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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Nossos Pecados: porque os cometemos e o que fazer para nos redimir

Deus é perfeito. Mas nós, individualmente, não somos perfeitos. Devido ao processo de evolução nós estamos a cometer erros. E a maioria desses erros nós os cometemos por causa da nossa ignorância.

Em parte, isso é devido a irmos contra as Leis da Natureza. Na maioria das vezes deixamos nosso “Eu inferior” dominar a situação. Nosso “Eu superior” sabe como não pecar, como obedecer às Leis da Natureza. Isso prova nossa imperfeição. Usamos nosso livre arbítrio de modo contrário às Leis de Deus. Cometemos mais pecados por omissão do que por comissão. São pequenos pecados aos quais, na sua maioria, nem damos importância. Entretanto, ao passar do tempo esses pecados começarão a atrapalhar o nosso progresso espiritual.

O pecado é consequência natural das Religiões de Raça, as Religiões de Jeová. Essas Religiões eram Religiões de Leis, originadoras do pecado, como consequência à desobediência dessas leis. Sob essas leis todos pecavam. E chegou-se a tal ponto que a evolução teria demorado muito, e muitos de nós perderíamos a nossa onda de vida se não fôssemos ajudados.

Isso porque não sabíamos agir com retidão e amor. Nossa natureza passional tornou-se tão forte que não sabíamos mais como controlá-la. Pecávamos continuamente.

Na Época Lemúrica, a propagação da Raça e o nascimento eram executados sob a direção dos Anjos, por sua vez enviados por Jeová, o Regente da Lua.

A função criadora era executada durante determinados períodos do ano, quando as configurações astrais eram favoráveis. Como a força criadora não encontrava obstáculo, o parto realiza-se sem dor.

A consciência do Lemuriano era igual à nossa de hoje, quando estamos dormindo. Assim, ele era inconsciente do Mundo Físico e, portanto, inconsciente do nascimento, e da morte. Ou seja, essas duas coisas não existiam para o Lemuriano.

Quando havia o íntimo contato das relações sexuais entre o homem e a mulher nessa Época, o Espírito sentia a carne e por um momento o ser humano atravessava o véu da carne e observava uma ligeira consciência. A isso se referem várias passagens da Bíblia: “Adão conheceu a sua mulher”, ou seja: sentiu fisicamente. “Adão conheceu Eva e ela concebeu Seth”; “Elkanah conheceu Havah e ela concebeu Samuel”. Mesmo no novo testamento, quando o Anjo anuncia a Maria que será a mãe do Salvador, ela contesta: “Como pode ser isso possível, se eu não conheço a nenhum homem?”. Essas coisas perduraram até aparecer os Espíritos Lucíferos.

Como o ser humano via muito mais facilmente no Mundo de Desejo, os Espíritos Lucíferos manifestaram-se por aí, e chamaram-lhe a atenção para o mundo exterior. Ensinaram-lhe como podia deixar de ser manipulado por forças exteriores, como poderia converter-se em seu próprio Dono e Senhor, parecendo-se aos Deuses, “conhecendo o bem e o mal” (Gn 3:5). Também lhe mostraram como podia construir outros corpos, sem a necessidade da ajuda dos Anjos.

O objetivo dos Espíritos Lucíferos era dirigir a consciência do ser humano para o exterior. Essas experiências proporcionaram dor e sofrimento, mas deram também a inestimável benção da emancipação das influências e direção alheias e o ser humano iniciou a evolução dos seus poderes espirituais.

A partir daí foram os seres humanos que dirigiram a propagação e não mais os Anjos. A partir daí o ser humano ignorou a operação das forças solares e lunares como melhor Época para a propagação e abusou da força sexual, empregando-a para a gratificação dos sentidos. Então, restou a dor que passou a acompanhar o processo de gestação e nascimento.

Daí o ser humano conheceu a morte, pois via quando passava do Mundo Físico para os Mundos espirituais e vice-versa quando voltava, ao renascer.

A partir daí, como diz a Bíblia: “conceberás teus filhos com dor”. Isso não foi uma maldição de Jeová, como normalmente se acha. Foi uma clara indicação do que iria ocorrer quando se utilizasse a força criadora na geração de um novo ser sem tomar em conta as forças estelares.

Então, é o emprego ignorante da força criadora que origina a dor, a enfermidade e a tristeza.

Esse é o pecado original. “A terra te produzirá espinhos e abrolhos, e tu terás por sustento as ervas da terra. Tu comerás o pão no suor do teu rosto, até que te tornes na terra, de que foste formado.” (Gn 3:18-19).

A partir daí o ser humano teve que trabalhar para obter o conhecimento. Através do cérebro, interioriza parte da força criadora para obter conhecimento do Mundo Físico. Isso é egoísmo. Mas a partir da queda na geração, não há outro modo de se obter conhecimento.

Assim, uma parte da força sexual criadora do ser humano ama egoisticamente o outro ser, porque deseja a cooperação na procriação. A outra parte pensa, também por razões egoístas, porque deseja conhecimento.

Como resultado cristalizou os seus veículos e esqueceu-se de Deus. Os corpos debilitados e as enfermidades que vemos ao nosso redor foram causadas por séculos de abuso, e até que aprendamos a subjugar nossas paixões não poderá existir verdadeira saúde na humanidade.

Em resumo: o pecado original veio porque o ser humano usou o seu livre arbítrio e quis obter a consciência cerebral e a do Mundo Físico, pegando um caminho de atalho. Transformou-se de um autômato, guiado em tudo, num ser criador e pensante.

Aos poucos, através do sábio uso da força criadora sexual e da espiritualização dos seus corpos, o ser humano vai respondendo aos impactos espirituais e escapando do estigma do pecado original.

