Nota: Essa tabela é a original elaborada por William Crookes (1832-1919) que foi um químico e físico britânico. Frequentou o Royal College of Chemistry em Londres, trabalhando em espectroscopia.
Veja que a tabela está mostrando a frequência como “Número de vibrações por segundo”. O que é vibrações por segundo? A frequência de uma vibração é o número de vibrações completas por segundo. Ou seja, temos o espectro espetro eletromagnético que é o intervalo completo de todas as possíveis frequências da radiação eletromagnética. O espectro eletromagnético se estende desde as ondas de baixa frequência, ondas de rádio, até as de maior frequência como as da radiação gama.
Na tabela acima temos os “raios químicos” que foi posteriormente renomeado radiação ultravioleta. Os raios-X são capazes de atravessar partes do corpo humano, mas são refletidos ou parados por materiais densos, como os ossos, e são amplamente usados na medicina. A última porção do espectro eletromagnético foi completado com a descoberta dos raios gama.
No mundo das ondas sonoras, os ouvidos traduzem o crescimento da frequência como um som que fica cada vez mais agudo. Além disso, cada valor de frequência também significa um tom específico. Uma nota dó mais grave, por exemplo, equivale a uma onda de 216 hertz, uma unidade de medida que indica quantas vezes a onda vibra (oscila) por segundo. Outro dado importante é que nós só conseguimos ouvir frequências entre, em torno de, 20 a 20 mil vibrações por segundo. Um cachorro tem ouvidos bem mais sensíveis, capazes de escutar sons de até 40 mil vibrações por segundo. Por isso, eles respondem àqueles apitos “silenciosos” que os adestradores usam. Mesmo assim, os campeões em audição são os morcegos, golfinhos e baleias, que conseguem ouvir até 150 mil vibrações por segundo.
A capacidade auditiva do ser humano serve como parâmetro para dividir o som em duas categorias: abaixo dos 20 Hz – infrassom; acima de 20.000 Hz – ultrassom. O ultrassom é toda vibração com frequência superior à percepção auditiva humana.
Certos animais como o cão, se encaixam nessa categoria, já que a sensibilidade auditiva permite captar sons de até 40.000 Hz. Já os golfinhos e morcegos tem a capacidade de ouvir até 160.000 Hz. Os infrassons são ondas sonoras extremamente graves, atingindo a frequência abaixo dos 20 Hz. Esse tipo de onda consegue se propagar em longa distância, pois estão menos sujeitas a interferências, do que os ultrassons. Dentro do reino animal, podemos destacar os elefantes, capazes de emitir infrassons que alcançam até 2 km de distância.
Uma tabela sobre isso com alguns exemplos:
Espectro de audição em vibrações por segundo (Hertz) – em torno de | |
Humano | 20 a 20000 |
Golfinho | 150 a 150000 |
Cachorro | 15 a 50000 |
Gato | 60 a 65000 |
Morcego | 1000 a 120000 |
Na natureza, a percepção das ondas sonoras é usada no reconhecimento do ambiente e espaço ao redor, um exemplo são os morcegos que captam as ondas para se locomover, caçar e desviar de obstáculos. Dentro desse conceito, os navios e submarinos utilizam o sonar para se deslocar com segurança. Na área da medicina, contamos com a ultrassonografia que trabalha com a alta frequência de ondas e através do eco destas, é possível visualizar as estruturas internas do organismo humano.
Quando fazemos vibrar um de dois diapasões afinados exatamente no mesmo tom, o som induzirá a mesma vibração no outro. Esse vibrará fracamente, a princípio, mas continuando a golpear o primeiro, o segundo diapasão emitirá um som cada vez mais alto, até atingir um volume de som igual ao primeiro. Isto ocorre mesmo com os diapasões a vários pés de distância. Ainda que um deles esteja encerrado numa caixa de cristal, o som penetra através do vidro e faz o instrumento emitir um som igual.
As invisíveis vibrações sonoras têm grande poder sobre a matéria concreta. Podem destruir ou criar. Se colocarmos uma pequena quantidade de pó finíssimo sobre a placa de cristal plana e passarmos um arco de violino pela borda da placa, as vibrações produzidas farão o pó assumir belas formas geométricas. A voz humana também é capaz de produzir tais figuras, e sempre a mesma figura para o mesmo som.
Toquemos uma nota depois de outra em um instrumento musical, um piano, por exemplo, ou preferivelmente, um violino, em que se obtêm mais gradações de sons. Encontra-se um som que produz no ouvinte uma vibração clara e distinta na parte inferior da cabeça. Toda vez que se toque a nota, sente-se nesse lugar a mesma vibração. Essa nota ou som é a “nota-chave” da pessoa a quem afeta. Se for tocada lenta e suavemente, descansa e repousa o Corpo, tonifica os nervos e restaura a saúde. Se, ao contrário, é tocada alto e longamente, matará a pessoa tão certamente quanto uma bala de uma pistola.
Recordemos o que acabamos de dizer sobre a música e o som, e relacionemo-lo com o problema do despertamento e fortalecimento da força interna do Altruísmo. Talvez possamos compreender melhor o assunto.
Em primeiro lugar, note: os dois diapasões estavam afinados no mesmo tom. Não fora assim, poderíamos golpear um deles até rompê-lo que o outro permaneceria mudo. Fixemos isto claramente: a vibração pode ser induzida em outro diapasão, mas só por um do mesmo tom. De modo semelhante, qualquer coisa ou ser só pode ser afetado, como foi dito, pela nota-chave que lhe é particular.
Sabemos que aquela força altruística existe; sabemos que tem menor expressão num povo pouco civilizado do que num de elevado padrão social; e que falta quase totalmente nas Raças inferiores. Logicamente, conclui-se que em tempo recuado, faltava por completo. Desta conclusão surge a pergunta: que ou quem a induziu?
Sem dúvida, a personalidade material nada tem a ver com ela. Essa parte da natureza humana sente-se até mais à vontade sem a despertada força altruística. Logo, o ser humano devia possuir latente essa força do Altruísmo, dentro de si. De outra maneira não a poderia ter despertado. Ainda mais, deve ter sido despertada por uma força da mesma espécie – uma força similar que já estivesse ativa – tal como a do primeiro diapasão que, “depois” que foi tocado, induziu a vibração no segundo.
Além disso, as vibrações do segundo diapasão tornavam-se cada vez mais fortes sob os contínuos golpes dados no primeiro, e a caixa de cristal que encerrava o segundo não era obstáculo algum à indução do som. Assim também, sob a continuidade do impacto do amor de Deus, dentro do ser humano, se desperta e aumenta a potência da força de igual natureza, o Altruísmo.
O poder da vibração rítmica é bem conhecido de todo àquele que já dedicou ao mesmo assunto um estudo superficial. Por exemplo: quando soldados atravessam uma ponte ordena-se a eles que rompam o compasso da marcha, porque seu passo rítmico poderia destruir a estrutura mais forte. O relato bíblico do efeito das trombetas de chifre de carneiro, enquanto marchavam ao redor dos muros da cidade de Jericó não é coisa sem nexo para o ocultista. Em alguns casos semelhantes coisas já aconteceram sem provocar o riso geral de desdenhosa incredulidade. Há poucos anos uma banda de música estava ensaiando num jardim, junto ao sólido muro de um castelo antigo. Em dado momento, uma nota muito penetrante e demoradamente foi emitida e, então, o muro do castelo ruiu de súbito. Os músicos tinham tocado a nota-chave do muro com a intensidade e o prolongamento suficientes para derrubá-lo.
Na música, entre a melodia e o ritmo, encontramos a harmonia, que pode ou se elevar e se misturar com a vibração do pensamento puro, melodia, ou descer se misturando com o movimento puro da atividade impulso. Se o puro elemento melódico na música, que carrega a vibração da vontade de Deus e do Espírito, for omitido em uma composição, então, o poder diretor não estará lá para controlar as atividades dos Corpos de Desejo e Denso e, então, os desejos se revelam em excitação e, estando sem o poder controlador da razão, o resultado provavelmente será um desastre. É a probabilidade da harmonia se misturando com o impulso que explica a razão pela qual é possível para a chamada música moderna, que tende a trazer confusão ao invés de coerência unificante, poder se tornar realidade.
Lembremos sempre que a Vontade melódica do Pai, unindo-se com o Amor harmônico do Cristo tem o poder de produzir uma ativa vibração rítmica, cuja força não pode ser detida e nem seu objetivo desviado, pois é essa mesma energia manifestada pelo Deus de nosso Sistema Solar que trouxe tudo o que É como criação, e tem o poder de levar tudo ao Caos a qualquer momento que Ele o desejar. Portanto, é absolutamente impossível para qualquer das criações de Deus, das mais avançadas em Suas ondas de vida até as mais jovens em evolução, definitivamente frustrar o pleno desenvolvimento de Seus planos, pois eles são tão eternos e inabaláveis em Seus processos como o é Deus em Si mesmo. É possível, no entanto, que membros de uma determinada onda de vida, ou mesmo indivíduos dela, se rebelem e, consequentemente, frustrem seu próprio progresso evolutivo, apesar de toda a assistência que lhes está sendo dispensada por aqueles que são mais sábios e mais avançados que essa onda de vida. Em tais casos, os responsáveis por essa evolução, às vezes, permitem que esses seres prossigam e destruam seus próprios físicos por sua própria desobediência, causada pela própria ignorância dos resultados benéficos obtidos por meio da administração divina; tudo isso acontece para que possam retornar à Terra em uma data futura, sob uma influência melhor e um ambiente mais aperfeiçoado, isento de todo ódio e do desejo de destruir seus semelhantes. Essas mudanças são realizadas no Purgatório, por agentes benfeitores, purificadores e ativos.
Vamos ver, agora, a alguns exemplos de aplicações onde a questão da vibração é a causa, a diferença e/ou o instrumento utilizado para que ocorra as ações, as atividades e as manifestações em tudo que acontece, saibamos ou não, tenhamos consciência ou não:
Que as rosas floresçam em vossa cruz