Pergunta: Por favor digam-me alguma coisa a respeito dos Espíritos da Natureza. Já foram eles vistos por alguém?
Resposta: Existem diferentes classes de Espíritos da Natureza com estados de consciência correspondentes. Aqueles que nos são mais familiares são os Gnomos, as Ondinas, os Silfos e as Salamandras. Os Gnomos são espíritos da terra, chamados folcloricamente de duendes, anões, fadas, etc.
Seus corpos são compostos principalmente de Éter Químico combinado com pequena quantidade de Éter de Vida.
Não voam, são terrestres. Podem ser queimados. Envelhecem como acontece com os seres humanos, vivendo somente umas poucas centenas de anos. Os Gnomos trabalham com o Reino Vegetal, dando-lhe o verdor e as estonteantes variedades e coloridos das flores. Talham os cristais e fazem as pedras preciosas, ordenando ainda as partículas minerais na formação do ferro, prata, ouro etc. Seus próprios alimentos etéricos, eles os assam e cozinham.
As Ondinas são espíritos da água. Habitam os córregos, os rios e todo corpo aquoso. Seus corpos compõem-se dos Éteres de Vida e Luminoso.
Sua longevidade é maior do que a dos Gnomos, chegando a viver milhares de anos.
Os Silfos são os espíritos do ar. Seus corpos compõem-se também dos Éteres de Vida e Luminoso, estando sujeitos também a mortalidade. Sua vida têm a duração de milhares de anos.
As Ondinas separam as águas na superfície do mar nas pequeníssimas partículas de vapor que os Silfos levam para o ar, tão alto quanto seja necessário para a condensação em nuvens. Os Silfos mantêm as nuvens reunidas, até que forçados pelas Ondinas, libertem-nas. As batalhas travadas no ar entre essas duas classes de Espíritos da Natureza chamamos de tempestades.
Os espíritos do fogo ou Salamandras, também participam dessas batalhas aéreas. Suas atividades produzem o fogo, estando assim presentes nas descargas elétricas as quais chamamos relâmpagos. O contato desse vapor d’água com o frio do ar, dá origem às partículas que as Ondinas juntam com outras e arrojam triunfalmente sobre a terra na forma de chuva.
Os corpos das Salamandras também duram milhares de anos e são compostos de Éter Refletor.
Esses Espíritos da Natureza são sub-humanos, entretanto em circunstâncias diferentes, atingirão o estágio evolutivo correspondente ao humano.
As quatro classes trabalham com nossa própria onda de Vida, prestando serviço inestimável.
Os Espíritos da Natureza já tem sido visto por muitas pessoas dotadas de visão etérica. Câmaras fotográficas munidas de filmes sensíveis estão em condições de fotografá-los.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de 11/1971)
A Beleza Dourada
Palavra-chave: Misticismo
Era uma vez, ao lado de uma estrada, uma planta que crescia e que ninguém notava. Escondida debaixo de uma de suas folhas havia uma dúzia de minúsculos ovos, tão pequeninos que se você não soubesse que estavam lá, você nunca os veria. Depois de algum tempo, um desses ovinhos saiu rastejando – imaginem o que! Bem – uma minúscula lagarta verde. Ela estava tão feliz por ter saído e espreguiçou-se e espreguiçou-se. Olhou ao redor e depois começou a rastejar. Rastejou e rastejou para mais longe. Cada dia comia tanto que logo precisou ter um novo casaco. Vivia muito feliz em uma planta à beira da estrada. Era uma lagartinha inteligente também: se o vento soprasse forte demais e balançasse muito as folhas, ela caía no chão; então, quando tudo se acalmava novamente, ela rastejava, subindo pelo caule e se instalava em uma nova folha bonita e verdinha.
Assim, a lagartinha rastejava e comia tanto, que logo estava usando seu quarto casaco verde. Um dia, sendo muito orgulhosa, esqueceu de se esconder. Em vez disso, rastejou impetuosamente a céu aberto e um homem vendo-a, disse:
– Realmente uma bela lagarta, a mais bonita dessa espécie que já vi.
Então, os Espíritos da Natureza, que trabalhavam com as lagartas, contaram o acontecido para o Espírito-Grupo. Depois disso, a lagarta verde foi vigiada e protegida muito cuidadosamente.
Um dia, depois de rastejar mais adiante, mais adiante, e de ficar muito cansada, arrastou-se para baixo da maior folha que encontrou. E ali, para ficar bem mais confortável, teceu uma esteira ou berço com os fios de uma seda bem macios, na parte de baixo da folha. Depois, instalou-se contente e feliz e adormeceu. Vocês sabem por quanto tempo? Ela dormiu por quase duas semanas! Enquanto estava profundamente adormecida, os Espíritos da Natureza ajudaram-na a crescer mais um pouquinho, até que não coube mais no seu berço. Crisálida era o nome do seu berço. Então, em um belo dia quente e luminoso, rompeu-se o casulo, dele saindo a mais bonita borboleta dourada! A lagarta foi libertada de sua concha.
Feliz com a beleza das florzinhas silvestres que cresciam perto da folha que tinha sido seu lar e desfrutando os doces odores trazidos pela leve brisa, a borboleta descansou um pouco. De repente, descobriu que tinha asas que pareciam de ouro puro e com um grito de alegria voou direto para o sol brilhante. Depois de voar por algum tempo, flutuou sobre um lindo jardim e pousou numa flor de trevo. Sentindo sede, desenrolou sua língua comprida que estava enrolada embaixo do queixo, e bebericou um pouco de mel. Como estava feliz! Ela também fez as plantas felizes, pois era como o brilho do sol voando de flor em flor.
– Que linda beleza dourada! Vamos apanhá-la – gritou um jovem que a tinha visto voando entre as flores. Ele amava as borboletas, mas não conseguiu pegá-la.
Oh! Não! Os Espíritos da Natureza a conduziram para uma grande folha verde, onde se escondeu. E ali a borboleta botou ovos minúsculos. Em seguida, desdobrou as belas asas douradas e voou para longe, bem longe mesmo, e nunca mais foi vista.
(do Livro Histórias da Era Aquariana para Crianças – Vol. V – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz)