro era o terceiro objeto do mobiliário da Sala Leste do Templo. Ficava no centro da sala, isto é, a meio caminho entre as paredes norte e sul, em frente ao segundo véu. Nenhuma carne jamais foi queimada nesse altar e nenhum sangue jamais fora derramado sobre ele, exceto em ocasiões muito solenes, e apenas os seus chifres eram marcados com a mancha vermelha. A fumaça que era vista no topo, nunca foi outra senão a fumaça do incenso queimado. Isso acontecia todas as manhãs e todas as noites, preenchendo o Santuário com uma nuvem de fragrância agradável que impregnava todo o ambiente interior e que se estendia por todo o país de todos os lados por milhas ao redor. Pelo fato de o incenso ser queimado todos os dias foi chamado: “um perpétuo incenso diante do Senhor”. Não era simplesmente um incenso comum queimado, mas um composto disso com outras especiarias doces, elaborado sob a direção de Jeová para este fim especial e por isso considerado santo, de modo que nenhum ser humano poderia fazer uso dessa composição para si. O sacerdote era encarregado de zelar para que nenhum incenso estranho fosse oferecido no Altar de Ouro, isto é, nenhum outro que não tivesse a composição sagrada. Esse Altar estava colocado diretamente diante do véu, do lado de fora, mas diante do Propiciatório, que estava dentro da sala do segundo véu. Por isso, quem ministrasse no Altar do Incenso não podia ver o Propiciatório por causa do véu interposto, mas devia olhar nessa direção e para ela orientar o fluxo do incenso. Era costume, quando a nuvem fragrante do incenso se erguia por cima do templo, que todas as pessoas que estivessem no Átrio do Santuário enviassem suas preces a Deus, cada uma silenciosamente dentro de si.

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Que as rosas floresçam em vossa cruz

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