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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Meditação: a moral nasce do Ego e, como tal, não é filha de Deus. A ética, porém, nasce do “Eu interno”

Meditação: a moral nasce do Ego e, como tal, não é filha de Deus. A ética, porém, nasce do “Eu interno

Um ser humano conscientemente bom não é integralmente bom; o seu ser-bom tem de se tornar atitude a ponto de praticar os seus atos como um transbordamento irresistível e quase involuntário.

Quem faz o bem por motivos éticos, e não como gotas de água casualmente lançadas à praia pelo vasto e profundo mar da sua permanente atitude mística, não possui ética segura e sem perigo; cedo ou tarde quererá ser recompensado pela sua ética – o que não é ético.

O místico deve se identificar pela inspiração com o universo, a ponto de poder dizer: “Eu e Cristo somos um…Cristo está em mim e eu em Cristo…As obras que faço não sou eu que as faço; é Cristo que as faz em mim… De mim mesmo (a) nada posso fazer…” (IICor 6:14-15).

A moral nasce do Ego e, como tal, não é filha de Deus. A ética, porém, nasce do “Eu interno”, desse Deus no ser humano, do seu Cristo interno. Falta à moral humana não somente a origem divina da sua fonte, mas também o supremo encanto da leveza e da facilidade, o carisma da espontaneidade e luminosidade.

Quem é apenas, por sacrifício, bom como o ser humano moral e virtuoso, não age ainda com facilidade, beleza e encanto. Não descobriu ainda que “o jugo é fácil e o peso leve”. A ética de uma pessoa de experiência mística, Crística, é espontaneamente boa, bela, benevolente e eficiente. O seu ser espontaneamente bom se revela em fazer o bem, sem sacrifício, jubilosamente, com beleza. E isso é uma atitude gloriosamente artística. A mística transborda, então, em ética e estética.

(Publicada na revista ‘Serviço Rosacruz’ – 01/86)

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