Somente a Nossa Consciência pode nos Alertar Quanto ao Papel que Nos Cumpre Desempenhar

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Somente a Nossa Consciência pode nos Alertar Quanto ao Papel que Nos Cumpre Desempenhar

Somente a Nossa Consciência pode nos Alertar Quanto ao Papel que Nos Cumpre Desempenhar

Será que, ao efetuarmos diariamente nosso exame de consciência, temos nos indagado se, por ventura concorremos com um mínimo de esforço para que a disseminação do ideal Rosacruz seja uma realidade? Temos contribuído, dentro de nossas possibilidades, para o engrandecimento da obra encetada por Max Heindel?

Em verdade, somente a nossa consciência pode alertar-nos quanto ao papel que nos cumpre desempenhar dentro da Fraternidade, avaliando os nossos talentos e indicando-nos como eles poderão ser aplicados no programa de expansão Rosacruz. A obra carece de ajuda, dependendo muito da nossa dedicação, sinceridade e trabalho, para consolidar-se como precursora da Idade de Aquário.

A Fraternidade Rosacruz constitui algo muito mais grandioso do que se possa imaginar. Não podemos restringi-la, conceituando-a apenas como uma Escola filosófica-espiritualista, como outras existentes por aí, simplesmente orientando e instruindo os interessados por meio de livros, folhetos e conferências.

A missão, o ideal, os meios, o programa e a estrutura da Fraternidade formam um conjunto a transcender essencialmente tudo aquilo que podemos conceber como sendo edificante.

Os Irmãos Maiores, através de Max Heindel, outorgaram ao mundo algo inédito, original, sem paralelos; uma filosofia que expõe e elucida os mais intrincados problemas sociais e espirituais, dentro de um elevado padrão de lógica e reverência, diante do qual esboroam-se todos os argumentos contrários. O Sr. Heindel colocou ao nosso alcance um cabedal de conhecimentos, cuja beleza e profundidade mal podem ser expressas por palavras. Tais princípios atendem perfeitamente as exigências de uma época na qual o racionalismo e o espírito inquiridor ante empírico repelem tudo o que não se enquadra em seus domínios. A Filosofia Rosacruz é atualíssima e concomitantemente abre perspectivas maravilhosas quanto ao futuro do ser humano.

Se verdadeiramente sentimos que ela veio preencher algo em nossas vidas, proporcionando-nos um maior vislumbre do mundo em que vivemos, se mediante seus ensinamentos estamos penetrando e conhecendo nosso próprio ser, então é necessário que sejamos coerentes conosco mesmos, arregaçando as mangas e trabalhando pelo crescimento dela, da maneira que pudermos.

Sozinhos, pouco ou nada poderemos realizar. Se houver união de esforços, concatenando-se os talentos de cada membro da comunidade em prol de um objetivo comum, as possibilidades de êxito serão bem mais amplas.

Nunca será demais repetir que o ser humano isolado é uma impossibilidade. Reiteramos sempre as palavras do nosso Ofício Devocional: “um só carvão não produz fogo, mas quando se juntam vários carvões, o calor latente em cada um deles pode produzir chama, irradiando luz e calor”.

Somos apologistas do trabalho de equipe, porquanto ele apresenta inúmeras vantagens, como por exemplo, o alcance de um máximo rendimento com tempos e esforços mínimos, mediante o aproveitamento racional das qualidades e aptidões de cada um em função do todo. Além disso, sua ação faz-se sentir maravilhosamente, revertendo em benefício de cada elemento, em forma de disciplina, solidariedade, harmonia, companheirismo e expansão natural das próprias qualidades.

Contudo, o trabalho grupal requer também uma dose de boa vontade, sinceridade, entendimento, sentimento altruísta, e, o que reputamos de suma importância: AUSÊNCIA DE PERSONALISMO. Esses requisitos possibilitam a um grupo relativamente heterogêneo, empreender e concretizar obras de vulto.

Essencialmente cristão, o método Rosacruz de desenvolvimento prevê estes dois aspectos: individual e coletivo. O trabalho coletivo realiza-se por meio dos Núcleos rosacruzes ou de esforços empreendidos por irmãos nossos, não importa sob que títulos, com objetivos edificantes. Por outro lado, o método Rosacruz indica meios de realização estritamente individuais, objetivando aprimorar o Aspirante, de modo a lhe permitir transcender os entraves internos separatistas, integrando-o cada vez mais perfeitamente no puro sentido de equipe, dentro da unidade cristã, que representará o coroamento da presente época evolutiva: “um só rebanho e um só Pastor”, o Cristo.

Em decorrência, todo e qualquer trabalho deve ser executado dentro daquele princípio denominado SERVIÇO AMOROSO E DESINTERESSADO AOS DEMAIS. Se algo é feito com amor, despido de qualquer sentimento de interesse pessoal, será por certo duradouro. Se levar, porém, a marca do egoísmo, será como um Castelo edificado sobre a areia: mais cedo ou mais tarde acabará em ruínas.

Nosso labor não deve esperar recompensa, e sim resultados benéficos à coletividade. Felizes seremos quando formos capazes de prodigalizar tudo aos demais sem nada esperar em troca, a não ser novas oportunidades de servi-los. O simples pensamento de RECEBER já revela indícios de egoísmo, ao passo que o desejo de DAR implica sentimento de amor. Isso vem ao encontro da seguinte afirmação de um pensador dos tempos modernos: “Quem professa a filosofia do receber, confessa sua falência em dar”.

O estudante sincero e devotado não procura saber o que poderá receber da Fraternidade Rosacruz, mas sim o que lhe poderá dar.

Estamos trabalhando na Vinha do Cristo, e isso, somente isso, já justifica e compensa plenamente todo o sacrifício e esforço que empreendamos em prol desse ideal sublime.

(Publicado pela Revista Serviço Rosacruz de março de 1972)

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