Um Exemplo de um Amigo Verdadeiro
Em certa ocasião, um judeu caminhava sozinho de Jerusalém para Jericó. Era um lugar deserto, cheio de pedras e cavernas. Aí moravam ladrões e malfeitores que às vezes saíam das cavernas para assaltar os que passavam por ali.
Quando esse judeu passava por um desses lugares solitários, foi assaltado, espancado e deixado como morto, sem dinheiro e sem roupa.
Ferido daquela maneira, o pobre homem não poderia chegar a Jericó e, além disso, não havia quem o socorresse.
Depois de algum tempo alguém passou por ali: um sacerdote judeu. Era de se esperar que parasse para ajudar o pobre ferido. O sacerdote, porém, nem se aproximou dele. Olhou apenas e continuou a viagem. Mais tarde, passou pelo lugar um mestre judeu chamado de levita. Observando o pobre homem, aproximou-se para ver o que havia acontecido.
Parou um momento, mas parece que se arrependeu de tê-lo feito. Por que se desviara do seu caminho? Por que havia notado esse miserável? Era certo que o homem necessitava de ajuda, mas ele era orgulhoso demais para ajudá-lo. Talvez o ferido fosse um samaritano.
Os samaritanos e os judeus não gostavam uns dos outros. Não se consideravam bons vizinhos, nem se tratavam bem. Não era imprudente expor-se ao perigo para ajudar um estranho? Ajustando seus vestidos, o levita retirou-se.
Em seguida, aproximou-se um homem montado em um burrinho. Vinha de Samaria; também ele avistara o ferido, mas não pensou nas diferenças que existiam entre samaritanos e judeus. Ele sabia que o pobre homem necessitava de ajuda e sentiu compaixão por ele.
O samaritano retirou sua própria túnica e a pôs sobre o ferido. Em seguida, untou suas feridas com azeite. Com muito cuidado ele o colocou sobre o burrinho e, andando ao seu lado, levou-o até à hospedaria mais próxima.
Durante toda a noite, o bom samaritano cuidou do ferido. Na manhã seguinte, este ainda não estava em condições de ir para casa. Ao sair, o Samaritano deixou dinheiro com o hospedeiro, para que ele cuidasse do seu amigo.
Crianças, sejam gratas ao bom Deus por todas as coisas e procurai fazer o bem a todos.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de junho/1966)