A partir do momento que o ser humano tomou para si as rédeas de sua evolução, ele começou a experimentar, agindo bem ou mal, fazendo o certo e o errado.

Como quando lhe foi dado a Mente – entre a última parte da Época Lemúrica até a segunda parte da Época Atlante – o Ego era excessivamente débil e a natureza de desejos muito forte, de modo que a Mente se uniu ao Corpo de Desejos, originando a astúcia, a tendência foi fazer mais o mal do que o bem, mais o errado do que o certo, desenvolvendo mais o vício do que a virtude.

Assim, devido à sua ignorância, foi lhe dada uma Religião que tinha como base o látego do medo, impelindo-o a temer a Deus.

Por causa desse medo, tentava-se fazer o bem, o certo. Mas a astúcia e a ignorância eram muito fortes e o ser humano fazia mais o mal.

Após isso, foi lhe dada uma Religião que o levava a certa classe de desinteresse coagindo-o a dar parte dos seus melhores bens como sacrifício: “Noé levantou um altar ao Senhor: tomou de todos os animais puros e de todas as aves puras, e ofereceu-os em holocausto ao Senhor sobre o altar.” (Gn 8:20).

Noé simboliza os Atlantes remanescentes, núcleo da quinta Raça, a Raça Ária, e, portanto, nossos progenitores. Isso foi conseguido pelo Deus de Raça ou Tribo. Um Deus zeloso que exigia a mais estrita obediência e reverência. Mas, que era um poderoso amigo, ajudava o ser humano em suas batalhas e devolvia lhes multiplicando os carneiros e cereais que lhe eram sacrificados.

O ser humano não sabia que todas as criaturas eram semelhantes, mas o Deus de Raça ensinou-lhe a tratar benevolentemente seus irmãos de Raça e fazer leis justas para os seres da mesma Raça.

Entretanto, houve muitos fracassos e desobediência, pois o egoísmo estava – e ainda está – muito enraizado na natureza inferior.

No Antigo Testamento encontramos inúmeros exemplos de como o ser humano se esqueceu dos seus deveres e de como o Deus de Raça o encaminhou, persistentemente uma e outra vez.

Só com os grandes sofrimentos ditados pelo Espírito de Raça foi que os seres humanos caminharam dentro da lei. Isso porque o propósito da Religião de Raça é dominar o Corpo de Desejos, na maioria das vezes apegado à natureza inferior de modo que o intelecto possa se desenvolver. Portanto, essas Religiões são baseadas na lei, originadoras do pecado, como consequência à desobediência a essas leis.

Exemplos dessas desobediências e de suas consequências vemos no Pentateuco Mosaico, os cinco primeiros livros do Antigo Testamento.

O ser humano foi pecando – pois não sabia agir por amor – por desobediência a essas Leis, baseadas na lei de consequência, e acumulando uma quantidade tão grande de pecados que se não houvesse uma intervenção externa muitos teriam sucumbido e toda a evolução perdida.

E essa ajuda foi a vinda de Cristo. Por isso ele disse que veio para “buscar e salvar os que estavam perdidos”. Cristo não negou a Lei, nem Moises, nem os profetas.

Disse que essas coisas já tinham servido aos seus propósitos e que para o futuro, o AMOR deveria suceder a Lei.

Ele é “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. E o tirou, mas não o pecado do indivíduo.

Purificou e, continua purificando todos os anos, o Mundo do Desejo de modo que tenhamos matéria de desejos mais pura para construir nossos Corpos de Desejos e desejos superiores, mais puros.

Assim, por inanição, vamos eliminando nossas tendências inferiores, nossos vícios, o egoísmo, etc.

Ele nos deu a doutrina do Perdão dos Pecados. Ela não vai contra a Lei de Consequência, como muitos pensam, mas a complementa.

Dá aos que se interessam pela vida espiritual forças para lutar, apesar de repetidos fracassos e para conseguir subjugar a natureza inferior.

Mediante o Perdão dos Pecados, foi nos aberto o caminho do arrependimento e da reforma íntima.

Aplicando uma lei superior à Lei Mosaica, a lei do amor, conseguimos esse perdão. Se não o fazemos, teremos que esperar pela morte que nos obrigará a liquidar nossas contas.

Para conseguir o perdão dos nossos pecados temos que, quando cometermos um erro, ter um sincero arrependimento seguido de uma devida regeneração que pode ser um serviço prestado a quem injuriamos ou uma oração para essa pessoa; se for impossível a prestação do serviço poderá ser um serviço prestado a outrem. Com esse sentimento e essa compreensão tão intensa quanto possível do erro cometido, a imagem desse ato se desvanece do Átomo-semente do Corpo Denso, no qual foi gravado.

Lembremos que são as gravações desse Átomo-semente que formam a base da justa retribuição depois da morte e que é o livro dos Anjos do Destino. Com isso, no Purgatório, esse registro não estará mais lá e não sofreremos por esse ato errado, pois já aprendemos que ele é errado, restituindo-o voluntariamente. Lição aprendida, ensino suspenso.

Nesse ponto, muito nos ajuda o exercício noturno de Retrospecção, é ele que nos faz viver o Purgatório diariamente e nos ajuda na compreensão e no discernimento em fazer o bem e o que é fazer o mal.

Portando, não sigamos tanto a carne, o Mundo Físico, pois já passamos do tempo que precisávamos disso.

Não sejamos preguiçosos, gulosos, impudicos, voluptuosos, soberbos, avarentos. Pois em que nós pecamos, seremos gravemente castigados.

Relembremos, agora, os nossos pecados para podermos aproveitar melhor o tempo após a morte para ajudarmos os nossos irmãos e para construirmos melhores corpos.

Sejamos sábios utilizando toda essa ajuda que os nossos irmãos mais evoluídos nos dão.

Se vivemos para Cristo, veremos que toda tribulação dará prazer, pois a sofreremos com paciência e que: “a iniquidade não abrirá a sua boca” (Sl 106:42).

E pela paciência e persistência estaremos entre os escolhidos no dia do juízo, pois: “erguer-se-ão naqueles dias os justos com grande força contra aqueles que os oprimiram e desprezaram.” (Sab 5:1).

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Você teria permissão para informar ao meu irmão que faleceu novembro passado que, com um simples esforço de vontade, ele pode evitar que a matéria do Corpo de Desejos tome a forma de camadas concêntricas; ou seja, a matéria mais grosseira na camada externa e a mais pura na interna?

Pergunta: Meu único irmão faleceu em novembro passado e deve se encontrar em uma das Regiões inferiores do Mundo do Desejo. Você teria permissão para informá-lo que, com um simples esforço de vontade, ele pode evitar que a matéria do Corpo de Desejos tome a forma de camadas concêntricas; ou seja, a matéria mais grosseira na camada externa e a mais pura na interna? Gostaria de lhe dizer que, com um esforço de vontade, ele poderia fazer a matéria das sete regiões do Mundo do Desejo, que forma o seu Corpo de Desejos, vir para a superfície desse corpo. Por esse meio ele seria capaz de entrar imediatamente em contato com as sete Regiões do Mundo do Desejo, em vez de se limitar às regiões inferiores. Acredito que não haja sérias objeções a esse uso da força de vontade.

Resposta: Essa pergunta se refere ao fato de que, quando a morte ocorre e o ser humano se encontra no Mundo do Desejo, as forças magnéticas do Átomo-semente estão esgotadas, o arquétipo está se dissolvendo e, consequentemente, a força centrífuga de Repulsão força a matéria de desejo do Corpo de Desejos para fora, em direção à periferia. A matéria pertencente às regiões inferiores é lançada para fora, primeiro pelo processo de purgação, que limpa profundamente o ser humano, livrando-o de todas as más ações da vida que acabou. Esse é o resultado da mesma lei natural que, no Mundo Físico, faz com que um Sol lance para fora de si a matéria que forma, em seguida, os Planetas. Interferir nessa lei seria calamitoso para qualquer ser humano, mesmo supondo que isso fosse possível, o que não é. Portanto, é inútil tentar ajudar o seu irmão dessa maneira.

É diferente com o Iniciado que vai ao Mundo do Desejo no decorrer de sua vida. O Átomo-semente do Corpo de Desejos forma, então, um centro natural de atração ou gravitação que mantém a substância de desejo desse veículo nas linhas habituais. Também é diferente para quem pratica os exercícios científicos dados pelas Escolas de Mistério. Tal pessoa está purificando constantemente o seu Corpo de Desejos da matéria mais grosseira, de forma que, na hora da morte, ela não é tão afetada pela força centrífuga de Repulsão quanto aqueles que não tiveram esse treinamento.

No entanto, há outro modo de ajudar alguém próximo de nós e que nos é querido, contanto que tenhamos a sua cooperação. Para tornar claro esse ponto, é necessário mencionar primeiro que, quanto mais grosseira for a matéria de desejo no Corpo de Desejos, mais firmemente ela aderirá a um ser humano; portanto, a expurgação pela força de Repulsão causa muito sofrimento e é isso que sentimos durante a experiência no Purgatório. Se nós estivéssemos totalmente dispostos a admitir e reconhecer os nossos erros, então, à medida que as imagens se apresentam durante o desenrolar do panorama da vida, ao invés de tentar justificativas ou nos deixar levar pela raiva e pelo ódio do passado, haveria muito menos dor envolvida na erradicação das más ações do nosso Corpo de Desejos. Se esse fato pudesse ser incutido em alguém que desejássemos ajudar, se pudéssemos levá-lo a um estado de espírito em que ele se mostrasse disposto, do fundo do seu coração, a reconhecer os seus erros e falhas, o processo da purgação seria mais curto e menos doloroso, e ele ascenderia às Regiões mais elevadas, onde a força de Atração predominaria em um tempo bem mais curto do que no caso contrário.

O mesmo resultado pode ser alcançado pela oração e, também, por bons pensamentos, os de elevada espiritualidade e auxílio, pois eles têm o mesmo efeito para aqueles que já estão fora do corpo, como as palavras, os atos bondosos e as ações fraternas têm sobre as pessoas que vivem neste mundo aqui.

(Pergunta nº 9 do Livro: “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II” – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Solstício de Dezembro e o Poder Curador da Música “Ave Maria” de Schubert

O Solstício de Dezembro e o Poder Curador da Música “Ave Maria” de Schubert

A música é a linguagem dos Mundos celestes, o que a forma é para o Mundo Físico, a cor é para o Mundo do Desejo e o tom é para o plano mais elevado da consciência, no Mundo do Pensamento.

A música tem o poder de chegar mais profundamente ao espírito do ser humano que qualquer outra arte e atraindo sua atenção às lembranças do mundo espiritual, do qual veio, desperta uma “nostalgia espiritual”. “Creio que nunca estou alegre quando escuto uma música doce” disse Jéssica em uma cena pensativa de amor, na qual Lorenzo, seu amante, responde: “A razão é que seus espíritos são galantes”. Nessas sensíveis linhas, Shakespeare destaca um fato esotérico subjacente, uma experiência mais ou menos comum a todos.

 Um toque de tristeza vem a uma pessoa que reflita em nosso estado presente, a luz de insinuações relativas ao mundo real, de onde nosso “Eu eterno” provém, e de onde está exilado temporariamente.

