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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

História da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil – A Casa do Estudante Rosacruz em Campos do Jordão-SP

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Como a Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil foi criada como um Grupo de Estudos informal, depois passou para um Grupo de Estudos formal e, finalmente, para um Centro Rosacruz, autorizado e certificado pela The Rosicrucian Fellowship-Mount Ecclesia, Oceanside, California, USA, como um Centro Fraternal afiliado, pelos Probacionistas Hélio de Paula Coimbra e Maria JoséA. S. de P. Coimbra, ambos oriundos da Fraternidade Rosacruz – Centro Rosacruz de São Paulo – SP, vamos apresentar, inicialmente, um resumo história da Fraternidade Rosacruz no Brasil, focando nas sementes que frutificaram como a Fraternidade Rosacruz – Centro Rosacruz de São Paulo – SP. Isso até a data de fundação do Grupo de Estudos em Campinas-SP-Brasil.

Casa Rosacruz de Campos do Jordão

Nos princípios de 1959 o então presidente da Fraternidade Rosacruz visitou o dr. Domingos Pimentel – já conhecido porque já estudava os Ensinamentos Rosacruzes — e fez palestra ao grupo de amigos que ele reunia em uma sala de seu consultório. No dia seguinte visitou sua chácara na Vila Britânia, a um quilometro da Vila Abernéssia, e lá no alto do morro se extasiou com o belo panorama. Dr. Pimentel se propôs doar à Fraternidade Rosacruz 1.000 metros quadrados lá, para a construção de uma obra Rosacruz que: congregasse os irmãos em conclaves; servisse de frente para trabalhos assistenciais; servisse para férias escolares de crianças pobres etc.

O Conselho Diretor recebeu jubilosamente a doação. Mas não havia recursos para a construção, porque não podíamos desviar o que destinávamos a finalidades mais imediatas e importantes. O irmão Pimentel compreendeu e cedeu a casa de sua chácara para ensejar aos irmãos conhecerem o local e se inspirarem à uma campanha, pró-construção da obra. Nessa casa, oferecida amorosamente, tivemos encontros inesquecíveis. Várias caravanas, de diretores e estudantes lá estiveram.

Chácara do Dr. Pimental – Reuniões sobre a Construção da Casa – 1960
Chácara do Dr. Pimental – Reuniões sobre a Construção da Casa – 1961
Chácara do Dr. Pimental – Reuniões sobre a Construção da Casa – 1961
(Dr Pimentel, sentado, de bigode)
Morro que fica acima da Casa do Estudante Rosacruz – 1961

Só em 1962 se definiu um grupo diretamente interessado na construção, dividido em duas partes: uma, de mulheres, encarregadas de realizarem bazares e outras promoções, para reunir fundos; outra, de homens, para incumbir-se da construção.

Em julho de 1962 uma caravana de São Paulo lá foi lançar a pedra fundamental.

Dois anos depois, em julho de 1964, com os recursos duramente reunidos, inclusive de donativos individuais, lá foi a ofensiva para dar o primeiro lance: José Gabriel da Rocha como mestre pedreiro; David Dias dos Santos, João Tralei e Edmundo Teixeira, para carregar água e servirem de serventes. Era um período de férias e deixámos os alicerces e uma faixazinha de parede, prontos.

Depois contratamos um pedreiro-empreiteiro. Em fins de outubro de 1964 a casa estava telhada. Uma caravana foi festejar a realização, entre 31 de outubro e 2 de novembro de 1964.

Fotos da Casa em construção – 1965
Fotos da Casa em construção – 1966
Fotos da Casa em construção – 1966
Fotos da Casa em construção – 1966

Seguiu-se um período difícil, penoso, de acabamento, valorizado pela fibra de alguns e amorosa colaboração de outros: João Augusto da Silva deu e colocou os vidros; o amigo Porfírio Madeira e o irmão José Goncalves Siqueira ofertaram as tintas; Nelson Marques pintou-a; duas irmãs deram as cortinas; irmãos compraram as camas-beliches; Fouad Sahão deu uma geladeira em bom estado; José Augusto Pinto Coelho deu o fogão e outras coisas.

Ao mesmo tempo, as irmãs apoiavam o esforço, buscando meios, com bazares e com doações. Desse modo pudemos comprar os colchões, travesseiros, moveis, chuveiros, aquecedores “Junkers”, rouparia, etc. Ganhamos muita miudeza.

Em maio de 1966 foi elaborado o regulamento provisório, mais tarde (1973) redigido definitivamente com a experiência do uso.

A Comissão da Casa do Estudante Rosacruz de Campos de Jordão diligenciou licença da família Matarazzo para conseguir passagem pela propriedade deles, encurtando o acesso a Casa.

Em outubro de 1966 entrou 0 primeiro casal de caseiros a cuidá-la.

Finalmente, em 6 de janeiro de 1967, às 18:30 horas, uma grande caravana de São Paulo procedeu a sua inauguração.  O irmão Pimentel foi convidado como padrinho para desfazer a fita de entrada. Orfeão, presente, cantou o Hino Rosacruz Abertura.

Inauguração da Casa – 6 de janeiro de 1967

O então presidente, irmão Antonio Munhoz, fez a leitura do ofício devocional em seguida dedicou a Casa a memória de Max Heindel, cujo 48º aniversário de passamento transcorria naquele dia. Depois falou das finalidades da Casa.

Seguidamente, o irmão David Dias dos Santos fez sentida prática devocional. Depois falaram quase todos os presentes, exprimindo seu sentir ante a expressiva realização da família Rosacruz brasileira.

O irmão Juvenal Nascimento de Araújo, que veio do Rio de Janeiro, com filme colorido registrou a cerimônia de inauguração e muitos recantos bonitos da cidade mais alta do Brasil. O irmão Alexandre Rodrigues tirou inúmeras fotos. Assim, naqueles dias que ficamos lá hospedados, recolhemos um rico documentário dessa obra, para que todos possam ver o que estão perdendo (os que ainda não foram lá).

Apenas 20% do custo total da obra ficou para ser coberto pelos cofres da Fraternidade Rosacruz. Este fato ressalta 0 espírito de equipe dos irmãos que tomaram a cargo essa difícil missão. Dentre eles destacamos saudosamente os companheiros que já se foram: David Dias dos Santos e Joao Tralci.

O amigo Porfirio Madeira, de Marilia, continuava doando tintas para as pinturas periódicas de conservação da Casa.

Desde então, aquele aprazível e saudável recanto foi posto à disposição dos irmãos da Fraternidade Rosacruz a preços acessíveis, suficientes para cobrir as despesas de manutenção o e conservação.

A Casa do Estudante Rosacruz de Campos do Jordão é uma sólida e atraente construção, de 172 metros quadrados, plantada no alto de um morro, isolada, tendo de dois lados pinheirais a lhe vivificar a atmosfera com ozona; doutro lado o campo; e lá embaixo o panorama bonito, onde nasce o Sol. Caminhos abertos pelos morros convidam a passeios inspiradores e saudáveis.

A casa dispõe de quatro quartos de 4×4; uma sala de 8×4 com mesa grande que serve para as refeições; cozinha de 3×4 com dois fogões a gás (incluídos no custo da temporada) e quatro banheiros, tendo todos eles, água aquecida com aquecedor.

O local da casa está a uma altitude de 1.800 metros acima do nível do mar num clima considerado o segundo melhor do mundo, segundo uma comissão mundial de turismo.

A Sede Central do Brasil permite que ela seja usada por pessoas recomendadas sob responsabilidade de irmãos.

Nós, que estudamos e avaliamos os benefícios da vida natural, para compensar os desgastes dos grandes centros, higiene mental e reabastecimento vital, contamos hoje com este privilégio, mercê dedicação e idealismo de uma equipe que soube enfrentar e sobrepor os desafios da realização.

Detalhe de móveis em 1977
Detalhes da Casa em junho de 1980
Detalhes da Casa em junho de 1980
Detalhes da Entrada da Casa em junho de 1980
Detalhes da Entrada da Casa em junho de 1980
Detalhes da Entrada da Casa com irmãos em reunião em junho de 1980
Detalhes da Entrada da Casa com irmãos em reunião em junho de 1980
Detalhes da Casa em junho de 1980
Detalhes da Casa em junho de 1980
Obras no acesso à Casa em junho de 1980
Detalhe da cozinha em 16 de outubro de 1982
Detalhe do quarto em 16 de outubro de 1982
Irmãos e Irmãs em reuniões em 16 de outubro de 1982

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Fontes:

  • Revista Serviço Rosacruz de 1962, de setembro de 1976 e de outubro de 1980 – Fraternidade Rosacruz – SP – São Paulo
  • Entrevistas com Estudantes Rosacruzes
  • Notas nos Versos dos originais das fotografias em papel
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