Certos grandes compositores, de vez em quando, têm sido arrebatados a um espírito de exaltação para comunicar-se com reinos mais elevados e escutar o que se conhece como música imortal porque viverá tanto quanto dure a Terra. Muitas das músicas chamadas “músicas de Natal” pertencem a essa mesma categoria.

Várias canções de Natal são transcrições diretas de cantos angélicos. Ainda que transcritos durante o período medieval e do Cristianismo primitivo, sua beleza e inspiração tem durado, e seguramente continuarão assim através dos ciclos que virão.

Vamos ver, por exemplo, o Poder Curador da “Ave Maria” de Schubert: a música angélica pode ser dinâmica curativa. Isto é verdade no caso da “Ave Maria” de Schubert e se evidência em uma oportunidade que ocorreu durante a II Guerra Mundial. Um jovem soldado foi ferido no campo de batalha na Sicília, sua condição era crítica. No momento que chegou a um hospital na Inglaterra sua Mente estava totalmente “escurecida”. Suas inibições pareciam insuperáveis, porém, ainda que muito incerto, alguns médicos e psiquiatras estavam de acordo que poderiam recuperá-lo se conseguissem fazê-lo liberar suas emoções e chorar, mas todos os esforços foram em vão.

Mais tarde em um hospital norte-americano o resultado desejado foi conseguido por meios inesperados. O paciente de mãos dadas com as esposas dos assistentes foi levado a um teatro onde foi submetido a influência de um instrumento que produzia uma combinação de vibrações de tons e cores. Os ajudantes se viram na necessidade de levantar sua cabeça e manter seus olhos abertos, para que visse a apresentação. À medida que o show avançava, seu encanto mágico fez com que a tensão de seus músculos e corpo fosse diminuindo gradualmente. Então uma coisa milagrosa aconteceu.

A versão de belíssimo tom e cor da “Ave Maria” de Schubert inundou a “tela” e o jovem começou a chorar, suas lágrimas rolaram por 20 minutos sem cessar. Depois ele regressou para o quarto onde dormiu calmamente por 9 horas, sem a necessidade de lhe administrar calmantes. Ainda que estivesse quieto, por não poder falar, nem cuidar de si mesmo de nenhum modo desde o acidente, agora estava calmo e racional. Despertou e disse muito naturalmente: “Acabo de despertar”. E ele sabia disso!

A “Ave Maria” de Schubert é uma transição do paradigma da alma musical da “Virgem Bendita”. Vibrar na nota chave daquele Único e Santo cujo ministério ao ser humano está focado na cura e regeneração.

(Extraído do Capítulo: A Cor e a Música para as Quatro Sagradas Estações, do livro: Cor e Música na Nova Era – por Corinne Heline e traduzido pela Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Se um espírito desencarnado pode atravessar uma parede, ele também pode atravessar uma montanha e a Terra, e pode ver o que está no seu interior?

Pergunta: Se um espírito desencarnado pode atravessar uma parede, ele também pode atravessar uma montanha e a Terra, e pode ver o que está no seu interior?

Resposta: Isso depende do tipo de Espírito desencarnado que o consulente tem em mente. Quando uma pessoa morre, ela é exatamente a mesma que era antes, com a exceção que não tem mais o Corpo Denso e, por conseguinte, é perfeitamente capaz de atravessar uma parede ou até uma montanha. Mas, não é capaz de passar através da Terra.

É bem conhecido que embora a maioria dos Clarividentes ou dos sensitivos às forças e influências não físicas ou sobrenaturais é capaz de dizer muito a respeito de algo digno de ser visto e das cenas do Mundo do Desejo, há muitas poucas informações sobre o interior da Terra, pois os Clarividentes comuns sabem que, se tentarem penetrar na Terra, ocorrerá com eles algo semelhante ao que se constata quando um ser humano se atira contra uma parede. Isso ocorre porque a Terra é o corpo de um grande Espírito e esse Espírito não pode ser acessado internamente, a não ser por meio do Caminho da Iniciação. Há nove estratos de espessura variada na Terra, ao redor do núcleo mais recôndito, esse constituindo-se como sendo uma décima parte, e as Iniciações ou Mistérios Menores são as chaves que permitem o acesso até esse núcleo.  Há nove graus de Iniciação ou Mistérios Menores e em cada grau o candidato se torna capaz de penetrar no estrato correspondente da Terra, enquanto a décima Iniciação já se relaciona com as Iniciações ou os Mistérios Maiores, que são em número de quatro. A primeira ensina tudo quanto pode ser ensinado ao ser humano sobre o Período Terrestre; a segunda das grandes Iniciações lhe traz o conhecimento que será adquirido por toda a humanidade no final do Período de Júpiter; a terceira das grandes Iniciações lhe traz a sabedoria a ser alcançada pela humanidade no fim do Período de Vênus, e a quarta completa a sua evolução no presente Esquema de Evolução. Ele ocupará a mesma posição que a humanidade terá no final do Período de Vulcano. Então, ele saberá tudo o que a Terra conterá nessa incorporação e em suas futuras manifestações. As Iniciações ou os Mistérios Menores também lhe ensinarão a evolução pela qual passou nos três Períodos anteriores ao nosso atual Período Terrestre. Esses são os segredos encerrados na Terra, e aí permanecerão até que o próprioser humano possa abrir essa porta de maneira correta; assim, nenhum Espírito, esteja no corpo ou desencarnado, pode ver o que está no interior da Terra até que as portas da Iniciação tenham despertado suas faculdades latentes.

(Pergunta nº 55 do livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. I” – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Purgatório visto como a “cura da alma”

O Purgatório visto como a “cura da alma”

Ninguém deve temer o Purgatório, já que ele é um “hospital para alma”. Nele as pessoas moralmente enfermas recebem o cuidado necessário para “restaurar a saúde”. Certamente que nesse cuidado pode incluir uma espécie de “cirurgia” que frequentemente é dolorosa para o Ego, já que é realizada, mediante a ação da força de Repulsão; força essa que predomina nas Regiões inferiores do Mundo do Desejo, onde se localiza o Purgatório.

Os fabricantes de instrumentos da maldade devem aprender a elevar-se acima de seus desejos; já que a escravidão dos apetites físicos é vencida pela completa impossibilidade de gratificá-los. Os “demônios” da crença ortodoxa são vistos no Purgatório como uma força inferior da onda de vida comparada à dos insetos e répteis do Mundo Físico, porém menos perigosos devido ao fato de que são mais dóceis à vontade do Ego e ás forças psíquicas. Um simples ato de determinação, uma elevação de consciência mediante a oração, não de caráter angustioso, suplício (ainda que essa também tenha seu poder), mas da oração tranquila que nasce de uma Mente elevada afasta rapidamente esses elementais, enquanto o corpo doente não é tão facilmente dissipado.

A base da vida no Purgatório são as cenas em que a alma errou e são revividas, e ela se vê no lugar daquele que prejudicou e sofre como sofreram aqueles que ela lesou na vida terrena, da  mesma forma que a base da vida enquanto encarnados neste Mundo Físico é o panorama da vida que escolhemos no Terceiro Céu. Mesmo porque no Purgatório vivemos, em média, 1/3 do tempo vivido aqui e nesse período temos muito que compensar por meio do arrependimento e reforma íntima.

O que ocorre, às vezes, é os Auxiliares Invisíveis encontrarem pessoas que estão no Purgatório e que lhe pedem que vá as suas famílias para dizer-lhes para viver vidas boas e fazer o seu melhor para não ter que sofrer depois que eles passarem pela morte. E, obviamente, eles não vão, porque de nada adiantaria (como não adianta, na maioria das vezes, a gente ser testemunhas oculares das mazelas dos nossos pais, familiares e entes próximos e, mesmo assim, a gente continua fazendo o que é errado!).

Vamos falar um pouco sobre como é o processo da experiência purgatorial, quanto à sua constância em sentirmos os sofrimentos e as dores purgantes encadeando um sofrimento após o outro durante toda a nossa existência nesse lugar. Usemos a Lei de Analogia para entendermos como funciona lá, estudando como funciona aqui. Suponhamos que uma pessoa que sofre intensamente, por um curto período de tempo, geralmente sente a dor muito agudamente. Agora uma outra pessoa que sofre durante anos sucessivos, embora a dor infligida possa ser igualmente intensa, não parece senti-la na mesma proporção que a primeira pessoa. Isso ocorre porque a segunda pessoa se acostumou a ela e, de certa forma, o seu Corpo Denso se adaptou à dor; por isso, o sofrimento não é tão intensamente sentido nesse caso quanto no primeiro.

A mesma coisa ocorre na experiência purgatorial: se uma pessoa foi muito dura, cruel, indiferente quanto aos demais, egocêntrica, causadora de muita dor e sofrimentos nos outros, então o seu sofrimento no Purgatório será muito rigoroso e intensificado pelo fato de que a experiência purgatorial seja de menor duração do que a vida vivida na Terra; mas a dor é intensificada proporcionalmente. Comparando com o caso acima se a experiência dessa pessoa fosse contínua ou a dor gerada por um ato fosse imediatamente seguida por outra, grande parte do sofrimento seria perdido para a pessoa, pois não seria sentida em toda a sua intensidade. Por esse motivo, às experiências lhe chegam em ondas, com períodos de descanso, para que o sofrimento seguinte possa ser profundamente sentido. Alguns podem achar que isso seja cruel e que a dor infligida, ao utilizar-se desse artifício para intensificar o sofrimento, seja desnecessária. Porém não é assim. Esse sofrimento resultará um bem maior, pois Deus nunca busca desforra ou vingança, mas apenas almeja ensinar a pessoa pecadora a não mais reincidir no erro. Por isso, ela deve expiar todos os pecados cometidos. Isso irá ensiná-la a respeitar, em vidas futuras, os sentimentos alheios e a ser misericordiosa com todos. Portanto, é necessário que a dor seja altamente sentida para a conservação da energia e para que a pessoa possa se purificar e se tornar melhor, o que não aconteceria, caso a dor fosse contínua e o sofrimento, correspondentemente amenizado.

As experiências do Purgatório são gravadas no Átomo-semente do Corpo de Desejos como fruto da vida passada e depois na forma de um sentido moral purificado que o Ego leva consigo e conduz depois ao próximo renascimento para atuar como consciência e estimular o desenvolvimento das virtudes ao conceito de justiça e misericórdia.

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Revelação de São João, o Divino: a Besta que saiu do Mar

Vi então uma Besta que subia do mar. Tinha dez chifres e sete cabeças; sobre os chifres havia dez diademas, e sobre as cabeças um nome blasfemo. A Besta que eu vi parecia uma pantera: seus pés, contudo, eram como os de um urso e sua boca como a mandíbula de um leão. E o Dragão lhe entregou seu poder, seu trono, e uma grande autoridade. Uma de suas cabeças parecia mortalmente ferida, mas a ferida mortal foi curada. Cheia de admiração, a terra inteira seguiu a Besta e adorou o Dragão por ter entregado a autoridade à Besta. E adorou a Besta dizendo: “Quem é comparável à Besta” e quem pode lutar contra ela?”. Foi-lhe dada uma boca para proferir palavras insolentes e blasfêmias, e também poder para agir durante quarenta e dois meses. Ela abriu então sua boca em blasfêmias contra Deus, blasfemando contra seu nome, sua tenda e os que habitam no céu. Deram-lhe permissão para guerrear contra os santos e vencê-los; e foi-lhe dada autoridade sobre toda tribo, povo, língua e nação. Adoraram-na, então, todos os habitantes da terra cujo nome não está escrito desde a fundação do mundo no livro da vida do Cordeiro imolado. Se alguém tem ouvidos, ouça: ‘Se alguém está destinado à prisão, irá para a prisão; se alguém deve morrer pela espada, é preciso que morra pela espada’. Nisso repousa a perseverança e a fé dos santos.” (Ap 13:1-10)

Na simbologia oculta, “água” significa as emoções e a palavra “mar” costuma ser usada para indicar o Mundo do Desejo, cuja substância fornece o material para o Corpo de Desejos do ser humano e do animal. Desde a impregnação na Época Lemúrica e na Época Atlante pelos Espíritos Lucíferos no Corpo de Desejos do ser humano com o princípio demoníaco da paixão, muito mal (ação contrária às leis de Deus) foi cometido, e é a soma desse mal em todas as vida passadas que constituiu a “besta” subindo “do mar” ou o Guardião do Umbral, para ele.

O mal coletivo corporificado em todos as pessoas da Terra, o anti-Cristo é uma força poderosa no mundo. O ser humano, como uma entidade individual, é Sétuplo e Décuplo, sendo um Tríplice Espírito com um Tríplice Corpo e uma Tríplice Alma, conectados pela Mente.

Com relação ao Guardião do Umbral e como essa “besta” pode ser superada, Max Heindel diz o seguinte: “Quando o neófito entra no Mundo do Desejo conscientemente, após deixar seu Corpo Denso durante o sono, ele terá que passar por uma entidade. Essa é a personificação de todas as más ações de seu passado que, ainda não tendo sido expiadas, aguardam a erradicação em vidas futuras. Ele deve reconhecer e aceitar essa entidade como parte de si mesmo. Ele deve prometer a si mesmo liquidar, o mais rápido possível, todas as dívidas constituídas em sua péssima forma”.

“Essa entidade é um demônio e é neutralizada de outra forma, a qual representa todo o bem que um indivíduo fez no passado, e pode ser chamada de seu ‘Anjo da Guarda’. No entanto, essas forças gêmeas são invisíveis para o ser humano comum em todos os momentos, todavia, sempre potentes em sua vida”.

As pessoas que se esforçam para expiar os erros de seu passado, vivendo uma vida de pureza e serviço altruísta aos outros são aquelas que têm seus nomes: “Escrito no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a criação do mundo”.

Aqueles que continuam a responder com o mal dentro de suas próprias naturezas “Quem mata com a espada”, eventualmente, ficarão para trás na evolução e terão que recomeçar mais tarde.

(Publicado na: Rays From the Rose Cross – março/1916 – Traduzido pela Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Como o avarento, o alcoólatra, o libertino e pessoas similares vivem no Mundo do Desejo depois que morrem aqui?

Pergunta: No “Conceito Rosacruz do Cosmos”, lemos que o avarento, depois de morrer, ao se encontrar nas Regiões inferiores do Mundo do Desejo, pode ver o seu ouro e os seus herdeiros o esbanjando, quando ele já não possui órgãos sensoriais ou qualquer material grosseiro em vibração para estar em harmonia com o denso Mundo Físico. Nós não podemos ver o Mundo do Desejo até que tenhamos desenvolvido os centros do Corpo de Desejos. Como então os que se encontram no Mundo do Desejo podem nos ver, quando já descartaram os órgãos sensoriais físicos?

Resposta: Compreendemos, naturalmente, que o Mundo do Desejo, os Éteres e o Mundo Físico interpenetram-se mutuamente; por conseguinte, o avarento está aqui, entre nós, exatamente como quando estava revestido de um Corpo Denso. Muitas vezes, é difícil entender que a matéria de desejo mais densa, com a qual as Regiões inferiores do Mundo do Desejo são compostas, o Éter Químico, que é o mais inferior dentre os quatro Éteres, e mesmo os gazes físicos estejam intimamente ligados, formando a camada externa de todos os Espíritos que acabaram de ser libertados do Corpo Denso. Portanto, estão vivendo nas Regiões mais baixas do Mundo do Desejo, em contato tão íntimo com o Mundo Físico que é surpreendente para o autor que as pessoas não consigam vê-los entre nós, indo de um lado para outro. Assemelham-se à pessoa que saiu de um quarto em um dia brilhante e ensolarado: o brilho do sol a cega, mas ao retornar ao quarto consegue ver claramente tudo que está no seu interior.

Portanto, o avarento e todos os outros que acabaram de deixar o Corpo Denso veem as pessoas neste mundo muito mais claramente do que as próprias coisas que se encontram no Mundo do Desejo, onde eles estão. Assim como o ser humano que sai quando o Sol está brilhando deve primeiro acostumar-se a ver tudo que o cerca ajustando o foco dos seus olhos, assim também os Espíritos que acabaram de entrar no Mundo do Desejo, após a morte, requerem algum tempo para esse ajustamento. E o material mais denso do seu ser, que é lançado em direção à periferia pela força centrífuga de Repulsão, mantém-nos presos à Terra durante um tempo mais ou menos longo, até que se livrem do material mais grosseiro e sejam capazes de sintonizar-se com as vibrações mais sutis das Regiões superiores. É por essa razão que o avarento, o alcoólatra, o libertino e pessoas similares, cujos desejos são naturalmente baixos e corrompidos, permanecem nessas regiões inferiores, que poderiam muito bem ser chamadas de inferno, por um tempo mais longo do que as pessoas possuidoras de ideais elevados e aspirações espirituais, que se esforçaram durante a vida para erradicar seus vícios e dominar sua natureza inferior. Seus Corpos de Desejos contêm comparativamente pouco material grosseiro e esse é logo consumido, deixando-as livres para ascender em direção às esferas mais elevadas.

Em relação à pergunta de como o avarento consegue ver as coisas físicas, quando já não possui órgãos sensoriais, podemos dizer que não há órgãos sensoriais diferenciados nos veículos mais sutis. Da mesma forma que sentimos com toda a superfície do nosso corpo, o Espírito também vê e ouve não apenas com a superfície, mas com cada átomo do seu corpo espiritual, dentro e fora. O que eles percebem não são realmente as coisas físicas que vemos com os nossos olhos físicos; mas, isto sim, cada cadeira, escrivaninha ou outra peça material que é interpenetrada por ambos os Éteres e pela matéria de desejos — é isso que eles percebem e é tão real e tangível para eles quanto as formas físicas para os nossos sentidos.

(Pergunta nº 13 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas” – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Preparação para a Era de Aquário

Preparação para a Era de Aquário

Nós, Estudantes Rosacruzes, a despeito dos quadros não muito animadores que o mundo nos oferece, mantemos inabalável a fé no futuro da humanidade.

Quando instituições, dogmas e estruturas das mais diversas parecem se encontrar a beira de um colapso, prestes a fundirem-se num caos total, nossa maneira de encarar as coisas, por paradoxal que possa parecer, é otimista.

Nossa visão dos fatos não é apocalíptica, no sentido exotérico do termo. Cremos estar próximo o fim, não do mundo, mas de uma Era, de um estado de coisas.

Toda essa confusão prenuncia o desabamento de estruturas obsoletas, de sectarismos, de preconceitos. Esse sofrimento vivido na época atual compelirá o ser humano a se desapegar, de uma vez por todas, de um estilo de vida já inadequado as suas necessidades evolutivas.

“Eis que as coisas se farão novas”. Você percebe que nos encontramos em fase de transição? Você está consciente do significado dessas transformações?

Em 1918, Max Heindel escreveu: “O trabalho de preparação para a Era de Aquário já se iniciou”.

Como se trata de um Signo de Ar, científico, intelectual, depreende-se que a nova religião deverá se alicerçar em bases racionais, sendo capaz de resolver o enigma da vida e da morte de tal forma a satisfazer tanto o intelecto como o coração.

Abriu-se, então, o caminho para o alvorecer da Era de Aquário. Sobre os escombros da Era atual, florescerão um ideário mais avançado, estruturas mais dinâmicas e, consequentemente, uma nova humanidade.

Lembramos, também, que dia a dia surgem condições favoráveis ao desenvolvimento das faculdades latentes do espírito. O gradativo crescimento da quantidade de Éter no Planeta já está afetando as pessoas mais sensíveis. Não constitui exagero afirmar que a própria ciência já se encontra no umbral da Região Etérica.

Desde as primeiras Eras viemos desenvolvendo os cinco sentidos por meio dos quais nos foi possível contatar e conhecer a Região Química do Mundo Físico. Da mesma forma, futuramente, a humanidade desenvolverá outro sentido, que deverá capacitá-la a perceber a Região Etérica, seus habitantes, inclusive aqueles entes queridos que não estão aqui renascidos e que permanecem na Região Etérica do Mundo Físico e no Mundo do Desejo durante os estágios iniciais nos planos internos.

As pessoas mais evoluídas já estão, mesmo que tênue e esporadicamente, ensaiando seus primeiros passos no Éter.

O dilúvio, responsável pela submersão da Atlântida, tornou mais seca a atmosfera, fazendo baixar sua umidade para o mar. Quando o Sol, por Precessão dos Equinócios, entrar em Aquário, a eliminação da umidade será bem maior. As vibrações mais facilmente transmissíveis através do Éter serão mais intensas, gerando condições para a sensibilização do nervo ótico, requisito necessário à abertura de nossa visão a Região Etérica.

Mesmo não tendo concluído suas pesquisas sobre os Éteres, Max Heindel legou-nos conhecimentos notáveis a respeito desse elemento.

Em verdade, estamos próximos a grandes transformações, principalmente no campo das ideias.

Cabe-nos, portanto, mantermo-nos atentos às mudanças que se operarão, preparando-nos para interpretá-las e, posteriormente a elas nos integrarmos.

Os Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz não limitam suas atividades aos Estudantes e Probacionistas, nem a nenhum outro grupo específico. Trabalham também através dos cientistas, embora estes nem sempre estejam conscientes disso. O propósito deles é estabelecer a Fraternidade Universal. Sendo assim, o campo de ação deles é de uma amplitude inimaginável.

Segundo Augusta Foss Heindel, “a Nova Era mostrará a verdade indiscutível do espaço interestelar, novas aventura cósmicas para o Espírito Humano e uma Filosofia Cósmica mais perfeita”.

E, então, você está cultivando uma sincera e verdadeira afinidade com o ideal aquariano?

(De Gilberto A V Sillos – no Editorial da Revista Serviço Rosacruz de 2/80)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Trabalho do Cristo na Terra: de Setembro à Dezembro de cada ano

O Trabalho do Cristo na Terra: de Setembro à Dezembro de cada ano
  • O Cristo inicia seu trabalho em dirigir Sua atenção para a nossa pequena Terra, focalizando Sua consciência neste Planeta a fim de que possamos viver.
  • Em setembro, é quando o Cristo Cósmico toca a atmosfera de nosso Planeta, “descendo” do Mundo do Espírito de Vida.
  • E nesse trabalho maravilhoso está o envio do impulso interno que nos motiva a buscar a divina essência em cada irmão e irmã e, por isso, servi-lo amorosa e desinteressadamente.
  • Quando o grande Raio do Cristo descende à Terra em setembro, o reino vegetal absorve uma boa quantidade da Sua radiação. Os bosques parecem coroados de um halo dourado, quando esse Raio luminoso alcança a Terra e sua luz se derrama por entre as folhas das árvores. Quando a horta mística da Noite Santa se aproxima, a corrente dourada penetra até o coração dos seus troncos, de onde brilha como a chama de um altar. No tempo do Natal, cada árvore é uma mensageira que proclama o retorno anual do Senhor Cósmico de Amor e de Luz.
  • É o tempo do ano em que o Senhor Bendito sai da glória dos Mundos celestes mais elevados e começa a sua descida para os planos físicos. Durante todo o mês a terna e anelante beleza da natureza é diferente de todos os outros momentos, porque Cristo está se aproximando da Terra como uma galinha que acolhe seus pintinhos, com a mesma dor amorosa que sentiu quando chorou por Jerusalém, há muitos anos atrás. Ele verteu aquelas lágrimas porque sabia do longo tempo de dor e de sofrimento que a humanidade havia de viver por ter buscado a escuridão ao invés de buscar a luz. Seu imenso coração se angustiou pelas nuvens obscuras que cobririam Jerusalém, o verdadeiro coração do Planeta, ao que se havia dedicado a servir e sobre o que estava derramando todo Seu imenso amor.
  • Por meio da Sua Luz, Sua Vida e do Seu Amor estimula a cada ser vivo do nosso Planeta Terra a praticar os ensinamentos cristãos e, assim, colaborar com o plano divino.
  • Sem esta infusão anual de vida e energia divina todas as coisas vivas sobre a nossa Terra pereceriam imediatamente e todo o progresso ordenado seria frustrado, pelo menos no que diz respeito à nossa linha atual de desenvolvimento. É a “queda” (ou descida) do Raio Espiritual do Sol nestes três meses que dá origem às atividades mentais e espirituais nos três meses seguintes.
  • A mesma força germinadora que ativa a semente na terra e a prepara para produzir sua espécie em múltiplo, agita também a Mente humana e promove as atividades altruístas que fazem o mundo melhor.
  • Especificamente em outubro, a força dourada do Cristo passa pelos reinos terrestres enquanto esse sublime Ser inicia, novamente, o Seu sacrifício anual em um evento denominado A Crucifixão Cósmica.
  • Especificamente em novembro o Espírito do Cristo impregna o Mundo do Desejo da Terra. Então, o Discípulo deve se esforçar para purificar sua natureza inferior com o objetivo de ajudar o Grande Uno em Seu trabalho de limpar o Mundo do Desejo da Terra. Deve, especialmente, tentar se converter em um canal de serviço mais eficiente, como Auxiliar Invisível e como auxiliar visível.
  • Especificamente em dezembro a época do advento se estende ao longo do mês de dezembro e é conhecida como o Festival da Luz. Os impulsos espirituais da estação preparam a humanidade para o derramamento de forças celestiais que acompanham o renascimento anual do Cristo Cósmico em nossa esfera terrestre. Depois do Advento temos o Solstício de Dezembro, que ocorre entre 21 e 24, e que culmina no grande Festival de 25 de dezembro. O Natal há de seguir sendo uma observância externa para o Aspirante até que Cristo nasça em seu interior. E dependente do nível em que experimente esse despertar, será capaz de participar no elevado êxtase espiritual da mais sagrada das estações.
PorFraternidade Rosacruz de Campinas

11-Mês de Novembro: Senhor Cristo passa pelo Mundo do Desejo – o Corpo de Desejo do Planeta Terra

Mês de Novembro: Senhor Cristo passa pelo Mundo do Desejo – o Corpo de Desejo do Planeta Terra

A força Crística dourada, descendo da fonte do Sol, tocando a partir do lado externo da atmosfera terrestre no Equinócio de Setembro, como antes mencionado, passa pelo Mundo do Desejo durante novembro (Escorpião).

Esse é um tempo propício para que o discípulo trabalhe na purificação da sua natureza inferior e, assim, se torna mais habilitado para auxiliar os Seres Superiores em seus trabalhos de purificação da camada astral (N.T.: o Mundo do Desejo) da Terra. Um esforço suplementar é, então, feito para torna-lo um servidor consciente mais eficiente tanto nos planos internos como nos externos da vida.

Em estágios evolutivos anteriores do desenvolvimento humano a Hierarquia de Escorpião, que preside o mês zodiacal de novembro, auxiliou o despertar do Ego (N.T.: o Espírito Virginal manifestado, nós) no ser humano (N.T.: nos seus Corpos: Denso, Vital e de Desejos) e, fazendo isso lançou o ser humano na estrada da individualização. Durante o presente estágio de evolução humana o discípulo, trabalhando sob a orientação dos Senhores da Individualidade (Libra) e dos Senhores da Forma (Escorpião), está aprendendo a substituir a sua capacidade de fazer valer a própria opinião diante de outras pessoas pela humildade e pelo sacrifício pessoal do “eu” pelo impessoal “nós”; em outras palavras, atualmente vive-se o ideal de O MAIOR BEM PARA O MAIOR NÚMERO.

 (Você pode ter mais material para estudos em: Interpretação Mística da Páscoa – Alegorias Astronômicas da Bíblia – Max Heindel; O Maravilhoso Livro das Épocas – Vol. VI – Vol. VII – Vol. X – Corinne Heline)

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